Tecnologia não serve para nada se não for compreendida. Minha ambição é ajudar as pessoas compartilhando informações, experiências, notícias e minhas opiniões sobre produtos, tecnologias, etc. Também divulgarei opiniões de assuntos gerais que julgar relevantes.
Conversando com meu amigo Richard Max do grande portal de tecnologia
www.rmax.com.br , trocamos uma ideia sobre
como ficam as pessoas, como eu, ele e tantas outras, que têm o hábito de deixar
cabo para carga de celular no carro, para aquela carga rápida providencial de
vez em quando ou para cortar o “efeito Waze”, que mastiga valiosos percentuais
da nossa bateria agora que há aparelhos “diferentes”.
O “problema” acontece porque os smartphones mais novos têm vindo com o novo
conector USB-C que é inegavelmente melhor! Não fossem tantas outras vantagens
como por exemplo, carga mais rápida e maior velocidade de transferência de
dados, tem a principal e MAIS PRÁTICA de todas. O cabo não tem lado certo, pode
ser encaixado de qualquer jeito, que é absolutamente melhor!! Quem não ficou alguma
vez brigando com o cabo, tentando encaixar de um jeito e depois do outro??
Tradicional
cabo micro USB presente na maioria dos smartphones Android
Uma solução óbvia, mas desconfortável é comprara cabos em duplicidade e
mantê-los no em casa e no carro para cada tipo de uso. Mas tive uma ideia. Nada
brilhante, não “descobri a pólvora” nem “coloquei ovo em pé”, mas é uma ideia
que me parece legal. Existem adaptadores para que um cabo micro USB se torne um
cabo USB-C. Pequeno e prático. Veja a foto abaixo.
Cabo micro USB
com o adaptador USB-C ao lado
No meu caso optei por ter
um cabo só apenas, o tradicional micro USB. Usando o adaptador igual a
este da foto acima, tenho as duas opções no meu carro ou mesmo em casa. Deixo o
adaptador guardado no cinzeiro, uso o micro USB com os dispositivos mais
antigos e quando preciso, monto o adaptador no cabo (como na foto abaixo) e
posso utilizá-lo nestes aparelhos.
Meu amigo Richard que fuma, possivelmente não vai guardar no cinzeiro, talvez
no console do carro. Mas o que importa é termos a possibilidade de usando um
cabo só, atender às duas necessidades!!
Cabo USB convencional
já “transformado” para USB-C
O adaptador que comprei, este da marca ANKER, foi comprado
fora do Brasil por US$ 4 (perto de R$ 15). É fácil achar aqui no Brasil também,
desde “rabichos” com adaptador como iguais a estes que mostrei custando perto
de R$ 30 (aqui
e aqui).
Fiz o test drive do novo Fusion Hybrid já faz várias semanas, em outubro para
ser exato. Agora vou compartilhar com vocês minha experiência de várias formas.
Há alguns anos eu experimentei a versão híbrida do Fusion que relatei no texto
“As incríveis tecnologias contidas nos automóveis atuais”. Na ocasião fora
minha primeira experiência com um carro movido por dois motores (gasolina e
elétrico). Classifiquei como “pura diversão”, pois adorei ficar administrando o
nível de carga da bateria, “ouvir o silêncio” do carro se movimentando apenas
com eletricidade, experimentando as acelerações...
A propósito o mercado de carros híbridos tem apresentado
crescimento bastante pronunciado. Entre 2013 e 2016 cresceu 190%, sendo que o
Fusion híbrido tem 52% das vendas entre 2010 e 2016 neste segmento.
Pela experiência anterior, imaginei que dessa vez meu grau de surpresa seria
menor, mas quis a Ford preparar uma série de evoluções no Fusion Hybrid que de
novo me mantiveram entusiasmado durante todo o teste. Ao contrário de todos os
outros veículos da Ford vendidos no Brasil (incluindo as diferentes versões de
Fusion) o Hybrid conta com o câmbio do tipo CVT, que é na minha opinião muito
apropriada a este tipo de carro. E sendo movido também por motor elétrico,
contempla duas das tecnologias que mais me encantam, híbrido e CVT.
O câmbio do tipo CVT não é novo, vem sendo usado há alguns anos, mas por sua
evolução tem caído no gosto dos consumidores. Sua principal característica é
ser um câmbio automático com “infinitas marchas”. Não existem engrenagens para
serem trocadas e encaixadas. Um engenhoso sistema correias faz variar o
diâmetro do elemento motriz continuamente. O efeito prático disso é que não há
percepção de troca de marchas por ser um ajuste contínuo a cada segundo. Não
poderia haver escolha melhor para o Fusion Hybrid (explicarei porque).
Sobre a tecnologia de carros elétricos e híbridos também tivemos uma conversa extremamente
interessante e bem ilustrada, registrada em vídeo que pode ser vista aqui, “Existirá um carro elétrico ou híbrido em seu caminho?”, na qual cito minha primeira
experiência com o Fusion híbrido.
Quando se usa o termo “híbrido” o que se destaca é a junção de tecnologias,
motor a combustão e motor elétrico, mas há outras variáveis nesta equação. Inclui
a direção elétrica, mais macia sem consumir potência do motor a combustão,
compressor do ar condicionado também elétrico, os freios que recuperam energia
nas desacelerações e acumulam nas baterias...
A experiência diferente começa quando ligamos o carro. Não há barulho e apenas
as luzes indicativas do painel nos mostram que ele está ligado. Ao acelerar se
inicia o deslocamento, ainda sem barulho algum!! É o motor elétrico mostrando
uma das suas características mais aprazíveis, o silêncio. Mas não é só isso. O
Fusion Hybrid tem um tratamento acústico especial. Sistemas antirruído estão
instalados no carro de tal forma que pequenos microfones captam o som que vem
de fora e pequenos altofalantes geram onda sonora contrária para “matar” o
ruído externo. É a mesma lógica dos conhecidos fones de ouvido com eliminação
de ruídos.
Enquanto o nível de carga da bateria permitir ou se o motorista não demandar
maior velocidade (até 100 Km/h), pode funcionar somente o motor elétrico. Não
faz sentido perguntar a autonomia do sistema elétrico porque este Fusion foi
projetado para funcionar em regime misto durante todo o tempo. Ora entregando
potência elétrica, ora recarregando a bateria quando o carro está se deslocando
apenas por inércia ou sendo freado (situações nas quais é gerada energia).
A propósito, a bateria tem garantia de 8 anos, que sugere ao seu proprietário
um grande sossego em relação ao bom funcionamento do sistema. Devo ressaltar,
para quem ainda não está totalmente ambientado com o conceito do carro híbrido
que ele não requer tomada para carga de sua bateria, pois apenas os sistemas
regenerativos (frenagem e inércia) que dão conta desta função.
O motor a gasolina entrega 143 CV enquanto o motor elétrico entrega 47 CV,
potência combinada de 190 CV. É importante explicar que a despeito do sistema
elétrico ter a potência do motor de um fusca 1.3 litro dos anos 70, tem grande desenvoltura no trânsito do Fusion
Hybrid quando operando apenas na eletricidade, ótima agilidade. Isso se deve ao
fato dos motores elétricos terem sua capacidade de fazer força (torque) no
nível máximo desde a primeira revolução do motor enquanto motores a combustão
terão torque máximo apenas a 2000, 3000 ou 4000 rpm. Por isso o Fusion Hybrid
operando eletricamente é muito ágil ao sair da imobilidade, mesmo com menor
potência.
Outro grande destaque da aplicação da tecnologia híbrida no Fusion é seu nível
baixo de consumo de combustível. É bastante econômico, ainda mais se
considerarmos os carros de seu tamanho e peso. Na estrada rende 15.1 Km/l e na
cidade 16.8 Km/l . Observando bem estes números, o consumo na cidade é melhor
do que na estrada. Isso porque na cidade o sistema de regeneração de energia,
seja pela inércia ou pelas freadas, atua com mais frequência propiciando maior
uso do motor elétrico. Por isso mesmo ele ganha nota “A” (máxima) do Inmetro no
programa de classificação de eficiência energética.
Eletronicamente pode ser selecionado o modo ECOSELECT que prioriza ainda mais a
redução do consumo de combustível, com acelerações mais suaves e com menor
emissão de poluentes, além de otimizar a recarga das baterias pelos freios
regenerativos.
Mas não é só isso. O modo EV+ prioriza o modo elétrico e
depois de 2 a 4 semanas de uso no percurso habitual do dia a dia algo
interessantíssimo acontece. Usando as informações do GPS embutido (sistema
SYNC), memoriza as necessidades de uso da potência, subidas e descidas que
consomem ou recarregam as baterias e assim busca otimizar o comportamento dinâmico
do carro visando utilização predominantemente no modo elétrico.
Os momentos
principais do test drive foram registrados e pode ser visto no vídeo
abaixo no qual, aliás, descrevo e mostro detalhes que também comento neste texto.
Vídeo – Test drive do novo Fusion Hybrid 2017
Ao longo do teste eu
me diverti um bocado avaliando o piloto automático adaptativo. Já existia no Fusion
que testei 4 anos atrás, mas agora, a experiência está bem aprimorada. Em
sistemas de “cruize control” convencionais (que com certa licença poética
chamamos de piloto automático), uma vez fixada certa velocidade o veículo a
mantém, mas se um carro mais lento surgir na frente, isso obriga o motorista a
encostar o pé no freio para diminuir a progressão (e não bater no carro da
frente) e isso desarma o sistema. Na versão adaptativa do Fusion Hybrid, se
algum veículo mais lento surgir, a velocidade é automaticamente reduzida.
Quando o fator limitante se for, a velocidade originalmente programada volta a
ser desenvolvida.
Mas tem mais! Na versão 2017 este recurso pode ser também usado na cidade (não
apenas em estradas). Imagine uma dessas vias ditas “expressas”, com velocidade
limitada a 50 Km/h, com carros passando pelas faixas a todo momento. Ou mesmo
no caso do tráfego parar adiante, o Fusion Hybrid para o carro!! A experiência
é muito prática e confortável. Se o tráfego fluir novamente o Fusion retoma
sozinho sua marcha e se o tempo parado foi maior que alguns segundos, o sistema
é desativado. Isso aconteceu em certo momento do vídeo, o sistema desarmou, não
retomou a velocidade e gerou boas risadas.
Sistemas de alerta de proximidade de obstáculos, detecção de pedestres com
parada do carro para evitar atropelamento, manutenção do veículo dentro da
faixa das vias, pré carga do sistema de frenagem ao ser detectada situação de
emergência (para melhorar a eficiência), sistema Stop&Go (desliga o motor
nas paradas), tudo isso, somado ao piloto automático que diminui e aumenta a
velocidade sozinho (e também freia sozinho o carro), são tecnologias
denominadas “semiautônomas”. Estão evoluindo na direção da meta da Ford que é
oferecer para o mercado carros totalmente autônomos até 2021 (menos de 5 anos
no futuro).
Devo ressaltar que o ótimo porta-malas do Fusion (514 litros) tem redução na
versão Hybrid por conta do espaço usado pelas baterias. Assim nesta versão seu
porta-malas tem capacidade de 392 litros. Ainda um bom espaço, mas não tão
generoso quanto o da versão movida apenas com motor a combustão.
Há um sem número de artefatos tecnológicos presentes que não comentarei em
detalhes. Mas cito o sistema multimídia SYNC3 (emparelhamento de smartphone),
comandos de voz, inclusive para o sistema de navegação GPS presente na ótima
tela de LCD no console central, quadro de instrumentos composto de 2 telas LCD
de 4.2 polegadas com visualização configurável (podem ser escolhidas as
informações exibidas em cada tela), park assist (estaciona o carro sozinho), direção elétrica (mais eficiente e confortável
que a tradicional hidráulica), Stopt&Go (para o motor a combustão quando o
veículo interrompe sua movimentação), teto solar panorâmico, assistente de
descida, 8 airbags, cintos traseiros laterais infláveis, assistência de
frenagem com detecção de pedestres (imobiliza o carro sozinho ao perceber um
pedestre no caminho), etc...
Conclusão
A experiência vivenciada no Hybrid é bastante diferenciada. A começar pela
autonomia na cidade, cerca de 890 quilômetros (tanque com 52.7 litros). O
incrível silêncio proporcionado pelo motor elétrico e sistemas de supressão de
ruídos faz do Fusion Hybrid o carro mais silencioso que dirigi nos últimos
tempos.
Não se trata de um carro barato. Consultado o site da Ford, em
dezembro de 2016 o Fusion Hybrid tem preço de tabela sugerido de R$ 163.000,
mas certamente pode ser negociada alguma redução nas concessionárias. Custa cerca
de 20% mais caro que a versão Titanium com motor Ecoboost 2.0 de 234 CV.
Não posso esquecer de citar o câmbio automático do tipo CVT que agrega mais um
fator objetivo e, porque não, também psicológico no ato de andar neste Fusion. O
silêncio proporcionado pelo sistema antirruído, somado à experiência de não ser
percebida troca alguma de marcha, faz mais ainda parecer que se está dirigindo
um carro totalmente elétrico em todas as condições (mesmo com o motor a
combustão em operação).
Essa combinação é muito feliz na percepção do motorista. Quem não está
habituado a câmbio CVT pode achar as respostas à aceleração não tão vigorosas,
mas não é bem assim. Como todo câmbio automático o simples ato de pisar um
pouco mais fundo no acelerador faz com que seu sistema de marchas “infinitas”
efetue a necessária redução de marchas e assim amplificar a força de seu motor
combinado, elétrico e a combustão. Aliás, motor apenas a gasolina (não é flex).
Pelo grande conjunto de tecnologias embarcadas, a sensação diferenciada ao
dirigir o Fusion Hybrid, aliado ao consumo de combustível bastante comedido,
posso recomendar às pessoas que visam esta categoria de carros a
experimentá-lo. Eu tinha gostado anos atrás e agora só ampliou minha percepção
de evolução, conforto e eficiência, com emissão muito baixa de poluentes.
Vídeo - Existirá
um carro elétrico ou híbrido em seu caminho?
Vídeo - Vídeo
- Câmbio automático, automatizado ou CVT? Tire suas dúvidas
Conhecer a história na grande maioria das vezes faz a maior diferença! Já conhecia
a empresa Corning e superficialmente sua linha de produtos. Vidro!
Essencialmente vidro, algo que o ser humano aprendeu a dominar há muito tempo, seja
pelas mãos dos fenícios ou dos egípcios, há cerca de quatro mil anos, ou seja, há
milênios.
A Corning inaugurou em São Paulo neste dia 14 de dezembro seu showroom que
mostra boa parte desta trajetória e, muito importante, seu portfólio atual de
produtos e soluções. Voltando à história, você sabia que o produto/marca Pyrex
é desenvolvimento da empresa? É um desenvolvimento antigo, quase 100 anos.
Trata-se de um tipo de vidro que não sofre transformações ou dilatação e
contração em uma larga faixa de temperaturas. Isso o habilita a ser usado em
fornos, sejam domésticos (aplicação que possivelmente você conhece) ou
industriais. Mas foi para uso em lampiões que ele foi inicialmente desenvolvido
há 100 anos.
Avançando rapidamente o filme, quem já trabalhara tantas décadas com vidro, o
natural aconteceu. A Corning foi pioneira entre as empresas (poucas) que
desenvolveram e dominaram o processo de fabricação da fibra ótica. Isso
reverteu em muitas aplicações. A grande maioria das operadoras de telefonia (e
Internet) usam seus sistemas concentradores de conexões de fibra, milhares de
quilômetros dos cabos óticos. Toda antena de celular precisa se comunicar com a
central em altíssima velocidade e sem falhas. Por isso toda a tecnologia de
fibra ótica está presente nas operadoras, nos Data Centers de grandes empresas
para conectar seus inúmeros servidores, na distribuição de sinal de Internet
pelas grandes cidades. Nas menores também. Com o passar do tempo, conforme a
demanda de conexão nestes locais (ou áreas afastadas das grandes cidades) sobe,
para os provedores conseguirem atender, com a renovação da infraestrutura, do
cabo cobre para a fibra, conseguirão dar vazão a esta demanda.
Outra história muito interessante e de imensa relevância, mais próxima do
consumidor final, está em outro tipo de vidro. Muito presente no dia a dia. É
fato histórico, conhecido, está no livro com sua biografia. Steve Jobs procurou a
Corning quando estava desenvolvendo seu primeiro iPhone porque o material que
estavam usando para a tela (um tipo de policarbonato) estava se mostrando
frágil, sujeito a quebras e riscos. A Corning desenvolvera um vidro fino e
muito resistente ainda no final dos anos 40, visando aplicação em para-brisas
de automóveis, mas que não fora aproveitado pela indústria (não no volume
esperado). Foi a solução perfeita para as telas do primeiro iPhone e da maioria
dos smartphones existentes. Sim, estou falando do famoso “Gorila Glass”, um dos
importantes produtos de seu portfólio.
Hoje em dia há montadoras usando o Gorila Glass em seus carros, visando
resistência, redução de peso (é bem mais fino e leve) e também menor consumo de
energia (no caso é um carro elétrico ou híbrido). Depois de 50 anos, o uso
originalmente proposto assume seu lugar!
Agora que conheço melhor a história, tenho uma visão inicial da vasta linha de
soluções e produtos, estou pronto para melhor acompanhar as realizações da
Corning, aplicações inovadoras, seja perto do consumidor, seja nos bastidores
das grandes empresas de tecnologia e assim poder compartilhar com os leitores.
Sobre isso tudo conversei rapidamente com Ricardo Claro, executivo da Corning e
registrei no vídeo que replico abaixo. Lamentavelmente uma pequena falha
técnica subtraiu os últimos 30 segundos da conversa. Mas o mais importante, o
resgate da história nas palavras do Ricardo, isto está presente e pode ser
conferido!!
O que vou contar é para mim um golpe que a VIVO está aplicando nas pessoas que
viajam para o exterior!! Sim é golpe, não tem como ver de outra forma!
Sempre que viajo para o exterior desativo o serviço de dados
do meu smartphone já no aeroporto no Brasil e só reativo dias depois, quando
retorno. Faço isso porque normalmente as tarifas para uso costumam ser
extorsivas. No passado havia operadoras que cobravam R$ 35 por MB trafegado, um
total desplante. Há algum tempo a VIVO tem um serviço razoável, cobra R$ 29,99
por dia que for usado o serviço e isso inclui SMSs, 50 minutos de ligações de
voz, local ou para o Brasil e 50 Mb de uso dados, que se não é muito, serve bem
para um uso comedido, recados, e-mails, ler notícias e até mandar ou receber 2
ou 3 fotos. É o tal VIVO TRAVEL - veja o site do serviço aqui.
Como funcionava? Ao chegar no país destino, a parceira da VIVO no local é
ativada (rede de telefonia) e você recebia
um SMS convidando-o a usar o VIVO TRAVEL com a seguinte instrução “responda estes SMS com xxxx para ativar este
serviço e cada dia que for usado será cobrado R$ 29,99”. Parece correto,
justo, mas agora tem maldade escondida por trás.
A VIVO cobrava R$ 0,80 por SMS enviado no exterior. Um valor “alto”, mas bastante
acessível para quem precisa dar uma informação para alguém, um recado
profissional, etc. estando fora do país. Em minha última viagem, com o serviço
de dados do smartphone desligado, precisei transmitir um recado antes de chegar
ao meu destino final (onde tive WiFi 100% do tempo para uso de dados). Da mesma
forma, no dia de ir embora, também enviei para a família, do aeroporto um SMS
para confirmar meu embarque (não tinha WiFi neste aeroporto).
Qual não foi minha surpresa quando percebi ter sido cobrado R$ 129,96, 4
diárias do VIVO TRAVEL, em uma viagem na qual o serviço de dados fora desligado
ainda no aeroporto aqui no Brasil e mais ainda por eu não ter concordado ou
contratado formalmente o serviço.
Reclamei com a VIVO e me informaram que desde o dia 29 de setembro de 2016 o serviço
VIVO TRAVEL tem contratação automática, quer você use 1 único byte de dados ou
envie em SMS para sua doce mãezinha no Brasil. Isso não está explicado em lugar
algum do site!! Com a ajuda do atendente, depois de minutos se esgueirando pelo
site vi que na verdade está lá! Nas
letras miúdas do site tem um link para “regulamento”, que por sua vez abre um
PDF de 3 páginas, também com letras pequenas (não tanto como a primeira) e no
parágrafo 2.1.4 está escrito “Todos os Clientes que utilizarem o roaming internacional de
dados, voz e/ou SMS no seu celular serão cobrados no valor da diária conforme o
país visitado.”
Ou seja, viajar para o exterior, NÃO QUERER usar o serviço de dados e mandar UM
SMS apenas, não custa mais R$ 0,80 e sim R$ 29,99 pelo serviço total do dia. Não
teve como eu argumentar com o atendente de Roaming Internacional da VIVO em
relação aos dias de SMS, o primeiro e o último dia da viagem. Mas ele me disse “eu posso lhe fazer um favor, cancelando os
dias no meio da viagem que não teve SMS”. Fazer um favor?? Fazer uma
gentileza? Eu fui cobrado por algo cuja contratação é no mínimo velada,
escondida e contra os direitos e necessidades do consumidor. O meu SMS custou
R$ 29,99 em cada um dos dias (quase R$ 60 por dois SMSs). Assim tive a metade
da despesa, R$ 59,98 retirados da minha conta, como um “favor”. Isso porque eu
vociferei e esbravejei dizendo que eu desligara o recurso de dados móveis de
meu celular e seria impossível eu ter usado Internet via 3G ou 4G naquela
ocasião.
Sendo assim TENHAM CUIDADO!! A VIVO ativa o serviço que antes exigia um
SMS formal para contratação, com o “EU
QUERO” e no lugar, se você mandar um SMS que pensava custar R$ 0,80 ou se
esquecer de desligar os dados de seu smartphone, o primeiro byte trafegado já
credita à VIVO a tarifa do serviço que você não escolheu nem concordou usar. E
pelo jeito ela vai cobrando a cada dia que perceber que está fora do país.
Advogados de plantão, vincular o SMS a um plano que tem voz, dados e SMS, que
era tarifado individualmente antes (os tais R$ 0,80), não se trata de operação
de venda casada?? Pode isso? Cobrar um serviço que você nem sequer optou por
sua utilização? Na verdade trata-se de um sistema “pega trouxa”, ao menor
deslize, entram goela abaixo com o serviço não solicitado.
Eu me considerei espoliado, enganado, desrespeitadoe manipuladopela VIVO. Será que é assim que ela acha que seus
clientes devem se sentir? Para arrancar na “mão grande” meros R$ 29,99 por
dia?? VIVO espero que reflita e trate clientes como pessoas e não como uma
boiada que você toca para cá e para lá segundo a SUA vontade. Na prestação de
serviços é o CLIENTE que tem que ser considerado.
ATUALIZAÇÃO DO DIA 16/12/2016 - VIVO ME LIGOU
A VIVO entrou em contato comigo na noite dia 16 e se retratou. Falou que fui mal atendido, que pedia desculpas pelo atendimento prestado. Perguntou se havia algo a mais que eles poderiam fazer. Disse que não concordava com a cobrança de um serviço não solicitado e que dos 4 dias que me foram cobrados, apenas 2 haviam sido desconsiderados.Assim foi reemitido um boleto de cobrança com o estorno dos 4 dias que reclamei.
Algumas lições importantes deste episódio. Não podemos ficar calados e aceitar tratamento "boiada". Se algo está errado, se algo nos foi feito que fere a lógica e o bom senso, temos que nos manifestar e reclamar. Foi o que eu fiz com esta publicação.
Mas nem tudo são flores. A VIVO ao me procurar se desculpou por um mal atendimento e não porque me impingiu um serviço que não fora solicitado. Não ficou nada claro para mim se eles vão se mexer em relação a este caso, se vão retornar a contratação do serviço VIVO TRAVEL à forma anterior, pela qual o usuário precisaria responder formalmente a um SMS que o convidava a aderir ao serviço e não ativar automaticamente tão logo o incauto consumidor saia do avião e se o serviço de dados não estiver desligado (o consumidor achando que como não contratou nada não terá o acesso), faça a ativação automaticamente.
Para finalizar vou fazer uma analogia. Você entra em uma pizzaria. Senta-se à mesa. Não fala com o garçom e não pede nada. De repente trazem para a sua mesa 6 pízzas, 10 cervejas e 4 caipirinhas. Reclama que não pediu nada daquilo, mas o garçom retruca, essa é a nossa regra, se entrou aqui já tem que pagar pelo consumo que eu decidi por você. Entendeu VIVO?!! Sem precisar desenhar, certo? Eu e todos os honestos consumidores agradecemos.