quarta-feira, 27 de julho de 2016

Novo Ford Edge 2016 - conforto, robustez e tecnologias a perder de vista

Existem tipos de carros que não experimento frequentemente. Aliás, minha preferência é por carros de porte médio e pequeno. Mas começo a repensar meus critérios. Carros grandes eram para mim sinônimo de carros pesados e de condução pouco ágil. Meus paradigmas começaram a cair quando experimentei recentemente a Ranger, que contei no texto “Surpresa, a grande Ranger 2017, um veículodois em um!”. Desta vez foi o Ford Edge que terminou de destruir minhas barreiras de gosto pessoal por carros grandes. E se você que está lendo este texto já gostava de carros avantajados... vai se deliciar com todas as novidades e experiências que vou compartilhar com vocês!!
A nova versão do Ford Edge tem como grande destaque o imenso conjunto de tecnologias que está à disposição do seu usuário. Algumas bastante visíveis e perceptíveis e outras de certa forma “ocultas”, mas cuidando da segurança e conforto do motorista. A ficha técnica completa, cores e opcionais do novo Edge podem ser vistos no site da Ford aqui neste link. Vou contar e descrever o que mais chamou a minha atenção.

figura 01 – novo Ford Edge (clique para ampliar)

Um pouco de história e do mercado

O novo Ford Edge faz parte do segmento de crossovers, que se notabilizam por compartilhar a plataforma com outro veículo, muitas vezes um sedan. O Edge e o Fusion têm a mesma origem e talvez por isso mesmo, a despeito do tamanho avantajado do Edge ele se parece tanto com seu “irmão” na condução. É um veículo que segundo os dados do Google Trends desperta interesse sendo aquele mais se busca por informações na Internet de sua categoria, comparado com Land Rover Evoque, Jeep Grand Cherokee e VW Touareg. Há alguns anos o segmento de crossovers representava apenas 0.98% e em 2015 já era 1.80% (quase dobrou).

É baseado em uma plataforma global, desde 2012, como citei, compartilhada com o Fusion. O modelo trazido para o Brasil tem como origem o Canadá (e exportado para 100 países). É considerado um crossover premium que conta com muitas tecnologias e inovações sendo várias para condução semiautônoma. Seu consumidor típico é tem 41 anos de idade e está em busca de experiência diferenciada (muitos usaram e conheceram o carro em viagens de férias par ao exterior).
    

figura 02 – novo Ford Edge (clique para ampliar)


Características principais

Em relação à versão anterior, sua plataforma cresceu 100 mm no comprimento (4.782 mm), 30 mm no entre eixos (2.850 mm) e 40 mm na altura (1.744 mm). Isso resultou em mais espaço, principalmente para os passageiros de trás. O porta-malas foi ampliado para 1.110 litros (medido até o teto), o maior da categoria.

O novo Edge está disponível no Brasil apenas na versão topo de linha denominada Titanium. Conta com o motor 3.5 V6 TiVCT de 284 cv (não mudou nesta versão), torque de 339 Nm (a 4.000 rpm), transmissão automática de seis velocidades com Paddle Shift (borboletas no volante) e tração integral inteligente. Conta com 8 airbags, direção elétrica (era hidráulica anteriormente), controles eletrônicos de estabilidade, tração e anticapotamento. Estes recursos contribuem para o seu desempenho forte e eficiente em todo tipo de pista. Tem bancos com aquecimento e refrigeração. Teto solar panorâmico e telas de DVD na traseira são opcionais.
   

figura 03 – novo Ford Edge – teto solar panorâmico
 (clique para ampliar)


Vem com tração integral de série (sistema AWD – All Wheel Drive) que funciona de forma inteligente. É ativado automaticamente quando necessário e transmite segurança em qualquer tipo de pista, mesmo molhada ou escorregadia, distribuindo a tração pelas 4 rodas. Ele é calibrado para oferecer um desempenho superior em curvas, com menor intervenção do controle eletrônico de estabilidade.

O novo Edge obteve a classificação máxima de cinco estrelas e também recebeu o selo “Top Safety Pick”, de melhor escolha em segurança, do rigoroso IIHS (Insurance Institute for Highway Safety), dos Estados Unidos. Conta ainda com sistema de alerta pós-acidente, sistema Isofix para cadeiras infantis, cintos de segurança com pré-tensionadores, monitoramento de pressão dos pneus e teclado para abertura da porta do motorista.

O test drive


A convite da Ford estivemos em Campos do Jordão para experimentar o novo Edge. O percurso variado composto de vias da cidade, estrada, serra, aclives, declives... Foi perfeito para esta experimentação. Nosso ponto de partida aconteceu no hotel Blue Mountain. Foi uma escolha interessante, pois remete às sensações de uma experiência de férias nas montanhas, algo que pode ser desfrutado, por exemplo, em estações de esqui no exterior com um Edge alugado...
   


figura 04 – novo Ford Edge no ambiente do test drive em Campos do Jordão
 (clique para ampliar)

Fiz o test drive em companhia de meus amigos Richard Max do portal www.rmax.com.br e de Marcelo Julião do portal www.techguru.com.br, além da Helena da área de comunicações da Ford. Foi um trajeto com aproximadamente 65 Km no qual nos revezamos na condução do novo Edge. Parte destes momentos estão registrados em dois vídeos.

O primeiro deles feito por mim no qual brevemente falamos no novo Edge e mostramos a subida da serra.
    

Vídeo 01 – Breves momentos do test drive do novo Edge (2 minutos)

Já o segundo vídeo é bastante especial. Meu amigo Richard Max registrou um bom pedaço do test drive com uma câmera 360 graus, algo até então inédito no Brasil, pois ninguém registrara um test drive desta forma. O Richard fala sobre o novo Edge e também nós todos conversamos descontraidamente sobre o carro. O uso deste vídeo neste texto foi autorizado pelo Richard o qual eu agradeço bastante. Desfrutem do novo Edge em experiência 360 graus: 


Vídeo 02 –test drive 360 graus do novo Edge (12 minutos)


figura 05 – novo Ford Edge no ambiente do test drive em Campos do Jordão
 (clique para ampliar)

Destrinchando diversas tecnologias

Comentei nos vídeos, o novo Edge traz um imenso conjunto de tecnologias. Algumas já conhecidas e em uso (até por outros veículos da Ford) e outras que são inéditas no Edge. Vou destacar as que mais me chamaram a atenção:

Itens de conforto: bancos dianteiros refrigerados ou aquecidos. Sabe aqueles dias muito quentes ou muito frios? Os bancos não incomodarão mais!! Os bancos dianteiros têm refrigeração e aquecimento e os traseiros têm aquecimento. Ajuste elétrico dos bancos em 10 posições (distância, inclinação) com memória para motorista e passageiro. Ao entrar no carro, muito rapidamente cada um retoma o seu ajuste perfeito e confortável. Há também ajuste elétrico da coluna de direção com memória.


figura 06 – interior com bancos aquecidos, refrigerados e ajustes com memória (clique para ampliar)

Motor 3.5 litros de 284 cv: trata-se de um respeitável V6, com potência abundante e um exuberante torque de 339 Nm, que já traz cerca de 300 Nm perto de 1500 rpm. Ou seja, muita força, mesmo em baixa rotação. Ao experimentá-lo subindo a serra de Campos de Jordão, a pronta reposta e agilidade chamaram a atenção. Destaco também a ótima transmissão automática de 6 velocidades que traz nessa nova versão a possibilidade de troca manual de marchas por meio do “padle shift”, ou seja, as “borboletas” nas laterais do volante. A Ford não divulgou os dados de consumo para o novo modelo. Mas segundo dados da versão 2015, anterior (que tem o mesmo motor) o novo Edge obtém aproximadamente 6.8 Km/l na cidade e 9.5 Km/l na estrada (valores apenas para referência – não oficiais).
    

figura 07 – motor 3.5 l V6

Direção elétrica com assistente dinâmico de direção
: o novo Edge traz assistência elétrica na direção (hidráulica na antiga versão), que é uma tendência nos carros atuais. Mais precisa e não consome recursos (potência) do motor. Além disso, o novo recurso, assistência dinâmica de direção ajusta não apenas a sensibilidade (leve em baixa velocidade e mais firme em alta velocidade), como também reduz o diâmetro de giro em baixas velocidades. Isso traz grande facilidade nas manobras, conforto e segurança. A Ford compartilhou um vídeo que ilustra de forma muito interessante este recurso. Veja como em baixa velocidade é muito mais fácil fazer as manobras:
  

Vídeo 03 – direção adaptativa do novo Edge (26 segundos)

Tração inteligente AWD: a sigla AWD, All wheel drive, significa tração nas 4 rodas, mas de forma inteligente. Sensores identificam a demanda e ajusta a distribuição da tração pelas 4 rodas automaticamente. Isso transmite segurança em qualquer tipo de pista, mesmo molhada ou escorregadia. É calibrado para oferecer um desempenho superior em curvas, com menor intervenção do controle eletrônico de estabilidade.
  

figura 08 – Tração inteligente AWD


AdvanceTrac, estabilidade e precisão: trata-se de um conjunto de recursos que tornam o carro mais seguro, também nas manobras de emergência do veículo. Controle eletrônico de estabilidade (RSC – ajusta a velocidade de cada roda, até freando uma roda se necessário, para recolocar o carro na direção certa em caso de início de derrapagem), distribuição eletrônica de força de frenagem (EBD – complementa a eficiência do ABS), assistente de partida em rampa (HLA – em rampas não precisa frear, apenas acelerar - o carro fica freado sozinho), assistente de frenagem de emergência (EBA – executa pré carga nos freios ao perceber situação de perigo), controle eletrônico de tração (TCS – garante a aderência em situações de aceleração).


figura 09 – AdvanceTrac – estabilidade e precisão
     
 
Segurança, airbags e cintos infláveis
: airbag é um recurso que ninguém quer testar ou utilizar. Mas se precisar, o novo Edge conta com 8 airbags, incluindo os modernos de cortina e (novidade) para o joelhos de motorista e passageiro. Além disso para melhor proteção dos passageiros da parte traseira os cintos são agora infláveis (veja a foto abaixo).


figura 10 – sistema de airbags e cinto de segurança inflável

Câmera frontal com visão 180 graus: passo por situação de risco todos os dias. Ao sair da garagem do meu prédio, como há carros parados dos dois lados, tenho a visão do fluxo da rua comprometida. Mas a câmera 180 graus instalada na grade frontal do novo Edge, dá a visão exata da rua trazendo mais segurança em saídas de garagem, cruzamentos, saída de vagas, etc. Há inclusive um interessante mecanismo para a limpeza dessa câmera. Esta funcionalidade pode ser vista nos vídeos abaixo que foram compartilhados pela Ford.
    

Vídeo 04 – câmera 180 graus - demonstração (38 segundos)
   

Piloto automático adaptativo: mantém a velocidade constante sem que o motorista precise dosar o acelerador, bem como desacelera e freia para manter a velocidade constante. Mas também reduz a velocidade se o carro que surgir à frente estiver mais lentamente. Assim que este carro sair do caminho ou se o motorista desviar dele, retoma a velocidade programada anteriormente. Grande fator de conforto em uso nas vias rápidas ou nas estradas. Acompanhe esta tecnologia no vídeo abaixo que foi compartilhado pela Ford.
   

Vídeo 06 – piloto automático adaptativo - animação (17 segundos)

  

Sistema de permanência em faixa: câmeras na parte frontal do novo Edge monitoram as faixas de rolamento da estrada e ajudam a manter o carro dentro dos limites. Seja alertando o motorista por meio de vibração no volante se o novo Edge começar a sair da faixa ou sinais sonoros. Também alerta se houver muita aproximação em relação ao veículo que vai à frente. Bastante importante se o motorista não percebe que começa a ter sonolência ao volante. Acompanhe esta tecnologia no vídeo abaixo que foi compartilhado pela Ford.


Vídeo 07 – piloto automático adaptativo - animação (13 segundos)
 
Sistema de monitoramento de pontos cegos: por mais ampla que seja a visão do carro, mais área envidraçada e espelhos bem posicionados, sempre haverá pontos cegos que se não percebidos podem levar a colisões menores ou maiores. O novo Edge conta com câmeras e radares que alertam o motorista se um carro se aproximar pela via, estando em movimento ou não. Atua também na marcha ré e conta com sinais luminosos no espelho retrovisor.


Vídeo 08 – sistema de monitoramento de pontos cegos - animação (27 segundos)

  
  
Porta malas com abertura inteligente: como o novo Edge funciona com o sistema de chave por presença (partida com botão no console se a chave estiver próxima), isso também permite que seu motorista abra o porta malas apenas com um movimento de pernas na parte inferior do porta malas! Isso é bastante útil se a pessoa estiver com as mãos ocupadas! Eu registrei esta funcionalidade no vídeo que fiz com minha amiga Karina Ruela do blog www.paracrianca.com.br.
    

Vídeo 09 – sistema de abertura inteligente do porta malas (32 segundos)


Imagem 15– sistema de abertura inteligente do porta malas

Sistema de auxílio a estacionamento de segunda geração: este sistema pude testar há algum tempo no Ford Focus e já tinha achado fantástico. O motorista aciona o sistema e o novo Edge após passar pela vaga emite um alerta informando que o carro cabe naquele lugar. Neste momento surgem no painel instruções para engatar a marcha ré ou para frente e toda a manobra é feita pelo novo Edge! A direção se movimenta sozinha! Nesta segunda geração da tecnologia, que conta com 12 sensores monitorando 360 graus, há duas novidades. Possibilidade de estacionamento também em vagas perpendiculares e a saída da vaga de forma automática, como o estacionamento.  A Ford forneceu um vídeo muito interessante sobre a tecnologia e eu também produzi o meu próprio vídeo demonstrando em Campos de Jordão esse interessante recurso, com Karina Ruela e Adriane Rocha (Ford).


Vídeo 10 – sistema de auxílio a estacionamento -  animação (57 segundos)


Vídeo 11 – sistema de auxílio a estacionamento -  situação real em Campos do Jordão ( segundos)

Sync Media System: uma tela de LCD de 8 polegadas sensível ao toque (touch) é o centro de comandos de vários recursos como: comando por voz para o sistema de som, telefone, ar condicionado e navegador GPS. Conta com conexão bluetooth e duas entradas USB. O sistema de som é Premium da Sony com 12 alto-falantes, comandos no volante (e por voz). Também integra o sistema de chamada de emergência da Ford que aciona socorro automaticamente se uma colisão acontece. Além disso, no painel há duas áreas de 4.2 polegadas que são configuráveis, o motorista pode personalizar as informações que serão exibidas.


Imagem 17 – Sync Media System
 
Pacote adicional de tecnologias
: chave com sensor de presença, acesso inteligente, partida sem chave, partida remota (ligar o carro antes de entrar nele – ar condicionado, aquecimento, etc.), My Key (permite programar limites de acesso e velocidade se for emprestar o carro). A chave pode ser guardada dentro do carro, carro trancado e acesso via painel sensível ao toque na parte externa. Rebatimento automático dos bancos traseiros para ampliar o porta malas, farol alto automático (alterna a intensidade do farol reduzindo se há veículo na direção contrária), acendimento automático de faróis, sensor de chuva (acionamento dos limpadores de para brisa), freio de mão elétrico (com desarme automático ao movimentar/acelerar o veículo) e DVDs independentes nos encostos de cabeça para os ocupantes da parte de trás (opcional) e por fim, teto solar panorâmico que cobre quase a totalidade da capota (opcional).

 
Imagem 18 – pacote adicional de tecnologias

Posicionamento de mercado e preços

Quando a Ford resolveu trazer do Canadá para o Brasil apenas a versão Titanium do novo Edge sua intenção era concorrer fortemente no segmento de crossover médio e premium. Segundo a Ford, seus concorrentes mais próximos, VW Touareg, Volvo XC90, Land Rover Evoque, Jeep Grand Cherokee, BMW X5, Audi Q5 são superados no quesito preço ou pacote de recursos, funcionalidades e acessórios. Analisando friamente os concorrentes, há muitas semelhanças no tamanho, potência de motor, tração AWD, etc.

O novo Ford Edge de destaca e diferencia no conjunto de recursos e funcionalidades e na faixa de preço. O modelo “standard” custa R$ 229.000 e tem como opcionais apenas o teto solar panorâmico e os DVDs nos encostos de cabeça que custam R$ 5.000 cada um. Isso levaria o novo Edge ao preço máximo de R$ 239.000. É um valor alto para o padrão do consumidor brasileiro. Mas lembremos que o cliente do Edge é um consumidor diferenciado, que deseja desfrutar de todos os recursos presentes. Segundo a Ford a concorrência passa a oferecer conjuntos igualmente equipados apenas por valores acima de R$ 300.000 e por isso o novo Edge é bastante competitivo. E tem o seguro mais barato de todos, tanto relativo (percentual do preço do carro), como absoluto (por ser mais baratos que os rivais). Também são mais baratas as revisões e “cesta básica de peças” (segundo várias publicações).Previsões de venda não foram divulgadas.


Imagem 19 – interior do novo Edge (clique para ampliar)

Conclusão

Trata-se de um carro de 2 toneladas (2040 Kg), mas que tem a agilidade e comportamento dinâmico de um sedan médio. Afinal sendo derivado do Fusion. Esta foi a minha percepção. Já testei o Fusion e confirmo a semelhança no comportamento. Seu motor de 284 cv é mais do que suficiente proporcionando respostas ágeis e imediatas.

Ouvi algumas críticas pelo fato do novo Edge não usar um dos motores Ecoboost, consagrados pelo mercado e premiados por diversos órgãos especializados. Foi uma opção de projeto da Ford, manter o bom 3.5 V6 em 2016. Mas é natural que em próxima versão do carro um ótimo motor Ecoboost possa a vir integrar o pacote mecânico do Edge. Em 2017, 2018? A Ford não anunciou. Mas para pôr fim nesta polêmica sobre o motor, vou fazer uma analogia. O motor Ecoboost é um “sorvete Häagen Dazs” enquanto o 3.5 V6 é um “sorvete Kibon”. O Kibon é saboroso, gostoso, cremoso, mas ao abrir o freezer e saber que na geladeira tem também o Häagen Dazs, claro que o consumidor quer o melhor! Este é um bom problema que a Ford tem. Afinal, ter um super evoluído motor em seu portfólio faz crescer o desejo do consumidor por este novo “sabor”. Sendo mais justo na minha comparação, o 3.6 V6 está mais para uma “Bacio di Latte” do que um Kibon!! Ágil, forte, alto torque, etc.


figura 20 – novo Edge pronto para ser testado. (clique para ampliar)

O pacote de tecnologias a acessórios é surpreendente! Você acha que eu citei tudo? Não mesmo! Há vários detalhes que passei por cima para não aumentar desmesuradamente este texto (ainda mais). Os recursos existentes que mais me cativam têm a ver com segurança. Muitos airbags, diversas assistências à condução, estabilidade, frenagem, manutenção na faixa, alerta de pontos cegos, piloto automático inteligente, assistência a estacionamento, alerta de colisão... são muitas tecnologias!

Os mimos também estão presentes a granel! Abertura automática do porta malas, bancos aquecidos ou refrigerados (dianteiros), ar condicionado digital dual zone, som premium, sistema Sync com tela touch, farol alto automático, assistente dinâmico de direção, chave presencial, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, teto solar panorâmico... também são muitos agrados e carinhos ao consumidor. Afinal o cliente do Edge é um consumidor bastante exigente.

A Ford denomina parte deste conjunto de tecnologias de assistência como “semi-autônomas”. É isso mesmo. Pouco a pouco, começando pelos carros mais sofisticados, diversas dessas assistências serão agregadas e quando menos percebermos teremos chegado ao carro autônomo de verdade (com opção de condução pelo próprio motorista). Assim aos poucos, ninguém vai ficar assustado e assim aceitará o carro que dirige sozinho! Estou especulando, mas penso ser este o caminho sendo trilhado pela Ford e outros fabricantes nessa direção e o novo Edge tem todas as características de excelência para percorrer este caminho.

Espaçoso, confortável, moderno, potente, ágil, condução leve como de um sedan, muitos recursos e assistências... este é o novo Edge. O que eu poderia sugerir para melhoria? Motor Ecoboost é um forte clamor. Quem mandou a Ford ter este baita motorzão na sua linha? Que a cada modelo, a cada ano, as tecnologias se multipliquem. Que o sistema de assistência de estacionamento não precise que o motorista acelere e freie (faça isso sozinho). E por que não, querer que eu deixe o carro na porta do restaurante e o Edge vá encontrar sozinho uma vaga para mim? Se tem um carro da Ford que pode chegar lá primeiro, pode ser o Edge e seu primo irmão, o Fusion!!

Lançamento para o público em 1º de agosto. Já será possível a partir desta data marcar test drive e até mesmo a aquisição do produto.



figura 21 – ficha técnica do novo Edge (clique para ampliar)

terça-feira, 19 de julho de 2016

Moto Z - smartphone cresce com a necessidade - novo conceito

Ouvi anos atrás um fabricante dizer que teria um produto totalmente modularizado. O cliente poderia escolher cada componente de seu produto final, memória, câmera (resolução, lente, etc.), quantidade de armazenamento, tipo de WiFi, forma de conexão (3G/4G), capacidade de bateria, etc. Obviamente isso se não se concretizou, uma vez que sem essas opções resultariam em centenas de combinações, algo totalmente inviável na economia globalizada que depende de larga escala de produção.

Porém a Motorola, agora uma empresa do grupo Lenovo, teve uma ideia muito engenhosa. Se não é tão “magicamente” ampla como o exemplo acima, adiciona um grande valor ao smartphone que pode ter novas funções agregadas. Trata-se do smartphone que pode ter acessórios que fazem crescer sua funcionalidade de acordo com as necessidades. Vou contar com as minhas palavras e depois na sequência replicarei o próprio comunicado de imprensa do fabricante com detalhes adicionais.

Tudo começa com um aparelho com tela Amoled tem 5.5 polegadas. Tem o mais rápido processador do mercado, o Qualcomm Snapdragon 820 (que aliás eu testei no final do ano passado - O versátil e poderoso Snapdragon 820 - o novo motor do seu smartphone). Contará com 4 GB de memória RAM e 64 GB de armazenamento interno.


Moto Z – visão frontal e traseira


Moto Z – detalhe dos conectores

É extremamente fino, segundo a empresa o mais fino do mundo!!São apenas 5.2 milímetros de espessura!! Muito leve, apenas 136 gramas! Sobre este formato podem ser encaixados o que a empresa denomina “snaps”, que são as “capas funcionais” que podem ser neste momento (vou explicar depois) as seguintes:

  • estético          – capas com diferentes padrões, cores e materiais
  • bateria           – adiciona 85% a mais de bateria ao aparelho (mais 2200 mAh)
  • projetor         – transforma o smartphone em um projetor de imagens
  • autofalante    – adiciona uma caixa de som de alta qualidade – JBL



snaps -  projetor de imagens e caixa de som


Sobre estes snaps, pude vê-los em ação e manipulá-los por algum tempo e por isso tenho alguns comentários a fazer.

O snap projetor é fantástico! Leve, pequeno, adapta a projeção à superfície, não importando a inclinação do aparelho (ajuste de paralaxe – correção do efeito trapézio), tem bom brilho, mesmo em ambiente com iluminação e ótima definição (a despeito de ter 480p de resolução).

O snap bateria é muito fino e quando encaixado torna o aparelho mais robusto, mas ainda fino o suficiente para ser levado no bolso. Durante seu uso dois ícones indicativos de bateria são mostrados na tela do Android. Uma ótima forma de obter autonomia adicional. A propósito, o carregador usa a nova interface USB-c que além de permitir conexão sem “lado certo”, trabalho com 3 ampères de corrente, que resulta em tempos de carga muito rápidos, horas de extensão da autonomia com apenas 15 minutos de carga.


snap de bateria extra

O snap autofalante é produzido em parceria com a renomada JBL. Apenas encaixá-la no aparelho é suficiente. Não é necessário fio algum nem processo de sincronização (como no caso das caixas de som bluteooth). E a qualidade do som é incrível, ainda mais para um dispositivo pequeno assim, grande reforço sonoro e com qualidade.


snap de autofalante


Por fim os snaps estéticos, são capas muito muito finas e leves, praticamente não acrescentam peso ou espessura no aparelho. São muitas possibilidades de cores, padrões e materiais.


alguns snaps estéticos e de acabamento


A câmera fotográfica tem lente com abertura f1.8, que significa alta sensibilidade à luz, boas fotos mesmo em ambientes mal iluminados, com ricas opções para uso em modo automático e manual.

Cabe ressaltar que o Moto Z será oficialmente lançado no Brasil apenas em setembro próximo e contará de imediato com todos estes snaps. Mas um importante e interessante programa de apoio a desenvolvedores está fazendo surgir um ecossistema de produtos compatíveis. Estes após homologados pela Motorola passarão a fazer parte do portfólio de soluções que agregam valor ao Moto Z com novas funcionalidades.

Com toda certeza tenho grande interesse em avaliar minuciosamente este produto tão logo ele chegue ao Brasil em setembro próximo. Também conferir estas qualidades todas que foram anunciadas, bem como os snaps disponíveis...

Mais informações podem ser encontradas no site do Moto Z - https://www.motorola.com/us/products/moto-z-droid-edition  e no comunicado oficial de imprensa que replico abaixo.


Moto Z




Moto Z com Moto Snaps: o smartphone premium mais fino do mundo que se transforma em um clique.

São Paulo, 19 de julho de 2016 – Bem-vindo à próxima era da tecnologia móvel, que vai redefinir o conceito de smartphone. Chega em setembro ao Brasil o Moto Z com Moto Snaps, telefone que oferece exatamente o que as pessoas querem e quando elas querem.

Fabricado com alumínio usado em aviões militares e aço inoxidável, o Moto Z é superfino, com apenas 5,2 mm de espessura. Possui uma tela incrível e brilhante de 5,5 polegadas Quad HD Amoled e um poderoso processador Qualcomm® Snapdragon™ 820. Com Dual Chip inteligente, o Moto Z vem com 4 GB de memória1 RAM e 64 GB1 de memória interna, e ainda traz suporte para cartão microSD expansível até 2 TB, que oferece ao usuário muito mais espaço para armazenar fotos, vídeos e aplicativos.

O Moto Z conta com uma câmera de 13 MP que permite tirar fotos fantásticas e gravar vídeos em Ultra HD (4K), estabilização de imagem óptica e autofoco a laser, para garantir imagens nítidas  em qualquer tipo de luminosidade. A câmera frontal, de 5 MP, inclui lente com ângulo aberto, ideal para que mais amigos caibam na selfie. E com um flash frontal, todos ficarão ainda melhor na foto, mesmo com pouca luz.

Com a tratamento repelente à água, a chuva e os respingos de água deixarão de ser um problema. O sensor de impressão digital facilita o dia a dia do usuário, pois com apenas um toque, é possível desbloqueá-lo instantaneamente. O Moto Z vem ainda com o carregador TurboPower, que oferece mais horas de uso com poucos minutos de carga2.

Moto Snap: em um clique, tudo se transforma

O Moto Z foi desenvolvido com Moto Snaps, módulos inteligentes e intercambiáveis que se encaixam ao telefone e instantaneamente se transformam no que o usuário precisa, sem afetar o design do aparelho. Não é necessário desligar o aparelho para conectá-lo a um módulo. Eles são acoplados na traseira do telefone por meio de ímãs poderosos que podem ser trocados facilmente conforme a necessidade das pessoas. Transforma-se, por exemplo, em um projetor de vídeo, um sistema de som portátil ou ganha uma bateria extra para várias horas a mais de uso, tudo em apenas um clique.  E o que é melhor: os Moto Snaps serão compatíveis com as futuras gerações da família Moto Z3.

JBL SoundBoost: para aumentar o som

Em apenas um instante o Moto Snap pode criar um ambiente de festa com o potente som do alto-falante JBL® SoundBoost, perfeito para a praia, parque ou mesmo o próprio quintal. O dispositivo se encaixa facilmente no Moto Z, tornando possível aumentar o volume com som estéreo, sem a necessidade de emparelhamento e complicadas configurações de caixas BT ou de fios por todos os lados. O JBL SoundBoost possui bateria própria, com autonomia de até dez horas4, além de um suporte de apoio integrado. Você também pode atender facilmente a uma chamada com o alto-falante embutido, apenas colocando a música em espera.

Moto Insta-ShareProjector: entretenimento onde você estiver

Reunir os amigos para compartilhar fotos de férias, assistir aos programas favoritos em qualquer ambiente, usando apenas o celular, é agora possível com o Moto Insta-Share Projector. Com ele, o usuário pode facilmente projetar até 70 polegadas em uma superfície plana, com visualização a partir de qualquer ângulo. O projetor ainda possui uma bateria independente, com autonomia de até uma hora de duração, e vem com um suporte de apoio integrado para projetar em qualquer ângulo.

Incipio Power Pack: carga extra sem fios, sem comprometer o design

Precisa de uma carga extra? É só conectar o Power Pack para ter muitas horas extras de bateria no Moto Z. Por isso, ele é a opção de carregamento sem fio perfeita para viagens, proporcionando tranquilidade aos heavy users. Possui um design elegante e integra-se totalmente ao Moto Z, não atrapalhando o usuário enquanto ele estiver em movimento. Com bateria de 2.220 mAh, o Power Pack adiciona em um clique muitas horas de vida extra ao telefone.

Moto Style Shells: transforme o smartphone de acordo com seu estilo

Com o Moto Z o consumidor também terá opções para mudar o design do seu smartphone sempre que quiser um novo visual. As Moto Sytle Shells possuem opções de acabamento premium e originais em madeira, couro e tecido.

Transformando ideias em realidade

Para quem tiver uma ótima ideia para o Moto Snap, serão oferecidos um ecossistema de arquitetura aberta e todas as ferramentas necessárias para dar asas a sua criatividade. Por meio do Programa de Desenvolvedor Moto Snaps, tanto os pequenos desenvolvedores quanto as grandes empresas terão uma oportunidade única de ajudar a construir um ecossistema que deverá maximizar a inovação e redefinir o futuro da telefonia móvel.

A Lenovo Capital and Incubator Group (LCIG) vai injetar recursos para estimular a inovação da plataforma Moto Snaps. Além disso, o LCIG investirá US$ 1 milhão do seu fundo nas pessoas ou companhias que criarem o melhor protótipo de Moto Snap até 31 de março de 2017. Para obter mais informações sobre as ferramentas de desenvolvimento, certificações ou financiamento feito pelo LCIG, visite  developer.motorola.com.

Disponibilidade

O Moto Z estará disponível no Brasil a partir de setembro, assim como os seguintes Moto Snaps: JBL SoundBoost, Moto Insta-ShareProjector, Incipio Power Pack e Moto Style Shells. Confira as páginas locais (www.motorola.com.br )para informações atualizadas.




1. A memória indicada corresponde à memória total não formatada, e a capacidade disponível para o usuário depende da versão do sistema operacional, aplicações, conteúdos e dados instalados. A expansão da memória pode ser feita por meio de um cartão de memória padrão microSD, não incluído. O sistema operacional e/ou aplicativos podem ter limitações quanto à instalação, gravação ou cópia de conteúdos no cartão de memória. O segundo cartão SIM e o cartão de memória microSD não podem ser usados simultaneamente.

2. A bateria deve estar substancialmente esgotada; a taxa de carregamento diminui à medida que o carregamento avança. Todas as informações referentes à duração da bateria são aproximadas e se baseiam em um perfil-padrão médio de uso misto. O perfil de uso misto se baseia em dispositivos Motorola, com um cartão SIM, nas principais redes 4G LTE com excelente cobertura e inclui tempos de uso e espera.

3. Moto Snap desenvolvidos por parceiros podem precisar de atualizações de software para continuar compatíveis. Entre em contato com os fabricantes para obter mais informações.

4. Configurações-padrão de fábrica são aplicadas ao perfil misto para estimativa do desempenho de bateria. O desempenho real pode variar de acordo com muitos fatores, incluindo intensidade do sinal, configuração da rede, idade da bateria, temperatura de operação, recursos selecionados, configurações do dispositivo, serviços de voz, dados e outros padrões de uso de aplicativos.


segunda-feira, 18 de julho de 2016

Ford New Fiesta 1.0 Ecoboost turbo – test drive – agilidade de sobra!

A Ford apresentou para o mercado a nova linha do conhecido e consagrado New Fiesta, versão 2017. Além de várias alterações nas suas configurações traz como principal novidade o novo motor Ecoboost 1.0 turbo que merece uma explicação e apresentação à parte.

O motor Ecoboost 1.0 turbo

Quando se fala em tecnologia de motores, acredite, há no mercado motores em produção cujo projeto original tem 20, 30 e até mais anos, que sobrevivem no mercado com algumas melhorias feitas ao longo do tempo, mas que remontam dessas épocas!! Desde a introdução da eletrônica nos motores, que começou há 2 ou 3 décadas, mas se intensificou bastante nos últimos anos, os motores tiveram um verdadeiro salto de qualidade, eficiência e economia.  Diversos são os fatores desta evolução. Os países vêm adotando restrições às emissões de gases nocivos e obrigado que paulatinamente os motores sejam mais econômicos e tudo isso vem fazendo surgir estes resultados. Os fabricantes, dentre eles a Ford vê fazendo a lição de casa...


figura 01 – motor Ecoboost 1.0 e New Fiesta Hatch (clique para ampliar)

Uma das tendências mais fortes é o “downsizing” dos motores, que consiste em reduzir seu tamanho, peso, número de cilindros e por meio de soluções brilhantes de engenharia torná-los muito melhores. No final de 2014 a Ford apresentou seu novo motor 1.0 de 3 cilindros que passou a equipar o novo Ford KA e KA+. Falei sobre isso no texto “NovoFord KA chega trazendo tecnologias de carros grandes e inéditas”. Nesta versão este moderno motor desenvolve 80 CV com gasolina e 85 CV com álcool, algo extraordinário para um motor 1.0 com excelente resultado e dirigibilidade como descrevi no texto acima.

Mas agora, com a chegada do motor 1.0 Ecoboost turbo foi redefinido o patamar para este tipo de motor no Brasil. Esta linha de motores (Ecoboost) já vem sendo usada pela Ford em outros veículos. Por exemplo, o Fusion 2.0 Ecoboost de 4 cilindros é mais potente e econômico que a opção de 6 cilindros 2.5 litros. São 234 CV para a versão “menor” (2.0) frente a 175 CV para o motor de 6 cilindros 2.5. Mas porque foi “redefinida”? Trata-se do 1.0 mais potente do mercado brasileiro e um motor que vem ganhando prêmios mundo afora.

Um dos fatores principais (mais não o único) das virtudes do motor Ecoboost 1.0 é seu turbo compressor. Aliás, ninguém tem a obrigação de saber o que é e o que faz um turbo compressor. Vou me permitir dar uma explicação muito simples para equalizar conceitos.


figura 02 – motor Ecoboost 1.0 turbo  (clique para ampliar)

O motor tem uma capacidade finita de gerar energia por causa da quantidade de ar e combustível que ele pode receber na câmara de combustão. Não adianta jorrar litros de gasolina/álcool para serem queimados se não há ar (oxigênio) suficiente para a queima se realizar. É química pura. Alguém ainda se lembra das aulas de cálculo estequiométrico dadas no ensino médio? Provavelmente não, mas os engenheiros de motores vivem isso todo o momento e desenvolveram o turbo compressor, que usa os gases do escapamento para ajudar a comprimir e injetar mais ar na câmara de combustão. Com mais oxigênio tanto se obtém mais potência (e força – torque), como a reação é mais eficiente, resultando em veículos mais potentes e econômicos. É tudo de bom!!

O interessante desta tecnologia é que pode ser “calibrada” para desempenho máximo ou bom desempenho com economia. A Ford tem uma versão V6 3.5 litros para carros de competição que pode gerar entre 600 CV e 700 CV de potência. Mas no carro de rua isso se reverte em eficiência.

Mas não pense que o novo Ecoboost 1.0 turbo tem apenas o turbo compressor como tecnologia de destaque. Há um conjunto de inovações como injeção direta de combustível com bomba de alta pressão, duplo comando variável de válvulas, uma nova estratégia de balanceamento do motor, bomba de óleo variável, correia banhada em óleo, coletor de escape integrado no cabeçote e sistema de arrefecimento dividido, etc. São artimanhas de engenharia que demandariam páginas de explicação, mas que, acreditem, fazem deste motor o que ele é de verdade. No final deste artigo reproduzo um texto de autoria da Ford que explica um pouco melhor cada um destes conceitos.

Além da potência, tem o maior torque da categoria, ou seja, capacidade de fazer força (17,3 kgfm) e grande economia de combustível. Faz segundo a Ford 12,2 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada com gasolina. Tem também um dos menores níveis de emissões de CO2, de 99 g/km. Estes testes embora feitos pela Ford seguem normas do INMETRO e ABNT. Contei sobre isso no texto “Fordcolocando os carros à prova – rigor e respeito ao consumidor” e mais detalhadamente no texto “Atecnologia por trás da eficiência energética dos veículos
 
A sua curva de torque plana torna as arrancadas e retomadas muito rápidas. Na pista, o New Fiesta EcoBoost acelera de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos. Também é superior nas retomadas, com as seguintes marcas: 5 segundos de 40 a 80 km/h; 8,1 segundos de 50 a 100 km/h; e 6 segundos de 80 a 120 km/h.


Experimentando o New Fiesta 1.0 Ecoboost

Estes números são interessantes, dignos de nota e respeito. Mas nada melhor que ler dados abonadores é de fato testar, experimentar, dirigir o New Fiesta 1.0 Ecoboost. A Ford me proporcionou esta experiência. Pude dirigi-lo de Campinas até o autódromo Velo Cittá, localizado em Mogi Guaçu, interior de São Paulo, onde de fato, tanto nas estradas como na pista, pude perceber as características deste carro, deste novo motor.


figura 03 – pista do autódromo Velo Cittá (clique para ampliar)

O video abaixo, mostra de uma forma muito simples o que aconteceu neste test-drive e capturou alguns de meus comentários e impressões.


Video 01 – alguns momentos do test drive do New Fiesta

Na estrada, indo para o autódromo o que primeiro chamou a minha atenção foi a agilidade com que ele ganha impulso, como ele embala rapidamente. Mesmo sem forçar uma tocada esportiva, sem pisar muito fundo no acelerador, ele sai da imobilidade com grande desenvoltura e principalmente retoma bem a velocidade quando já está em movimento. O carro que testei dispunha do câmbio automatizado de dupla embreagem denominado pela Ford de PowerShift, cujos engates se mostraram precisos, ágeis e rápidos.


figura 04 – iniciando o test drive do New Fiesta Ecoboost  (clique para ampliar)

Cabe ressaltar que motores com turbo compressor apresentam um comportamento chamado “turbo lag”, que se caracteriza por uma demora na resposta quando são acelerados repentinamente (por exemplo, pisar de uma vez até o fundo do acelerador). Em um carro com câmbio automático ou automatizado ainda há o tempo da redução de marcha associada a pisar fundo. Prestei bastante atenção nisso e posso atestar, a engenharia da Ford conseguiu adequar o “turbo lag” ao mínimo possível, pois a chegada da plena potência após pisar fundo no acelerado vem em conjunto com a redução da marcha, uma fração de segundo após. Há uma “espera”, mas muito curta, compatível com o tipo de uso do carro. Perfeito.

A propósito, quem tem alguma dúvida sobre os diferentes tipos de câmbio, tempos atrás gravei com meu amigo Guido Orlando um vídeo para o site Vida Modena com uma conversa  muito leve e didática sobre isso: “Câmbio automático, automatizado ou CVT? Tire suas dúvidas”.


Video 02 – conversa descontraida sobre os diferentes tipos de câmbios

No autódromo Velo Cittá pude pisar fundo e de forma segura. Orientado por um piloto de testes explorei o Ecoboost 1.0 do New Fiesta Hatch como deveria. Na reta atingi perto de 150 Km/h e o motor ainda estava “crescendo”. Se a reta tivesse mais de 750 metros atingiria velocidade maior. Nas saídas de curva, pisando fundo a resposta era plena, rápida e JAMAIS poderia ser associado a um motor de apenas 1 litro.

O New Fiesta Hatch tem um conjunto de chassis e suspensão bastante firmes que transmite segurança nas curvas. Além disso o modelo testado disponha de ESP (controle eletrônico de estabilidade), que nas situações extremas assume o controle de algumas variáveis, por exemplo, frendo uma das rodas traseiras para que o carro retome a trajetória.


figura 05 –  test drive do New Fiesta Ecoboost  (clique para ampliar)

Também chamou a minha atenção a eficiência do sistema de freios do New Fiesta. Todos os carros nacionais têm ABS de forma obrigatória desde 2014, mas a despeito disso, em um autódromo, velocidades altas, cada ponto de freada em cada curva o New Fiesta sempre foi muito preciso e rápido nas reduções de velocidade, sem desvios e em curto espaço.


Conclusão

Ouvi comentários nas redes sociais reclamando, como um carro “popular” com motor 1.0 pode custar mais de R$ 70.000!!! Penso que R$ 70.000 é muito dinheiro, talvez não acessível para larga margem de consumidores. Mas quem acha que o New Fiesta Hatch 1.0 Ecoboost é um “carro popular” está redondamente enganado. Abaixo eu replico o descritivo das versões e especificações de cada uma delas, tecnologias existentes, assessórios, etc. Não tem nada de popular, é um carro muito bem pensado para um consumidor exigente.

Eu entendo o orgulho que a Ford tem em exibir seu motor Ecoboost 1.0 (importado da Romênia), reforçando fato de ter apenas um litro e contar que dele se extrai 125 CV de potência, mais que muito motor 1.8 ou 2.0 de concepções mais antigas. É um notável fato de engenharia! Penso que talvez o grande destaque que deva ser dado à sua potência e torques, mais do que suficiente para proporcionar uma ótima experiência de uso para o seu consumidor. O consumidor desavisado e mal informado pode cometer o grande engano que citei acima.

O New Fiesta Hatch, até o modelo 2016 era ofertado com os motores 1.5 e 1.6. Agora o também bom e moderno motor 1.6 Sigma está presente em toda a linha, desde o modelo de entrada. Ótimo motor 1.6 que também rende 125 CV como o Ecoboost 1.0, mas não tem a mesma curva de torque do motor turbo 1.0. Ou seja, no Ecoboost a força do motor se pronuncia mais cedo e de forma mais ágil. Apenas a versão topo de linha do New Fiesta Hatch que dispõe do Ecoboost. O comportamento do carro foi impecável, conforme atestei por meio do test drive que fiz, descrito acima. Câmbio, motor, suspensão e sistemas a bordo (painel, SYNC, etc.) trazem grande conforto precisão na condução do veículo.
    

figura 06 –  interior do New Fiesta Ecoboost  (clique para ampliar)

Vejo como grande mérito da Ford ter redesenhado sua linha de produtos de forma a oferecer grandes pacotes de assessórios que antes eram opcionais, desde as versões de entrada. Mas principalmente por primar pela tecnologia do que é mais “central” de seus produtos, ou seja, o motor. Sem querer comparar, mas existe um outro fabricante norte americano de grande popularidade no Brasil que cisma em oferecer até que bons carros para nosso mercado, mas com motores defasados tecnologicamente e pouco eficientes! Pronto falei!!

Sugiro àqueles que tem simpatia pelo New Fiesta Hatch e que se interessaram pelo carro que façam o que eu fiz. Procurem nas concessionárias o carro para um test drive. Penso que terão percepções semelhantes às minhas!!


figura 07 –  New Fiesta Ecoboost  (clique para ampliar)
 

figura 08 –  testando o New Fiesta Ecoboost  na estrada




Modelos e preços  
****conteúdo produzido pela Ford****

Versão SE
: 1.6 Sigma e transmissão manual de cinco velocidades. Vem de série com ar-condicionado, direção elétrica, vidros dianteiros, travas e espelhos elétricos, alarme volumétrico, som MyConnection geração 3, computador de bordo, faróis com máscara negra e piscas integrados nos retrovisores. A grade do radiador pintada na cor prata é outro item que contribui para refinar a aparência. Preço: R$51.990.

Versão SEL: 1.6 Sigma, com as opções de transmissão manual ou sequencial automática de seis velocidades. Acrescenta faróis de neblina dianteiros, rodas de liga leve de 15 polegadas, controle eletrônico de estabilidade e tração (AdvanceTrac), assistente de partida em rampa, sensor de estacionamento traseiro com indicação gráfica e sonora, sistema de conectividade SYNC com AppLink e Assistência de Emergência, ar-condicionado digital, vidros elétricos dianteiros e traseiros com fechamento global e chave de segurança MyKey. O acabamento interno também é diferenciado com itens prateados. Preços: R$58.790 na versão manual e R$64.990 com transmissão sequencial.

Versão Titanium: 1.6 Sigma e 1.0 EcoBoost, ambos com transmissão sequencial. Traz 7 airbags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista), sistema de partida sem chave Ford Power, chave com sensor de presença, bancos de couro, faróis cromados, rodas de liga leve de 16 polegadas, sensor de chuva, acendimento automático dos faróis, espelho retrovisor eletrocrômico e piloto automático. O interior tem acabamento na cor black piano. Preços: com motor 1.6, de R$70.690, e com o novo 1.0 EcoBoost, R$71.990.


figura 09 –  New Fiesta Ecoboost  - modelos (clique para ampliar)




MOTOR 1.0 COM 125 CV PARECE INCRÍVEL
MAS É UMA REALIDADE NO FORD NEW FIESTA ECOBOOST
****conteúdo produzido pela Ford****

A Ford lança no Brasil o motor 1.0 da família EcoBoost no New Fiesta. Um propulsor de 3 cilindros, com pequena dimensão e baixo peso que gera incríveis 125 cv de potência, equivalente a um motor 1.6 e mais econômico que um 1.0 comum vendido no mercado brasileiro. O nome EcoBoost vem da junção de duas palavras em inglês: eco, de economia, e boost de impulsionar.

Equipando veículos Ford de diversas categorias no mundo, entre eles o New Fiesta, o motor 1.0 EcoBoost é um salto de tecnologia que se traduz em eficiência e performance. Sem dúvida, é a referência em potência, torque e economia de combustível na categoria.

Além da potência, tem o maior torque – 17,3 kgfm – e a melhor economia de combustível: faz 12,2 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada com gasolina. Tem também um dos menores níveis de emissões de CO2, de 99 g/km.

A sua curva de torque plana torna as arrancadas e retomadas muito mais rápidas. Na pista, o New Fiesta EcoBoost acelera de 0 a 100 km/h em 9,6 segundos. Também é superior nas retomadas, com as seguintes marcas: 5 segundos de 40 a 80 km/h; 8,1 segundos de 50 a 100 km/h; e 6 segundos de 80 a 120 km/h.

“Rápido, forte, constante, sem falhas na aceleração e silencioso, ele é uma nova geração de motor com turbocompressor associado a injeção direta de combustível e comando variável, que são as últimas tendências de engenharia", afirma Rafael Croppo, engenheiro-chefe do segmento de compactos da Ford.

Desenvolvido para uso local

O motor EcoBoost 1.0 é um projeto global da Ford, que envolveu mais de 10.000 horas de desenvolvimento em CAD/CAE e mais de 15.000 horas de testes em dinamômetro. E teve sua validação no Brasil com mais de 1.000 horas de testes para o combustível e condições locais, atendendo os requisitos de durabilidade de 240.000 km.

Produzido com bloco de ferro fundido para maior silêncio e com cabeçote e cárter de alumínio, o EcoBoost 1.0 combina vários avanços construtivos para oferecer um nível inédito de performance e economia. Os seus números garantem um desempenho superior até diante de motores de maior cilindrada.

Além de injeção direta de combustível com bomba de alta pressão, turbocompressor e duplo comando variável de válvulas, ele emprega uma nova estratégia de balanceamento do motor, bomba de óleo variável, correia banhada em óleo, coletor de escape integrado no cabeçote e sistema de arrefecimento dividido.

É um motor de três cilindros, supereficiente e tecnicamente avançado, capaz de oferecer o mesmo desempenho de um quatro cilindros, mas com muito menos consumo e emissões. O seu desenvolvimento focou na otimização da eficiência térmica e na redução de atrito entre as partes móveis internas, especialmente durante o aquecimento, quando o nível de emissões de CO2 e outros poluentes é maior.

Injeção direta

A injeção direta de combustível é feita com atomização em alta pressão por eletroinjetores de seis furos que conseguem fazer até quatro pulsações em cada ciclo de combustão. Para se ter uma ideia, ela funciona com uma pressão de 150 bar, enquanto os motores comuns operam com 4 bar. Isso permite extrair toda a energia do combustível sem perdas no sistema, pois o combustível não vaporiza na válvula nem no duto.

Ao mesmo tempo, ela produz um efeito de “lavagem” dos cilindros e elimina os gases da queima anterior para que haja uma massa maior de ar limpo por carga, reduzindo também o fenômeno de detonação.

As descargas de ‘lavagem’ limpam os gases residuais do cilindro, aumentando a massa da próxima carga de mistura, e reduzem a sua temperatura e tendência à detonação. “Este enorme benefício só é conseguido em motores com injeção direta na câmara de combustão”, completa.

Duplo comando de válvulas

O duplo comando variável de válvulas, tanto na admissão como no escape, traz flexibilidade para otimizar a eficiência do motor sob todas as condições de funcionamento. Entre outras vantagens, ele permite a abertura tardia das válvulas de escape para melhorar o consumo de combustível e o cruzamento de válvulas para aumentar o torque em baixa rotação.

Essa variação aumenta a eficiência volumétrica do motor em plena carga, a estabilidade de combustão em marcha lenta e também ajuda a economizar combustível em cargas parciais.

Turbo de alta pressão

O turbocompressor do motor EcoBoost tem vários avanços que permitem entregar o desempenho de um motor 50% maior. Feito de material especial, trabalha com pressões de até 1,5 bar na saída e giro de até 248.000 rpm.

Ele conta com um sistema de controle ativo atuado por vácuo na válvula “wastegate”, que elimina o conhecido efeito de “turbolag” – o tempo que leva até o turbo ganhar pressão quando se pisa fundo no acelerador. Assim, sai do modo aspirado em 1,5 segundo e atinge até 90% do torque a 1.500 rpm.
O resfriamento do ar comprimido é feito por um intercooler compacto e eficiente.

Menos atrito

A bomba de óleo com câmara de volume variável permite variar o fluxo e pressão do óleo na faixa de 2 a 4 bar, o que também ajuda a economizar energia. Ela só gera pressão máxima em determinadas condições, modulando a pressão para evitar o desperdício.

O sistema de correia do motor EcoBoost 1.0 também é novo, combinando as vantagens de durabilidade e ausência de manutenção da corrente seca com o funcionamento suave e silencioso da correia a óleo. Para isso, a Ford desenvolveu junto com fornecedores um material elastômero patenteado, capaz de resistir ao contato com o óleo.

Além de mais silencioso, o funcionamento em óleo reduz o atrito e permite que o conjunto trabalhe com uma tensão menor, reduzindo em até 1,5% o consumo de combustível. Como a corrente, ele é livre de manutenção e homologado para uma durabilidade de 240.000 km.

O coletor integrado no cabeçote permite um aquecimento mais rápido na partida e, junto com o sistema de resfriamento dividido, promove uma melhor transferência de calor – um fator crítico para a durabilidade do motor. Ele também favorece o aquecimento do catalisador, reduzindo o consumo e emissões, e contribui para eliminar o efeito de turbolag com os dutos de escape de volume menor.
Além disso, seu design compacto e simples dispensa o uso de juntas, parafusos de fixação, proteções e demais componentes dos sistemas convencionais.

Eficiência térmica

O sistema duplo de aquecimento e arrefecimento do motor EcoBoost 1.0 opera com duas válvulas termostáticas. Na partida, ele desliga o fluxo do líquido de arrefecimento para o bloco e o concentra no lado do coletor de escape, que aquece mais rápido, até ser atingida a temperatura de 70°C. Assim o óleo é aquecido rapidamente, reduzindo sua viscosidade e a energia necessária para girar o motor.

O resfriamento dos pistões com jato de óleo é outro recurso usado para aumentar a eficiência térmica. O fluxo do jato é controlado individualmente por uma válvula de restrição e pela pressão da bomba variável, através do controle do motor. Ele só entra em operação quando necessário e também ajuda no aquecimento inicial do motor, por meio da circulação do óleo.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Cisco Live 2016 – o impressionante bastidor de um evento

Estou em Las Vegas para o evento Cisco Live 2016, focado em conectividade, network, segurança, tele presença, temas que fazem parte do ecossistema de soluções da Cisco. Nesta cidade tudo é grandioso, maiúsculo e por ser a quinta ou sexta vez por aqui, não espero mais por grandes surpresas. Oficialmente o evento começa 2ª feira, mas neste domingo uma atividade preliminar capturou a minha atenção e posso dizer que me surpreendeu.



Fui visitar os bastidores da apresentação de abertura do evento (keynote principal). Imaginava que veria certa parafernália técnica e que seria interessante. Foi mais do que isso. Para começar a abertura terá 28 mil pessoas acompanhando. Claro que não existe um único local com toda essa capacidade (salvo um grande estádio). Visitei a arena multi esportiva do hotel Mandalay Bay, um super ginásio “escondido” dentro do próprio centro de convenções. Estimo que comporte cerca de 12000 pessoas. Há uma segunda sala também no Mandalay Bay e um terceiro local no Hotel MGM Grand. Nestes 3 locais ficarão todos que acompanharão a abertura do evento.
   


Mas não é apenas isso. Um sistema de tele presença está instalado nos 3 locais de tal forma que haverá interação entre os 3 locais, apresentadores, debatedores, perguntas, etc. Tudo isso feito sem recursos tremendamente sofisticados. Todo o fluxo de dados, sons e imagens flui  pela Internet com um gasto de banda da ordem de 6 Mbps para cada canal de tele presença ( portanto cerca de 18 Mbps no total). No passado um evento com este tipo de interatividade (parecido mas não igual pois atualmente há muito mais interatividade) exigia locação de canais de satélite para a mesma finalidade, muito mais difíceis de se obter e muito mais caro.




Tive uma breve ideia do que vai acontecer nesta abertura e fiquei bastante entusiasmado. Afinal, se a Cisco tem excelência e expertise nessa área, nessas tecnologias, nada mais natural do que ela se valer disso de forma plena e ilustrar todo o potencial e até simplicidade da solução. Serão integradas 28000 pessoas na keynote de abertura, por meio deste interessante  recurso e eu estarei lá como testemunha. Se os bastidores deste evento já me deixaram bastante curioso e animado, a expectativa para o Cisco Live 2016 ficou ainda mais elevada para mim. Contarei  resto da história...