Eu nunca fiz um teste tão completo de um relógio de corridas! Nunca! Eu sou
chato, costumo pedir emprestado para o fabricante por 2 meses e com frequência
isso gera questionamentos. Com o Garmin Forerunner 235, foi diferente, o
empréstimo foi concedido sem problemas com o prazo. E já negando todas as
diretrizes do jornalismo, deixar a conclusão para o fim, antecipo que é um
instrumento sensacional! A vontade é de não terminar o teste de tão bem
adaptado que fiquei ao 235. Vou contar os detalhes.
Mas antes de falar do 235 preciso falar um pouco do Garmin Forerunner 220, o
meu (de fato) relógio de corrida, comprado há um ano e meio. O 220 é o irmão
menor, um dos primeiros a usar a tecnologia bluetooth para se comunicar com o
smartphone e sincronizar as atividades.
figura 01 –
Garmin Forerunner 220 – irmão menor do 235
Eu já me encantara pelo 220. Ele aproveitou a cinta peitoral
que tenho desde os modelos 405 e 610, assim pude comprá-lo com alguma economia
(sem a cinta). O leitor mais atento e visitante habitual do meu site pode
estranhar porque não escrevi um texto sobre o 220? Este modelo eu comprei no
exterior com meus próprios recursos e por azar esta unidade veio com um pequeno
defeito, não registrava o treino completo (mapa) algumas vezes. Mesmo com essa
anomalia eu o aproveitei bastante por mais de um ano e achei ótimo não precisar
conectar um cabo ou usar um “dongle USB” (ANT2+) para transferir os dados da
corrida.
Quando meu amigo Alexandre Trotta me ofereceu um 235 emprestado para testes
fique muito animado. Sabia que o 235 tinha medidor de batimentos cardíacos na
própria pulseira e que tinha um visual aprimorado. Aceitei imediatamente a
oferta do empréstimo e no dia 18 de fevereiro comecei a testá-lo.
figura 02 –
Garmin Forerunner 235 – objeto do meu teste
Logo se vê que o 235 tem área útil do visor sensivelmente
maior que o 220, embora sejam inequivocamente do mesmo tamanho (tanto que a
pulseira de um serve no outro). O 235 faz parte de uma nova geração de relógios
de corrida da Garmin que têm este visual mais sofisticado e com a borda cada
vez mais fina como o 935, 735 XT, o
Fenix 5X (que é um relógio muito sofisticado com o os smartwatches Apple e
Samsung), etc. São opções incríveis, mas estes modelos custam de 2 a 3 vezes o
preço do 235!!
Como citei o 235 aposenta a velha companheira, a cinta peitoral para medir os
batimentos cardíacos. Há um sensor a laser na parte de trás do relógio que
analisa ao contato com a pele (acredito eu que variação de cores, fluxo e
movimentos) e faz um excelente trabalho ao capturar essa importante informação
para o corredor.
figura 03 –
Garmin Forerunner 235 – sensor de batimentos cardíacos
Eu já tinha testado o
TomTom
Cardio GPS tempos atrás inclusive comparando-o ao Garmin 610 no aspecto
captura de informação de pulsação. Tecnologia mais que aprovada, as variações
em relação à cinta peitoral são pequenas (cerca de 5%) sendo que às vezes a
cinta também traz variações estranhas. Mas para mim o mais importante é que
comecei a não mais me adaptar à cinta. Ela me causava ferimentos. Comprei cinta
nova, passei a lavá-la com amaciante de roupas, nada mais dava resultados.
figura 04 – ferimentos
que passei a ter com a cinta peitoral das versões anteriores
Assim deixei para trás as importantes cintas que usava desde o valoroso e relevante
Polar! Que corredor não usou um Polar? Aliás foi com um Polar que escrevi meu
primeiro review de relógios de corrida: “
Correndocom um computador no pulso – parte 1 – Polar RS 200 SD”. O primeiro de uma série de 6 artigos, 8 relógios.
Voltando ao Forerunner 235, o que também me encantou foi sua
estrutura fina, leve, perfeitamente compatível ao tipo de uso, seja durante a
atividade física, seja no dia a dia.
figura 05 – Garmin
Forerunner 235 – visão lateral
Sim!! O Garmin Forerunner pode ser o seu relógio do dia a dia,
quer você goste do visual esportivo ou se preferir um aspecto mais social! Como
pode isso? Simples! Usando o software Garmin Express aplicativos ou faces de
relógio podem ser instalados. Isso é lindo! O 235 tem boa parte das
funcionalidades dos smartwatches de “grife” como Apple e Samsung. Vou dar um
exemplo. No 220 eu não tenho como cronometrar nada que não seja usando a função
de corrida. Quero medir o tempo de uma pizza no forno tenho que ativar o GPS
para usar o cronômetro. No 235 eu instalo um aplicativo de cronômetro simples e
pronto, ele está lá pronto para o meu uso!!
figura 06 – tela
do Garmin Express configurando aplicativos e faces do relógio
Sobre as faces de relógio no site da Garmin há exatamente
800 (oitocentas!!!) opções que podem ser escolhidas e instaladas. Algumas estão
mostradas na tela acima (algumas que escolhi). Há centenas de alternativas
digitais, analógicas (com ponteiros), mistas, com diferentes informações... Que
tal no dia a dia usar algo assim, como o da foto abaixo? Simples, minimalista e
elegante.
figura 07 – uma
das faces do 235 que escolhi para o meu dia a dia
figura 08 – uma
pequena parte dos aplicativos e faces disponíveis (clique para ampliar)
Há um limite de memória disponível para instalação de faces,
aplicativos ou widgets. Eu me animei e selecionei 30 faces para instalar, mas o
processo de atualização foi interrompido com a mensagem de falta de memória.
Claro! Que ser humano insano como eu iria instalar 30 faces? Couberam 10 ou 11,
que já é bastante!! Na prática acabo revezando entre 2 e 3 apenas. Mas a
personalidade smartwatch do 235 vai além dele ter carinhas bonitas para serem
escolhidas...
Um dos aplicativos da tela acima é o “Find My Car”, muito útil para achar seu
carro após um evento se não se lembrar de onde o estacionou. Marque a posição
ao parar e depois o 235 o levará até ele.
Além disso e-mails, SMSs, mensagens do WhatsApp (só não vale para fotos
e vídeos), Facebook Messenger, notificações do Facebook, Telegram, ligações
telefônicas... todos eles chegam à tela do 235 e podem ser lidos na sua
totalidade usando os comandos “para baixo” e “para cima” situados no lado
esquerdo. Ele não é touch, que nem sempre funciona bem com os dedos suados, ao
contrário dos robustos e clássicos botões.
figura 09 – Forerunner
235 recebendo notificações, e-mails, etc.
Vou dar alguns exemplos práticos. Às vezes eu esqueço o meu
smartphone em modo silencioso. Fico sabendo que tem alguém me ligando porque
aparece na tela do relógio (nome e número). Quando uso Internet Banking e a
contra senha (token) é enviado por SMS é mais fácil apenas vê-lo no relógio que
desbloquear o smartphone para ter acesso ao código. Quem acha que receber essas
mensagens é incômodo, fique sossegado porque essas notificações podem ser
desabilitadas total ou parcialmente deixando apenas alguns tipos de notificação
ou referentes a programas escolhidos.
Falando dos talentos para o corredor e
saúde
O 235 é uma plataforma para a saúde e não apenas um relógio de corridas! Por
causa de seus sensores, além da corrida monitora passos diários, frequência
cardíaca o tempo todo, horas de sono e qualidade do sono e calorias gastas.
Também monitora atividades de ciclismo, natação, treinos de força,
quilometragem do tênis sendo usado e peso do usuário. A maioria destes dados
capturados diretamente e alguns outros, como por exemplo o peso, informado pela
pessoa.
Estipulei uma meta de 6000 passos diários, que por acompanhar minha corrida o
235 “sabe” que corresponde a 5200 metros. Assim acompanho diariamente minhas
estatísticas. Aliás, vou subir minha meta para 8000 passos porque dividindo o
carro, tenho caminhado bastante (fora os dias de treino de corrida)!!
Analisando o movimento e frequência cardíaca o sono é mapeado e pode ser
analisado. Horário que foi dormir, sono leve, sono profundo, hora que
despertou, dia após dia! Hoje eu posso dizer que sei qual é o meu padrão de
sono graças ao 235. Da mesma forma, como a frequência cardíaca é monitorada
minuto a minuto também conheço meu padrão de batimentos em repouso (figura
abaixo). A elevação no gráfico no último dia (3ª feira) deve ser a consequência
de estar escrevendo este texto!
figura 10 – Ritmo
cardíaco em repouso
E o GPS?? Como se comporta?
Eu vinha de uma experiência com o 220 que a cada 4 ou 5 corridas perdia um
pedaço do mapa do treino no registro. Com o 235 isso jamais aconteceu!! Você
pode me questionar se usei o 235 por tempo suficiente. Vamos aos números.
figura 11 – Resumo
do teste – em números
Ou seja, usei bastante! Ao longo destes dias não tive
problema algum com o GPS. Por sinal, algo que me irritava muito no ótimo
Forerunner 610 era que de vez em quando ele pegava sinal do GPS rapidamente,
mas algumas vezes demorava mais de 15 minutos!! O 235 está sempre pronto para
começar entre 3 e 5 segundos. Sempre!!
Treino há 12 anos na Universidade de São Paulo (USP) e conheço cada palmo dos
seus caminhos e cada distância dos muitos percursos. A precisão é irrepreensível
nas medições!! Mas o que mais me surpreendeu foi o que aconteceu no último dia
de treino, no dia 04/06 (domingo passado). Não foi exatamente um “treino”.
Disputei a convite da Asics a Golden Run 21K, Meia Maratona! Confesso que não
estava treinando para isso, mas não resisti ao convite e com toda cautela e
ritmo administrado finalizei bem a prova.
Mas no meio do percurso havia 3 túneis. Um bem pequeno (80 metros), outro de
500 metros e outro perto de 1800 metros. Por experiência anterior sabia que o
GPS perderia o sinal dentro deles. Por isso o registro da prova não teria 21100
metros (distância oficial de 21097.5m). Paciência... Um destes mesmos túneis eu
já passara com o 610 e com 220 em provas de 10 Km e isso acontecia. Qual não
foi minha imensa e grata surpresa ao perceber que em todos estes túneis o 235
estava firme e forte registrando meu ritmo (pace) e a distância!!! Graças a uma
super sensibilidade ao sinal ou algum algoritmo esperto que deu conta do
recado. Mas fora a subida que existe em todo túnel e o ar abafado, não os temo
mais pela perda de sinal do GPS!!
Nada mais a dizer!! Isso mostra tudo. A saber, registrei na prova 21300 metros,
que seria um erro de 0,9%, mas eu estou muito mais inclinado a pensar em no
erro da organização na marcação da quilometragem do que erro do Garmin
Forerunner 235!
figura 12 – No
final da Meia Maratona usando o 235
Nestes 45 treinos que fiz, um deles foi em esteira. Isso é
algo que os meus relógios anteriores 610 e 220 não tinham. Como a esteira tem a
sua medição perfeita da quilometragem, conferi que o 235 chega a distâncias
muito próximas, poucos metros de diferença. Convém destacar que esta atividade
foi a 35ª, ou seja, já tinha caminhado e corrido bastante com o 235 e assim ele
“aprendeu” bem como era o meu passo.
Monitoração da atividade física
Como já é comum nos relógios com GPS da Garmin há um imenso conjunto de
informações que podem ser exibidas na hora da atividade. As mais comuns são
distância percorrida e ritmo (pace) em minutos por quilômetro. As telas são
configuráveis. Quem tem boa visão vai gostar de montar 4 informações logo na
primeira tela. Eu que uso óculos para enxergar de perto já prefiro ter apenas 2
informações (as que eu citei há pouco) com dígitos bem grandes (que me
desobriga a correr de óculos). Veja nas telas abaixo. De uma a quatro na mesma
tela.
figura 13 – diversas
opções de configuração dos dados da corrida
São três páginas configuráveis (podem ser ativadas ou não)
mais duas páginas relacionadas ao batimento cardíaco. A primeira tela da figura
acima mostra em cores distintas as 6 faixas de nível de esforço e também o
presente nível de batimentos por minuto. Essa forma gráfica é muito boa pois
rapidamente sabemos a pulsação (em número) e a faixa que está naquele momento.
Muitos treinos (praticamente todos) se baseiam em tantos minutos em
determinadas faixas de esforço, que são configuradas pela idade do atleta ou
manualmente se ele assim o desejar. São mais de 30 campos possíveis e por isso
não vou enumerá-los aqui. Seria por demais enfadonho. No meu caso eu tenho distância
e ritmo (pace) na primeira tela, ritmo médio e tempo total na segunda, e a
faixa de frequência na terceira tela.
A configuração do 235 é simples e intuitiva, mas algumas opções estão apenas em
um terceiro nível de menu. Demorei para achar algumas delas. A propósito, eu
gosto muito também de visualizar a faixa de esforço em termos de percentual da
pulsação máxima, opção que não encontrei. Embora eu tenha resolvido o problema
com a configuração manual das faixas (aquelas coloridas da imagem acima) de
forma correspondente aos intervalos percentuais.
E a duração da
bateria??
É fator crítico!! Ter um relógio de corrida cuja bateria dura muito pouco é
frustrante. Logo percebi que há diversos modelos de uso do Garmin 235. Quem o
utiliza com frequência para treinos como eu, de 3 a 4 vezes por semana, quem
treina com menor frequência, quem usa os recursos de notificações (SMS, email,
WhatsApp, Facebook, chamada telefônica), tem quem não use...
Por isso fiz testes em duas situações diferentes. A primeira delas, em 16 vezes
dos 45 treinos que fiz monitorei o gasto da bateria e pelo gasto efetivo pude calcular
a autonomia da bateria caso ele fosse usado APENAS em treino. Cheguei a uma
média de 10.5 HORAS. Ou seja, uma pessoa que faça triatlo, uma prova bem longa
(várias modalidades) teria mais de 10 horas contínuas de exercício. Veja o
gráfico abaixo.
figura 14 – Gráfico
da duração da bateria em regime de TREINO (horas)
Perceba que no teste número 11 houve um grande aumento da
autonomia, mais de 13 horas! Neste dia eu desliguei a comunicação bluetooth com
o smartphone. Deixei de receber as notificações e mensagens durante o treino,
que foi ótimo e ganhei 25% % a mais de autonomia. Fica a dica!!! Cá entre nós,
quem quer receber na tela do relógio de corrida emails enquanto pratica seu o
exercício? Como eu fiz o teste inteiro assim, resolvi concluir dessa forma.
Assim tenho entre 10.5 horas e 13 horas de uso contínuo!!
o segundo cenário que estudei foi o de “uso misto”, ou seja, quantas vezes por
semana preciso recarregar a bateria do relógio se usar para treino, como
smartwtach (mensagens e notificações) e como simples relógio. Em 10 vezes que
analisei este cenário obtive uma duração média de 6.5 DIAS, ou seja,
simplificando, tenho que carregar o relógio a cada 6 dias. Isso em uso PLENO de
todas as suas capacidades e treinando de 3 a 4 vezes por semana.
figura 15 – Gráfico
da duração da bateria em regime de USO MISTO (dias)
Não testei dessa forma com o bluetooth desligado, pois ter
um recurso como este para apenas ver as horas e registrar as corridas não me
parece razoável. Mas se alguém quiser abrir mão das notificações (smartwatch),
grosso modo espere 25% a mais de autonomia, ou seja, recarga apenas de 8 em 8
dias.
Outro cenário que não testei foi sem bluetooth e sem usar para treino. Não faz
sentido ter um Garmin Forerunner 235 apenas para ver as horas! Mas fiz este
teste com o seu irmão menor, o Forerunner 220 que tenho e ele ficou cerca de um
mês sem exigir recarga e mostrando as horas. Um dados apenas curioso.
Considerações finais sobre a bateria. Já testei smartwatches de várias marcas,
inclusive alguns que têm funções para capturar dados de corridas. Apple,
Samsung, Asus, etc. gastam bem mais bateria. E têm a irritante característica
de apenas ligar a tela quando o pulso é girado. O resto do tempo fica com a
tela desligada para economizar energia. Irritante isso porque muitas vezes giro
o pulso e a tela não acende, tendo que tentar mais duas ou três vezes. Estes
smartwatches que citei têm bateria que duram entre 1 a 4 dias, usando apenas
como smartwatch. O 235 pode ser menos glamoroso que um Samsung Gear S3 ou um
Apple Watch, mas entrega muito mais por muito menos.
Acompanhamento das atividades
Uso há anos o site da Garmin, o
http://connect.garmin.com
no qual de forma individualizada todos os meus treinos de muitos anos para cá
estão registrados, atividade por atividade. Cerca de um ano atrás mais ou menos
o site foi reformulado e ficou muito mais interessante e mais “visual”. A Nike
tinha um site maravilhoso, tanto que eu treinava com o Garmin e exportava as
atividades para acompanhar no site da Nike. Mas depois que a Garmin reformulou
seu site e a Nike literalmente “destruiu” seu site após abandonar o conceito
anterior, só uso o Connect. Enfim, o site da Garmin está fantástico, vou mostra
para vocês.
Nos modelos anteriores como o 405 e 610 era necessário usar um dispositivo USB
em um computador, parecido com um mini pendrive para que o software Garmin
Express realizasse a transferência de dados. Do 220 para frente (220, 225, 230,
235,...) a conexão já é via bluetooth e um aplicativo instalado no smartphone (Apple,
Android ou Windows Phone) se comunica com o relógio e com o site atualizando a
sincronização dos dados. O 235 também tem um cabo USB com um tipo de “grampo”
usado para recarregar sua bateria que também faz a comunicação com o
computador, mas é muito mais prático usar o smartphone. Ao encerrar o treino em
questão de 1 ou 2 minutos os dados já estão no site.
Pelo site ou pelo aplicativo no celular todas as informações estão disponíveis
como atividades/treinos, passo, horas de sono, etc. Até se o seu tênis ultrapassou a quilometragem
indicada pelo fabricante.
figura 16 – site
Garmin Connect com os meus dados (clique para ampliar)
figura 17 – site Garmin Connect minhas atividades de corrida/caminhada (clique
para ampliar)
Vontade eu tenho de mostrar 10 ou 20 telas aqui, mas isso
não seria produtivo. Mas não posso deixar de mostrar, para quem ainda não
conhece, o maior charme de registrar as corridas com GPS que é ter o mapa de
onde aconteceu a corrida. Isso até me tornou um “colecionador de mapas”. Toda
vez que viajo a trabalho ou férias, corro porque gosto e para acrescentar um
mapa novo na minha coleção.
figura 18 – detalhes
da Meia Maratona (clique para ampliar)
Cada um desses elementos pode ser visto em detalhes, os
gráficos de altimetria, batimentos cardíacos, ritmo (pace), tempo de volta
(cada quilômetro), tempo em cada faixa de esforço, etc.
figura 19 – gráfico
frequência cardíaca em detalhes (clique para ampliar)
figura 20 – faixas
de esforço (clique para ampliar)
Há também muitas informações de cunho motivacional como, por
exemplo, troféus e medalhas são concedidos a cada quebra de recorde ou metas
atingidas. Podemos nos comparar com outros corredores da comunidade Garmin.
figura 21 –
comparação de minha distância percorrida com outros esportistas (clique para ampliar)
Enfim, inúmeras informações sobre passos, sono e tantas
coisas mais.
No smartphone não faltam também informações. O formato da tela é outro, mas
está tudo lá bem à mão e fácil de consultar. A próxima imagem é uma combinação
de várias telas do smartphone exemplificando o que acabo de afirmar.
figura 22 –
telas com as informações exibidas no Connect do smartphone (clique para ampliar)
Conclusão
Não me lembro de ter aumentado a duração de um teste como fiz com o Garmin
Forerunner 235. Foram 380 Km de utilização, 45 atividades, quase 50 horas de
uso depois, posso afirmar categoricamente, o Garmin 235 é tudo que eu queria em
um relógio de corrida. Tem precisão, praticidade, autonomia de bateria, ótimo
site e aplicativo de suporte, sincronização rápida e transparente das
informações e ainda é um meio de concentrar outras informações de saúde como
sono, passos, etc.
Fui pego de surpresa com as funcionalidades de smartwatch que outros
fabricantes de grife têm, mas cobrando mais caro e com muito menos autonomia de
bateria. Ele perde um pouco no estilo, no contraste da tela em relação aos
“chiques”. Mas eu quero um relógio de corrida que me auxilie no dia a dia e não
um dispositivo chique que está ainda procurando sua razão de ser.
Ele pode melhorar? Sim, sempre pode. A tela é muito boa, mas comparada ao
Samsung Gear 3 (que não é um relógio especializado em corrida) tem menor
contraste (só passei a ver isso ao testar o Gear 3). Se a Garmin resolver a
equação “brilho/contraste da tela versus autonomia de bateria” ele seria
perfeito. E ele não precisa “girar o pulso para acender seu visor. Ele poderia
ter mais memória interna para armazenamento já que adorei ficar baixando faces
para o relógio e aplicativos e há funcionalidades bastante interessantes para
serem agregadas, se coubessem todas. Durante a corrida gostaria de ver além da
pulsação o percentual relativo ao máximo, que neste momento não encontrei. Já
que estou pedindo, uma bateria que dure de 10 a 15 dias em regime misto seria
fantástico!
Ele custa nos EUA cerca de 50% a mais que o simples modelo 220, mas tem 10
vezes mais funcionalidades. Os smartwatches de grife custam perto disso, o
Samsung até mais e o Apple não tem toda a expertise para corredores (é um
artigo fashion para early adopters). A própria Garmin tem modelos mais
sofisticados que custam perto do dobro do preço do 235. Mas ele é o que faz
mais sentido para mim pelo custo benefício. Meus critérios, minha base de
comparação mudou bastante após este teste. Despeço-me dele já com grande
saudade e esperando conhecer se algum outro dispositivo fará assim tanto
sentido para mim!
A linha de produtos da Garmin direcionados a corredores pode ser encontrada em
http://revendagarmin.com.br/corrida além de outros produtos no site!!
figura 23 –
tela com a monitoração cardíaca permanente (antes e após o treino)
figura 24 –
tela durante o treino com a faixa de esforço
figura 25 –
Garmin Forerunner 235