Já fazia um bom tempo que não fazia um artigo sobre smartphones, mas quis o destino que apesar de eu me posicionar ano passado que não iria testar mais produtos de consumo, a Samsung me mandou para testes, não um, mas dois smartphones. Primeiro recebi o surpreendente A71 e algumas semanas não menos excelso M31!
O objetivo deste texto não é detalhar ambos os aparelhos em todos as minúcias,
mas compartilhar minha experiência em relação a três pontos que mais capturaram
minha atenção. Falo de usabilidade, duração de bateria e competência no registro
de fotos, aliás, ambos com múltiplas e competentes câmeras.
Cumprindo o trâmite esperado, seguem abaixo as especificações destes dois modelos:
Quando comecei a testar o A71 e fiquei encantado com sua beleza, leveza e “pegada”. Sua imensa tela de 6.7 polegadas, super Amoled de resolução FullHD Plus, ótimo nível de brilho e contraste apresentam uma imagem digna de um Galaxy que está se esforçando para se parecer com seus irmãos maiores da família “S”. Mas o que mais gostei foi de sua leveza e pequena espessura. Chega a surpreender ter um aparelho como aquele nas mãos e não sentir o peso que se imaginava.
Figura 02 – Samsung Galaxy A71
Ele é rápido! Usa o atual e moderno chipset Qualcomm SnapDragon 730 que não apenas é responsável pela desenvoltura da interface, mas também por sua agilidade. É também quem processa as imagens na hora das fotos e vídeos. Os aplicativos abrem rápido e não tive nenhum “engasgo” no uso multitarefa.
Ele mantém o conector P2 para fone de ouvido, que é um elemento em processo de extinção. Uma pena o P2 estar em extinção porque eu e tantas outras pessoas têm ótimos fones comprados ao longo dos anos, que ficarão sem uso em aparelhos sem este conector. Mas o A71 tem!! E traz um fone de ouvido de ótima qualidade.
O conjunto de câmeras ocupa uma estrutura em formato retangular, “carinhosamente” apelidado de “cooktop” por muitos (por parecer a parte de cima de um fogão). É um design de gosto duvidoso, mas eu confesso que já me acostumei e tem sido usado em quase todos os aparelhos da Samsung em 2020
A interface proprietária da Samsung, a One UI 2.0 é rápida e muito intuitiva. Com a padronização em toda sua linha de smartphones torna-se muito simples passar de um aparelho para o outro. Aliás, para iniciar o teste com o A71 eu usei o já tradicional recurso Smart Switch que em poucos minutos já se encarregou de “duplicar” meu ambiente do S10 Plus que tenho para o A71, seguido de mais uma hora de downloads de aplicativos e dados. Para migrar do A71 para o M31 foi igualmente simples e fácil.
Usabilidade do M31
M31 e A71 são aparelhos de famílias distintas, mas podem ser considerados primos, parentes próximos. O M31 tem uma tela um pouco menor, 6.4 polegadas. Também tem uma “pegada” muito boa na mão, porém com duas diferenças grandes. Ele é mais grosso e um pouco mais pesado. Tem bordas mais arredondadas enquanto o A71 é mais esguio e anguloso. É 1.2 mm mais largo e 12 gramas mais pesado. Isso é perceptível no manuseio. Não é desconfortável, mas o A71 me agrada mais em seu uso no dia a dia.
O M31 usa o chipset da própria Samsung, o Exynos 9611, que seria aproximadamente equivalente ao Qualcomm SnapDragon 712, ou seja, em teoria um pouco mais lento que o SnapDragon 730 do A71. Mas no dia a dia a experiência de uso foi tão boa quanto. Aplicativos abrindo rapidamente, sem gargalo algum no uso do multitarefa. Testar com jogos não é minha prioridade em testes de smartphone, mas nesse uso mais extremo o chipset superior, incluindo a GPU (processamento gráfico) Adreno do A71 supera a GPU Mali do A31. Mas se jogos não são sua prioridade, ambos são igualmente competentes.
O M31 também traz o conector P2 para fones de ouvidos (com fio), embora o fone que acompanhe o produto seja de um tipo muito simples (“chuveirinho”) cuja qualidade é apenas mediana.
Vou detalhar quando falar especificamente das câmeras, mas ambos têm as mesmas funcionalidades, embora com especificações um pouco diferentes (abertura, megapixel, etc.). Também a disposição traseira das câmeras é diferente.
Como o A71 foi o primeiro que eu testei, confesso que minha identificação com ele foi tão grande que já com o M31 em cima da minha mesa, eu permanecia usando o A71. Tanto que por isso fiz com ele o maior teste de bateria de toda minha história com smartphones, foram 47 dias de análise e coleta de dados. Um dia criei coragem e troquei o A71 pelo M31.
E foi uma feliz surpresa. O A71 é de uma família superior, mas o M31 me satisfez muito. Tirando sua “pegada”, por ser mais espesso e um pouco mais pesado, no dia a dia traz ótima experiência, câmeras que são muito próximas mesmo das câmeras do A71 e uma bateria INFINITA!! Vou contar melhor sobre isso ao descrever o consumo de bateria de ambos!!
Escolher um dos dois poderia ser uma questão de preço. Mas não é bem assim. Cada um tem virtudes únicas por conta de características próprias. Já que falei de preço, o A71 foi anunciado por um valor substancialmente alto, como a Samsung sempre faz com seus aparelhos, mas hoje, começo de setembro pode ser encontrado no mercado por R$ 1999. Já o M31, lançado depois (vendido apenas em varejistas online), foi anunciado por R$ 2399, mas pode ser encontrado por R$ 1799, ainda pode cair mais seu preço nas próximas semanas.
As Câmeras do A71 e M31
Ambos têm os mesmos conceitos de câmeras. Elas têm muito mais semelhanças do que diferenças. Começando pela frontal, tira fotos em exuberantes com seu sensor de 32 MP e filma em FullHD e 4K em 30 quadros por segundo, pelas especificações provavelmente são as mesmas câmeras ou muito próximas.
São quatro na traseira, sendo a principal de 64 MP e nos dois a foto resultante é de 16 MP, pois a Samsung usa um artifício de agrupar 4 pixels para formar um pixel maior e com isso obter melhoria no grau de iluminação da cena, sensibilidade à luz, etc. Mas tanto o A71 como o M31 conseguem tirar fotos na resolução nativa de 64 MP (opcionalmente). A abertura dessa lente de 64 MP é igual nos dois casos (f/1.8), mas como um deles usa Exynos e o outro SnapDragon o pós-processamento da foto é ligeiramente diferente. Isso no modo normal. No modo noturno o A71 apresenta um resultado mais aprimorado, o A31 neste ponto tem desvantagem.
Existe mais uma curiosa diferença entre ambos. Quando usados na resolução plena de 64 MP, o A71 ao registrar a foto demora um pouco mais que o A31 que em teoria teria um processador menos potente (Exynos 9611 versus SnapDragon 730). Mas é fato, o M31 responde mais rápido ao sacar fotos de 64 MP.
Vou começar mostrando as diferenças no modo noturno. Todas as fotos foram tiradas na mesma hora, mesmo lugar e com um pequeno tripé.
Mas ao cortar um segmento de 620x350 pixels da foto acima, de uma imagem que tem 3624x1836 pixels (7 MP – a foto sem modo noturno tem 12 MP), dá para perceber uma queda sensível de qualidade, ruído, falta de detalhes. Para apreciar a foto “como um todo”, é um resultado razoavelmente bom frente à falta de luz no momento (de noite).
Aqui acaba o “castigo” desses smartphone. Digo isso porque em condições de boa luz as fotos de ambos são incríveis! Sejam em 16 MP (4:3), 64 MP, grande angular e mesmo a câmera macro.
Aliás, acho que fotos noturnas como as que eu fiz são importantes, mas sabemos que a imensa maioria das fotos são tiradas em ambientes externos e iluminados. Portanto isso deve ser levado em conta ao elogiar ou criticar um smartphone quando se avalia suas câmeras. Dar o devido peso na avaliação final à importância de cada recurso.
Vamos agora comparar fotos tiradas na resolução normal de 16 MP e 64 MP durante o dia. Vou começar pelo A71. Ao usar a câmera em 16 MP (12 MP se optar por 16:9 em vez de 4:3) entra em ação a tecnologia de aglutinação de pixels que aproveita melhor a luz. Além disso, em 64 MP o processamento de HDR (alcance dinâmico – visualização das partes mais claras e mais escuras de forma mais equilibrada) é eliminado ou muito atenuado em função do tamanho da imagem. Quem quiser pode editar a foto e tentar trazer mais dessas características da foto em 16 MP, mas como o usuário desses smartphone são pessoas que usam “apontar-e-tirar” a foto, não as imagino fazendo isso. Mas vejam as fotos.
Fica evidente o maior alcance dinâmico na foto de 16 MP/12 MP (4:3/16:9). Mas se a imagem é mais bonita na foto de menor resolução, há muito mais informação na foto maior, que permite um corte com muito mais qualidade. Vejam estes dois cortes que fiz nas fotos.
Repete-se aqui a diferença das cores e alcance dinâmico, mas a qualidade da última imagem, corte feito a partir das duas diferentes fotos, é muito melhor, como esperado.
Para as fotos não ficarem muito repetitivas aqui neste texto, não vou mostrar as quatro mesmíssimas fotos feitas no A31, mas preciso dizer que houve uma pequena mudança. A foto em 64 MP é um pouco mais clara e a foto em 16 MP tem um pouco menos do alcance dinâmico. E o corte da foto de 64 MP ficou com o mesmo nível de nitidez que a do A71, mas ligeiramente mais clara.
Eu me arrisco a dizer que o sensor da câmera principal é o mesmo ou muito parecidos, mas os diferentes chipsets (Exynos e SnapDragon) é que são responsáveis pelas diferenças observadas.
Vamos falar de selfie agora. Em ambos smartphones o sensor é de 32 MP, mas a foto resultante é de 8 MP, uma resolução excelente e por conta da aglutinação de 4 pixels em um, a imagem é realmente aprimorada. Não percebi nível algum de suavização da pele como muitos smartphones fazem em selfie. Manchas na pele e minhas rugas são bem perceptíveis. Seguem dois exemplos, tirados em dias diferentes.
Seguem agora algumas fotos tiradas com ambos smartphones mostrando a ótima competência em diferentes situações.
Na foto abaixo quero mostrar a riqueza de cores e contrastes e principalmente o lindíssimo desfoque de fundo gradual, proporcionado pela ótica do aparelho e não por software. Aliás os aparelhos da Samsung têm o “modo retrato” para fazer por software o desfoque, auxiliados por um sensor (uma das quatro câmera traseiras). Também fica bonito, mas o desfoque natural eu acho muito mais. Precisa saber a distância certa para usar o desfoque ótico.
Na próxima foto mostro o uso da câmera macro. Ela tem 5 MP de resolução (2576x1932), que é suficiente para fotos deste tipo, mas é uma câmera um pouco mais escura. Percebe-se que esta foto está um pouco menos luminosa que a foto anterior, tirada da mesma flor, mas com a câmera principal. Também preciso destacar que nesta câmera o foco tem que ser feito manualmente, afastando ou aproximando o smartphone até estarmos satisfeitos com a imagem. E o foco é bem sensível. Vejam que consegui foco no interior da flor, mas as folhas já estão saindo de foco. Mas ainda assim há mais nitidez do que pegar a foto anterior e fazer o corte da região central.
Falando em nitidez, o A71 me surpreendeu mesmo. Até em uma foto de um painel que encontrei na rua. Nas próximas duas fotos podemos ver o quadro aberto e o corte de apenas um pedaço. Em tese quanto mais megapixels tem de resolução uma câmera, mais qualidade encontramos ao fazer os cortes. Mostrei isso nas fotos de 64 MP. Mas mesmo em smartphones com grande resolução, nem sempre encontramos este nível de nitidez e precisão.
Conclusão sobre as câmeras do A71 e M31. Ambas são muito competentes. Tanto que nos 22 dias consecutivos que usei o M31, em nenhum momento obtive resultado aquém do que eu esperava. Pelo contrário. Por saber que o M31 é um aparelho de uma categoria inferior ao A71, achava antes que não acharia tão interessante, mas fiquei muito satisfeito. Na comparação lado a lado, como fizemos nesta avaliação, percebemos que o A71 está um degrau acima, que também me surpreendendo muito. Contei antes neste texto que eu não queria parar de testá-lo, até demorei para começar a usar o M31. Se os topos e linha da Samsung, as linhas “S” e “Note” recebem um DEZ, o A71 obtém nota 8.5, querendo ser 9 e o M31 ganha nota 7.5 querendo ser 8. O A71 ganha nos detalhes. Olha que tem muito smartphone intermediário e de entrada que não ganhariam nem nota 5.5 ou 6!
Um ponto que não é tão positivo assim para ambos os smartphones é o consumo de energia gravando vídeo. Mas este é o próximo tópico deste texto.
Analisando a fundo a autonomia e tempo de Carga da Bateria do A71 e M31
Indo direto ao ponto, de imediato mostro abaixo todos os resultados
individuais de vários testes com ambos smartphones e suas autonomias de
bateria!! Autonomia de 21 horas e
6 minutos para o A71 e 25 horas e 20 minutos para o M31
(mais detalhes adiante). Isso é bom o bastante para você!?
Resumo dos dados aferidos com a bateria e carregamento
Se você tem curiosidade de entender cada um destes
números da tabela acima eu o convido para uma longa jornada nos parágrafos
abaixo nos quais cada um deles é discutido e explicado. Há pontos muito interessantes!!
Detalhando (bastante) o teste (explicando
as tabelas acima) do A71 e M31
Fundamento meu teste em algumas situações distintas. Eu as utilizo também para
referência e comparação com outros smartphones.
Standby com tela apagada: aparelho
ligado, mas sem usá-lo de forma alguma, porém recebendo mensagens, e-mails,
conectado à rede 3G/4G ou WiFI. Nesta situação o A71 permaneceu 160 horas até esgotar sua bateria, quase 7 dias!! O M31 ficou 251
horas, ou seja, quase 11 dias!!
Standby com tela sempre ligada:
aparelho ligado, tela SEMPRE ligada com 60% de brilho (que julgo ser o nível
mais comum), sem usá-lo de forma alguma, porém recebendo mensagens, e-mails,
conectado à rede 3G/4G ou WiFI. Nesta situação o A71 permaneceu 19.8
horas até esgotar sua bateria e o M31 ficou 29 horas!!
Youtube: o terceiro cenário é de uso contínuo de Youtube. Um mesmo vídeo
sendo reproduzido ininterruptamente, tela sempre ligada, nível de brilho em de
60%. Nesta função o A71 permaneceu ativo por 15
horas e 18 minutos até esgotar sua bateria, Enquanto o M31 permaneceu
praticamente 20 horas! Convém notar que em
relação ao tempo de standby a diferença é grande (um pouco mais de 5 horas nos
dois casos). Claro que a diferença se deve ao tráfego de dados e processamento
do aplicativo do Youtube.
Netflix: o terceiro cenário é de uso
contínuo de Netflix. Maratonando uma série ininterruptamente, tela sempre
ligada, nível de brilho em de 60%. Nesta função o A71 permaneceu ativo
por 17 horas e 15 minutos até esgotar sua
bateria, enquanto o M31 permaneceu perto de 23 horas.
Gravação de vídeo: O quarto cenário
é da função de filmagem em diversas resoluções desde HD (1280x720) 30 fps até 4K
(3840x2160) a 30 fps, tela sempre ligada, imagem sendo continuamente capturada
e gravada. Descobri ser este o PIOR desempenho de
ambos, pois eles seguram a gravação de vídeo em média por 5 horas no A71 e quase 9
horas no M31. A autonomia depende demais da resolução escolhida. Os
valores acima são uma média, mas em 720p, 1080p e 4K o consumo de energia é muito
diferente!! Vejam a tabela abaixo que detalha isso. E o A71 tem só metade da
autonomia ao gravar em 4K.
Waze: O quinto
cenário é do uso contínuo do aplicativo de navegação por GPS e identificação
dos melhores caminhos. Era até então este aplicativo o maior triturador de
baterias que havia para qualquer smartphone, só superado pela gravação de
vídeo. Mas por conta da pandemia e quarentena eu mal usei carro e por isso não
pude aferir estes dados para ambos dispositivos.
Carga da bateria:
o A71 tem ótimo ritmo de carga, explicado
por seu carregador de 25W. Ele realiza o carregamento total (100%) em aproximadamente 1
horas e 25 minutos e obtém 50% da carga
em apenas 31 minutos!! Já o M31 precisa de 3 horas e 10 minutos para a carga total (100%) e 1 hora e 33 minutos para
carregar 50%. Essa grande diferença tem duas explicações,
o carregador do M31 é de menor capacidade (15W) e porque sua bateria tem
incríveis 6000 mAh contra 4500 mAh do A71. Não fiz o teste com
carregamento Wireless porque nenhum deles tem suporte a essa tecnologia.
Uso real: o teste mais realista é mesmo o “uso natural” do smartphone, no qual por 47 dias o A71 e 22 dias o M31 aferi o consumo adotando o aparelho como meu único dispositivo, todos meus aplicativos, redes sociais, quatro contas de Email, WhatsApp, Instagram, fotos, vídeos, etc. Só não usei Waze por causa da quarentena. Há uma boa variabilidade na duração da bateria no dia a dia. O A71 oscilou entre 18.5 e 25.5 horas de autonomia, com média de 21.1 horas. O M31 oscilou entre 21.5 e 30 horas de autonomia, com média de 25.5 horas.
Uma métrica muito importante e muito usada é a apuração do “tempo de tela, ou seja, quanto tempo se consegue de fato usar o aparelho, com tela ligada, realmente fazendo alguma coisa (qualquer atividade em qualquer aplicativo). Ao longo dos dias testados obtive no A71 média 7 horas com pico de mais de 9 horas de uso de tela e no M31 obtive 10.3 horas em média com pico de mais de 12.5 horas.
figura 35 – análise do tempo de tela máximo a cada dia do M31
Se cruzarmos essa informação (tempo de tela) com o máximo
tempo em standby com tela ligada, 21 horas para o A71 e 29 horas para o M31 podemos
saber o limite real de possibilidade de uso, já que em standby nenhuma ação é
executada, apenas a tela acionada.
Algumas comparações históricas interessantes
Como eu faço testes de smartphones há um bom tempo tenho dados compilados de
outras avaliações que já fiz. Assim consigo colocar lado a lado os vários
modelos da Samsung. Isso está na tabela/gráfico abaixo. Como meu padrão de uso
não mudou muito, posso comparar cada um deles.
figura 38 – comparação
da autonomia entre vários membros da família S e Note da Samsung
O M31 é o de maior autonomia, sem dúvida. Sua bateria
com 6000 mAh de capacidade é até então a maior dentre os aparelhos da Samsung (há
rumores que o M51 a ser lançado terá 7000 mAh) está no topo. Isso reforça o bom
resultado do teste.
Verdade seja dita, as versões mais antigas como S6, S7, ou mesmo S8 rodavam
versões anteriores de Android e de inúmeros aplicativos. Eram também tempos de
Internet um pouco mais lenta e isso pode ter afetado esta comparação, ou seja,
os aparelhos mais modernos têm que lidar com cargas de trabalho mais
pesadas e por isso 21 horas para A71
ou 26 horas para o M31 podem ser mais difíceis de obter que a mesma autonomia
de um S7, por exemplo. Mas de toda forma o relato histórico está aí e mostra grande
evolução.
A71 e M31 são claramente aparelhos que eu classifico como “top
18”, ou seja, que têm em média mais de 18 horas de autonomia por dia e que
na minha classificação torna-se excelente neste critério. Esta qualidade
permite que alguém saia de casa às 06:00 e chegue à meia noite com a bateria por
acabar. Você pode dizer que ninguém precisa de tanta autonomia assim, mas tendo
essa folga (18 horas) dá para administrar as variações do dia a dia com folga.
O A71 e o M31 não apenas estão no “clube do top 18”, como superam com folga essa
marca..
Por fim, sobre a bateria, quero dizer que o M31 tem na minha visão “bateria infinita”!! Quase todas as pessoas recarregam
seus smartphones de noite. Assim com mais de 24 horas de autonomia, ela não vai
acabar nunca ao longo do dia.
A bateria do M31 é tão boa que eu me percebi “esbanjando” carga (já que
tem). Deixava o Youtube reproduzindo vídeos que eu só queria ouvir, usava o aparelho
para qualquer coisa, desde lanterna até consulta de e-mails, mesmo tendo o
computador na frente. Em resumo, ter mais de 18 horas de autonomia é ótimo, mas
ter mais de 24 horas é libertador!!! Para uma ou outra pessoa possivelmente vão
ser capazes de recarregar depois de usar 2 dias seguidos!!
Conclusão
Parece uma loucura comparar estes dois modelos da Samsung, mas como neste
momento, começo de setembro de 2020, a diferença dos preços praticados pelos
mercado é de apenas R$ 200 (R$ 1799 o M31 e R$ 1999 o A71), é legítima a dúvida
de um consumidor que queira fazer sua escolha.
Se a necessidade é um dispositivo também para jogos, o A71 tem um hardware mais
preparado para isso por conta do chipset Qualcomm SnapDragon 730. Mas para tarefas
rotineiras, uso aplicativos do dia a dia, usando multitarefa (vários carregados
ao mesmo tempo), ambos são totalmente suficientes e com sobra, mantendo agilidade
no uso.
As câmeras fotográficas são muito parecidas tanto nas especificações como no
resultado final. Porém o A71 sai-se melhor nas fotos com menor iluminação e no uso
do “modo noturno”. O A71 também faz uma foto de 64 MP com mais nitidez. Mas
fora essas situações ambos são equivalentes e as diferenças entre eles não são
grandes nos aspectos que citei. Por ser de um segmento inferior o M31 me
surpreendeu por ter resultados tão bons, perto do A71. E o A71 também me impactou
pois em foto e vídeo ele está querendo chegar perto da qualidade dos modelos da
família “S”. Importante citar nenhum dos dois grava vídeos a 60 quadros por
segundo em resolução alguma, porém os dois gravam em 4K na câmera traseira e
frontal.
O M31 é mais “bojudinho”, mas sem ser pesado demais nem desajeitado na mão. Não
podemos esquecer que ele tem bem mais bateria. O A71 é mais delgado, mais leve
e por isso mais elegante, com uma tela um pouquinho maior e a sua pegada, por
ser mais fino é bem agradável! A traseira de ambos é feita de uma liga plástica
de toque agradável e a do A71 mais bonita. O sensor de digital do A71 fica sob
a tela (na frente) e do M31 na parte traseira.
Ambos têm 6 GB de memória RAM, 128 GB de armazenamento, conector P2 para fone
de ouvido, WiFi dual band, não têm proteção contra água IP68 (que resiste
à submersão por 30 minutos até 1.5 metro) e não têm carregamento sem fio.
Como o M31 foi lançado depois ele ainda pode ter maior queda de preço. Mas se
você preza pela melhor estética, pegada e câmeras um pouco melhores, e não se
importa com os R$ 200 de diferença hoje
em dia, o A71 é para você. Se você preza por uma autonomia de bateria gigante e
prefere um aparelho cuja pegada é mais “arredondada”, com câmeras próximas às
do seu irmão maior em boa luz, R$ 200 mais barato, o M31 é o seu aparelho. Eu
os usei por 68 dias e falo que usar ambos foi mais que satisfatório, mesmo não
sendo perfeitos, foi prazeroso de verdade.
uma das melhores analises que vi sobre os dois modelos, parabéns pelo trabalho
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