segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Explicando a câmera com abertura variável do Samsung S9+

Foi anunciado com justificado furor o novo Samsung Galaxy S9 e S9+, evoluções de suas atuais versões. Há muitas novidades, mas quero neste texto discutir a grande inovação que é a câmera com abertura variável do S9+. Justifica o frisson que causou no mercado. Para mim a resposta é SIM e NÃO.
  
Inicialmente vamos equalizar alguns conceitos. Afinal o que é ABERTURA da câmera? Faça uma analogia à sua pupila. Quando o ambiente é muito claro a pupila se contrai e fica pequena e em ambiente escuro ou mal iluminado ela fica grande, certo? Isso é a abertura da câmera. A notação usada utiliza números pequenos para aberturas grandes (olhos dilatados). Por exemplo, a abertura do S9+ é f/1.5 OU f/2.4. Nas figuras abaixo isso é ilustrado.

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Você já fez teste de visão no oculista, aquele que para dilatar sua pupila ele pinga um colírio especial no seu olho? O que acontece? Você enxerga tudo fora de foco. Porque isso acontece? A figura abaixo (sem trocadilhos) joga uma luz nessa questão.


Quando o diafragma ou a pupila estão bem pequenos (abertura numericamente alta, algo como entre f/5.6 e f/22 na imagem acima) o “buraquinho” é pequeno e por isso os raios de luz entram quase que de forma paralela, de onde quer que eles venham, de perto ou de longe. Quando o diafragma ou a pupila estão grandes (abertura numericamente pequena, algo como entre f/1.4 e f/2.8 na imagem acima) o “buraco” é grande, que permite que os raios de luz venham de vários lugares, perto ou longe com inclinações diferentes. Isso resulta em possibilidades de FOCO muito diferentes. É algo denominado de “profundidade de campo”.


Abertura grande (“buraco” pequeno) permite registrar a imagem de uma forma que praticamente toda a foto fica em foco!! Abertura pequena (“buraco” grande) quando usada, apenas uma região pequena e bem definida da foto pode ser focada. Isso tudo se dá sem ajuda de eletrônica, apenas as propriedades óticas das lentes são responsáveis por estes efeitos.


Na verdade, a abertura também tem outra IMPORTANTE consequência. Quando o “buraco” é grande, entra uma quantidade incrível de luz e o sensor da câmera pode expor a imagem para capturá-la por uma fração infinitesimal de segundo, algo como 1/500, 1/1000 ou até 1/2000 segundos. Isso permite CONGELAR uma imagem em movimento!! Um carro fotografado, mesmo a 100 Km/h parecerá parado. Já com a abertura grande (“buraco pequeno”) o mesmo registro precisa ser feito por tempo maior (1/30, 1/15, 1/10), pois entra menos luz e o efeito de “blur”, ou de movimento (imagem arrastada) aparece.


Não há forma certa ou errada. Tudo depende de como o fotógrafo quer eternizar aquele momento. Os smartphones modernos têm apresentado o tal “modo retrato” ou “foco dinâmico” (como a Samsung denomina) que têm uma ajuda do pós processamento das câmeras que realizam o desfoque do que não é primeiro plano de forma “artificial” (por isso às vezes aparecem algumas imperfeições, recortes estranhos no cabelo, etc.).

Quando a Samsung traz para o S9 e S9+ uma câmera de abertura f/1.5 é algo fantástico porque há muito mais sensibilidade à luz, cerca de 30% a mais que a ótima câmera do S8 e S8+ cuja abertura é f/1.7 (a relação entre os números 1.5 e 1.7 não é linear, por isso há ganho de 30% e não 13% como seria se fosse uma grandeza proporcional). Fantástico para tirar fotos em ambiente pouco iluminados, abrir mão do flash e ter cores muito mais naturais. Além de permitir que o tal “modo retrato” seja mais “ótico” do que “eletrônico”, com resultados muito mais realistas.



Uma das câmeras do S9+ mostrada acima trabalha com dois graus de abertura, f/1.5 e f/2.4. Ela não é variável como os diafragmas das lentes das câmeras DSLR que alternam sua abertura entre um valor mínimo e valor máximo (de acordo com suas especificações).


Analogamente as lentes com ZOOM trabalham da mesma forma. Lentes de câmeras DSLR têm lentes que variam seu nível de zoom de 1x até 200x (em casos extremos) e o fazem de forma gradual. Tirando o Asus Zenfone Zoom de dois anos atrás e o Moto Snap Hasselblad do Moto Z da Motorola (até 10x), nenhum smartphone tem zoom ótico variável. O iPhone, o Samsung Note 8, o Samsung Asus Zenfone 3 Zoom, entre outros têm câmeras estanques com lentes cujo nível de zoom é fixo: 2.0x , 2.3x, etc.

Mas o que tem a ver o nível de zoom com a abertura? Muita coisa. O efeito de zoom é obtido pela superposição e reposicionamento de mais de uma lente. Mais lente significa mais “vidro”, que por sua vez significa menor passagem de luz e, por conseguinte são lentes “mais escuras”, passa menos luz. Lente com zoom sempre tem abertura de valor mais alto.

Mas e a solução da Samsug com o S9+?
É extremamente bem vinda a inovação da Samsung já que as duas câmeras, uma delas com a tal abertura variável (f/1.5 e f/2.4) e a outra com zoom ótimo de 2x, ampliam MUITO a capacidade de lidar com as imagens. Desde o Samsung S6 Edge que testei eu já me encantara com a capacidade de capturar fotos em situação com baixa iluminação com boa qualidade. Isso só fez melhorar com o tempo, o S7 e o S8. Veja a foto abaixo comparando alguns modelos:




A foto feita com o S8+ sem flash parece com a do Quantum Sky com flash (só que tem o embranquecimento das flores pela concentração de luz do flash). O S8+ tem abertura f/1.7, ou seja, com o S9 essa mesma foto tem cerca de mais de 30% de luz disponível. Nem sempre essa luz a mais pode ser convertida em foto mais clara. O melhor de tudo é que foto fica com menor nível de “ruído”, menos granulada (efeito de ISO alto para compensar a pouca luz). Abertura como a do S9 e S9+ resultam em fotos “lisas”, sem ruídos, mesmo em ambientes escuros!!

Veja abaixo outra foto que fiz com o S8+, porém em modo manual para compensar o excesso de claridade imposta pelo algoritmo automático da câmera.


O usuário do smartphone em sua grande maioria quer fotografar no estilo “apontar e atirar”, ou seja, o usuário comum não tem interesse em ficar fazendo ajustes manuais. Por isso quando o S9+ tem duas lentes traseiras, uma com zoom 2x, outra com as 2 aberturas possíveis, a câmera tem bem maior repertório de recursos para buscar um ajuste que leve a produzir uma foto ótima. E de forma automática!!

Só fico com certa pena dos desenvolvedores da Samsung que precisaram “comer o pão que o diabo amassou” para conciliar tantas variáveis e possibilidades ao escolher a melhor forma de obter a foto mais bonita. Aproximou um pouco, tem boa luminosidade, usa o zoom 2x. Quer fazer um “modo retrato” (foco dinâmico), usa a lente e abertura de f/1.5 e assim maximiza o efeito ótico e depende menos de algoritmo de software para produzir o decantado desfoque que tanto agrada às pessoas. Entenderam meu ponto de vista? Dessa forma o “canivete suíço” fotográfico da Samsung tem bem mais opções. E para o modo manual então!! Tivesse eu com o Note 8 e sua lente 2x para fotografar aquela lua em modo manual novamente com meu tripé...

Mas preciso ressaltar uma coisa. Há certo exagero de marketing ao transmitir a ideia de que para “modo retrato” a abertura f/1.5 é escandalosamente melhor. Há muito, mas muito mais luz, é verdade, mas apenas aberturas f/4.0 para cima já começam a produzir aquele efeito de “foco no infinito”. Há um imenso mérito para a engenharia da Samsung ter conseguido embutir no S9+ um mecanismo para alternar a abertura (entre f/1.5 e f/2.4) e obviamente isso tem utilidade par melhores resultados da câmera, mas a intensidade dessa diferença é mercadologicamente ampliada.

De toda forma eu faço reverência  às novas ideias e conceitos do S9+ e não vejo a hora de poder testá-lo!! Até me dá vontade de me render à minha determinação de testar os smartphones com ênfase em autonomia de bateria somente e mesmo sendo um fotógrafo bem amador, atrever-me-ei, quem sabe, na avaliação das câmeras do S9 e S9+!!!


PAPOFÁCIL #145 CommVault Proteção e Conhecimento de Dados

Bruno Lobo, Country Manager, explica os diferentes casos de uso dos serviços da empresa que começa pela prospecção e entendimento dos dados para que estes possam ser compreendidos, melhor utilizados, protegidos, movidos para a nuvem, gerenciados e auditados. Conhecimento dos dados é fundamental para proteger, mover, analisar e gerar informações.

Gravado dia 23/02/2018 na CommVault 

PAPOFÁCIL #145 CommVault Proteção e Conhecimento de Dados



Informações sobre a Commvault

Global
  • Fundada em 1996, com sede em New Jersey, EUA.
  • Está presente em 92 países.
  • Mais de 2.700 funcionários operando em seis continentes.
  • Mais de 25 mil empresas confiam na Commvault.
  • 100% de crescimento orgânico / base de código único.
  • Balanço patrimonial forte, sem dívidas.
  • NASDAQ: CVLT
  • A Commvault ajuda as organizações a fazer backup e arquivar seus dados, recuperá-los rapidamente em caso de um desastre e encontrá-los facilmente, seja no data center, na nuvem, ou em dispositivos móveis. Em qualquer infraestrutura.
  • Pela 7ª vez consecutiva, a Commvault lidera o Quadrante Mágico do Gartner 
  • para Soluções de Backup e Recuperação de Dados Empresariais e também é líder em Soluções de Resiliência de Dados na Forrester Wave.


Brasil
  • A Commvault opera há 8 anos no Brasil. 
  • Possui mais de 500 clientes no País.
  • Trabalha apenas com vendas indiretas por canal - mais de 50 parceiros no Brasil.
  • Principais Regiões: Sudeste e Brasília.
  • Principais setores de mercado: público; Telco; Finanças e Fintechs; service providers e saúde.


Commvault Data Platform
Trata-se do único produto da Commvault. É uma plataforma capaz de suportar mais de 20 diferentes casos de uso e possibilita ao cliente mover dados, independentemente de sua origem e destino.

Alguns casos de uso da Commvault Data Platform são: backup, gerenciamento de dados, disaster recovery, arquivamento, Cloudfication, proteção de End-Points, E-discovery, Sellf-Service IT.

A partir do início de abril de 2018, a Commvault Data Platform passará a ser comercializada por subscrição. Essa nova modalidade na oferta da plataforma irá possibilitar à Commvault zerar o custo de manutenção fututa pelos próximos 3 ou 5 anos; entregar uma solução completa incluindo toda infraestrutura hyperconvergente de hardware (server + storage), baseado em nodes e sem custo adicional para os clientes. A solução será completa como uma prestação de serviço (subscrição), com um único ponto de contato para suporte. Trata-se de um modelo inédito no Brasil para soluções de data center, mas muito comum no segmento de banda larga e TV por assinatura.

A Commvault já adota essa modalidade de oferta de sua palataforma na América do Norte e Europa. A América Latina será a última fase do roll out global a ofertar seu produto por subscrição. Quanto ao canal, nada muda. Os parceiros da Commvault já são capacitados para oferecer essa nova modalidade.

Foco
  • Software-Defined Platform (SDS)
  • Service-Oriented Architecture (SOA)
  • Hyperconverged Data Services
  • Agnostic Server, Storage, App, Cloud, Virtualization.


Anúncios Recentes
  • Pesquisa da Commvault revela: apenas 12% das empresas estão prontas para o GDPR
  • Commvault lista as previsões para a indústria de dados em 2018
  • Plataforma da Commvault é selecionada para integrar a nova solução HPE GreenLake Backup

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

PAPOFÁCIL #144 DellEMC Desafios da interação homem-máquina

Luis Gonçalves, VP Senior e Gerente Geral Brasi, comenta os resultados da pesquisa "2030: uma visão dividida do futuro” que apresenta a visão dos líderes de negócios sobre como a parceria homem-máquina deve impactar profissionais e empresas até 2030.

Gravado dia 22/02/2018 no Solution Center da a DellEMC 



PAPOFÁCIL #144 DellEMC Desafios da interação homem-máquina







Estudo Dell Technologies revela a visão dos líderes de negócios sobre como a parceria homem-máquina deve impactar profissionais e empresas até 2030

  • De acordo com o levantamento global, 88% dos executivos brasileiros (contra 82% ao redor do mundo) esperam que suas equipes trabalhem integradas com as máquinas, como uma equipe única, nos próximos cinco anos.
  • 65% dos líderes entrevistados no Brasil preveem que a automação de sistemas garantirá que tenham mais tempo livre
  • A principal barreira para que as empresas sejam totalmente digitais até 2030, citada por 59% dos executivos brasileiros, é não ter equipes preparadas

Fevereiro de 2018 – Um estudo encomendado pela Dell Technologies – uma família única de negócios que fornece a infraestrutura essencial para as organizações construírem o futuro digital, transformarem a TI e protegerem as informações – aponta como os líderes de negócios ao redor do mundo analisam o impacto da parceria homem-máquina nas empresas e nas formas de trabalho nos próximos 12 anos. O levantamento, realizado pela empresa global de pesquisas Vanson Bourne e batizado de “Projetando 2030: uma visão dividida do futuro”, entrevistou 3.800 líderes de negócios de médias e grandes corporações em 17 países, incluindo o Brasil.

Segundo o estudo, 88% dos executivos brasileiros – contra 82% ao redor do mundo – esperam que profissionais e máquinas trabalharão como times totalmente integrados dentro das organizações em até cinco anos. Além disso, 65% dos entrevistados no Brasil, e 50% globalmente, projetam que os sistemas automatizados representarão uma economia de tempo. Apesar disso, os dados globais apontam que a maioria dos profissionais (58%) não acredita que terão mais satisfação no trabalho quando, no futuro, puderem delegar tarefas para as máquinas.

Ao mesmo tempo, apesar de a maior parte dos executivos concordar que a integração homem-máquina é inevitável, somente 27% dos entrevistados no mundo, e 33% no Brasil, acreditam que a abordagem digital está estabelecida em tudo o que fazem. E 42% dos executivos no mundo, e 29% no país, afirmam não saber se estarão preparados para a concorrência ao longo da próxima década.

Desafios à transformação digital
Quando questionados sobre as principais barreiras para terem sucesso até 2030, o maior desafio, citado por 59% dos executivos brasileiros, é a falta de preparo das equipes.

Barreiras para o sucesso da digitalização dos negócios em 2030:
  • Falta de preparo da força de trabalho: 59% (Brasil) e 61% (Mundo)
  • Falta de estratégia e visão digital: 55% (Brasil) e 61% (Mundo)
  • Restrições tecnológicas: 54% (Brasil) e 51% (Mundo)
  • Restrições de tempo e dinheiro: 44% (Brasil) e 37% (Mundo)
  • Leis e questões regulatórias: 28% (Brasil) e 20% (Mundo)

“As conclusões do estudo da Vanson Bourne reforçam a percepção de que a digitalização dos negócios representa uma importante preocupação das áreas de negócios nas empresas ao redor do mundo”, aponta Luis Gonçalves, Vice-Presidente Sênior e Gerente Geral da Dell EMC Brasil Commercial. “Estamos vivendo um período de mudanças sem precedentes e na qual o uso intensivo das tecnologias afeta diretamente os modelos de negócio e a maneira como vivemos e trabalhamos”, completa.

Os líderes podem estar divididos por suas visões de futuro e sobre como enfrentar as barreiras, mas estão unidos pela necessidade de transformação. Na verdade, a grande maioria das empresas acredita que encontrará seu caminho para a transformação dentro de cinco anos, apesar dos desafios que deverão enfrentar.

Quando questionados sobre a implementação de soluções e processos associados à digitalização dos negócios em cinco anos, a maioria afirma estar preparada para implementá-las em cinco anos.

Probabilidade de alcançar processos associados à digitalização dos negócios nos próximos cinco anos:
  • Ter defesas de segurança cibernética eficazes em vigor: 97% (Brasi) e 94% (Mundo)
  • Entregar produtos como serviço: 91% (Brasil) e 90% (Mundo)
  • Ter completado a transição para um negócio definido por software: 92% (Brasil) e 89% (Mundo)
  • Pesquisa e desenvolvimento impulsionando a organização: 91% (Brasi) e 85% (Mundo)
  • Oferecer experiências hiperconectadas por meio da realidade virtual (VR) para os clientes: 84% (Brasil) e 80% (Mundo)
  • Usar inteligência artificial (AI) para prever as demandas do cliente: 90% (Brasil) e 81% (Mundo)

Dada a promessa de uma mudança monumental – impulsionada pelo aumento exponencial de dados e sistemas, pela capacidade de processamento e pela conectividade para usá-los –, 56% no Brasil acreditam que as escolas precisarão ensinar como aprender. Além disso, 45% preveem que serão adotados recursos de realidade aumentada (AR) para treinar colaboradores, dada a velocidade da transformação dos ambientes de trabalho.

A pesquisa quantitativa realizada pela Vanson Bourne foi realizada no segundo semestre de 2017. O estudo complementa um mapeamento anterior, realizado em 2017 pela Dell Technologies e o IFTF (Institute for the Future) e batizado de The Next Era of Human-Machine Partnerships’ (A Nova Era de Parcerias Homem-Máquina) que mapeou o impacto que as novas tecnologias devem ter na vida e no trabalho das pessoas até 2030.

Sobre a Vanson Bourne
Vanson Bourne é uma empresa independente especializada em pesquisa de mercado para o setor de tecnologia. A reputação da empresa quanto à análise sólida e confiável de pesquisas baseia-se em rigorosos princípios de pesquisa e na capacidade de buscar opiniões de tomadores de decisão seniores nas funções técnicas e de negócios, em todos os setores de negócios e em todos os principais mercados.

Sobre a Dell Technologies

Dell Technologies é uma família única de empresas que oferece a infraestrutura essencial para que as organizações construam seu futuro digital, transformem a TI e protejam seu ativo mais importante: a informação. A empresa atende clientes de todos os tamanhos em 180 países, incluindo 98% das empresas da Fortune 500 e clientes individuais, oferecendo o portfólio mais abrangente e inovador do setor, incluindo borda, núcleo e nuvem.

PAPOFÁCIL #143 Cisco Relatório Anual de Cibersegurança

Ghassan Dreibi, Diretor de Cibersegurança LATAM, explica as descobertas do Relatório, destacando o grande aumento de ameaças criptografadas, perfil dos atacantes e formas de defesa. Relatório  revela que  líderes de segurança apostam em automação, machine learning e IA.

Gravado na Cisco dia 22/02/2018 

PAPOFÁCIL #143 Cisco Relatório Anual de Cibersegurança 



Relatório Anual de Cibersegurança da Cisco revela que líderes de segurança apostam em automação, machine learning e IA

Resultados da edição 2018 do relatório mostram que 39% das organizações dependem de automação, 34% dependem da machine learning, e 32% são altamente dependentes de inteligência artificial


SAN JOSE, Califórnia - 22 de fevereiro de 2018 - A sofisticação de malwares está aumentando à medida em que os adversários começam a armar os serviços de nuvem e a evitar a sua detecção por meio de criptografia, usada como uma ferramenta para ocultar atividades de comando e controle. Para reduzir o tempo de operação dos adversários, os profissionais de segurança disseram que gastarão mais em ferramentas que usam inteligência artificial e machine learning, além de aproveitar mais as suas vantagens, conforme informado no 11º Relatório Anual de Cibersegurança (ACR, sigla em inglês) de 2018 da Cisco®.  

Embora a criptografia tenha como objetivo aumentar a segurança, o volume maior de tráfego da web criptografado (50% em outubro de 2017) – tanto legítimo quanto malicioso - criou mais desafios para os defensores que tentam identificar e monitorar ameaças potenciais. Os pesquisadores de ameaça da Cisco observaram um aumento de mais de três vezes na comunicação de rede criptografada, usada por amostras de malware inspecionadas ao longo de um período de 12 meses.

Aplicar o conceito de machine learning pode ajudar a melhorar as defesas de segurança de rede e, ao longo do tempo, "aprender" como detectar automaticamente padrões incomuns nos ambientes criptografados de tráfego da web, nuvem e Internet das Coisas (IoT). Alguns dos 3.600 diretores de segurança da informação (CISOs, sigla em inglês) entrevistados para a edição 2018 do relatório da Cisco Security Capabilities Benchmark Study declararam que estavam confiantes e dispostos a acrescentar ferramentas como machine learning e inteligência artificial, mas se frustraram pelo número de falsos positivos que esses sistemas geram. Embora ainda estejam em um estágio inicial, as tecnologias de inteligência artificial e de machine learning ao longo do tempo amadurecerão e aprenderão o que é uma "atividade normal" nos ambientes de rede que estão monitorando.

"A evolução do malware no ano  demonstra que os nossos adversários seguem estudando", disse John N. Stewart, vice-presidente sênior e Chief Security and Trust Officer da Cisco. "Desta forma, temos que aumentar o desafio agora – com decisões tomadas a partir da liderança, investimentos em tecnologia e práticas de segurança efetivas – o risco é muito grande, e depende de nós a sua redução".

Destaques adicionais do Relatório de Cibersegurança de 2018 da Cisco

  • O custo financeiro dos ataques não é mais um número hipotético:
    • De acordo com os entrevistados, mais de metade de todos os ataques resultaram em danos financeiros superiores a US$500.000, incluindo, entre outros, perda de receita, clientes, oportunidades e custos diretos

  • Os ataques à cadeia de suprimentos estão aumentando em velocidade e complexidade
Esses ataques podem afetar os computadores em grande escala e podem persistir por meses ou mesmo anos. Os defensores devem estar cientes do risco em potencial de usar software ou hardware de organizações que não parecem ter uma postura de segurança responsável.
    • Dois desses ataques em 2017, Nyetya e Ccleaner, infectaram usuários ao atacar software confiável.
    • Os defensores devem revisar os testes de eficácia de tecnologias de segurança de terceiros para ajudar a reduzir o risco de ataques à cadeia de suprimentos.

  • A segurança está ficando mais complexa e o escopo das brechas está se expandindo
Os defensores estão implementando uma variação complexa de produtos de uma variedade de fornecedores para se proteger contra brechas de segurança. Essa complexidade e o aumento de violações têm muitos efeitos na capacidade de uma organização se defender contra-ataques, como o risco maior de perdas.
    • Em 2017, 25% dos profissionais de segurança disseram que usaram produtos de 11 a 20 fornecedores, em comparação com 18% dos profissionais de segurança em 2016.
    • Os profissionais de segurança disseram que 32% das violações afetaram mais da metade de seus sistemas, em comparação com 15% em 2016.

  • Profissionais de segurança veem valor nas ferramentas de análise comportamental para a localização de agentes maliciosos nas redes
    • 92% dos profissionais de segurança disseram que as ferramentas de análise de comportamento funcionam bem.
    • Dois terços do setor de saúde, seguido por serviços financeiros, acham que as análises       comportamentais trabalham extremamente bem para identificar agentes maliciosos.

  • O uso da nuvem está crescendo; atacantes aproveitam a falta de segurança avançada
    • No estudo deste ano, 27% dos profissionais de segurança disseram que estão usando nuvens privadas off-premises, em comparação com 20% em 2016
    • Entre eles, 57% disseram que hospedam redes na nuvem pelo motivo de uma segurança de dados melhor; 48%, devido à escalabilidade; e 46%, por causa da facilidade de uso.
    • Embora a nuvem ofereça uma melhor segurança de dados, os atacantes estão aproveitando o fato de que as equipes de segurança estão tendo dificuldade em proteger os ambientes em nuvem, que estão em evolução e expansão. A combinação de melhores práticas; tecnologias de segurança avançadas, como machine learning; e ferramentas de primeira linha de defesa, como plataformas de segurança na nuvem; podem ajudar a proteger esse ambiente.

  • Tendências no volume de malware têm um impacto no tempo de detecção (TTD, sigla em inglês) dos defensores
    • O TTD médio da Cisco foi de cerca de 4,6 horas para o período de novembro de 2016 a outubro de 2017 - bem abaixo do TTD médio de 39 horas relatado em novembro de 2015 e a média de 14 horas divulgada no Relatório Anual de Cibersegurança de 2017 da Cisco, para o período de novembro de 2015 a outubro de 2016.
    • O uso de tecnologia de segurança baseada em nuvem tem sido um fator chave para ajudar a Cisco a promover e manter seu TTD médio em um nível baixo. Um TTD mais rápido ajuda os defensores a reagirem mais cedo para resolver violações.

Recomendações adicionais para defensores:
  • Confirme o cumprimento de políticas e práticas corporativas para correções de aplicativos, sistema e appliance.
  • Acesse dados e processos de inteligência de ameaça de forma oportuna, permitindo que esses dados sejam incorporados no monitoramento de segurança.
  • Execute análises analíticas mais profundas e avançadas.
  • Faça backup de dados com frequência e teste procedimentos de restauração, processos que são críticos em um mundo de worms de ransomware rápidos e baseados em rede, além de ciberataques destrutivos.
  • Realize uma verificação de segurança de microsserviços, serviços em nuvem e sistemas de administração de aplicativos.

Sobre o Relatório:

O Relatório Anual de Cibersegurança de 2018 da Cisco, agora em seu 11º ano, destaca as descobertas e os insights derivados das tendências de inteligência de ameaças e cibersegurança observadas nos últimos 12-18 meses, com base em pesquisas de ameaças e seis parceiros de tecnologia: Anomali, Lumeta, Qualys, Radware, SAINT e TrapX. Além disso, estão incluídos no relatório os resultados do estudo anual Cisco Security Capabilities Benchmark Study (SCBS), que neste ano entrevistou 3.600 diretores de segurança (CSOs) e operações de segurança (SecOps), de 26 países, sobre a situação da cibersegurança em suas organizações.

Recursos de apoio
Blog da Cisco: Setting the Cybersecurity Bar Higher – Announcing the Cisco 2018 Annual Cybersecurity Report

Sobre a Cisco
A Cisco (NASDAQ: CSCO) é líder mundial em tecnologia, que tem feito a internet funcionar desde 1984. Seus colaboradores, produtos e parceiros ajudam a sociedade a se conectar com segurança e a aproveitar hoje as oportunidades da transformação digital do futuro.
Para mais informações, acesse http://thenetwork.cisco.com.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Asus Zenfone 4, redescobrindo surpreendentemente a autonomia de bateria!!

Testar duas vezes o mesmo smartphone parece algo bizarro, sem sentido e um desperdício de tempo, certo? Certo! Mas regras têm exceção! Essa história toda começa com a minha avaliação do Zenfone 4 publicada no final de novembro de 2017 cujo título foi “Asus Zenfone4, ótima câmera, mas e a bateria?”. Como o nome sugere foi uma análise focada em autonomia de bateria e isso tem motivo. É a abordagem que tenho adotado de uns tempos para cá como uma característica diferenciadora e especializada. Sei que faço uma boa análise de autonomia. 

Tudo teve início com uma pequena grande catástrofe. Voltando de uma viagem deixei o Zenfone 4 que estava testando em cima de uma mala, dessas que se coloca no bagageiro do avião, sabe? Nem tão altas são. Ele escorregou, caiu no chão e...


figura 01 – Zenfone 4 com a tela quebrada

Sim, a tela ficou quebrada em vários pontos, mas mesmo assim continuei e concluí o teste. Ainda dava para usar. Foram 31 dias aferindo o consumo diário de bateria, como sempre faço, segundo o meu próprio padrão de uso. No meio do caminho tive uma conversa com Marcel Campos, Diretor de Marketing Global da Asus. Falamos sobre a minha impressão não boa relativa ao consumo de bateria. Marcel me lembrou do “Doze on the Go” e suas implicações, o aprendizado do perfil de consumo, que faria o comportamento melhorar. O vídeo-podcast com esta conversa pode ser vista aqui ou abaixo.


O fato concreto é ao final dos 31 dias o Zenfone 4 apresentou autonomia média de 15.3 horas, um valor razoavelmente bom, mas muito longe das 18.2 horas do Zenfone 3, 22 horas do Moto Z Play ou 19 horas do Moto Z 2 Play e longe do mega campeão, o Zenfone 3 Zoom (5000 mAh) com incríveis 27 horas.

figura 02 – autonomia da bateria,  comparativo com Zenfone 4

O Zenfone 4 com seu incrível SoC Qualcomm Snapdragon 660, um quase top (derivado do sofisticado 821 com um pequeno downclock) apresentou usabilidade excelente, fluidez, velocidade, mas apesar de toda a teoria do “Doze on the Go” explicada pelo Marcel, definitivamente não tem autonomia de bateria como sua maior virtude. Eu explico o porquê. 15 horas não é ruim! Eu me lembro que há não muito tempo atrás eu testava smartphones que chegavam a 9, 10 12 horas apenas. Nessa ótica é bom, só que não. Várias vezes naqueles trinta e um dias do teste, precisei me conter, usar menos, ou dar uma carga extra para terminar o dia. Isso é o oposto da experiência com o Zenfone 3 Zoom que chamei de libertadora! “Autonomia da bateria do Zenfone 3 Zoom – Libertador!”.

O Zenfone 4 apresentou o seguinte comportamento nos 31 dias do teste original. Veja no gráfico abaixo.

figura 03 – autonomia da bateria dia a dia do  Zenfone 4 no primeiro teste

Chega de preâmbulos, vamos direto ao ponto! Descobri que o Zenfone 4 é OUTRO APARELHO no segundo teste que fiz com ele!! SEGUNDO TESTE? Por que? Depois que acabei a avaliação original resolvi encaminhá-lo para a Asus para reparo da tela. Não foi considerado conserto em garantia, pois como eu falei, foi uma queda, de 45 cm, mas foi uma queda. Encaminhei em 13 de novembro para a assessoria de imprensa, que iria providenciar o reparo junto à Asus. Obtive orçamento no começo de dezembro, quase um mês depois. Tive que pagar adiantado a troca da tela, R$ 225. Paguei dia 11 de dezembro e esperei, esperei, esperei... Dia 26 de janeiro recebi o aparelho de volta. Mas não o mesmo. Como eles acharam que estava demorando muito, mandaram outro para mim. “Novo”, mas não 0 Km, devia ser uma unidade que já fora usada em review. Mas o estado era perfeito e assim acabou a novela do conserto.

ASUS este processo de assistência técnica precisa melhorar muito ainda!! Eu que tenho acesso “privilegiado” à assessoria precisei de quase um mês para obter o orçamento, tive que pagar um boleto (a vista) adiantado e ainda demorou mais 40 dias para ter outro aparelho (não o meu de volta)... Fica a dica ASUS. Produto fantástico, mas a assistência tem ainda o que melhorar.

Uma coisa que se vê no gráfico acima é que o consumo é alternante dia a dia, isso é normal. Mas não há uma linha de tendência de progresso, uma evidente melhoria. No texto do primeiro teste cheguei a levantar a hipótese de que o “Doze” não estava sendo eficaz...


figura 04 – Zenfone 4 retorna para casa com a tela perfeita!!

Com o Zenfone 4 de novo em mãos não pensei em voltar a usá-lo imediatamente. Eu estava ainda testando o Samsung Note 8 e por isso eu apenas liguei e configurei via WiFi o Zenfone 4 naqueles dias, final de janeiro. Chamou minha atenção uma coisa. Em um prazo curto o telefone recebeu 2 ou 3 atualizações FOTA , ou seja, de seu Firmware, seu software básico.

Também chamou minha atenção que nessas atualizações, pude ler nas suas descrições, que endereçavam consumo de energia. Opa!! Levantei um flag em relação a isso!! Depois ouvi por aí (vou explicar melhor) que com a chegada do Android 8 o Zenfone 4 tinha ficado ainda melhor, inclusive bateria... Foi nessa hora que decidi, vou atualizar e testar de novo. Não foi automática a atualização (como fora para o Zenfone 3), baixei do site o arquivo necessário e tão logo terminou meu teste com o Note 8 comecei a testar de novo o Zenfone 4!! Pela primeira vez o mesmo aparelho!! Comecei do zero. Após ter o Android 8 fiz o resset para o padrão de fábrica, até para zerar o “Doze”.

Quando falei “ouvi por aí”, quis dizer que assisti vários vídeos com esta informação (Android Oreo no Z4). Sou um avaliador “veterano”, recém cinquentão, mas não por isso deixo de estar ligado nos ÓTIMOS produtores de conteúdo do Youtube. Sobre tecnologia há centenas deles!! Mas tem muito fulano sem noção, que está lá “tentando se dar bem” e quem não têm bagagem para falar sequer de um abajur, o que dizer de um smartphone!! Mas escolhi a dedo uma meia dúzia de produtores de conteúdo/vídeos como Rudy Caro (Technerd), Alexandre (Conexão A Tech), Fábio Moura (brasiliGEEKS), Rodrigo (Geek Loko), Becker (Be!tech), Dudu Rocha. Vejo também ocasionalmente vídeos do Barba Sou Eu, CanalTech, Loop Infinito... gente toda muito, mas muito muito boa!!

Depois de “velho”, estou aprendendo muito com esse pessoal!! Aliás, tê-los acompanhado mais amiúde que me influenciou a não mais fazer uma análise ampla sobre smartphones. Eles fazem muito melhor e conhecem muito mais do que eu! Quem vir seus vídeos estará muito bem servido e bem muito informado. Cada um deles tem uma pegada diferente, abordagens diferentes e complementares. Alguns deles conheço pessoalmente e sou fã de todos. Por isso euzinho aqui estou focando em análise de autonomia de bateria que, modéstia à parte acho que faço direito. Pelo menos eu tento.

Reverências prestadas, voltando ao Zenfone 4. Veja o gráfico abaixo do segundo teste. Ele encerra muitas informações!!
  

figura 05 – autonomia de bateria dia a dia no segundo teste do Zenfone 4

Em primeiro lugar a autonomia média! Subiu de 15.3 horas para 19.7 horas. Ou seja, grosso modo, cresceu 4 horas, mais precisamente 4.4 horas, cerca de 28%. Mas estes números não significam nada. O que importa é que com estas 4 horas a mais por dia, dá margem para oscilações normais. Vejam no gráfico que o pior dia foi o segundo, com 17 horas.  No caso do primeiro teste (gráfico anterior), desconsiderando um dia muito atípico (o 31º), algumas vezes a bateria durou cerca de 11 horas. Onze horas é bem ruim!!!

Segunda informação importante do gráfico. Vocês perceberam uma linha pontilhada? Calculada pelo Excel é a linha de tendência. Evolução! Eu posso arriscar que aqui eu vejo o “Doze on The Go” trabalhando, o aprendizado do perfil de uso gerando melhor aproveitamento da energia pelos aplicativos. Mas vou fazer uma correção neste gráfico. Observe abaixo:


figura 05 – autonomia de bateria dia a dia no segundo teste do Zenfone 4

Sendo matematicamente mais rigoroso a curva que deve ser interpolada não é uma reta e sim um perfil assintótico como a aproximação logarítmica acima. Pela reta da figura anterior, em alguns dias o Zenfone 4 estaria com autonomia de 30 horas de bateria, que não é verdade. O Doze vai gerando aprendizado e uma hora estabiliza. Este é o sentido deste segundo gráfico.

É interessante olhar os gráficos combinados do primeiro e do segundo teste. Cabe ressaltar que apesar de ter 31 dias com dados no primeiro teste, eu considerei apenas os 20 primeiros dias, que é a quantidade de dias que avaliei o Zenfone 4 pela segunda vez. Quando assim combinados, se alguém ainda não tinha enxergado a diferença, acho que ficou bastante evidente!!



figura 06 – autonomia de bateria dia a dia no segundo teste do Zenfone 4

Ao olhar aplicativo específicos os ganhos também são percebidos, mas curiosamente os que eu escolhi para mostrar não trazem ganhos na proporção média de 28%. Mas há ganhos perceptíveis. Escolhi o destruidor de baterias que é o WAZE e YOUTUBE.  O Waze melhorou 10% e assistir vídeos no Youtube ficou 16% melhor. A figura abaixo ilustra isso melhor. Por exemplo, antes conseguia assistir 9,3 horas de vídeo e agora 10,8 horas.


figura 07 – autonomia de bateria com Waze e Youtube comparativos do Zenfone 4



Este era para ser um texto curto!! Doce ilusão minha!! Não consegui!! Mas preciso terminar contando duas outras coisas. Eu queria testar de novo o Zenfone 4 pelos mesmos 31 dias que testei a primeira vez. Mas como haverá o lançamento do Zenfone 5 em alguns dias, capitaneado pelo Mr. Campos, achei que esta matéria ficaria esvaziada com o hype do lançamento. Se é que já não está. Mas também penso que provavelmente o Z4 pode ter mais uma queda de preço com o lançamento da nova versão e estas descobertas que fiz. As atualizações FOTA mais o Android 8 (mesmo que instalado manualmente) tornam este smartphone ainda melhor. Nem falei muito, mas no Oreo o Z4 está ainda mais fluido, responsivo do que já era. Penso que o Z4 ainda será por um longo tempo uma ótima alternativa, mesmo que com a chegada do 5 com notch, sem notch, com 3, 4 ou 5 câmeras! Não importa.
  
IMPORTANTE: para uso no dia a dia o Zenfone 4 melhorou muito como eu mostrei, mas em certas situações de imensa demanda eu consegui fazê-lo prostrar-se genuflexo com sua energia drenada. Saí outro dia para correr, com o fone PowerBeats 3 (Bluetooth), ouvindo música no Spotify, com o aplicativo da Garmin sincronizado com meu Forerunner 235 (relógio de corrida também Bluetooth), usando outros aplicativos para rastrear corrida e passos (soürun e Stepfun) e recebendo notificações de mensagens no relógio. Pouco né?? Claro que não. Em pouco mais de uma hora a bateria gastou 20%!!! Nesse ritmo não duraria 6 horas. Mas reconheço que é um modelo de uso excepcional. Mas prova que dá para “jogar no chão” o mais competente smartphone com um tipo de uso intenso assim, qualquer um!! Gravar vídeo é outra atividade extenuante para qualquer smartphone, quanto maior a resolução/fps, mais intenso.

Por fim vou fazer um protesto, vazio porque não serei ouvido, mas vou contar uma grande dificuldade que tive neste teste. No Android 7 a tela para acompanhamento de consumo de bateria é incrivelmente melhor que no Oreo, ao menos na versão da Asus (nem meu Samsung S8+ nem meu Moto X4 receberam atualização ainda enquanto Z3 e Z4 já têm). Veja abaixo como era no Android 7:


figura 08 – Telas do Android 7 para acompanhamento do uso da bateria (Samsung neste caso)

São telas simples, mas têm toda a informação de que preciso. Qual o percentual de consumo de cada aplicativo, todos eles. E se clicar no aplicativo os detalhes são mostrados como o tempo de uso daquele recurso e inclusive o consumo em mAh!!! Super legal! E útil. Neste caso, 24% consumido com a tela, em 4h21m de tela em uso, gastando 819 mAh. Agora veja a tela análoga do Android Oreo do Zenfone 4.


figura 09 – Telas do Android 8 do Zenfone 4

É só isso e nada mais!!! Não dá para saber o tempo de tela. Só mostra o aplicativo que mais consumiu, neste caso o Instagram com 4% e FIM!! Falta tudo!! Nem o tempo ligado com precisão de minutos nós temos. Um lixo!! Não sei se essa tela assim é uma simplificação da Asus ou se é do Oreo, mas fiquei muito bravo, afinal usava as informações que vinham antes de forma intensa e constante!

Precisava resolver o problema e resolvi! Comprei um aplicativo. Sim!! Aplicativo também se compra! Comprei o GSam Battery Monitor Pro (para Android aqui) que tem tudo que preciso e muito mais. É ótimo. Veja na tela abaixo. Tem versão gratuita, mas resolvi pagar, afinal será a partir de agora uma ferramenta de trabalho recorrente.


figura 10 – Monitorando o gasto de energia com o GSam Battery Monitor Pro

Os dados conferem com a tela do Android. Dentre os aplicativos é mesmo o Instagram que tinha consumido mais e ainda tenho dados de tempo de tela, de telefone, WiFi, Bluetooth, previsão da duração da bateria neste dia, pelo uso dos últimos 15 minutos, pela média histórica, etc. Cálculos estes parametrizáveis. Fantástico! Segundo o GSam Monitor, para obter os dados de consumo por aplicativo precisaria de uma permissão que não é padrão no Oreo e por isso tem que fazer root OU (graças a Deus) usar um comando de Depuração USB para habilitar essas informações. Foi assim que resolvi, usando no PC o programa ADB Fastboot.

Conclusão (finalmente)

Certa vez visitei uma vinícola na Califórnia  a qual apreciei muito. Lá comprei um pôster que replico abaixo com a seguinte frase (já traduzida): “É fácil fazer bom vinho... Somente comece com uma excelente videira e pratique por mais de 100 anos”!! Isso tem tudo a ver com o que vivi com o Zenfone 4 revisitado.


figura 11 – Praticar por 100 ou mais anos

Fazer um smartphone bom de verdade não é fácil. Comece com um ótimo chipset... Mas isso não basta. Claro que não são necessários 100 anos de prática, mas fica evidente a evolução dos Zenfones geração a geração. O Zenfone 4 por exemplo, tem um hardware ótimo! Mas parece que precisou de um tempo para amadurecimento de conceitos, do software, da integração com o sistema operacional... Ainda há lacunas. Há críticas ao que é o mote da Asus atualmente , o “We Love Photo” já que o hardware da câmera é primoroso, mas o pós processamento poderia/deveria evoluir, até mesmo no sentido de simplifica-lo.

As atualizações feitas no Zenfone 4 pela Asus (FOTA) e o ótimo trabalho de adaptação do Android 8 ao aparelho trouxeram resultados destacadamente importantes!! Afinal duração de bateria é muito, mas muito importante. E no meu caso, estas 4 horas a mais no dia tornam o Zenfone 4 um aparelho também libertador (das tomadas e recargas).

Tudo é aprendizado. CLARO que o nascente Zenfone 5, que está logo aí na esquina, será diferente do Zenfone 4 em cada modelo, mas a cultura, a experiência passada, erros e acertos, com certeza terão direcionado os engenheiros para a construção de um smartphone muito bom. Será perfeito? Claro que não!! Mas será o reflexo desse amadurecimento, dessa evolução. E o Zenfone 4 que está arrumadinho, todo eficiente segue como uma ótima alternativa após o lançamento, ainda mais a versão com SnapDragon 660 e com a possível redução adicional de preço.