quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Resolvendo o pesadelo dos cabos USB com a mudança para USB-C

Conversando com meu amigo Richard Max do grande portal de tecnologia www.rmax.com.br , trocamos uma ideia sobre como ficam as pessoas, como eu, ele e tantas outras, que têm o hábito de deixar cabo para carga de celular no carro, para aquela carga rápida providencial de vez em quando ou para cortar o “efeito Waze”, que mastiga valiosos percentuais da nossa bateria agora que há aparelhos “diferentes”.

O “problema” acontece porque os smartphones mais novos têm vindo com o novo conector USB-C que é inegavelmente melhor! Não fossem tantas outras vantagens como por exemplo, carga mais rápida e maior velocidade de transferência de dados, tem a principal e MAIS PRÁTICA de todas. O cabo não tem lado certo, pode ser encaixado de qualquer jeito, que é absolutamente melhor!! Quem não ficou alguma vez brigando com o cabo, tentando encaixar de um jeito e depois do outro??



Tradicional cabo micro USB presente na maioria dos smartphones Android

Uma solução óbvia, mas desconfortável é comprara cabos em duplicidade e mantê-los no em casa e no carro para cada tipo de uso. Mas tive uma ideia. Nada brilhante, não “descobri a pólvora” nem “coloquei ovo em pé”, mas é uma ideia que me parece legal. Existem adaptadores para que um cabo micro USB se torne um cabo USB-C. Pequeno e prático. Veja a foto abaixo.
  

Cabo micro USB  com o adaptador USB-C ao lado

No meu caso optei por ter  um cabo só apenas, o tradicional micro USB. Usando o adaptador igual a este da foto acima, tenho as duas opções no meu carro ou mesmo em casa. Deixo o adaptador guardado no cinzeiro, uso o micro USB com os dispositivos mais antigos e quando preciso, monto o adaptador no cabo (como na foto abaixo) e posso utilizá-lo nestes aparelhos.

Meu amigo Richard que fuma, possivelmente não vai guardar no cinzeiro, talvez no console do carro. Mas o que importa é termos a possibilidade de usando um cabo só, atender às duas necessidades!!
  

Cabo USB convencional já “transformado” para USB-C

O adaptador que comprei, este da marca ANKER, foi comprado fora do Brasil por US$ 4 (perto de R$ 15). É fácil achar aqui no Brasil também, desde “rabichos” com adaptador como iguais a estes que mostrei custando perto de R$ 30 (aqui e aqui).



terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Test drive do Ford Fusion Hybrid - economia, silêncio e muita tecnologia

Fiz o test drive do novo Fusion Hybrid já faz várias semanas, em outubro para ser exato. Agora vou compartilhar com vocês minha experiência de várias formas. Há alguns anos eu experimentei a versão híbrida do Fusion que relatei no texto “As incríveis tecnologias contidas nos automóveis atuais”. Na ocasião fora minha primeira experiência com um carro movido por dois motores (gasolina e elétrico). Classifiquei como “pura diversão”, pois adorei ficar administrando o nível de carga da bateria, “ouvir o silêncio” do carro se movimentando apenas com eletricidade, experimentando as acelerações...
  







A propósito o mercado de carros híbridos tem apresentado crescimento bastante pronunciado. Entre 2013 e 2016 cresceu 190%, sendo que o Fusion híbrido tem 52% das vendas entre 2010 e 2016 neste segmento.
  

Pela experiência anterior, imaginei que dessa vez meu grau de surpresa seria menor, mas quis a Ford preparar uma série de evoluções no Fusion Hybrid que de novo me mantiveram entusiasmado durante todo o teste. Ao contrário de todos os outros veículos da Ford vendidos no Brasil (incluindo as diferentes versões de Fusion) o Hybrid conta com o câmbio do tipo CVT, que é na minha opinião muito apropriada a este tipo de carro. E sendo movido também por motor elétrico, contempla duas das tecnologias que mais me encantam, híbrido e CVT.

O câmbio do tipo CVT não é novo, vem sendo usado há alguns anos, mas por sua evolução tem caído no gosto dos consumidores. Sua principal característica é ser um câmbio automático com “infinitas marchas”. Não existem engrenagens para serem trocadas e encaixadas. Um engenhoso sistema correias faz variar o diâmetro do elemento motriz continuamente. O efeito prático disso é que não há percepção de troca de marchas por ser um ajuste contínuo a cada segundo. Não poderia haver escolha melhor para o Fusion Hybrid (explicarei porque).

Se quiser saber mais sobre tipos de câmbio, neste vídeo no qual exploro o assunto com meu amigo Guido Orlando do site Vida Moderna – “Vídeo- Câmbio automático, automatizado ou CVT? Tire suas dúvidas”.

Sobre a tecnologia de carros elétricos e híbridos também tivemos uma conversa extremamente interessante e bem ilustrada, registrada em vídeo que pode ser vista aqui, “Existirá um carro elétrico ou híbrido em seu caminho?”, na qual cito minha primeira experiência com o Fusion híbrido.

Quando se usa o termo “híbrido” o que se destaca é a junção de tecnologias, motor a combustão e motor elétrico, mas há outras variáveis nesta equação. Inclui a direção elétrica, mais macia sem consumir potência do motor a combustão, compressor do ar condicionado também elétrico, os freios que recuperam energia nas desacelerações e acumulam nas baterias...
  

A experiência diferente começa quando ligamos o carro. Não há barulho e apenas as luzes indicativas do painel nos mostram que ele está ligado. Ao acelerar se inicia o deslocamento, ainda sem barulho algum!! É o motor elétrico mostrando uma das suas características mais aprazíveis, o silêncio. Mas não é só isso. O Fusion Hybrid tem um tratamento acústico especial. Sistemas antirruído estão instalados no carro de tal forma que pequenos microfones captam o som que vem de fora e pequenos altofalantes geram onda sonora contrária para “matar” o ruído externo. É a mesma lógica dos conhecidos fones de ouvido com eliminação de ruídos.

Enquanto o nível de carga da bateria permitir ou se o motorista não demandar maior velocidade (até 100 Km/h), pode funcionar somente o motor elétrico. Não faz sentido perguntar a autonomia do sistema elétrico porque este Fusion foi projetado para funcionar em regime misto durante todo o tempo. Ora entregando potência elétrica, ora recarregando a bateria quando o carro está se deslocando apenas por inércia ou sendo freado (situações nas quais é gerada energia).


A propósito, a bateria tem garantia de 8 anos, que sugere ao seu proprietário um grande sossego em relação ao bom funcionamento do sistema. Devo ressaltar, para quem ainda não está totalmente ambientado com o conceito do carro híbrido que ele não requer tomada para carga de sua bateria, pois apenas os sistemas regenerativos (frenagem e inércia) que dão conta desta função.

O motor a gasolina entrega 143 CV enquanto o motor elétrico entrega 47 CV, potência combinada de 190 CV. É importante explicar que a despeito do sistema elétrico ter a potência do motor de um fusca 1.3 litro dos anos 70,  tem grande desenvoltura no trânsito do Fusion Hybrid quando operando apenas na eletricidade, ótima agilidade. Isso se deve ao fato dos motores elétricos terem sua capacidade de fazer força (torque) no nível máximo desde a primeira revolução do motor enquanto motores a combustão terão torque máximo apenas a 2000, 3000 ou 4000 rpm. Por isso o Fusion Hybrid operando eletricamente é muito ágil ao sair da imobilidade, mesmo com menor potência.

Outro grande destaque da aplicação da tecnologia híbrida no Fusion é seu nível baixo de consumo de combustível. É bastante econômico, ainda mais se considerarmos os carros de seu tamanho e peso. Na estrada rende 15.1 Km/l e na cidade 16.8 Km/l . Observando bem estes números, o consumo na cidade é melhor do que na estrada. Isso porque na cidade o sistema de regeneração de energia, seja pela inércia ou pelas freadas, atua com mais frequência propiciando maior uso do motor elétrico. Por isso mesmo ele ganha nota “A” (máxima) do Inmetro no programa de classificação de eficiência energética.

Eletronicamente pode ser selecionado o modo ECOSELECT que prioriza ainda mais a redução do consumo de combustível, com acelerações mais suaves e com menor emissão de poluentes, além de otimizar a recarga das baterias pelos freios regenerativos.
   
Mas não é só isso. O modo EV+ prioriza o modo elétrico e depois de 2 a 4 semanas de uso no percurso habitual do dia a dia algo interessantíssimo acontece. Usando as informações do GPS embutido (sistema SYNC), memoriza as necessidades de uso da potência, subidas e descidas que consomem ou recarregam as baterias e assim busca otimizar o comportamento dinâmico do carro visando utilização predominantemente no modo elétrico.


  
Os momentos  principais do test drive foram registrados e pode ser visto no vídeo abaixo no qual, aliás, descrevo e mostro detalhes que também comento neste texto.

Vídeo – Test drive do novo Fusion Hybrid 2017



Ao  longo do teste eu me diverti um bocado avaliando o piloto automático adaptativo. Já existia no Fusion que testei 4 anos atrás, mas agora, a experiência está bem aprimorada. Em sistemas de “cruize control” convencionais (que com certa licença poética chamamos de piloto automático), uma vez fixada certa velocidade o veículo a mantém, mas se um carro mais lento surgir na frente, isso obriga o motorista a encostar o pé no freio para diminuir a progressão (e não bater no carro da frente) e isso desarma o sistema. Na versão adaptativa do Fusion Hybrid, se algum veículo mais lento surgir, a velocidade é automaticamente reduzida. Quando o fator limitante se for, a velocidade originalmente programada volta a ser desenvolvida.

Mas tem mais! Na versão 2017 este recurso pode ser também usado na cidade (não apenas em estradas). Imagine uma dessas vias ditas “expressas”, com velocidade limitada a 50 Km/h, com carros passando pelas faixas a todo momento. Ou mesmo no caso do tráfego parar adiante, o Fusion Hybrid para o carro!! A experiência é muito prática e confortável. Se o tráfego fluir novamente o Fusion retoma sozinho sua marcha e se o tempo parado foi maior que alguns segundos, o sistema é desativado. Isso aconteceu em certo momento do vídeo, o sistema desarmou, não retomou a velocidade e gerou boas risadas.

Sistemas de alerta de proximidade de obstáculos, detecção de pedestres com parada do carro para evitar atropelamento, manutenção do veículo dentro da faixa das vias, pré carga do sistema de frenagem ao ser detectada situação de emergência (para melhorar a eficiência), sistema Stop&Go (desliga o motor nas paradas), tudo isso, somado ao piloto automático que diminui e aumenta a velocidade sozinho (e também freia sozinho o carro), são tecnologias denominadas “semiautônomas”. Estão evoluindo na direção da meta da Ford que é oferecer para o mercado carros totalmente autônomos até 2021 (menos de 5 anos no futuro).

Devo ressaltar que o ótimo porta-malas do Fusion (514 litros) tem redução na versão Hybrid por conta do espaço usado pelas baterias. Assim nesta versão seu porta-malas tem capacidade de 392 litros. Ainda um bom espaço, mas não tão generoso quanto o da versão movida apenas com motor a combustão.

Há um sem número de artefatos tecnológicos presentes que não comentarei em detalhes. Mas cito o sistema multimídia SYNC3 (emparelhamento de smartphone), comandos de voz, inclusive para o sistema de navegação GPS presente na ótima tela de LCD no console central, quadro de instrumentos composto de 2 telas LCD de 4.2 polegadas com visualização configurável (podem ser escolhidas as informações exibidas em cada tela), park assist (estaciona o carro sozinho), direção elétrica (mais eficiente e confortável que a tradicional hidráulica), Stopt&Go (para o motor a combustão quando o veículo interrompe sua movimentação), teto solar panorâmico, assistente de descida, 8 airbags, cintos traseiros laterais infláveis, assistência de frenagem com detecção de pedestres (imobiliza o carro sozinho ao perceber um pedestre no caminho), etc...
  


Conclusão

A experiência vivenciada no Hybrid é bastante diferenciada. A começar pela autonomia na cidade, cerca de 890 quilômetros (tanque com 52.7 litros). O incrível silêncio proporcionado pelo motor elétrico e sistemas de supressão de ruídos faz do Fusion Hybrid o carro mais silencioso que dirigi nos últimos tempos.

Não se trata de um carro barato. Consultado o site da Ford, em dezembro de 2016 o Fusion Hybrid tem preço de tabela sugerido de R$ 163.000, mas certamente pode ser negociada alguma redução nas concessionárias. Custa cerca de 20% mais caro que a versão Titanium com motor Ecoboost 2.0 de 234 CV.

Não posso esquecer de citar o câmbio automático do tipo CVT que agrega mais um fator objetivo e, porque não, também psicológico no ato de andar neste Fusion. O silêncio proporcionado pelo sistema antirruído, somado à experiência de não ser percebida troca alguma de marcha, faz mais ainda parecer que se está dirigindo um carro totalmente elétrico em todas as condições (mesmo com o motor a combustão em operação).

Essa combinação é muito feliz na percepção do motorista. Quem não está habituado a câmbio CVT pode achar as respostas à aceleração não tão vigorosas, mas não é bem assim. Como todo câmbio automático o simples ato de pisar um pouco mais fundo no acelerador faz com que seu sistema de marchas “infinitas” efetue a necessária redução de marchas e assim amplificar a força de seu motor combinado, elétrico e a combustão. Aliás, motor apenas a gasolina (não é flex).

Pelo grande conjunto de tecnologias embarcadas, a sensação diferenciada ao dirigir o Fusion Hybrid, aliado ao consumo de combustível bastante comedido, posso recomendar às pessoas que visam esta categoria de carros a experimentá-lo. Eu tinha gostado anos atrás e agora só ampliou minha percepção de evolução, conforto e eficiência, com emissão muito baixa de poluentes.
  



Vídeo - Existirá um carro elétrico ou híbrido em seu caminho?

 


Vídeo - Vídeo - Câmbio automático, automatizado ou CVT? Tire suas dúvidas

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Corning, um século e meio de evolução com o milenar vidro!!

Conhecer a história na grande maioria das vezes faz a maior diferença! Já conhecia a empresa Corning e superficialmente sua linha de produtos. Vidro! Essencialmente vidro, algo que o ser humano aprendeu a dominar há muito tempo, seja pelas mãos dos fenícios ou dos egípcios, há cerca de quatro mil anos, ou seja, há milênios.

A Corning inaugurou em São Paulo neste dia 14 de dezembro seu showroom que mostra boa parte desta trajetória e, muito importante, seu portfólio atual de produtos e soluções. Voltando à história, você sabia que o produto/marca Pyrex é desenvolvimento da empresa? É um desenvolvimento antigo, quase 100 anos. Trata-se de um tipo de vidro que não sofre transformações ou dilatação e contração em uma larga faixa de temperaturas. Isso o habilita a ser usado em fornos, sejam domésticos (aplicação que possivelmente você conhece) ou industriais. Mas foi para uso em lampiões que ele foi inicialmente desenvolvido há 100 anos.

 


Avançando rapidamente o filme, quem já trabalhara tantas décadas com vidro, o natural aconteceu. A Corning foi pioneira entre as empresas (poucas) que desenvolveram e dominaram o processo de fabricação da fibra ótica. Isso reverteu em muitas aplicações. A grande maioria das operadoras de telefonia (e Internet) usam seus sistemas concentradores de conexões de fibra, milhares de quilômetros dos cabos óticos. Toda antena de celular precisa se comunicar com a central em altíssima velocidade e sem falhas. Por isso toda a tecnologia de fibra ótica está presente nas operadoras, nos Data Centers de grandes empresas para conectar seus inúmeros servidores, na distribuição de sinal de Internet pelas grandes cidades. Nas menores também. Com o passar do tempo, conforme a demanda de conexão nestes locais (ou áreas afastadas das grandes cidades) sobe, para os provedores conseguirem atender, com a renovação da infraestrutura, do cabo cobre para a fibra, conseguirão dar vazão a esta demanda.

 




Outra história muito interessante e de imensa relevância, mais próxima do consumidor final, está em outro tipo de vidro. Muito presente no dia a dia. É fato histórico, conhecido, está no   livro com sua biografia. Steve Jobs procurou a Corning quando estava desenvolvendo seu primeiro iPhone porque o material que estavam usando para a tela (um tipo de policarbonato) estava se mostrando frágil, sujeito a quebras e riscos. A Corning desenvolvera um vidro fino e muito resistente ainda no final dos anos 40, visando aplicação em para-brisas de automóveis, mas que não fora aproveitado pela indústria (não no volume esperado). Foi a solução perfeita para as telas do primeiro iPhone e da maioria dos smartphones existentes. Sim, estou falando do famoso “Gorila Glass”, um dos importantes produtos de seu portfólio.

Hoje em dia há montadoras usando o Gorila Glass em seus carros, visando resistência, redução de peso (é bem mais fino e leve) e também menor consumo de energia (no caso é um carro elétrico ou híbrido). Depois de 50 anos, o uso originalmente proposto assume seu lugar!


Agora que conheço melhor a história, tenho uma visão inicial da vasta linha de soluções e produtos, estou pronto para melhor acompanhar as realizações da Corning, aplicações inovadoras, seja perto do consumidor, seja nos bastidores das grandes empresas de tecnologia e assim poder compartilhar com os leitores.

Sobre isso tudo conversei rapidamente com Ricardo Claro, executivo da Corning e registrei no vídeo que replico abaixo. Lamentavelmente uma pequena falha técnica subtraiu os últimos 30 segundos da conversa. Mas o mais importante, o resgate da história nas palavras do Ricardo, isto está presente e pode ser conferido!!

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

DENÚNCIA - ARMADILHA da VIVO no uso fora do Brasi!! Um GIGANTE desrespeito!

O que vou contar é para mim um golpe que a VIVO está aplicando nas pessoas que viajam para o exterior!! Sim é golpe, não tem como ver de outra forma!
  
Sempre que viajo para o exterior desativo o serviço de dados do meu smartphone já no aeroporto no Brasil e só reativo dias depois, quando retorno. Faço isso porque normalmente as tarifas para uso costumam ser extorsivas. No passado havia operadoras que cobravam R$ 35 por MB trafegado, um total desplante. Há algum tempo a VIVO tem um serviço razoável, cobra R$ 29,99 por dia que for usado o serviço e isso inclui SMSs, 50 minutos de ligações de voz, local ou para o Brasil e 50 Mb de uso dados, que se não é muito, serve bem para um uso comedido, recados, e-mails, ler notícias e até mandar ou receber 2 ou 3 fotos. É o tal VIVO TRAVEL - veja o site do serviço aqui.

Como funcionava? Ao chegar no país destino, a parceira da VIVO no local é ativada (rede de telefonia) e você recebia um SMS convidando-o a usar o VIVO TRAVEL com a seguinte instrução “responda estes SMS com xxxx para ativar este serviço e cada dia que for usado será cobrado R$ 29,99”. Parece correto, justo, mas agora tem maldade escondida por trás.
   


A VIVO cobrava R$ 0,80 por SMS enviado no exterior. Um valor “alto”, mas bastante acessível para quem precisa dar uma informação para alguém, um recado profissional, etc. estando fora do país. Em minha última viagem, com o serviço de dados do smartphone desligado, precisei transmitir um recado antes de chegar ao meu destino final (onde tive WiFi 100% do tempo para uso de dados). Da mesma forma, no dia de ir embora, também enviei para a família, do aeroporto um SMS para confirmar meu embarque (não tinha WiFi neste aeroporto).

Qual não foi minha surpresa quando percebi ter sido cobrado R$ 129,96, 4 diárias do VIVO TRAVEL, em uma viagem na qual o serviço de dados fora desligado ainda no aeroporto aqui no Brasil e mais ainda por eu não ter concordado ou contratado formalmente o serviço.

Reclamei com a VIVO e me informaram que desde o dia 29 de setembro de 2016 o serviço VIVO TRAVEL tem contratação automática, quer você use 1 único byte de dados ou envie em SMS para sua doce mãezinha no Brasil. Isso não está explicado em lugar algum do site!! Com a ajuda do atendente, depois de minutos se esgueirando pelo site vi que na verdade está lá!  Nas letras miúdas do site tem um link para “regulamento”, que por sua vez abre um PDF de 3 páginas, também com letras pequenas (não tanto como a primeira) e no parágrafo 2.1.4 está escrito “Todos os Clientes que utilizarem o roaming internacional de dados, voz e/ou SMS no seu celular serão cobrados no valor da diária conforme o país visitado.”
  
  

Ou seja, viajar para o exterior, NÃO QUERER usar o serviço de dados e mandar UM SMS apenas, não custa mais R$ 0,80 e sim R$ 29,99 pelo serviço total do dia. Não teve como eu argumentar com o atendente de Roaming Internacional da VIVO em relação aos dias de SMS, o primeiro e o último dia da viagem. Mas ele me disse “eu posso lhe fazer um favor, cancelando os dias no meio da viagem que não teve SMS”. Fazer um favor?? Fazer uma gentileza? Eu fui cobrado por algo cuja contratação é no mínimo velada, escondida e contra os direitos e necessidades do consumidor. O meu SMS custou R$ 29,99 em cada um dos dias (quase R$ 60 por dois SMSs). Assim tive a metade da despesa, R$ 59,98 retirados da minha conta, como um “favor”. Isso porque eu vociferei e esbravejei dizendo que eu desligara o recurso de dados móveis de meu celular e seria impossível eu ter usado Internet via 3G ou 4G naquela ocasião.

Sendo assim TENHAM CUIDADO!!  A VIVO ativa o serviço que antes exigia um SMS formal para  contratação, com o “EU QUERO” e no lugar, se você mandar um SMS que pensava custar R$ 0,80 ou se esquecer de desligar os dados de seu smartphone, o primeiro byte trafegado já credita à VIVO a tarifa do serviço que você não escolheu nem concordou usar. E pelo jeito ela vai cobrando a cada dia que perceber que está fora do país.

Advogados de plantão, vincular o SMS a um plano que tem voz, dados e SMS, que era tarifado individualmente antes (os tais R$ 0,80), não se trata de operação de venda casada?? Pode isso? Cobrar um serviço que você nem sequer optou por sua utilização? Na verdade trata-se de um sistema “pega trouxa”, ao menor deslize, entram goela abaixo com o serviço não solicitado.


Eu me considerei espoliado, enganado, desrespeitado e manipulado pela VIVO. Será que é assim que ela acha que seus clientes devem se sentir? Para arrancar na “mão grande” meros R$ 29,99 por dia?? VIVO espero que reflita e trate clientes como pessoas e não como uma boiada que você toca para cá e para lá segundo a SUA vontade. Na prestação de serviços é o CLIENTE que tem que ser considerado.
    
 




ATUALIZAÇÃO DO DIA 16/12/2016 - VIVO ME LIGOU

A VIVO entrou em contato comigo na noite dia 16 e se retratou. Falou que fui mal atendido, que pedia desculpas pelo atendimento prestado. Perguntou se havia algo a mais que eles poderiam fazer. Disse que não concordava com a cobrança de um serviço não solicitado e que dos 4 dias que me foram cobrados, apenas 2 haviam sido desconsiderados. Assim foi reemitido um boleto de cobrança com o estorno dos 4 dias que reclamei.

Algumas lições importantes deste episódio. Não podemos ficar calados e aceitar tratamento "boiada". Se algo está errado, se algo nos foi feito que fere a lógica e o bom senso, temos que nos manifestar e reclamar. Foi o que eu fiz com esta publicação.

Mas nem tudo são flores. A VIVO ao me procurar se desculpou por um mal atendimento e não porque me impingiu um serviço que não fora solicitado. Não ficou nada claro para mim se eles vão se mexer em relação a este caso, se vão retornar a contratação do serviço VIVO TRAVEL à forma anterior, pela qual o usuário precisaria responder formalmente a um SMS que o convidava a aderir ao serviço e não ativar automaticamente tão logo o incauto consumidor saia do avião e se o serviço de dados não estiver desligado (o consumidor achando que como não contratou nada não terá o acesso), faça a ativação automaticamente.

Para finalizar vou fazer uma analogia. Você entra em uma pizzaria. Senta-se à mesa. Não fala com o garçom e não pede nada. De repente trazem para a sua mesa 6 pízzas, 10 cervejas e 4 caipirinhas. Reclama que não pediu nada daquilo, mas o garçom retruca, essa é a nossa regra, se entrou aqui já tem que pagar pelo consumo que eu decidi por você. Entendeu VIVO?!! Sem precisar desenhar, certo? Eu e todos os honestos consumidores agradecemos.