Em outubro de 2014 eu estive no lançamento dessa nova linha de dispositivos da TomTom e já adiantava as principais características no texto “TomTom Cardio GPS – A evolução em relógios de corrida”. Como eu pleiteei fazer um teste mais longo, como de fato eu fiz, só pude recebê-lo emprestado no final de dezembro. Isso acabou sendo bom, pois comecei meu teste nas duas semanas que tive de férias na virada do ano e assim pude dar bastante atenção ao TomTom Cardio.
As características principais (e importantes) estão bem explicadas e elencadas no texto que citei no parágrafo anterior. Assim para racionalizar tempo e espaço convido o leitor a rever estes dados no artigo anterior. Vou me concentrar aqui na experiência real de uso, erros, acertos, descobertas, etc. que vivenciei nestes 45 dias, 197 Km e 20 horas de uso!
Uma boa forma de introduzir esta análise é convidá-los a assistir este breve vídeo sobre Cardio Runner que mostra as características de destaque.
Usando o TomTom Cardio Runner
Meu relógio de corrida “oficial” até agora vem sendo o Garmin Forerunner 610, que aliás testei e escrevi sobre ele no texto “Correndo com um computador no pulso – parte 2 - Garmin Forerunner 610”. Por isso fiz muitas comparações entre o TomTom e o Garmin ao longo destes 45 dias. Afinal eu SEMPRE corria com os dois relógios. Algo meio esquisito para quem olha. Mas muito eficaz para perceber qualidade virtudes e pontos a melhorar de cada um deles.
Vivi até situações curiosas durante os treinos com minha equipe RUN&FUN. Como estava sempre comparando dados entre os dois relógios, invariavelmente eles estavam mostrando a mesma informação como por exemplo, ritmo (pace em min/Km), distância, batimentos cardíacos, etc. Alguns momentos nos treinos com alternância de ritmo, era necessário saber o tempo naquela atividade do treino e eu perguntava para os outros corredores:
- Quanto tempo
já passou? Já temos que acelerar ou reduzir?
E meus amigos corredores respondiam:
E meus amigos corredores respondiam:
- Flavio como
você com 2 relógios, um em cada pulso precisa perguntar quanto tempo!!
De fato, para quem olhava eu estava super “instrumentado”,
mas sempre comparando os dados. Era mesmo uma situação engraçada!
figura 01 – clássica foto, suado após um treino com os 2 relógios – Garmin 610 e TomTom Cardio Runner
Sensor de batimentos cardíacos a laser (dispensa cinta peitoral)
O recurso que rapidamente capturou minha atenção é não ser necessário usar a conhecida cinta peitoral para registro da atividade cardíaca. A importância do acompanhamento dos batimentos cardíacos está na correta execução dos treinamentos dentro das faixas planejadas pelo treinador uma vez que a evolução do condicionamento físico é obtida de forma mais eficiente seguindo modelos estudados pelos especialistas (fisiologistas). Treino abaixa da faixa preconizada não leva a evolução e acima pode forçar demais o organismo e mesmo assim não levar à evolução desejada.
O TomTom Cardio Runner usa um sistema totalmente diferente para medir os batimentos cardíacos. Um sistema de laser na parte traseira do relógio consegue perceber o fluxo sanguíneo e inferir o ritmo das batidas do coração. Trata-se de um sistema engenhoso, mais prático para o usuário e no meu caso menos traumático (vou explicar).
Correndo entre 3 e 4 vezes por semana na média
(eventualmente 5 vezes) percebi que a cinta peitoral do meu Garmin começou a
machucar minha pele. Em uma foto abaixo em mostro uma lesão leve que com
bastante frequência acontece comigo. Com
o uso a cinta vai se tornando menos maleável, assume uma posição diferente (um
pouco franzida) e por isso o atrito vai machucando a pele. Eu até comprei uma
cinta novinha e por algumas semanas o problema não surgiu, mas reapareceu,
mesmas lesões. Gastei dinheiro à toa com a cinta nova. Para fugir disso eu
vinha usando a cinta em uma posição forçada mais alta (e tinha que ficar
reposicionando algumas vezes durante a corrida porque ela tende a descer para a
posição original). Alguém me deu a dica de lavar a cinta com amaciante de
roupas de vez em quando. Aliviou o problema, mas não resolveu totalmente.
A foto acima mostra uma lesão pequena. Mas já aconteceu de
eu chegar em casa e perceber que a “discreta” camiseta amarela da RUN&FUN
estava tingida de vermelho no peito, fruto de sangramento naquela região!! Às
vezes um pouco e outras vezes com bastante sangue. Terrível!
O “impacto” do TomTom Cardio é ZERO!! O sensor luminoso ficando na parte traseira do relógio não provoca atrito extra algum. FANTÁSTICO!! Não ter que carregar comigo um “pedaço” do meu relógio de corrida (a cinta) é outra grande vantagem!! No aspecto ideia, conceito e solução 100% aprovado!! Mas seria o sensor do TomTom Cardio Runner preciso o suficiente??
Precisão do sensor de batimentos cardíacos
Sem olhar os dados de forma mais objetiva e cartesiana eu confirmo a informação da TomTom que a precisão da medida é suficientemente boa. Porém como corri quase 200 Km com ele posso falar um pouco mais.
Comparando segundo a segundo os valores do TomTom com os do Garmin há momentos cuja medida é precisamente a mesma. Há momentos que ocorrem variações entre 3 a 8 batimentos para mais ou para menos. Essa é a situação mais comum. Há ocasiões, menos frequentes cuja diferença se torna grande, perto de 20 batimentos por minuto. A figura abaixo mostra uma atividade que eu comecei correndo (cerca de 15 minutos), depois andei por 15 a 20 minutos e voltei a correr (dia 25/01). Há algumas quedas bruscas porque foram paradas para tomar água ou a espera de um semáforo na rua. Normal que a pulsação baixe nessa hora. O gráfico na parte de cima é do Garmim e o de baixo do TomTom.
O “impacto” do TomTom Cardio é ZERO!! O sensor luminoso ficando na parte traseira do relógio não provoca atrito extra algum. FANTÁSTICO!! Não ter que carregar comigo um “pedaço” do meu relógio de corrida (a cinta) é outra grande vantagem!! No aspecto ideia, conceito e solução 100% aprovado!! Mas seria o sensor do TomTom Cardio Runner preciso o suficiente??
Precisão do sensor de batimentos cardíacos
Sem olhar os dados de forma mais objetiva e cartesiana eu confirmo a informação da TomTom que a precisão da medida é suficientemente boa. Porém como corri quase 200 Km com ele posso falar um pouco mais.
Comparando segundo a segundo os valores do TomTom com os do Garmin há momentos cuja medida é precisamente a mesma. Há momentos que ocorrem variações entre 3 a 8 batimentos para mais ou para menos. Essa é a situação mais comum. Há ocasiões, menos frequentes cuja diferença se torna grande, perto de 20 batimentos por minuto. A figura abaixo mostra uma atividade que eu comecei correndo (cerca de 15 minutos), depois andei por 15 a 20 minutos e voltei a correr (dia 25/01). Há algumas quedas bruscas porque foram paradas para tomar água ou a espera de um semáforo na rua. Normal que a pulsação baixe nessa hora. O gráfico na parte de cima é do Garmim e o de baixo do TomTom.
Vejam que o “shape” do gráfico (seus contornos) é bem
semelhante, mas não é idêntico, como minha observação numérica nas telas dos
relógios já evidenciara. Somente no final do gráfico do TomTom que se observa
uma discrepância, pois eu apertei o ritmo (correndo mais rápido) e o gráfico do
Garmin evidenciou isso (subida da pulsação) enquanto o gráfico do TomTom
estabilizou ou caiu.
Eu tenho algumas teorias que explicam isso. Pena que elas só me ocorram agora enquanto escrevo este artigo e embalo o TomTom para devolvê-lo amanhã. Eu não gosto de apertar muito o relógio no meu pulso. Até porque eu os utilizo no dia a dia e não só na hora de correr. É possível que com o relógio não tão firme no pulso seu deslocamento durante a corrida, notadamente em ritmo mais forte (final do gráfico), acaba por afetar a precisão da medida. Para confirmar esta teoria eu deveria correr mais algumas vezes com o TomTom Cardio Runner mais firmemente vestido em meu pulso. Fica para uma próxima vez.
Para algumas pessoas essa discussão pode ser “sexo dos anjos”, não ter importância alguma. Sabem por que? Durante a atividade física (este exemplo acima) a pulsação média aferida pelo TomTom foi de 123 bpm (batidas por minuto) enquanto o Garmin apontou 126 bpm, uma diferença mínima, menor que 3%. Sem refazer o teste (com o relógio mais apertado no pulso) posso afirmar que a medida instantânea da pulsação tende a ser mais precisa no Garmin, mas na média ficam aproximadamente iguais.
E por fim, para fechar este pedaço da discussão, não assuma que eu disse que medir com a cinta cardíaca do Garmin é sempre perfeito. Não é não. Veja a figura abaixo. Lá pelos 12 minutos a pulsação dá um salto para mais de 180 bpm quase que instantaneamente e depois de um tempo volta para um patamar razoável. Vez por outra isso acontece nos gráficos. Eu tenho certeza de que não apertei intesamente o ritmo (foi um treino ritmado). Isso seria possível se ao dobrar uma esquina eu tivesse cruzado com um leão ou um Tiranossauro Rex e a descarga de adrenalina resultante teria causado esta reação. Mas isso não aconteceu. E neste gráfico do dia 31/01 TomTom indicou 143 bpm de média contra 147 bpm do Garmin. Mesmo com o “pulo” para cima (não existente no TomTom) a diferença foi de apenas 4 bpm.
Eu tenho algumas teorias que explicam isso. Pena que elas só me ocorram agora enquanto escrevo este artigo e embalo o TomTom para devolvê-lo amanhã. Eu não gosto de apertar muito o relógio no meu pulso. Até porque eu os utilizo no dia a dia e não só na hora de correr. É possível que com o relógio não tão firme no pulso seu deslocamento durante a corrida, notadamente em ritmo mais forte (final do gráfico), acaba por afetar a precisão da medida. Para confirmar esta teoria eu deveria correr mais algumas vezes com o TomTom Cardio Runner mais firmemente vestido em meu pulso. Fica para uma próxima vez.
Para algumas pessoas essa discussão pode ser “sexo dos anjos”, não ter importância alguma. Sabem por que? Durante a atividade física (este exemplo acima) a pulsação média aferida pelo TomTom foi de 123 bpm (batidas por minuto) enquanto o Garmin apontou 126 bpm, uma diferença mínima, menor que 3%. Sem refazer o teste (com o relógio mais apertado no pulso) posso afirmar que a medida instantânea da pulsação tende a ser mais precisa no Garmin, mas na média ficam aproximadamente iguais.
E por fim, para fechar este pedaço da discussão, não assuma que eu disse que medir com a cinta cardíaca do Garmin é sempre perfeito. Não é não. Veja a figura abaixo. Lá pelos 12 minutos a pulsação dá um salto para mais de 180 bpm quase que instantaneamente e depois de um tempo volta para um patamar razoável. Vez por outra isso acontece nos gráficos. Eu tenho certeza de que não apertei intesamente o ritmo (foi um treino ritmado). Isso seria possível se ao dobrar uma esquina eu tivesse cruzado com um leão ou um Tiranossauro Rex e a descarga de adrenalina resultante teria causado esta reação. Mas isso não aconteceu. E neste gráfico do dia 31/01 TomTom indicou 143 bpm de média contra 147 bpm do Garmin. Mesmo com o “pulo” para cima (não existente no TomTom) a diferença foi de apenas 4 bpm.
Conclusão sobre este tópico, o sensor de batimentos por
laser tem a precisão suficiente para acompanhamento dos treinos. Ressalva eu
faço para quem faz muito treino de tiros curtos e de alta intensidade, pois
neste cenário exclusivo pode haver diferenças maiores (a não ser que apertando
a pulseira seja suficiente para mitigar as diferenças encontradas.
E o uso do GPS? TomTom se destaca.
Já citei em textos anteriores que sempre fui absolutamente ligado na aferição das distâncias das minhas corridas. Antes de ter relógios com GPS eu não começava a correr sem que antes eu percorresse com o carro o percurso para conhecer a quilometragem. Vou antecipar a minha conclusão, o TomTom Cardio é melhor do que o Garmin!! É fato!! Há motivos. Eu explico!
Em 90% das vezes o TomTom Cardio Runner obtém sinal de GPS (já permitindo iniciar a corrida) mais rápido que o Garmin. A cada sincronização de dados com o site (assunto que falarei a seguir) ele obtém a informação “Quick GPS Fix” que é essencialmente a posição dos satélites mais adequados para a conexão naquele momento. Assim da próxima vez que o relógio for acionado ele já busca pelos melhores satélites mais apropriados rapidamente. Por isso que ao viajar toda vez que vou correr em outra cidade a primeira vez demora muito no Garmin a obtenção do sinal de GPS.
Sobre a precisão da medida fiz descobertas muito interessantes. Correndo na praia, um local amplo, descampado e ensolarado, quando corria sem interrupções (sem parar por qualquer motivo) as distâncias mostradas por TomTom e Garmin eram idênticas ou extremamente parecidas. Quando havia diferença era de 30 ou 40 metros em 8 ou 10 Km de corrida. Ou seja, diferenças desprezíveis.
Porém o TomTom se sobressai em situações como tempo encoberto e locais com obstáculos físicos como muitas árvores ou prédios. Após voltar das férias na praia percebi que ao correr nas alamedas arborizadas da USP, entre prédios nas ruas ou em dias muito nublados ou chuvosos o TomTom marcava sempre maior distância que o Garmin. Como explicar? Quem estaria certo? Tive uma ideia, uma teoria para testar que me permitiu matar a charada.
Eu uso no Garmin um recurso que eu adoro que é o AUTOPAUSE. Ao correr pela cidade quando paro em um farol o Garmin percebe que o movimento cessou e interrompe a medição do tempo e retoma a cronometragem assim que volto a correr. O TomTom não tem isso, tenho que parar e retomar a medida manualmente. Fica a sugestão, pois é algo muito prático principalmente para quem corre nas ruas. Como ambos permitem que sinais vibratórios sejam emitidos em diversas ocasiões, acionei este recurso nos dois relógios. Isso me fez matar a charada e perceber o melhor GPS do TomTom.
Ao correr entre as alamedas de densas árvores na USP, por exemplo, percebi que o Garmin acionava o AUTOPAUSE (e vibrava) porque ele perdia brevemente o sinal do GPS (por um ou dois segundos). Entre parar a medição e retomar a cronometragem, entre 10 e 30 metros eram perdidos. Isso ao longo de um percurso maior resultava em diferenças maiores, quase 300 metros em uma corrida de 8 Km por exemplo. Tanto mais intenso isso era quanto mais fatores aconteciam ao mesmo tempo. Dia muito nublado ou garoando, passar em alamedas de árvores ou entre prédios nas ruas invariavelmente acionava o AUTOPAUSE do Garmin fazendo-o perder metros aqui e metros ali. Seja pelo “mecanismo” do GPS, sua antena e resultante sensibilidade, TomTom foi superior.
Porém tem o outro lado da moeda. Como a parada e retomada da medida no TomTom é manual, em corridas com muitas interrupções, a cada retomada ele demora também um tempinho (1 a 2 segundos para começar a registrar) e isso acumula diferenças (menor distância) no TomTom. Assim em situação sem interrupções da corrida o TomTom Cardio reina supremo, mas com paradas e retomadas ele perde um pouco de precisão. Só mesmo sendo muito detalhista (e chato) como eu para apontar isso!! Mas é fato!
Apresentação das informações
Tópico muito importante. Afinal não conheço quem use relógio de corrida, não olhe para ele durante o exercício e somente analise os dados depois. Não funciona assim. A todo momento eu estou olhando minimamente distância, ritmo (min/Km), batimento cardíaco e tempo decorrido. Ainda me preocupo com ritmo médio do exercício todo (min/Km) e eventualmente velocidade em Km/h (para comparar com exercício feito em esteira). O Garmin é muito flexível. Tem 4 telas configuráveis com até 4 informações diferentes por tela (escolhidas entre quase 25 possibilidades). O TomTom é mais espartano neste quesito, mas bastante feliz nas suas opções.
E o uso do GPS? TomTom se destaca.
Já citei em textos anteriores que sempre fui absolutamente ligado na aferição das distâncias das minhas corridas. Antes de ter relógios com GPS eu não começava a correr sem que antes eu percorresse com o carro o percurso para conhecer a quilometragem. Vou antecipar a minha conclusão, o TomTom Cardio é melhor do que o Garmin!! É fato!! Há motivos. Eu explico!
Em 90% das vezes o TomTom Cardio Runner obtém sinal de GPS (já permitindo iniciar a corrida) mais rápido que o Garmin. A cada sincronização de dados com o site (assunto que falarei a seguir) ele obtém a informação “Quick GPS Fix” que é essencialmente a posição dos satélites mais adequados para a conexão naquele momento. Assim da próxima vez que o relógio for acionado ele já busca pelos melhores satélites mais apropriados rapidamente. Por isso que ao viajar toda vez que vou correr em outra cidade a primeira vez demora muito no Garmin a obtenção do sinal de GPS.
Sobre a precisão da medida fiz descobertas muito interessantes. Correndo na praia, um local amplo, descampado e ensolarado, quando corria sem interrupções (sem parar por qualquer motivo) as distâncias mostradas por TomTom e Garmin eram idênticas ou extremamente parecidas. Quando havia diferença era de 30 ou 40 metros em 8 ou 10 Km de corrida. Ou seja, diferenças desprezíveis.
Porém o TomTom se sobressai em situações como tempo encoberto e locais com obstáculos físicos como muitas árvores ou prédios. Após voltar das férias na praia percebi que ao correr nas alamedas arborizadas da USP, entre prédios nas ruas ou em dias muito nublados ou chuvosos o TomTom marcava sempre maior distância que o Garmin. Como explicar? Quem estaria certo? Tive uma ideia, uma teoria para testar que me permitiu matar a charada.
Eu uso no Garmin um recurso que eu adoro que é o AUTOPAUSE. Ao correr pela cidade quando paro em um farol o Garmin percebe que o movimento cessou e interrompe a medição do tempo e retoma a cronometragem assim que volto a correr. O TomTom não tem isso, tenho que parar e retomar a medida manualmente. Fica a sugestão, pois é algo muito prático principalmente para quem corre nas ruas. Como ambos permitem que sinais vibratórios sejam emitidos em diversas ocasiões, acionei este recurso nos dois relógios. Isso me fez matar a charada e perceber o melhor GPS do TomTom.
Ao correr entre as alamedas de densas árvores na USP, por exemplo, percebi que o Garmin acionava o AUTOPAUSE (e vibrava) porque ele perdia brevemente o sinal do GPS (por um ou dois segundos). Entre parar a medição e retomar a cronometragem, entre 10 e 30 metros eram perdidos. Isso ao longo de um percurso maior resultava em diferenças maiores, quase 300 metros em uma corrida de 8 Km por exemplo. Tanto mais intenso isso era quanto mais fatores aconteciam ao mesmo tempo. Dia muito nublado ou garoando, passar em alamedas de árvores ou entre prédios nas ruas invariavelmente acionava o AUTOPAUSE do Garmin fazendo-o perder metros aqui e metros ali. Seja pelo “mecanismo” do GPS, sua antena e resultante sensibilidade, TomTom foi superior.
Porém tem o outro lado da moeda. Como a parada e retomada da medida no TomTom é manual, em corridas com muitas interrupções, a cada retomada ele demora também um tempinho (1 a 2 segundos para começar a registrar) e isso acumula diferenças (menor distância) no TomTom. Assim em situação sem interrupções da corrida o TomTom Cardio reina supremo, mas com paradas e retomadas ele perde um pouco de precisão. Só mesmo sendo muito detalhista (e chato) como eu para apontar isso!! Mas é fato!
Apresentação das informações
Tópico muito importante. Afinal não conheço quem use relógio de corrida, não olhe para ele durante o exercício e somente analise os dados depois. Não funciona assim. A todo momento eu estou olhando minimamente distância, ritmo (min/Km), batimento cardíaco e tempo decorrido. Ainda me preocupo com ritmo médio do exercício todo (min/Km) e eventualmente velocidade em Km/h (para comparar com exercício feito em esteira). O Garmin é muito flexível. Tem 4 telas configuráveis com até 4 informações diferentes por tela (escolhidas entre quase 25 possibilidades). O TomTom é mais espartano neste quesito, mas bastante feliz nas suas opções.
A imagem acima mostra a tela de “métrica principal” mostrada
durante a corrida. Três informações podem ser escolhidas e dispostas sendo duas
menores em cima e uma “principal” no meio da tela. Neste caso está aparecendo
em cima a velocidade em Km/h e o tempo de corrida (minutos e segundos). Na
parte central está a distância em quilômetros. No meu caso eu configurei para
distância e ritmo médio em cima e ritmo instantâneo na parte central.
Mas há mais páginas de dados que podem ser acessadas por meio daquele “joystick” quadrado na parte inferior que se movimenta nas 4 direções. Aliás é por meio dele (botão único) que se interrompe e retoma o treino ou se encerra a atividade. Batimento cardíaco, nível de esforço (de 1 a 5), calorias gastas, distância, tempo do exercício, tempo daquele quilômetro, ritmo médio, ritmo instantâneo, são os dados que aparecem nas páginas seguintes, sempre em tela cheia (ótimo para quem não enxerga tão bem de perto como eu).
Aproveito para contar um caso engraçado. O título de cada página está na parte inferior em letras pequenas que eu não conseguia ler ser óculos (corro sem óculos). Em uma das primeiras vezes que o testei quis comparar o dado de batimento cardíaco entre os relógios. Acionei o tal “joystick” até uma página que mostrava o número 120 (devia ser essa). O Garmin marcava 135 bpm e subindo. O TomTom subia lentamente enquanto o Garmin já chegava a 152 bpm. Fiquei desapontado com a “imprecisão” do TomTom que ainda marcava 128. Passado um tempo o Garmin estava em 149 bpm e o TomTom em 200!!!! Como pode!!? Está bem diferente!! Quem estava errado era eu. Eu estava olhando no TomTom a página das “calorias gastas” e não batidas por minuto!! Dei muita risada com a minha besteira, mas ficou a lição. Ou corro de óculos para ler a legenda da página (não fiz isso) ou decoro a ordem das páginas para saber o que é mostrado em cada uma delas.
O TomTom não tem tantas opções de configurar as páginas e dados para serem mostrados. Mas ficou evidente que eles fizeram um ótimo trabalho de validação com corredores, pois enquanto o Garmin te permite escolher entre 25 opções em 4 páginas o TomTom com a primeira página “tripla” e mais 6 ou 7 com dados fixos tem tudo que eu preciso. Mais simples e eficiente. Gostei disso!!
Sendo rigoroso eu senti falta de um dado com qual sou muito acostumado. Vários relógios mostram o esforço cardíaco em batimentos por minuto e também o percentual de sua frequência máxima. Um treinador com alunos de várias idades (de 18 a 70!!) não pode falar assim “façam esta parte do treino a 130 bpm” pois cada atleta e cada idade tem seu limite próprio. Mas ele pode falar “façam esta parte do treino entre 85% e 90% da sua frequência máxima”. Cada um conhece sua frequência máxima e pode configurar no relógio. Seja pela manjada fórmula 220 menos a idade ou a pessoa fez teste ergoespirométrico e descobriu seu nível de consumo de oxigênio (VO2) e sua frequência máxima exata. Fica minha sugestão para a TomTom, prever esta informação a mais, a frequência expressa em percentual do limite da pessoa (digitado ou calculado pela idade).
Mas por outro lado há uma tela fantástica que mostra para o exercício todo quantos minutos durou o exercício em cada faixa de esforço (de 1 a 5) que dá uma visão global do treino.
Mas há mais páginas de dados que podem ser acessadas por meio daquele “joystick” quadrado na parte inferior que se movimenta nas 4 direções. Aliás é por meio dele (botão único) que se interrompe e retoma o treino ou se encerra a atividade. Batimento cardíaco, nível de esforço (de 1 a 5), calorias gastas, distância, tempo do exercício, tempo daquele quilômetro, ritmo médio, ritmo instantâneo, são os dados que aparecem nas páginas seguintes, sempre em tela cheia (ótimo para quem não enxerga tão bem de perto como eu).
Aproveito para contar um caso engraçado. O título de cada página está na parte inferior em letras pequenas que eu não conseguia ler ser óculos (corro sem óculos). Em uma das primeiras vezes que o testei quis comparar o dado de batimento cardíaco entre os relógios. Acionei o tal “joystick” até uma página que mostrava o número 120 (devia ser essa). O Garmin marcava 135 bpm e subindo. O TomTom subia lentamente enquanto o Garmin já chegava a 152 bpm. Fiquei desapontado com a “imprecisão” do TomTom que ainda marcava 128. Passado um tempo o Garmin estava em 149 bpm e o TomTom em 200!!!! Como pode!!? Está bem diferente!! Quem estava errado era eu. Eu estava olhando no TomTom a página das “calorias gastas” e não batidas por minuto!! Dei muita risada com a minha besteira, mas ficou a lição. Ou corro de óculos para ler a legenda da página (não fiz isso) ou decoro a ordem das páginas para saber o que é mostrado em cada uma delas.
O TomTom não tem tantas opções de configurar as páginas e dados para serem mostrados. Mas ficou evidente que eles fizeram um ótimo trabalho de validação com corredores, pois enquanto o Garmin te permite escolher entre 25 opções em 4 páginas o TomTom com a primeira página “tripla” e mais 6 ou 7 com dados fixos tem tudo que eu preciso. Mais simples e eficiente. Gostei disso!!
Sendo rigoroso eu senti falta de um dado com qual sou muito acostumado. Vários relógios mostram o esforço cardíaco em batimentos por minuto e também o percentual de sua frequência máxima. Um treinador com alunos de várias idades (de 18 a 70!!) não pode falar assim “façam esta parte do treino a 130 bpm” pois cada atleta e cada idade tem seu limite próprio. Mas ele pode falar “façam esta parte do treino entre 85% e 90% da sua frequência máxima”. Cada um conhece sua frequência máxima e pode configurar no relógio. Seja pela manjada fórmula 220 menos a idade ou a pessoa fez teste ergoespirométrico e descobriu seu nível de consumo de oxigênio (VO2) e sua frequência máxima exata. Fica minha sugestão para a TomTom, prever esta informação a mais, a frequência expressa em percentual do limite da pessoa (digitado ou calculado pela idade).
Mas por outro lado há uma tela fantástica que mostra para o exercício todo quantos minutos durou o exercício em cada faixa de esforço (de 1 a 5) que dá uma visão global do treino.
S
Não poderia ser diferente. O TomTom conecta-se via Bluetooth ao smartphone (por enquanto só iPhone) para transferir todos os dados das corridas para o aplicativo no qual inúmeras consultas podem ser feitas. Pode ter sua bateria carregada via um cabo USB o qual também o conecta a PCs com Windows ou MAC para também transferir os dados para http://mysport.tomtom.com . Tanto pelo computador como pelo smartphone os dados são guardados no mesmo repositório da TomTom.
Sobre o site, gostei muito!! Costumo dizer que o site da Garmin é para engenheiros enquanto o site da Nike (anterior parceira da TomTom em relógios de corrida) é para designers. Falando de outra forma, um site é “Windows” e outro é “MAC”. O site da TomTom segue a filosofia do Nike+. É visualmente muito agradável. É simples, leve, bonito e também apresenta todas as informações, acesso a cada corrida e detalhes de cada exercício.
incronizando os dados e analisando
corridas e históricos
Não poderia ser diferente. O TomTom conecta-se via Bluetooth ao smartphone (por enquanto só iPhone) para transferir todos os dados das corridas para o aplicativo no qual inúmeras consultas podem ser feitas. Pode ter sua bateria carregada via um cabo USB o qual também o conecta a PCs com Windows ou MAC para também transferir os dados para http://mysport.tomtom.com . Tanto pelo computador como pelo smartphone os dados são guardados no mesmo repositório da TomTom.
Sobre o site, gostei muito!! Costumo dizer que o site da Garmin é para engenheiros enquanto o site da Nike (anterior parceira da TomTom em relógios de corrida) é para designers. Falando de outra forma, um site é “Windows” e outro é “MAC”. O site da TomTom segue a filosofia do Nike+. É visualmente muito agradável. É simples, leve, bonito e também apresenta todas as informações, acesso a cada corrida e detalhes de cada exercício.
A visualização das corridas é muito simples com um resumo
dia a dia da atividade (distância, duração, ritmo) para cada dia da semana,
valores consolidados, etc. A visualização da atividade é completa,
complementada com o mapa do local onde a corrida aconteceu, passadas por
minuto, calorias queimadas, batimento cardíaco médio, parciais com o ritmo a
cada quilômetro e gráfico com as informações principais. Na imagem abaixo mostro
isso tendo selecionado o gráfico do tempo por nível de esforço.
Muitas pessoas já têm sua base de dados de corridas
devidamente acumuladas em outro aplicativo. Eu uso do site da Garmin desde 2010
e por isso tenho uma base de informações bastante volumosa. São mais de 450
corridas, 3700 Km , 425 horas de atividade física registrados. Mas no meio do
caminho testei o relógio Nike+ GPS, sobre o qual escrevi o texto “Correndocom um computador no pulso - parte 4 – Nike + GPS” e na ocasião adorei o
site feito pela Nike. Por isso mesmo usando o Garmin 610 como meu relógio
principal descobri um jeito muito capcioso para mandar os dados do 610 para o
site da Nike. Assim eu tenho meus dados hoje em 2 sites (Nike e Garmin).
Caso eu adote em definitivo o TomTom Cardio Runner como posso fazer para administrar meus dados de corrida? A TomTom foi muito perspicaz e generosa com os usuários. Há uma ferramenta extremamente rica para integrar dados de outros sites com seus dados. O software da TomTom pode ser configurado para ao mesmo tempo que manda as informações para seu próprio site também pode mandar para diversos outros locais (sites) de uma vez só, por exemplo, RunKeeper, Strava, Endomondo, bem como grava em arquivo os dados coletados do TomTom em vários formatos de tal forma que podem ser importados por outros serviços. Por exemplo, tanto o site da Garmin como o da Nike aceitam informações em arquivos tipo TCX.
Algumas destas importações são diretas e imediatas, outras requerem algumas manobras com os arquivos e isso não é o escopo deste texto. Mas é plenamente possível integrar os dados do Cardio com diversos outros repositórios de dados de corridas ou outros aplicativos.
Caso eu adote em definitivo o TomTom Cardio Runner como posso fazer para administrar meus dados de corrida? A TomTom foi muito perspicaz e generosa com os usuários. Há uma ferramenta extremamente rica para integrar dados de outros sites com seus dados. O software da TomTom pode ser configurado para ao mesmo tempo que manda as informações para seu próprio site também pode mandar para diversos outros locais (sites) de uma vez só, por exemplo, RunKeeper, Strava, Endomondo, bem como grava em arquivo os dados coletados do TomTom em vários formatos de tal forma que podem ser importados por outros serviços. Por exemplo, tanto o site da Garmin como o da Nike aceitam informações em arquivos tipo TCX.
Algumas destas importações são diretas e imediatas, outras requerem algumas manobras com os arquivos e isso não é o escopo deste texto. Mas é plenamente possível integrar os dados do Cardio com diversos outros repositórios de dados de corridas ou outros aplicativos.
Informações adicionais – bateria, prova de água, outros recursos, etc.
Como funciona a bateria do TomTom Cardio Runner? Muito bem,
obrigado! Perfeitamente adequada ao tipo de uso. Nas minhas férias eu recarregava
a bateria após 5 utilizações de uma hora ou mais e mesmo assim ainda sobrava
carga. Segundo o fabricante há autonomia de 8 horas usando GPS e monitor cardíaco,
dados estes que estão consonantes com minha experiência prática. Sem usar o GPS
a bateria parece “infinita”. Nos poucos dias que não corri a diminuição da
carga era imperceptível. Estimo que 30 dias sem recarga (sem usar para
corridas) é totalmente possível.
Uso na água é tema delicado para mim. Eu explico. Quando testei o Motorola MOTOACTV, cujo texto pode ser visto em “Correndocom um computador no pulso – parte 3 - Motorola MOTOACTV”, tive uma péssima experiência. Fora-me informado que ele era um relógio resistente a água e não à prova de água (respingos de chuva, suor, etc. são suportados, mas não banho ou mergulhos). Mas eu me distraí e entrei com o MOTOACVTV em uma banheira e fritei o relógio no começo do teste. Foi um papelão, tive que trocar por outro para concluir a avaliação.
Dessa vez fui orientado pela assessoria de comunicação da TomTom que o Cardio Runner é resistente à água e não a prova de água. Por isso não tomei banho com ele, não entrei em banheira, piscina nem no mar. Cuidado total para não repetir a mesma pataquada que fiz com o Motorola. Porém vendo as especificações no próprio siteda TomTom o nível de resistência à água dele é classificado como 5 ATM, ou seja, a prova de água e resistente a mergulhos até 50 metros, confirmado pela classificação que pode ser vista aqui. Pelo sim, pelo não, eu o mantive longe de água. Possivelmente a orientação que recebi foi uma cautela excessiva e eu poderia ter afundado na banheira, entrado em piscina e mesmo em água do mar, atividades que faço corriqueiramente com o Garmin 610. Em suma, uma tranquilidade e conforto.
Ainda haveria muito a falar, mas para não tornar este texto ainda maior do que ele está quero brevemente destacar alguns recursos interessantes:
Uso na água é tema delicado para mim. Eu explico. Quando testei o Motorola MOTOACTV, cujo texto pode ser visto em “Correndocom um computador no pulso – parte 3 - Motorola MOTOACTV”, tive uma péssima experiência. Fora-me informado que ele era um relógio resistente a água e não à prova de água (respingos de chuva, suor, etc. são suportados, mas não banho ou mergulhos). Mas eu me distraí e entrei com o MOTOACVTV em uma banheira e fritei o relógio no começo do teste. Foi um papelão, tive que trocar por outro para concluir a avaliação.
Dessa vez fui orientado pela assessoria de comunicação da TomTom que o Cardio Runner é resistente à água e não a prova de água. Por isso não tomei banho com ele, não entrei em banheira, piscina nem no mar. Cuidado total para não repetir a mesma pataquada que fiz com o Motorola. Porém vendo as especificações no próprio siteda TomTom o nível de resistência à água dele é classificado como 5 ATM, ou seja, a prova de água e resistente a mergulhos até 50 metros, confirmado pela classificação que pode ser vista aqui. Pelo sim, pelo não, eu o mantive longe de água. Possivelmente a orientação que recebi foi uma cautela excessiva e eu poderia ter afundado na banheira, entrado em piscina e mesmo em água do mar, atividades que faço corriqueiramente com o Garmin 610. Em suma, uma tranquilidade e conforto.
Ainda haveria muito a falar, mas para não tornar este texto ainda maior do que ele está quero brevemente destacar alguns recursos interessantes:
- definição de faixa esforço de exercício (tiro, rápido, resistência, trote queima gordura, leve)
- oponente virtual – mostra se está atrás ou na frente durante atividade em tempo real
- meta da corrida : exemplo, defino 10 Km e mostra o percentual já corrido
- programação de fase de exercício (“x” minutos forte, “x” minutos trote, etc.)
- pulseiras facilmente intercambiável disponível em várias cores
- acelerômetro para uso em esteiras (onde não tem GPS), medindo a distância mesmo assim
Conclusão
Comecei a escrever sobre relógios de corrida, ou computadores de pulso como eu os apelidei desde 2012 falando do PolarRS200SD e Garmin 405 e desde então após 6 relógios testados vinha alimentando em minha cabeça o que seria a solução ideal. É clara a evolução nestes 3 anos. O TomTom Cardio Runner com certeza traz alguns dos desejos alimentados nestes anos todos. O sensor de batimento de coração incorporado é sensacional, a despeito dele ser mais preciso no exercício todo e não instantaneamente, mas é suficiente. Seu visor grande com números grandes são um alento para os presbíopes como eu!! Há relógios de corrida que são ótimos mas feitos para adolescentes de vista perfeita e não para quarentões.
Sua configuração é simples e menus também intuitivos, fácil de usar (também em português). A ideia do “joystick mecânico” (botão único) é ótima porque é simples, mais barata que uma interface touch como a do 610 que com muito suor fica às vezes difícil de comandar. O conceito das pulseiras intercambiáveis facilmente pelo usuário é perfeito para quem quer usar um relógio mais discreto em algumas ocasiões e mais esportivo em outras. Sem contar que trocar pulseira destes tipos de relógio é complicado e caro aqui no Brasil. Já troquei 2 ou 3 vezes a pulseira do meu 610 porque com o tempo ela resseca e quebra. Facilitar esta operação é um diferencial, embora o material da pulseira (que parece um silicone) não indica que vai sofrer deste mal. Meu Nike Plus GPS também já ressecou e quebrou a pulseira.
Precisão do GPS é destaque, isso é importante Não só precisão bem como é bem rápido para obter o sinal de GPS e não perde informações em situações que outros relógios perdem. Se posso colaborar, há dois recursos que quero sugerir para a TomTom para que ele possa então possa merecer nota máxima 10. Apresentar também os batimentos cardíacos em percentual do limite pessoal e auto pause para interromper o cronômetro ao perceber quer o corredor parou e retomar quando identifica movimento de novo movimento. Com estas duas melhorias e uma pequena evolução do sensor de batimentos para ser mais preciso na medida instantânea (sem depender da pulseira mais frouxa ou apertada) seria o relógio perfeito.
Fiquei realmente impressionado por um lado e triste por me despedir dele neste exato instante que fecho este texto e o embalo para devolução. Este modelo pode ser encontrado em lojas no Brasil por preços entre R$ 1499 e R$ 1799 (preço sugerido pelo fabricante). Mas sempre vale uma pesquisa extra. A saber, existe um modelo deste relógio que contempla funções extras para natação e bicicleta, o multi sport, ótimo para quem faz triatlo!
Comecei a escrever sobre relógios de corrida, ou computadores de pulso como eu os apelidei desde 2012 falando do PolarRS200SD e Garmin 405 e desde então após 6 relógios testados vinha alimentando em minha cabeça o que seria a solução ideal. É clara a evolução nestes 3 anos. O TomTom Cardio Runner com certeza traz alguns dos desejos alimentados nestes anos todos. O sensor de batimento de coração incorporado é sensacional, a despeito dele ser mais preciso no exercício todo e não instantaneamente, mas é suficiente. Seu visor grande com números grandes são um alento para os presbíopes como eu!! Há relógios de corrida que são ótimos mas feitos para adolescentes de vista perfeita e não para quarentões.
Sua configuração é simples e menus também intuitivos, fácil de usar (também em português). A ideia do “joystick mecânico” (botão único) é ótima porque é simples, mais barata que uma interface touch como a do 610 que com muito suor fica às vezes difícil de comandar. O conceito das pulseiras intercambiáveis facilmente pelo usuário é perfeito para quem quer usar um relógio mais discreto em algumas ocasiões e mais esportivo em outras. Sem contar que trocar pulseira destes tipos de relógio é complicado e caro aqui no Brasil. Já troquei 2 ou 3 vezes a pulseira do meu 610 porque com o tempo ela resseca e quebra. Facilitar esta operação é um diferencial, embora o material da pulseira (que parece um silicone) não indica que vai sofrer deste mal. Meu Nike Plus GPS também já ressecou e quebrou a pulseira.
Precisão do GPS é destaque, isso é importante Não só precisão bem como é bem rápido para obter o sinal de GPS e não perde informações em situações que outros relógios perdem. Se posso colaborar, há dois recursos que quero sugerir para a TomTom para que ele possa então possa merecer nota máxima 10. Apresentar também os batimentos cardíacos em percentual do limite pessoal e auto pause para interromper o cronômetro ao perceber quer o corredor parou e retomar quando identifica movimento de novo movimento. Com estas duas melhorias e uma pequena evolução do sensor de batimentos para ser mais preciso na medida instantânea (sem depender da pulseira mais frouxa ou apertada) seria o relógio perfeito.
Fiquei realmente impressionado por um lado e triste por me despedir dele neste exato instante que fecho este texto e o embalo para devolução. Este modelo pode ser encontrado em lojas no Brasil por preços entre R$ 1499 e R$ 1799 (preço sugerido pelo fabricante). Mas sempre vale uma pesquisa extra. A saber, existe um modelo deste relógio que contempla funções extras para natação e bicicleta, o multi sport, ótimo para quem faz triatlo!
Parabéns pela matéria abrangente e super analitica, Xandó! No meu caso, que uso o endomondo conectado ao Iphone com aplicativo + música, gostaria de ter um "alarme" que me notificasse quando estivesse prestes a sair de minha zona de queima de gordura (meu objetivo primário com a corrida). Voce acha que o TomTom conectado ao aplicativo no Iphone faria isso? Abraços, Christopher Cook.
ResponderExcluirOi Chris!! Que legal ter a sua visita aqui no meu site e comentando minha avaliação!
ExcluirEspecialmente esta função que você perguntou eu não testei no TomTom. Mas todos os relógios que testei tem alerta para isso com sinal sonoro ou vibratório, é algo comum. Neste caso , você que usa o Endomondo o TomTom iria capturar seus dados e na hora de fazer o upload ele mandaria os dados de uma só vez para o site da TomTom e do Endomondo (basta para isso configurar como mostrei em uma das telas do texto)!
Vindo para esses lados tupiniquins brasilis dá um alô!! :-)
Abraços
Vou retomar este teste. Uma pessoa da TomTom, o FIDELIS colocou informações muito interessantes no meu post sobre este texto no Facebook:
ResponderExcluirFIDELIS: realmente você precisa deixar ele mais apertado para não sofrer interferências. Quanto a questão da faixa de frenquencia cardíaca percentual, lembra que você mesmo mostra que ele te dá um panorama total de em que faixa você esteve, quanto tempo em cada, durante todo o treino? Então, a faixa cardíaca, percentual, que você estiver naquele momento estará destacado, portanto, você saberá em que zona; percentual você está... Afinal, cada uma daquelas faixas, percentuais são pre-configurados automaticamente quando você coloca seus dados, mas você se conhecendo melhor, pode configurar pessoalmente.
RESPONDENDO: Muito obrigado Felippe Fidelis de Paiva por sua participação!! Ter alguém da TomTom nas discussões é muito rico.
Realmente as faixas de frequência são um recurso e tanto, mas não é informação instantânea. Seria ótimo se junto com o 140 bpm aparecesse também, por exemplo 81% na mesma tela para não ter que ficar fazendo contas de cabeça a todo momento e nem sempre contas fáceis.
Sobre a precisão da medida da pulsação então minha desconfiança estava certa, a pulseira deve estar firme no pulso e na posição indcada para não haver desvios na leitura. Como o relógio será devolvido hoje não tem como eu testar mais isso, fica para o próximo modelo da TomTom que eu testar. Obrigado pelos esclarecimentos!! Abraços
Parabéns pelo texto! Acabamos de comprar, a Fernanda o Garmin 620 e eu o 910XT. Deu até vontade de trocar só pelo fato do Tom Tom não ter a cinta, o que achamos uma vantagem enorme! Vamos compartilhar o texto no nosso blog! bjo, Ana
ResponderExcluirOi Ana, obrigado por participar! Legal compartilharem o texto, obrigado!!
ExcluirOlá Xandó. Interessante comparação. Tenho um Forerunner 620 e acho fantástico.
ResponderExcluirAliás, meu primeiro equipamento de corrida comprei após uma conversa com você, no Fórum PCs. Na época, você escreveu sobre o arrombamento do seu carro, no qual levaram seu equipamento. Também já havia escrito sobre a precisão do Polar RS200, que acabei comprando, e que me acompanhou durante bastante tempo.
Desde então, não consigo correr sem acompanhar minhas "estatísticas".
Quando fui fazer meu upgrade de equipamento, recentemente, havia escolhido exatamente este tomtom. Mas, lendo alguns reviews gringos, mudei de ideia justamente porque li algumas reclamações sobre a precisão do frequencímetro. Alguns relataram que parecia ser problemas com umidade, oriunda do suor. Então resolvi permanecer com a boa e velha cinda.
O FR 620 é fantástico. A versão que comprei vem com um tal de G-sensor na cinta, que faz uma estimativa da sua cadência mesmo sem o sinal de GPS. Na prática, pelo menos pra mim, não funciona tão bem, chega a dar uma diferença de 15% do que a esteira ergométrica marca durante o treino. Não sei se há como calibrar. A
Também não tenho problemas com picos na medição dos batimentos cardíacos. Meus gráficos são bem condizentes com minhas atividades. E tenho a sorte de nunca ter me machucado com a cinta. Já tentou se proteger com vaselina ou esparadrapo na área atingida?
Abs.
Oi Luiz! Que legal saber que desde a época do saudoso ForumPCs estamos trocando ideias.Sabe que ainda não testei o Garimin 620, deve ser ótimo mesmo!!! O tal sensor inercial do 620 é um diferencial, mesmo que não tão preciso, melhor do que não registrar o exercício. Mas deve ter sim uma forma de calibrar como o RS200 tinha! Já tentei esparadrapo e vaselina com sucesso parcial, mas ainda machuca. Outro dia descobri que a própria Garmin recomenda lavar a cinta de vez em quando com amaciante e isso ajudou também!! Super obrigado pelo seu depoimento e por se manter em contato!! Abraços
ExcluirGraças a sua matéria decidi comprar um TomTom. Esta questão da praticidade de não se usar cinta, uma vez que tenho muitos problemas, e até um pouquinho de preguiça de por toda hora, e fantástica. Optei pelo Multisport pois, além da corrida, gosto muito de ciclismo e nadar (de vez em quanto). Ele é muito bonito e o botão joy stick é excelente quando se esta correndo. Agora é fazer mais testes para ver se supera minhas espectativas. Obrigado.
ResponderExcluirMuito obrigado pela sua colaboração e por seu testemunho. Quando tiver mais experiências, por favor compartilhe conosco também!!
ExcluirComo faço pra configurar o meu Runner pra avisar (vibrar) a cada km percorrido?
ResponderExcluirProcure no Google pela versão em PDF do manual. É super bem explicado. Pelo que me lembro tem a ver com ativar a vibração no menu alertas.
ExcluirPrezado,
ResponderExcluirAchei bastante interessante seu site, parabéns.
Sou de Brasília e corro por prazer e adoro as medições com todos os graficos de performance, aliás essa é uma das minhas motivações para correr, poder verificar minhas medições.
Fiz algumas aquisições do Garmin e já corri com o Runstastic (que usa tecnologia da Tom Tom) usando só o iPhone para as medições. Como correr com celular nunca me agradou, tentei o Garmin 405cx, mas não tive sorte, pois entre uma medição e outra ele alterava muito, por sorte o vendedor o recebeu de volta e me devolveu o dinheiro. Essa semana recebi o Garmin 620 e fiz minha primeira corrida usando o medidor cardíaco. Gostei. Ele é leve e me parece ter um GPS preciso e é aí que vem meu comentário/pergunta: Quando eu corria só com o celular as variações, tanto de distância quanto de elevação, eram bem pequenas, coisa de 10 metros no max para distância (considerando um mesmo percurso já conhecido por mim) e em torno de 3m para elevações. Já com o 405cx essa variações chegaram a 170m para distância e até 10m para elevações, esse foi o motivo que eu devolvi o 405cx, pois achei que era problema no gps e a própria Garmin tbem achou. Com o 620 espero que a variação fique dentro do aceitável. Você ja testou o 620, tem alguma informação sobre ele que possa me passar?
Obrigado,
Luis Carlos
Olá Xando. Realmente muito importante seu trabalho pq temos pouco as informações sobre esse produto. Estava na dúvida entre o tomtom e o timex Triathlon mas após seu rewiew optei pelo tomtom. Porém estou encontrando algumas dificuldades. Dos dois modelos q a tomtom disponibilizou no mercado, o runner e o multisport, ambos fazem a medição cardíaca sem a necessidade da cinta? Porquê Tenho visto que alguns runner e alguns multisport não possuem a função cardíaca sem a cinta. Seria uma informação errada das lojas? existem os modelos runner e runner cardio? Ou ambos fazem sim o monitoramento cardíaco apenas pelo pulso? Obrigado. Diogo Kurz.
ResponderExcluirOlá! Parabéns, excelente matéria. Fiquei com um duvida que talvez vc tenha falado mas eu não vi.
ResponderExcluirQuanto a elevação de terreno, o TomTom faz essa medição? Vc usou o relógio na terra, fora da cidade?
Olá Xando, poderia explicar melhor como o TOM TOM funciona na esteira? as vezes sempre chego tarde de trabalho e a unica coisa que da pra fazer é correr na esteira da academia, porem seria legal acompanhar.
ResponderExcluirOutra Duvida interessante eu uso celular com Android,as vezes corro com ele usando o App da Nike é possível depois sincronizar essa corrida com o site da TOM TOM?
Obrigado e excelente post.
Olá Xandó, primeiramente gostaria de o parabenizar pela matéria! Isso foi fundamental para que eu pudesse adquirir o produto.
ResponderExcluirTenho 41 anos e comecei a correr pouco mais de um ano e meio. Tenho um Polar é um Germin, mas uso o aplicativo Runkeeper.
Tenho uma experiência desagradável com meu Garmin 405, muito complicado de mexer.....tem botões dos quatro lados e touth para complicar ainda mais.....sem falar o gps realmente é bem demorado.
Sei que o modelo do meu Garmin é bem antigo e que existe outros muitos mais avançados nos dias de hoje, porém procurava um relógio com altas tecnologias, sem cinta é fácil de manusear.
Comecei a procurar pela internet matérias que falavam sobre estes relógios e acabei caindo aqui na sua matéria. Fico feliz, pois hoje corro de 3 a 4 vezes por semana e corro até 21km. Por isso o desejo de ter um relógio completo e pratico para minhas atividades.
Com a sua matéria, pude tirar todas as minhas duvidas e ainda ter a certeza de faze uma ótima aquisição. Obrigado Xandó, agora é só aguardar chegar o meu é pé na tábua!!!
Olá, gostei do post... Vc já testou o Mio ALPHA 2? Estou na dúvida entre ele e o Tombo, visto que os dois tem leitura da frequência cardíaca no pulso.
ResponderExcluirBoa tarde, me chamo Ricardo moro em Aracaju, gostei bastante do seu esclarecimento sobre o Relógio Tom Tom, por essa razão vou compra o meu hoje. Obrigado seu site é 100%. Uma sugestão faz um vídeo, sobre algumas configurações do Relógio TOm TOm, pois pois no youtube só tem em inglês. Você esta de parabéns.
ResponderExcluirCaro Flavio, bom dia. Você chegou a testar o apple watch para corridas? Abraço!
ResponderExcluirBoa tarde Flávio. Poderia fazer uma avaliação do garmin fenix 3. Acho um relógio interessantíssimo para pratica de corrida, além de ter recursos extras. Abç
ResponderExcluirXandó, é sempre um prazer ler suas matérias! Li apenas agora, mas seu blog está entre meus favoritos. Tenho o 610, como vc, e me decepcionei com a Garmin por ter lançado agora, recentemente, o Forerunner 630, que é touch, com uma cinta peitoral e o 235, com o frequencímetro no pulso. Caramba, só troco o meu 610 por um 635 hipotético, com frequencímetro no pulso e eles não fizeram!! Vou ter que esperar mais!! kkk . Um forte abraço! e parabéns, novamentem pela bela matéria do Tom Tom.
ResponderExcluirXandó, você tem mais informações quanto a usar o relógio na água? Pensei em comprar, mas gostaria de usar também na natação (na piscina). Não preciso de um específico para natação, pois queria apenas acompanhar os batimentos.
ResponderExcluirMuito bom seu blog! Vc já testou o Forerunner 225, que possui o sensor de frequência cardíaca no pulso tb? será que é preciso?
ResponderExcluirGrato.
Já é possível conectar via Bluetooth com o Android????
ResponderExcluirgrande flavio
ResponderExcluirnao sei c aconteceu com vc mas o meu anda um pouco estranho corro 10 e ele marca 11 vc sabe como arrumar isso
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSaudações! Sempre que posso dou uma passada por aqui.
ResponderExcluirEu ganhei da decathlon um Tomtom runner 2 cardio + music, como já tenho um pretendo vender esse, caso alguém tenha interesse, está na caixa, vendo por 1000,00.
Desculpa Xando se não poder divulgar aqui, pode apagar.