Tecnologia não serve para nada se não for compreendida. Minha ambição é ajudar as pessoas compartilhando informações, experiências, notícias e minhas opiniões sobre produtos, tecnologias, etc. Também divulgarei opiniões de assuntos gerais que julgar relevantes.
Tive a grata oportunidade de conversar com Erico Fileno, Diretor Executivo de
Inovação de uma área chamada de Innovation Studio. Nesta conversa minha
percepção sobre os meios de pagamento foi consideravelmente ampliada. Mas além
disso, percebi que rapidamente estamos migrando para soluções mais simples,
mais práticas e principalmente mais seguras.
O sistema de “pagamento por aproximação” tem ganhado importância no mundo todo.
Há conhecidas soluções baseadas em smartphones como da Samsung ou da Apple, mas
não se limitam a estes fabricantes. No Brasil mesmo, um aplicativo como o do
Banco do Brasil já permite uso de transações financeiras desta forma, com este
nível de confiabilidade, seja por meio de PIN ou complementada por biometria,
leitura de impressão digital (usando o sensor do dispositivo), reconhecimento facial,
reconhecimento de íris...
Uma das inovações da VISA são os dispositivos “vestíveis” (wearables) como
relógios, anéis, pulseiras, etc. Cada um leva consigo o chip codificado de
identificação por proximidade (NFC) que complementam ou substituem os cartões de
débito ou crédito. Há mercados com características diferentes. Segundo Erico a Índia
e China praticamente pularam a etapa dos cartões de plástico e foram praticamente
direto para meios de pagamentos eletrônicos, mas adaptados às suas condições. É
uma curiosidade, como nestes mercados smartphones com suporte a NFC (leitura
por proximidade) não era tão grande, QRCODES são usados para disparar as
transações financeiras já que todos os aparelhos dispõem de câmera.
Segundo Erico mais de 70% as máquinas da VISA que realizam as transações no
Brasil já têm a capacidade de realizar operações de pagamento por aproximação.
Isso é animador pois trata-se de uma base instalada bastante considerável.
Existem conveniências interessantes quando se usa este tipo de tecnologia. As
pulseiras, anéis e relógios são a prova d’água. Assim, por exemplo, se vou para
um estádio de futebol, ou jogar bola com amigos em uma quadra alugada, ou
passar uma manhã na piscina do clube, usando apenas um destes dispositivos, a sua
“carteira de dinheiro digital” está consigo, pronta para uso, apenas
aproximando da leitora da VISA. Segundo Erico cabe ao varejista determinar o
que é para ele um limite de segurança ideal para as transações. Por exemplo, em
um quiosque de piscina, gastos até R$ 30 não é exigida senha, apenas a
aproximação para pagamento. Ou exige em cada operação a confirmação da senha na
máquina da VISA... Depende da política comercial e de segurança definida por
cada varejo.
Existem também diversas iniciativas para apoio a integração do varejo, bancos,
fintechs ou outras startups com os sistema da VISA. Já há mais de 200 APIs de
programação à disposição para a criação de soluções inovadoras e que
principalmente possam ir ao encontro dos modelos de comportamento dos
consumidores, entre eles a geração “milenium” que estão chegando ao mercado de
trabalho e de consumo. São consumidores que já cresceram sobre o modelo do
smartphone e têm outra dinâmica de pensamento.
Esta conversa com o Erico foi muito interessante e ficou também registrada em
mais um programa PAPOFÁCIL que pode ser acompanhada por meio do link de vídeo
abaixo.
A Ford apresentou neste mês de julho a nova versão de seu EcoSport que fora
mostrada em primeira mão no mês passado no Salão do Automóvel de Buenos Aires e
uma prévia no começo do ano em Detroit. O EcoSport é um projeto totalmente
brasileiro, lançado em 2002 em Manaus e de lá para cá conquistou o gosto e
simpatia de consumidores de vários países. Hoje é vendido em 140 nações e
fabricado na Rússia, China, Índia, Romênia, Venezuela e Brasil, seu berço.
Figura 01 – novo
EcoSport modelo 2018 (clique para ampliar)
Figura 02 –
EcoSport original lançado em 2002
Foi o EcoSport que criou o conceito de utilitário esportivo
compacto no Brasil e de lá para cá vários fabricantes apresentaram carros
concorrentes que fizeram aquecer muito este segmento. Com o mercado bastante
competitivo a Ford realizou um investimento bem grande no projeto da nova
versão do carro. De fato, um carro totalmente novo foi apresentado nesta
ocasião a começar pelo lado mais visível pelo consumidor. Uma frente nova,
interior e painel totalmente diferentes, sistema multimídia Sync 3 com tela sensível
ao toque, novos faróis, novo sistema de rebatimento dos bancos... tantas outras
importantes evoluções em tecnologia e segurança.
Figura 03 –
EcoSport versão 2018 – um novo carro (clique para ampliar)
Mas o que define o carro em si? Quando algum fabricante muda
um pouco a carroceria, “dá uma ajeitada” no interior as pessoas falam que é uma
“maquiagem”, certo? Mas se o motor, suspensão e câmbio também mudam? E se isso
não implica em variação de preço sensível (em certo modelo até mais barato)? Se
isso tudo não é um carro novo, não posso imaginar o que seria. E o projeto
visual segue totalmente a identidade visual do EcoSport original, porém com
todas as inovações.
Até modelo anterior o EcoSport usava o motor Sigma 1.6 e o Duratec 2.0. Agora
usa o novíssimo 1.5 litro de 3 cilindros que é mais potente, tem mais torque e
mais econômico que o anterior 1.6 litro (ainda usado no Fiesta). Tem 137 CV e
entrega 160 Nm de torque com etanol, na cidade faz 11.6 Km/l e 13.1 Km/l na
estrada com gasolina na versão manual. O Brasil é o primeiro país do mundo a
usar este novíssimo motor que será posteriormente usado em outros membros da
família da Ford.
Figura 04 – Novos
motores do EcoSport – 1.5 3C e Direct Flex 2.0 (clique para ampliar)
Já na sua versão de 2 litros o novo motor Direct Flex (que
passou recentemente a ocupar o Focus) rende ótimos 176 CV e entrega 221 Nm de
torque com etanol. A Ford ainda não divulgou os dados dinâmicos de desempenho e
consumo deste motor porque ainda está em processo de homologação pelo CONPET,
que estará pronto brevemente. Mas como não poderia deixar de ser, afinal é o
que os engenheiros perseguem incansavelmente, o compromisso é de mais potência
com menor consumo. Este foi o modelo que usei no meu test-drive, o qual vou
descrever a seguir.
Por fim o câmbio automático PowerShift que equipava o modelo anterior e
apresentou problemas ao longo do tempo para alguns consumidores, foi
substituído por uma nova transmissão de 6 velocidades do tipo “conversor de
torque” (sistema tradicional frente ao automatizado de dupla embreagem da
anterior). As trocas são mais suaves e sem necessidade de troca de óleo de
câmbio por toda a vida do veículo. Por fim a Ford atendeu ao pedido de seus
clientes e introduziu o “paddle shif”, sistema para troca manual de marchas por
meio das “borboletas” no volante. As trocas são executadas em até 0.8 segundos,
algo muito melhor e intuitivo que botões “+” e “-“ na lateral da alavanca como
era na versão anterior.
Segundo a Ford a reformulação, ou quem sabe posso dizer, reconstrução do
EcoSport, deu-se em quatro vértices. Design e conforto, segurança, tecnologia e
conectividade e dirigibilidade/performance.
Figura 05 – Focos
de inovação do novo EcoSport
Design e conforto
Frente nova (grade e faróis), tela flutuante, novos bancos, console central com
apoio de braço integrado e 20 porta-objetos são alguns exemplos. Também destaco
o evoluído sistema de rebatimento dos bancos traseiros, feitos para serem
manipulados com uma mão só e o assoalho inteligente do porta malas que pode
assumir 3 posições distintas de forma a criar e usar um nicho separado ou retirada
a tampa para único volume de 367 litros ou 1178 com os dois bancos abaixados.
Há espaços para celular sobre o porta-luvas e no console central, que podem ser
conectados às duas portas USB iluminadas e que contam com o recurso de carga
rápida (e corrente de 2 amperes). O sistema de ar condicionado foi reprojetado,
pois como é um carro global tem que ser adequado aos países mais quentes do
mundo (dentre eles o Brasil). É digital (ajuste automática da intensidade para
manter a temperatura desejada) nas versões FreeStyle e Titanium com 7
velocidades, 7 combinações diferentes para o fluxo de ar. A função A/C-MAX
realiza o resfriamento rápido do interior.
Figura 06 – sistema
de Ar Condicionado e as 2 portas USB (com fast charge)
Também chamou minha atenção o sistema de abertura e
fechamento das portas. Como usa chave presencial e botão de partida, as
maçanetas têm sensor capacitivo que basta serem tocadas que o destravamento ou
travamento são realizados. Muito prático. Isso na versão Titanium que tem um
interior muito elegante em couro claro (figura abaixo).
Figura 07 –
novo e sofisticado interior da versão Titanium (clique para ampliar)
Segurança
São vários sistemas para apoio à condução do veículo. Alguns já existentes como
o obrigatório ABS (não travamento das rodas nas frenagens), ECS – controle de
estabilidade (atua se o veículo cai começar a derrapar), HLS – assistência de
partida em rampa (não precisa usar freio para sair em ladeiras somente o
acelerador), TCS – controle de tração (impede que as rodas patinem ou girem em
falso nas acelerações mais vigorosas), EBA – auxílio de frenagem, ISOFIX –
fixação muito segura de cadeiras para crianças ou bebês (com 2 pontos de
fixação).
Figura 08 –
sistemas de segurança do novo EcoSport
Traz também um novo sistema chamado Advance Trac com RSC, ou
seja, um sistema que atua para impedir o capotamento do veículo. Segundo a Ford
é uma tecnologia exclusiva sua que monitora por meio de sensores, em tempo
real, até 100 vezes por segundo o ângulo de deriva e rolagem da carroceria e na
situação de perigo de capotamento aplica os freios individualmente (cada roda)
e reduz a potência (aceleração) para manter o controle do carro.
Também é novo o sistema TPM (Tire Pressure Monitor) que monitora a pressão de
cada pneu de forma individual, exibindo na tela central do painel. Alertas
visuais e sonoros são emitidos em caso de pressão incorreta, fora da faixa
especificada. Isso é muito importante porque pneu fora de pressão reflete na
dirigibilidade do veículo (muito baixa ou muito alta), afeta a estabilidade,
fator de real segurança, seu comportamento e também no consumo de combustível.
Pressão muito baixa aumenta de forma sensível o consumo.
Figura 09 –
novo sistemas para monitorar a pressão dos pneus
Traz também assistência para estacionamento por meio de
câmera de ré, que mostra a visão traseira do veículo com as linhas de
trajetória demarcadas (as cores indicam o nível de proximidade) bem como
alertas sonoros são emitidos no caso de aproximações perigosas. Também novo é o
sistema de alerta para “pontos cegos” e tráfego cruzado (saída de garagem por exemplo), situações que
o motorista não consegue enxergar obstáculos ou veículos no caminho.
Por fim, relacionado à segurança preciso destacar a presença de 7 airbags no
EcoSport em todas as suas versões, SE, FreeStyle e Titanium, incluindo os
airbags de cortina, de joelhos, lateral além dos aibags frontais.
Figura 10 –
sistemas de airbag do novo EcoSport – 7 airbags em todos os modelos
Conectividade
A Ford já havia estreado o sistema SYNC 3 em alguns modelos (Fusion e Focus) e
agora esta avançada solução é aprimorada também no EcoSport. Suporta Android Auto
e Apple Car Play que permitem a conexão total do smartphone com o sistema. Conta
com telas capacitivas de 6.5 (SE) e 8 polegadas (FreeStyle e Titanium)
sensíveis ao toque e “flutuantes” (posicionáveis). Uma vez conectado ao smartphone já estarão também
disponíveis diversos aplicativos do catálogo da Ford (UOL, Spotify, Bradesco,
etc.) bem como a navegação por GPS (atualização de mapas via USB), realizar ou
atender ligações telefônicas, tudo isso por meio de toque ou comando de voz. Da
mesma forma o sistema de assistência de emergência, sobre o qual escrevi tempos
atrás no texto “Sistema inédito em carro pode salvar sua vida, mesmo inconsciente”, que faz uma
chamada automática para o SAMU em caso de colisão. Importante destacar que a
conexão com smartphone é imediata a fácil, foi assim minha experiência no
test-drive.
Figura 11 –
Ford SYNC 3 renovado do EcoSport
Dirigibilidade e
performance
Já destaquei os dois novos motores do EcoSport (1.5 3C e 2.0), avançados,
modernos e com níveis de potência e torque mais que suficientes para o perfil
do consumidor do EcoSport. Mas há melhorias interessantes. Há evoluções
aerodinâmicas, que passam despercebidas dos olhos do motorista, mas fazem
diferença. Segundo a Ford houve 11% de melhoria no coeficiente aerodinâmico no
EcoSport que o coloca como melhor aerodinâmica do segmento. Mas chamou minha
atenção o dispositivo da grade frontal que muda seu ângulo em função da
necessidade momentânea de arrefecimento, diminuindo o arrasto quando o motor
não está tão quente.
Figura 12 –
Evolução no desempenho e consumo pela melhoria da aerodinâmica
A Ford tem renovado sua linha de motores ao longo dos anos.
Isso atende ao compromisso da empresa com a melhoria dos níveis de emissão e
consumo de combustíveis, determinada pela regulamentação e programa
INOVAR-AUTO. A empresa atingiu e superou em 2016 a meta determinada para 2017.
Houve na média uma melhoria de 15.4% do consumo em relação ao ano de 2012,
frente a um compromisso de 12% de melhoria. O EcoSport com motor 1.5 3C foi
classificado como categoria A em sua categoria (manual e automático). Veja
abaixo o selo do CONPET, 11.6 Km/l na cidade e 13.1 Km/l na estrada (versão
manual).
Figura 13 –
Selo de classificação de eficiência energética para o 1.5 3C manual (CONPET)
Tive a oportunidade de conversar com Rafael Marzo, Gerente
Global do projeto do EcoSport na Ford. Falamos de uma forma bastante
descontraída e objetiva sobre as inovações do EcoSport no programa PAPOFÁCIL cujo
vídeo pode ser visto abaixo.
O test drive –
impressões reais, indo além das especificações
Eram 75 veículos para serem testados por um pouco menos de 200 jornalistas.
Coube para a minha experiência a versão Titanium (automática) com motor 2.0
Direct Flex. Acompanharam-me no teste Guido Orlando, editor do site Vida
Moderna (www.vidamoderna.com.br) e
Claudia Carsughi do site do Carsughi (www.carsughi.com.br).
A cada um de nós coube um trecho entre 20 e 30 Km.
Cerca de dois anos atrás tive um EcoSport por uma semana para testes e também
era a versão 2.0, porém com o motor Duratec 2.0. Na ocasião fiquei
impressionado com a potência e as respostas, afinal o EcoSport não é um carro
pesado e na ocasião precisei “reaprender a dirigir”, para não sair rápido
demais. Por conta dessa experiência anterior eu já estava prevenido em relação
a que um bom motor 2.0 pode fornecer em termos de experiência, ainda mais uma
versão mais evoluída do motor (o novo Direct Flex).
O que melhor define minha experiência com o EcoSport Titanium é “veste
muito bem”! A posição de dirigir é muito boa, tudo fica bem à mão e o
novo banco, mais envolvente acolhe muito bem o corpo. As mudanças de marchas
são suaves e quase imperceptíveis, salvo quando se pisa fundo para obter
potência extra instantânea que se percebe uma leve espera pela redução da
marcha e a potência chegando com generosidade impulsionando o carro de forma
realmente vigorosa.
Gostei muito do painel, dos novos instrumentos e do computador de bordo porque
em uma tela de bom tamanho todas as informações importantes podem ser vistas de
uma só vez: consumo total, consumo instantâneo, quilometragem parcial, quilometragem
total, autonomia e temperatura externa, . Há carros que o motorista precisa
apertar algum botão para olhar cada um desses itens, um por uma vez. Muito
melhor desse jeito do novo Eco! Quando o carro está parado o consumo passa a
ser mostrado como litros por hora e não mais quilômetros por litro. Claro, faz
sentido!
Figura 14 – painel
de instrumentos com destaque para o computador de bordo
Experimentei a sincronização do meu smartphone atual (como
eu faço testes de smartphones estou cada hora com um diferente), um Moto Z Play
2, cuja sincronização via bluetooth se deu de forma muito simples e assim pude
ouvir enquanto dirigia minha playlist do aplicativo Spotify. Também
experimentei os recursos “piloto automático” e “limitador de velocidade”, ambos
configurados pelo volante multifuncional. O piloto automático não é do tipo
adaptativo como o do Ford Fusion (que diminui a velocidade ao encontrar um
obstáculo retomando a velocidade automaticamente logo depois), mas desempenha
bem sua função de manter a velocidade constante. O limitador de velocidade não
deixa o motorista passar da velocidade programada de jeito nenhum! Ótimo para
evitar as pesadas multas que estamos sujeitos. Mas tem uma inteligência
importante. Quando eu pisei fundo no acelerador o carro desarmou o sistema e me
permitiu crescer (rápido) a velocidade, algo que faz total sentido em uma
situação de emergência.
O banco traseiro parece menor do que realmente é. Eu com meu 1.76m me acomodei
muito bem ali, mas com a perna bem próxima do banco dianteiro (regulado para o
meu tamanho). Pessoas com maior estatura vão encostar as pernas no banco da
frente, salvo o motorista seja menor e o banco dianteiro esteja mais para a
frente.
Acelerações rápidas e vigorosas, sensação de conforto ao rodar, filtrando as
imperfeições do solo, mas ainda assim firme nas curvas. Dinamicamente a
sensação de dirigir é muito agradável, parecendo mais um hatch do que um SUV,
mesmo que compacto. Ao longo do test drive, no qual passamos por trecho de
estrada, rotatórias, vias de baixa velocidade, ruas com buracos, o consumo
apontado no computador de bordo foi 7.8 Km/l para a Claudia e para o Guido e
9.8 Km/l para mim, acho que fui mais delicado com o carro, a despeito de três
ou quatro aceleradas fortes para experimentar. Como de hábito, nestas sessões
de test drive os carros estavam abastecidos com etanol.
Este test drive comigo, Guido e Claudia foi registado a título de “impressões
ao dirigir” e pode ser visto no vídeo abaixo.
Conclusão, críticas e
considerações finais
É um carro novo? Sem dúvida! Tem o DNA e identidade visual do EcoSport
clássico? Com certeza. Interior, frente, motor e câmbio novos atestam isso
tudo. Os novos motores, o 1.5 de 3
cilindros faz sua estreia mundial no nosso EcoSport e o 2.0 Direct Flex,
“emprestado” do Focus, também bem moderno são bases sólidas para o carro e com
certeza desempenho não é problema, pelo o contrário.
Há a “polêmica” do estepe atrás. Segundo a Ford, seus clientes têm no
posicionamento do estepe uma marca registrada do carro. Acham que se fosse
retirado de lá ficaria igual a outros SUVs. Acredito nisso. Mas alguém menos
apaixonado pelo EcoSport, novos consumidores podem ter a preferência à retirada
do estepe daquele lugar. Se fosse colocado no porta malas ocuparia um valioso
espaço. Pneus “run flat” (rodam certa distância mesmo furados) seria uma opção,
mas são caros. Penso que a dificuldade de opção é também motivo de não terem
mudado essa característica (estepe atrás), que torna também muito difícil,
senão impossível, abrir o porta-malas com outro carro parado bem próximo da
traseira do Eco.
Há quem ache o carro apertado, principalmente atrás. Não concordo, é possível
acomodar bem dois adultos no banco traseiro. Depende do referencial. Se sua
expectativa é ter o mesmo espaço de uma Ford Edge, certamente vai achar
apertado. Expectativa, referencial e necessidade efetiva de espaço. Se um casal
tem filhos com 1.85 m pode ser um problema. Como sapato, cada um sabe o número
que o satisfaz. Simples assim.
Sobre o porta-malas tenho uma opinião dividida. Para uso urbano, não há o que
questionar. Com volume total de 362 litros (incluindo o nicho móvel na parte de
baixo) é apropriado. A saber, um Honda Fit tem 363 litros sendo carro de outra
categoria. Uma família de 4 pessoas não terá facilidade para viagens mais
longas com várias malas. Por outro lado, os bancos bipartidos 60%/40% podem ser
rebaixados de forma seletiva e de forma muito fácil (usando apenas uma mão),
ampliam o espaço e pode resolver esta situação. E se o banco traseiro completo
for rebaixado o espaço se torna muito grande com 1178 litros.
As críticas acabam por aqui. Onde o EcoSport dá um show é em equipamentos e
tecnologia! Em todos os níveis. Contar com 7 airbags, sistema anticapotamento,
assistente de partida em rampa, sensor de pressão nos pneus, sensor de
estacionamento traseiro, grade dianteira com defletor ativo, motor 1.5 3C, SYNC
3 com tela touch screen (6.5 polegadas no SE e 8 polegadas no FreeStyle e
Titanium), novos bancos, tudo isso a partir da versão de entrada (SE) é um
diferencial muito grande! Esta versão de entrada tem preço de R$ 73.990 que é
R$ 1.190 mais cara que o modelo 2017, mas tem R$ 5.000 a mais em equipamentos,
segundo a Ford um acréscimo de valor de R$ 3.810 no carro.
Fazer comparações com a concorrência é difícil, mas sob o ponto de vista de
valor pago versus valor recebido fica mais fácil. Foram dezenas de comparações
apresentadas. Gostei dessa metodologia e por isso replico um dos exemplos. No
caso abaixo o Kicks é mais barato, mas entrega menos potência e menos equipamentos
e tecnologias.
Figura 15 – exemplo
de um dos “duelos” EcoSport SE versus Kicks S 1.6 (ambos manuais)
A versão FreeStyle (intermediária), grosso modo, tem a mais
que a SE câmera de ré, SYNC 3 com tela de 8 polegadas com Android Auto e Apple
Car Play, painel de instrumentos com tela de 4.2 polegadas, piloto automático,
ar condicionado digital, motor 1.5 3C,assoalho inteligente no porta malas e na
verão manual custa R$ 81.490 e R$ 86.490 na versão automática.
A versão Titanium tem a mais que a
FreeStyle o motor 2.0 de 176 cv, sistema de monitoramento de ponto cego e
alerta de tráfego cruzado, sistema de som premium da Sony, interior em couro
claro, faróis de xênon com luzes diurnas em LED, teto solar elétrico, GPS,
painel soft touch e custa R$ 93.990, R$ 710 a menos que o modelo 2017, mas
segundo a Ford acrescenta mais de R$ 10.000 em equipamentos.
Na linha dos duelos, segue a comparação da versão Titanium
com o Jeep Renegade Long. 1.8 automático. A diferença é grande!! Mesmo que haja
um certo “otimismo” por parte da Ford, difícil equiparar os dois, a começar pela
potência, airbags, etc. Mas o Renegade tem start-stop e ar condicionado dual
zone que o Eco não tem.
Figura 16 – “duelo”
EcoSport Titanium versus Jeep Renegade
Segue abaixo um resumo das diferenças das 3 versões do novo EcoSport
com suas respectivas faixas de preços, motorizações e equipamentos.
Figura 17 – resumo
das diferenças e preços das versões do EcoSport
É um carro novo, mais que renovado, parcialmente
reprojetado, motorização, suspensão, transmissão, interior, painel, muitas tecnologias
presentes, 7 airbags, sistema anticapotamento e preço bastante competitivo em relação
à concorrência, principalmente ao comparar os pacotes de recursos. Há quem ache
que o carro poderia ser maior e retirado o estepe da traseira (run flat?). Mas
concordo com a Ford, não seria mais o EcoSport e sim outro carro. Seu tamanho
confere ótima dirigibilidade. Mas se fosse possível pedir para mudar alguma
coisa, minhas sugestões seriam porta-malas um pouco maior, freio a disco nas
rodas traseiras, ar condicionado dual zone, piloto automático adaptativo,
start-stop e porque não um câmbio CVT (transmissão que me agrada sobremaneira),
a despeito da transmissão automática nova ser muito boa.
Figura 18 – novo Ecosport versão Titanium (clique para ampliar)
Os consumidores são muito exigentes. A demanda é por
TVs cada vez mais finas, algo bastante compreensível. Mas ao mesmo tempo consumidores
têm a expectativa de qualidade de som cada vez mais “de cinema” em sua delgada TV.
Isso é impossível. Sistemas de alto-falantes exigem uma dimensão mínima para
obter vibração com intensidade e sensação de presença.
Isso é tão sério que uma das TVs de minha casa (de outra marca que não Samsung)
o som era tão decepcionante, ridículo até, que me vi comprando uma caixa de som
dessas para computador, que hoje fica permanentemente ligada substituindo o som
dessa TV. Um “quebra galho”.
A Samsung apresentou hoje uma nova série de TVs, depois de ter apresentado a
ótima novidade QLED semanas atrás, sobre as quais não falarei neste texto. Mas conheci
cada uma delas, que apesar de bem finas têm um som de razoável para boa qualidade.
Porém o som não consegue ser vibrante, impactante e envolvente como o de um
sistema de Home Theater e muito menos de uma sala de cinema.
Este é o objetivo de um SOUNDBAR, trazer para a TV uma experiência sonora muito
melhor que a da TV, com nível parecido ao de um Home Theater (porém sem a
multiplicidade de canais), por um preço bastante acessível. Existe outra
característica importante da SoundBar, sua extrema simplicidade de instalação.
Geralmente composta por dois elementos, a tal “barra horizontal” que se
posiciona na frente da TV, contendo no gabinete 5 ou 6 alto-falantes e uma
caixa maior com o subwoofer, responsável pelos sons graves intensos.
Em TVs da própria Samsung ao ligar ambos pela primeira vez a configuração é
automática (sem fios – bluetooth). Mas pode ser conectada à TVs de qualquer
fabricante via cabo P2 (conector universal de som – fones de ouvido), cabo
óptico, HDMI e mesmo bluetooth.
A Samsung apresentou para o mercado hoje 3 modelos de SoundBar, incluindo a
versão “curva” que combina com sua linha de TVs também com este design
diferenciado. Caracterizam-se pelo layout (curvo ou plano) e disponíveis em
diferentes potências: 130 W, 260 W e 300 W (watts reais RMS).
Quando eu improvisei com a minha TV comprando uma caixa de som para computador,
se existisse a opção de SoundBar disponível, com certeza eu a teria adotado.
Faz para mim muito sentido este produto pois ele complementa a experiência de
ver TV com um som mais imersivo e impactante.
Outra interessante utilidade do SoundBar é por meio da conectividade com o
smartphone via Bluetooth, ser o reprodutor de música de sua casa, daquelas
playlists que todos têm e usam nos aparelhos móveis.
Tive a oportunidade de conversar com João Rezende, Gerente da área de Áudio e
Vídeo da Samsung Brasil com quem gravei um PAPOFÁCIL sobre o conceito e uso do
SoundBar. Esta breve conversa pode ser assistida no vídeo abaixo ou neste link.
A Samsung também
produziu um comunicado de imprensa contendo outras informações, mais detalhes,
incluindo os respectivos preços dos produtos. Este comunicado está replicado
abaixo.
Samsung une som à praticidade e estilo em nova linha de Soundbars
Novos equipamentos
dispensam instalações complexas e proporcionam som de cinema em casa
São Paulo, 19 de julho de 2017 –A Samsung Electronics traz ao Brasil sua nova linha de Soundbars, com três modelos exclusivos: K450, K360 e M4501. De
visual minimalista, que facilmente se integra a qualquer ambiente, os novos
modelos de equipamentos de áudio têm formato compacto e ampliam a experiência
de entretenimento doméstico, ao trazer para a sala um poderoso efeito sonoro, com
graves mais profundos e som ainda mais potente como no cinema.
O Soundbar é composto por duas peças: uma barra de som
que amplia a potência do som quando comparado a uma TV, que é responsável por
reproduzir sons de falas e efeitos em filmes e séries. A segunda peça que
compõe o conjunto do Soundbar é o Subwoofer, caixa que contém alto-falante
dedicado aos sons graves que preenchem o ambiente, reproduzindo os sons graves
e trazendo a sensação de som de cinema. Como a palavra de ordem para o Soundbar é praticidade, o Subwoofer também é sem fios para
facilitar a instalação do equipamento.
Como um dos seus principais
benefícios, o Soundbar é fácil de instalar, sem a necessidade de configurações
completas. Ele pode ser configurado a uma TV através de vários tipos de
conexões que estão disponíveis no soundbar, como cabo óptico, Bluetooth, entre
outras opções. A facilidade de instalação com uma TV Samsung é ainda maior. Ao
ligar pela primeira vez o soundbar próximo a TV Samsung*, a TV irá reconhecer automaticamente
o equipamento e toda a configuração pode ser feita apenas aceitando a permissão
para conectar o Soundbar a TV Samsung.
Outra vantagem de utilizar um
soundbar com TVs Samsung é a facilidade de usar o próprio controle remoto da TV
para controlar também o soundbar. Os novos Soundbars são controlados pelo
controle remoto único da TV Samsung. Com apenas o controle da TV, é possível
inclusive alterar as configurações do equipamento.
Conectividade
total
Os novos modelos de Soundbars da Samsung também facilitam na hora de conectar
diversos aparelhos na TV. O dispositivo conta com entrada óptica, Bluetooth,
analógica (P2) e USB, centralizando as conexões e transmitindo para a TV o
áudio dos dispositivos conectados. Também
está presente em alguns modelos a opção de entrada e saída HDMI, em que os
aparelhos passam o sinal de vídeo digital, com máxima qualidade, para a TV.
A conexão Bluetooth permite
utilizar ao máximo o potencial do Soundbar, permitindo conectar também ao seu smartphone
para reproduzir suas músicas, sejam elas arquivos digitais ou de aplicativos de
streaming.
Pela entrada USB,
os novos modelos são capazes de reproduzir os formatos mais populares de áudio
digital, dispensando o uso de um computador ou player dedicado.
Soundbar 130W – 2.1 Canais com Subwoofer sem fio | K 360
Ideal para quem quer dar upgrade no som da TV, este modelo é uma
boa escolha para quem quer adquirir o seu primeiro soundbar. Compacto e simples
de instalar, o aparelho possui baixo consumo de energia. Preço sugerido:
R$1.099,00
Soundbar 300W – 2.1
Canais com Subwoofer sem fio | K 450
Com
objetivo de elevar a experiência auditiva do usuário na sua casa, esse
equipamento é um dos mais potentes da categoria, com 300W. Seu subwoofer tem
diâmetro de 6.5” com sons graves extremamente potentes como em um cinema. Seu design discreto é perfeito para qualquer
ambiente. Preço sugerido:
R$1.499,00
Soundbar Curvo 260W 2.1 Canais com
Subwoofer Sem Fio | M 4501
Para criar um efeito sonoro envolvente,
uma opção que traz diversos benefícios ao consumidor é o soundbar curvo. Além
de um acabamento metálico, seu design curvo combina com a estética das TVs
Curvas da Samsung, acompanhando o design de um uma QLED TV ou da nova MU 7500.
Com potência de 260W, o Soundbar Curvo tem subwoofer sem fios de 6.5”. Preço
sugerido: R$1.999,00
“A
nova linha de soundbars tem a praticidade e facilidade de uso como seus grandes
atributos. Aliamos a qualidade sonora e a inovação de nossos produtos para que
o consumidor possa ter a experiência de som de cinema em casa, com o objetivo
de proporcionar ao consumidor a melhor experiência sonora, de maneira prática e
descomplicada”, afirma Gustavo Assunção, Vice-Presidente da Divisão de Consumer
Electronics da Samsung Brasil.
A nova linha de Soundbars estará à venda a partir de Julho nas principais lojas
do Brasil.
*A funcionalidade depende da compatibilidade da
TV com a função SoundConnect. Consulte o manual.
Switch é elemento básico constituinte de qualquer sistema de rede. Qualquer!
Desavisados vão pensar que sua função é apenas distribuir sinal de rede para
cada elemento na ponta de um cabo que se conecta a diferentes computadores.
Isso não é nem 1% da importância de um switch. Aliás, quando surgiram décadas
atrás resolveram um imenso problema que era a perda de desempenho por causa de
um fenômeno comum em barramento de comunicação que eram as colisões de pacotes
de dados.
figura 01 - Evolução
da linha Catalyst ao longo do tempo
Mas de lá para cá várias funções como atribuir endereços IP
(DHCP), filtros de pacotes, análise de tráfego, garantia de qualidade de
serviços (QoS), módulos de segurança e tantas outras novas funções foram
agregadas nestes dispositivos. Tão relevantes quanto a capacidade de fluxo de
informação (throughput), com este nível de capacidade de processamento, novas
funcionalidades tornaram-se igualmente importantes. A família Catalyst é seu
relevante representante dentro do portfólio da Cisco e nas últimas semanas foi
apresentada no Cisco Live 2017 a mais elaborada e sofisticada geração, a série
9000.
O elemento chave do switch é o chip de processamento, que determina os recursos
do dispositivo, evoluiu de desde 2015 de 1.3 bilhões de transistores para quase
7.5 bilhões de transistores. 5 milhões de novas linhas de código foram
adicionadas ao software existente. Estruturalmente são construídos de tal forma
a se adaptar a qualquer condição ambiental que os clientes possam necessitar
alocá-los (humidade, calor , altitude, etc.).
A base de software é a mesma em toda a família diferindo apenas nas
capacidades intrínsecas de transferência de dados, mas os recursos são um
fundamento comum.
figura 02 – em
toda a família a mesma plataforma de software
Por isso, esta elevada capacidade de processamento confere alto nível de
complexidade e sofisticação para essa nova família. Traz recursos adicionais graças
à grande capacidade de processamento e possibilidade de rodar aplicações homologadas que estendem mais
ainda suas funcionalidades. Alguns destes switches têm capacidade e
características próximas a de um firewall, que isola a rede externa da rede
interna. Mas como as ameaças de segurança também podem se originar de rede
interna, é uma ótima possibilidade agregar estas funções de segurança no fluxo
de tráfego interno de dados.
Do ponto de vista de possibilidade de upgrade há uma característica muito
interessante. Trocando um módulo chamado “Supervisor
& Line Card” as velocidades de transmissão das portas do switch podem
ser alteradas, ampliadas de acordo com a necessidade, acrescentando assim nova
capacidade de tráfego de dados para os switches.
figura 03 – capacidade
de ampliação de configuração e capacidades
Ao mesmo tempo são construídos com “alta disponibilidade”
como premissa usando subsistemas redundantes (fonte de alimentação, ventoinhas,
etc.). As possibilidades de uplink (agregação) são muitas (também dependendo do
modelo específico), mas por exemplo, no modelo 9400 são até 8 portas de 10 Gbps
para esta função resultando em 80 Gbps de capacidade!! Muita flexibilidade para
a configuração no ambiente da empresa usuária.
Detalhes muito interessantes estão presentes no 9400 . O subsistema de ventoinhas pode ser removido por completo para
substituição, tanto pela frente como por trás bem como a velocidade de rotação
é afetada pelo nível de pressão atmosférica, densidade do ar, indicativo da
altitude, que afeta a densidade do ar!! O modelo 9500 é otimizado para portas
40 Gbps e pode isso é denominado Enterprise Class capaz de performance agregada
de até 1.9 Tbs!
figura 04 – facilidade
de manutenção da família 9000
figura 05 – agregação de capacidade até 1.9 Tbps!
A família Catalyst 9000 têm muitos recursos em comum. Por
exemplo, pode contar com um sistema fácil de identificação dos dispositivos que
inclui também RFID passivos (sem bateria) para permitir também inventário e
registro dos equipamentos de TI. Opcionalmente podem ter suporte a Bluetooth
para fácil administração via notebook ou tablet. Muito interessante a
capacidade de Storage nos switches da série 9000, seja por meio de interfaces
USB 3.0 ou por meio da adição de SSDs adicionalmente ao dispositivo de 120 GB
existente (até o limite de 1 TB). Este sistema de armazenamento pode ser usado
tanto para registro de logs como área de trabalho para aplicações que podem ser
executadas nos dispositivos (containers).
figura 06 – opções
para ampliação de capacidade de armazenamento nos switches
Este texto apenas traz um “aperitivo” sobre o que é a linha Catalyst 9000 da
Cisco. Aplicações de cunho essencial, missão crítica e em data centers de
empresas cuja função da rede é integrar os recursos computacionais da empresa
terão na linha 9000 uma sólida e robusta solução! Se quiser ver mais sobre a
linha 9000 veja o vídeo abaixo e este link
para artigo da própria Cisco.
figura 07 – vídeo
com apresentação da linha Catalyst 9000
É uma pena, mas nem todo mundo conhece todas as alternativas
de planos das operadoras de telefonia móvel. Menos por desinteresse dos
consumidores e mais pelo dinamismo deste mercado, muitas novas ofertas de
tempos em tempos. No caso da VIVO além da tradicional alternativa de baixo
custo chamada serviço pré-pago, as contas ditas “clássicas” pós-pagas, há
tempos existe um meio termo, a tal “conta Controle”.
É bom o consumidor ficar atento às ofertas e tipos de planos porque com o
passar do tempo um certo plano deixa de existir sendo substituído por outro.
Aconteceu comigo e só descobri quando tentei usar um benefício de compra de
aparelho com desconto e não pude porque o meu naquele momento plano não existia
mais.
A VIVO anunciou hoje a disponibilidade de alternativas para o plano Controle, o
tal “intermediário” que citei no parágrafo anterior. Eu sou usuário deste tipo
de plano. Meu filho tem o plano Controle 2 GB que custa R$ 79,99, que se não me
trai a memória, era a única opção deste tipo de conta até tempos atrás.
Chama-se controle porque o custo é fixo e existe uma conta mensal. O que a VIVO
fez foi readequar o leque de opções. São hoje 4 tipos diferentes de conta
controle começando a partir de R$ 39,99, com 35 minutos de ligação local de voz
para números de qualquer operadora móvel, 1 GB de Internet, ligações para
números fixos e móveis da VIVO sem custo (desde que use o código 15) e SMS
ilimitado para qualquer operadora do Brasil.
No outro extremo, a opção mais “robusta” existe o plano que
custa R$ 79,99, com 120 minutos de ligação local de voz para números de
qualquer operadora móvel, 3.5 GB de Internet, ligações para números fixos e
móveis da VIVO sem custo (desde que use o código 15) e SMS ilimitado para
qualquer operadora do Brasil.
Veja mais detalhes na tabela abaixo:
NOVAS alternativas e preços dos planos
Controle – clique para ampliar
Agora há 4 níveis de custo e correspondente nível de serviço. Arredondando os
números, 40, 50, 65 e 80 são opções que caberão no bolso de cada um, basta
escolher. Este tipo de plano (Controle) é muito bom para quem tem um perfil de
uso relativamente estável, sem grande variação no uso de Internet e minutos de
conversação. No caso de necessidade de mais GB de Internet ou minutos de
conversação, pacotes que estendem estes serviços podem ser adquiridos sob
demanda. Mas meu conselho é, não fique usando estes pacotes. Possivelmente
valerá a pena mudar para o plano superior e ter desde o início mais serviço
para usufruir (será mais barato).
Mas o que mudou?? Mais fácil
mostrar. Na figura abaixo podem ser vistos os planos como eles eram até o dia
12/07 (dia que os novos planos entraram em operação). Grosso modo todos os
planos tiveram acréscimo, não de preço e sim de GB para uso!! O plano do meu
filho, o que pago R$ 79,99 passou de 2 GB para 2.5 GB e agora para 3.5 GB
(foram 1.5 GB em duas mudanças sucessivas, 1.0 GB só agora). Alternativamente o
usuário se está se sentindo bem atendido com seus GBs atuais, ele pode reduzir
seu plano para pagar menos.
Oferta ANTERIOR e preços
dos planos Controle – clique para ampliar
Importante ressaltar que afora a opções e preços novos, algo muito deve ser
observado, já era assim antes, é ligações
para números fixos e móveis da VIVOsem custo usando desde o código
(ligações para móveis da VIVO já era sem custo, mas qualquer fixo VIVO do
Brasil é novidade).
Mas quero destacar algo MUITO IMPORTANTE. Sou cliente da VIVO há décadas e por
isso tenho um histórico com boas experiências e também alguns problemas em situações
específicas com a VIVO. Mas preciso dar a mão à palmatória. A VIVO pensou em
seu cliente e recompensou-o pela fidelidade. Confiram.
Como disse, meu filho tem o plano Controle 2 GB R$ 79,99/mês. Seu plano foi
automaticamente ajustado para 2.5 GB (aumento de 500 MB – 25% sem reflexo no
custo). E neste mês, não sei se por isso ou pelo histórico de relacionamento
ele também ganhou um bônus de mais 2.5 Gb!!! Veja na tela abaixa capturada
agora mesmo no aplicativo MEU VIVO.
Tela do
aplicativo Meu Vivo já mostrando mais GB disponíveis
De uma forma natural, após o término deste
ciclo, usado este bônus, o plano será readequado para 3.5 GB por R$ 79,99.
Por fim temos que compreender essas benesses feitas pela VIVO. Entendo por dois
lados. A empresa tem todo o mérito por conseguir ajustar sua estrutura de
custos, obter mais eficiência e dividir este ganho com seus clientes. No
passado quase todas as operadoras criavam planos novos, mais baratos e os
desavisados consumidores seguiam pagando caros e anacrônicos planos. NÃO MAIS!
Além disso, outras operadoras também têm criado novos planos com preços
interessantes... E VIVA A CONCORRÊNCIA!
Segue abaixo na íntegra o comunicado de imprensa enviado pela VIVO que conta
também sobre o acesso a aplicativos
exclusivos!
Vivo amplia oferta de dados para planos Controle
Clientes passam a ter
ainda mais internet pelo mesmo preço
São Paulo, 12 de julho de 2017
– A Vivo lança no dia 12 de julho as novas ofertas de internet para os
clientes de planos Controle. A mudança vai trazer mais dados para as ofertas a
partir de R$39,99 sem alterar os preços praticados. Todas as opções vão receber
um acréscimo de 500MB a 1 GB, ampliando em até 50% a quantidade de dados
disponíveis no ciclo. Com essa estratégia, a Vivo oferece aos consumidores
aquilo que eles mais desejam: mais dados para navegar na internet.
Com essas novidades, a empresa coloca na palma da mão dos clientes ainda mais
liberdade para acessar a internet. “A Vivo passa a oferecer ainda mais dados ao
cliente e mais autonomia para acesso à internet e serviços digitais como
GoRead, Kantoo, NBA, que também fazem parte da oferta, ou um de nossos outros
80 apps à disposição dos clientes”, explica Marcio Fabbris, vice-presidente B2C
da Vivo. As alterações fazem parte do processo de transformação digital
liderado pela Vivo, que oferece novas experiências (que vão muito além da
conectividade) aos clientes.
O upgrade na oferta de dados vai atingir os planos Controle de R$39,99 até
R$79,99. Por exemplo, o cliente do plano de R$49,99, tinha direito a 1.5GB e
agora passa a ter 2GB. Os demais benefícios nos planos não sofrem mudanças.
Sobre a Vivo
A Vivo é a
marca comercial da Telefônica Brasil, empresa líder em telecomunicações no
País, com 97,2 milhões de acessos (1T17). A operadora atua na prestação de
serviços de telecomunicações fixa e móvel em todo o território nacional e conta
com um portfólio de produtos completo e convergente para clientes B2C e B2B –
banda larga fixa e móvel, ultrabanda larga (over fiber), voz fixa e móvel e TV
por assinatura. A
empresa está presente em 3,9 mil cidades, sendo mais de 3,7 mil com rede 3G e
mais de mil com 4G, segmento em que é líder de mercado. A operadora ainda
oferece o 4G+, internet duas vezes mais rápida que o 4G. No segmento móvel, a
Vivo tem 74 milhões de clientes e responde pela maior participação de mercado
do segmento (30,5%) no país, de acordo com resultados do balanço trimestral
(1T17). Guiada pela constante inovação e a alta qualidade dos seus
serviços, a Vivo está no centro de uma transformação Digital, que amplia a autonomia,
a personalização e as escolhas em tempo real dos seus clientes, colocando-os no
comando de sua vida digital, com segurança e confiabilidade.
A Telefônica
Brasil faz parte do Grupo Telefónica, um dos maiores conglomerados de
comunicação do mundo, com presença em 21 países, 346,9 milhões de acessos,
126,9 mil colaboradores e receita de 52,0 bilhões de euros em 2016.
Este texto inicia uma série que vou publicar sobre a densa experiência que
tive ao participar do congresso Cisco Live 2017 na última semana de junho. Já
participei de outras edições e cada vez mais a alta tecnologia está direcionando
a transformação digital das empresas bem como aplicações bem próximas das
pessoas, como é o exemplo de IoT que vou contar com mais detalhes neste texto
inicial.
Temas que serão abordados nesta série:
Segurança: o
ataque Petya aconteceu exatamente quando eu estava entrevistando Craig Williams “Security Outreach
Manager at Cisco” que permitiu explorar bem o assunto bem como as ameaças e
formas de defesa.
The Nework Intuitive: um conceito muito
evoluído de como a rede pode ser mais abrangente e ao mesmo tempo auto
gerenciada em função do contexto e ações em curso. Extremamente interessante e
inovador.
Catalyst 9000: uma nova família de
switches que amplia muito a capacidade da rede por meio de aplicações que são
executadas na nova plataforma, segurança, redundância, desempenho e
resiliência.
IoT em sua mais nobre aplicação – salvar
vidas humanas
Confesso que quando tive contato com o conceito de IoT bem no seu começo,
achava que era uma ótima solução, mas ainda em busca de um bom problema. Uma
geladeira que faz pedidos para o supermercado para reposição de alimentos para
mim não tinha o apelo proporcional ao alarde que fora feito em relação a esta
tecnologia. Mas fiquei convencido quando as aplicações industriais apareceram,
ou melhor, se consolidaram, já que monitorar processos de fabricação sempre foi
feito. Mas com aplicação da tecnologia IoT ficou muito mais simples consolidar,
acompanhar, analisar e tomar decisões praticamente em tempo real na linha de
produção.
Vejo que há três componentes distintos no universo da Internet das Coisas, o
lado da infraestrutura (conectividade/segurança), dos sensores e das aplicações.
Coordenar a comunicação com dezenas, centenas ou milhares de sensores não é
tarefa simples, ainda mais com os aspectos de segurança envolvidos. Este é o
lado de expertise da Cisco, que com sua larga experiência em networking, aprofundou
e desenvolveu o complexo lado de gerenciamento e comunicação com os sensores.
Isso é vital para que aplicação de todo tipo de seja construída.
Portanto não só a importante infraestrutura, nem só os sensores ou a aplicação
que interpreta e analisa os dados que importam, é o conjunto que torna as
possibilidades do IoT virtualmente infinitas! A Cisco apresentou um
documentário ainda de circulação restrita chamado “Detected”, cujo efeito foi
para mim estarrecedor pela importância e da beleza de uma brilhante aplicação
de IoT. Emocionante.
Essencialmente trata-se de um estudo, em fase avançada, para utilização de um
sistema totalmente novo para detectar nas mulheres, de forma precoce alterações
nos seios que permitam diagnóstico de tumores. As mulheres sofrem muito com os
exames de mamografia porque é incômodo, por vezes dolorido e mesmo assim
conseguem apontar tumores já existentes que tenham dimensões acima de certo
tamanho. Mulheres com mamas mais densas têm menos de 48% de chance de terem
tumores malignos detectados! A tecnologia mostrada no “Detected” consiste da
aplicação de uma peça de vestuário, semelhante a um sutiã, que contém um
conjunto de sensores. Assim variáveis como temperatura são acompanhadas ao
longo do dia.
No final os dados são coletados e processados. Estudos já mostraram que em
mamas mesmo no começo do processo do desenvolvimento de tumor, um padrão
diferente de temperatura circadiana (ao longo de um dia) são observados. Isso
permite a identificação de processos tumorais antes deste ser visível na
mamografia. Isso tem valor incalculável já que o câncer de mama é dos que mais
têm taxa de sucesso em função de detecção precoce!! Isso SALVA VIDAS!! Graças à
convergência de tecnologias em torno do IoT e tenazes médicos pesquisadores,
este valioso recurso está por chegar ao alcance de todas as mulheres! E penso
que abre um novo caminho na medicina preventiva que pode vir a se estender para
outras áreas!
A Cisco fez a pré divulgação deste vídeo para um grupo de jornalistas durante
o Cisco Live 2017. A empresa apoiou a criação do vídeo, mas não é um
desenvolvimento da Cisco e sim de um grupo de brilhantes médicos cientistas. Esta e várias outras ações estão conectadas
por meio do programa CSR – Corporate Social Responsability que segundo a
empresa “Nossos programas de
Responsabilidade Social Corporativa (CSR) aceleram a resolução global de
problemas por meio da nossa tecnologia e experiência para impactar
positivamente as pessoas, a sociedade e o planeta”.
Na sequência publicarei os artigos sobre os
outros temas de destaque do Cisco Live 2017.