A Motorola, ou melhor, a divisão Moto da Lenovo, depois de um longo período de
pesquisa e desenvolvimento desenvolveu um tipo diferente de smartphone que traz
um conceito de expansibilidade. Em julho passado eu escrevi sore isso no texto
“
MotoZ - smartphone cresce com a necessidade - novo conceito” no qual eu
apresentava para os meus leitores esta novidade, um tipo de dispositivo que
pode crescer em funcionalidades de acordo com a necessidade do usuário. A
família recém lançada consiste de dois modelos e comecei meus testes com o
dispositivo topo de linha, denominado apenas de
Moto Z (ou XT1650).
Brevemente vou testar também o Moto Z Play.
Segundo a empresa trata-se do smartphone premium mais fino do mundo atualmente
com 5.2 milímetros e apenas 136 gramas!! Tive a oportunidade de usá-lo, como
sempre faço em meus testes, por mais de 3 três semanas, com toda a minha carga
de uso pessoal, aplicativos, dados, fotos, e-mails, mensagens instantâneas,
redes sociais, etc. Eu pude, portanto, experimentá-lo de todas as suas formas e
ainda usar vários de seus incríveis “snaps”.
figura 01 – visão do Moto Z dos dois
lados
ATENÇÃO: Para você que
quer ter uma visão rápida do Moto Z, logo abaixo está um resumo da minha
avaliação (que é na verdade a própria conclusão do teste). Quem quiser ver o
teste em profundidade, eu o convido a seguir na leitura do texto, dividido em
várias partes que contém muita informação e detalhes ou mesmo pular a avaliação
resumida uma vez que ela se encontra replicada no final do texto, a conclusão
do teste.
AVALIAÇÃO RESUMIDA (CONCLUSÃO) e informações
complementares
Trata-se de um smartphone premium
com algo mais. O conceito dos snaps é algo que tem tudo para dar certo! A
Lenovo/Moto se compromete a manter a compatibilidade dos snaps adquiridos para
a próxima versão a ser lançada. Quem achava que ideias novas, até geniais só
vinham em smartphones de grife baseada em fruta, estavam redondamente
enganados. Tem um processador extremamente evoluído (SnapDragon 820), 64 GB de
armazenamento, 4 GB de memória RAM, cartão de memória até 2 TB (!!!!), uma
câmera acima de todas as expectativas e um design inovador!!
Importante saber que a duração da bateria é bastante competente, mas há
smartphones que duram mais. O próprio VIBE – modelo bem mais simples da Lenovo,
testado por mim, apresentou bateria com maior autonomia. Mesmo assim 12.5 horas
regime normal de uso é bem adequado. E se não for suficiente, o snap Power Pack
acrescenta mais 70% de carga aproximadamente (segundo minha aferição), levando
a autonomia para 21 horas!!
Seu Android é a versão mais evoluída, 6.01 (Marshmallow), sem grandes enxertos
do fabricante, quase que um Android “puro”. Senti falta do conector de fone de
ouvido tradicional (P2), mas um adaptador que se liga à nova e evoluída interface
USB-C resolve o problema (mas cuidado para não perder o adaptador). Para ser tão
fino (5.2 mm) o Moto Z abriu mão do P2.
Os snaps de acabamento (capas), caixa de som JBL, Power Pack e o surpreendente
projetor são sensacionais. Não pude testar (mas testarei) o snap com câmera Hasselblad com zoom ótico 10x. Que outros úteis snaps estarão a
caminho, sejam feitos pela Lenovo/Moto ou por desenvolvedores independentes?
O preço do Moto Z é de R$ 3.199, porém ele já vem com um snap de capa e um Power
Pack, que têm valor aproximado de R$ 500 (preço da venda individual). É como se
o Moto Z custasse cerca de R$ 2.600, um preço bastante justo por tudo que ele proporciona.
Além disso a Lenovo/Moto está oferecendo ao mercado o Moto Z em “bundles” que
favorecem a aquisição do acessório preferido. Por exemplo, existe um conjunto
formado pelo Moto Z mais o projetor por R$ 3.999, sendo que sozinho o projetor
é vendido por R$ 1.499. De forma análoga outros “bundles” já estão no mercado
ou estão por surgir.
Realmente gostei MUITO do Moto Z. Adorei a ideia dos snaps e espero que este
conceito se desenvolva cada vez mais. Se você ainda não conhece o Moto Z, sugiro
fortemente que o considere como opção se estiver em busca de um smartphone
premium, de preço justo, que não pegue fogo nem tenha uma fruta como símbolo de
status, o mundo da tecnologia é bem mais do que isso!!
figura 02 –Moto Z branco e dourado em três vistas – super fino
Especificações técnicas
Antes de falar os detalhes de minha experiência, contar como o Moto Z se saiu
nos testes, quero compartilhar com os leitores a sua configuração e
características principais.
figura 03 – Especificações técnicas do
Moto Z
Usando o Moto Z no dia a dia – o TESTE
A primeira impressão que se destaca no Moto Z é sua incrível espessura (5.2 mm)
e decorrente leveza do aparelho e por isso mesmo extremamente confortável de
ser utilizado. Na sua parte traseira existe a lente da câmera que se sobressai
ligeiramente acima. Na parte inferior podemos ver os contatos para que um
“snap” seja acrescentado magneticamente. É um visual moderno e futurista,
gostei muito, até um determinado momento do teste (explicarei depois).
Tem um processador extremamente moderno, o Qualcomm SnapDragom 820, sobre o
qual eu escrevi no final de 2015- “
Oversátil e poderoso Snapdragon 820 - o novo motor do seu smartphone”. Acrescente
os 4 GB de RAM, 64 GB de espaço para armazenamento, cartão de memória até 2 TB
(!!!) e Android Marshmallow 6.01, é completamente impossível ter algum problema
de usabilidade. Rápido, ágil e sempre pronto para atender às solicitações do
usuário e demanda dos aplicativos.
figura 04 – interface do Android 6.01
do Moto Z
Também me encanta o Android minimalista usado pelo Moto Z. É praticamente uma
versão “pura”, sem muitas alterações na interface, salvo um ou outro pequeno
detalhe. Isso além de deixar a interface mais “leve”, proporciona uma
confortável sensação de familiaridade com o dispositivo. Eu me senti totalmente
à vontade imediatamente. Seu sensor de impressão digital responde muito
rapidamente, algo que é essencial na correria que temos no nosso dia a dia. Mas
a tela Amoled de 5.5 polegadas e resolução QuadHD (2560 x 1440) merece destaque
pela precisão dos detalhes, beleza das cores e nível de contraste, mesmo em
situações de alta luminosidade (ambientes externos).
Sua diminuta espessura custa algum preço. Assim como fez a Apple com o iPhone
7, não há mais o incrivelmente clássico conector do tipo P2 para o fone de
ouvido. Assim o usuário pode ser valer de fones do tipo Bluetooth ou usar um
adaptador que vem com o produto que se conecta à interface USB-C do aparelho.
Aliás, acompanha o Moto Z um elegante fone de ouvidos branco, do tipo in-ear
com ótima qualidade. Não usei muito o fone de ouvido (o que vem com ele ou o de
minha preferência) porque sei que sou meio atrapalhado e tive bastante medo de
perder este adaptador, pois se trata de um componente a mais para ficar levando
de lá para cá. Perdê-lo seria fácil para mim. Isso inibiu o meu uso. Ainda
gosto do conector P2...Mas como disse, é o preço que se paga por ele ser tão
fino, leve e elegante.
figura 05 – adaptador para usar conector
P2 para fones de ouvido
O SoC da Qualcomm é destaque por sua agilidade e grande
poder de processamento. Em versões anteriores havia queixas por parte dos
usuários sobre o superaquecimento do aparelho. Estive bem atento a isso. Em
apenas duas ocasiões durante o teste, ao longo das 3 semanas, percebi
aquecimento um pouco superior. Mas mesmo assim em situação de demanda anormal.
Eu estava utilizando o navegador Waze e ao mesmo tempo fazendo um download de
arquivo grande (300 MB) e com o veículo parado respondendo um e-mail!! Portanto
posso atestar que superaquecimento não é problema do Moto Z.
Conhecendo e usando os snaps
Para o meu período de testes recebi alguns importantes acessórios, os quais
pude usar e experimentar. A forma pela qual estes acessórios são encaixados no
Moto Z é destaque. Trata-se de um excelente encaixe magnético. A simples
aproximação do elemento nas proximidades do encaixe já o puxa para a posição
correta. Não é necessário fazê-lo com o aparelho desligado, qualquer que seja o
acessório, encaixar e desencaixar não é problema em momento algum.
Snap Capa de Estilo: eu achei o
máximo o design moderno e diferente da parte traseira do Moto Z, a sua lente da
câmera levemente elevada, aqueles elementos metálicos do encaixe dos snaps à
mostra, etc. Mas depois de algum tempo algo aconteceu. E passei a achar aquela
aparência meio minimalista. Quase poderia dizer “tosca”, mas seria um exagero. Nessa
hora eu passei a utilizar um “
Style Shell”, uma capa que veio com o aparelho (faz parte do kit básico), preta,
com aparência de couro, e dessa forma eu “vesti” o Moto Z o qual passou a ficar
para mim mais elegante. Há um acréscimo de peso e espessura, mas totalmente
desprezível.
Na primeira foto deste texto pode ser visto o Moto Z em seu estado natural, sem
a capa. Na foto abaixo se vê o aparelho com a capa preta com aparência de couro
preto que falei. Na próxima foto, a título de exemplo mostro algumas capas
existentes como branca, aparência de madeira, vermelha, etc. Custam
individualmente R$ 99.
figura 06 –Moto Z vestido com capa preta
figura 07 – alguns exemplos de capas
para o Moto Z
Snap caixa de som JBL Sound Booster: a qualidade do som do Moto Z é bem
adequada ao uso comum de um smartphone como viva voz em chamadas telefônicas,
assistir um vídeo, etc. Mas na hora de ouvir música, se a ideia é fazê-lo em
volume um pouco mais alto e com uma melhor percepção sonora, incluindo sons
mais graves, uma caixa externa seria necessária. Há boas soluções do tipo
Bluetooth, mas há também um snap feito por ninguém menos que JBL, um ícone
entre os fabricantes de alto-falantes e caixas de som. Aproximou, grudou e
instantaneamente o som já passa a fluir pela caixa, com toda esta melhoria,
reforço na intensidade e volume que citei. Adorei!! Na foto abaixo pode ser
visto o Moto Z já com a
Sound Booster JBL encaixada. Acrescenta volume e peso obviamente. Mas ninguém vai
andar com o aparelho assim no bolso. Serve para um tipo de uso específico.
Importante frisar que ela tem sua bateria própria de 1000 mAh, portanto não
drena energia do Moto Z e garante o funcionamento por 10 horas aproximadamente.
Dispõe de um prático suporte para manter o Moto Z em posição melhor para
desfrutar do novo som. Se comprado separadamente tem preço de R$ 699.
figura 08 – snap Sound Booster JBL
Moto Insta Share Projector: o mais surpreendente dos snaps que testei até
agora. Por meio de um assessório até menor que a caixa de som JBL a
funcionalidade de um
projetorportátil é acrescentada ao Moto Z. Quando se vê este acessório não somos
capazes de saber quão poderoso ele é, a despeito de seu pequeno tamanho. Em
ambiente com iluminação natural podemos gerar uma imagem de 110 cm de largura
(45 polegadas) ainda com bom brilho e contraste. Em ambientes com menos luz,
fui capaz de projetar em uma parede inteira, com mais de 2.5 metros de
largura!! Sua especificação fala em 70 polegadas na diagonal, mas vai além!!
Incrível!
Tem bateria própria que garante uma hora sem que a bateria do Moto Z comece a
ser drenada pelo projetor. Tem o ajuste do “efeito trapézio” de forma
automática, arrumando a distorção de paralaxe que acontece ao projetar de forma
inclinada a imagem. Apenas o foco que deve ser ajustado manualmente por meio de
um botão circular no topo do surpreendente projetor. Tem base de apoio para
ajustar a projeção e ângulo. Na foto abaixo mostro um exemplo de uso em meu
escritório. Se comprado separadamente tem preço de R$ 1499.
figura 08 – Moto Z Insta Share
Projector em uso no meu escritório
figura 10 – Moto Z Insta Share
Projector
Snap Power Pack: vou discutir adiante sobre a autonomia da bateria do Moto
Z, assunto que sempre captura muito a minha atenção. Mas a despeito da
durabilidade, há dias que o uso do smartphone transcende o padrão comum e a
bateria acaba. O snap de energia, o
Offgrid Power Pack acrescenta 2200 mAh de capacidade aos 2600 mAh já existentes no
Moto Z. Pesando apenas 79 gramas ele se encaixa ao aparelho acrescentando mais
6 milímetros à espessura, mas trazendo pelo menos mais 70% de capacidade ao
aparelho (nominalmente seriam 82% mas a transferência de carga implica em
pequenas perdas).
Em alguns dias eu saía de casa já com ele montado no Moto Z e dessa forma nunca
cheguei em casa de volta com menos de 45% da carga original (2650 mAh) do Moto
Z, após extinguir a carga do Power Pack, que gasta primeiro quando ele está
conectado. Aliás, isso é muito bom, pois ao acabar sua carga o Power Pack pode
ser retirado e tornar o Moto Z mais leve e mais fino de novo. Cada um escolhe
sua forma de uso. Já tê-lo conectado desde o começo do dia ou apenas agregá-lo
ao Moto Z quando a carga original estiver bem no final. Achei fantástico! Se
comprado separadamente tem preço de R$ 399.
figura 11 – Moto Z Offgrid Power Pack
E a durabilidade da bateria?
Um aparelho assim tão fino e tão leve me deixou desconfiado. Será que teria
autonomia suficiente para nosso dia a dia de luta contínua? Quando avalio
autonomia de smartphones faço um teste extenso, por pelo menos 20 dias. Avalio
o aparelho segundo o meu padrão de uso, que é relativamente pesado, mas não uso
jogos no smartphone. Uso muitos aplicativos no dia a dia, alterno com o uso de
rede móvel, WiFi, uso meu computador outra parte do tempo, ou sejam, um uso
normal do dia a dia!
Um aplicativo que uso muito é o WAZE, navegador GPS para ajudar a andar pelo
trânsito caótico de nossas cidades. É sabido que ele é o maior devorador de
carga de baterias que existe. É o meu teste extremo. O Moto Z se usado 100% do
tempo com o Waze teria autonomia média de 5 horas e 25 minutos. Falando de
outra forma, cada 1% da carga da bateria é drenada em 3 minutos e 16 segundos.
Em termos de comparação, Asus Zenfone 2 esgota sua bateria com WAZE em 4 horas
e 6 minutos. O Moto Z teve um desempenho adequado relativo ao seu esbelto
design. Estou curioso para testar o seu irmão menor, o
Moto Z Play, que
embora menos sofisticado, tem bateria de 3510 mAh e promete bater o recorde do
Lenovo VIBE, com 7 horas de autonomia no Waze!!
O outro extremo do
teste da bateria é a análise de “stand-by”, smartphone ligado todo o tempo, mas
sem uso. Nesta situação o Moto Z ficou quase 130 horas em funcionamento (5 dias
e 10 horas). Isso pode não significar muita coisa, pois não é prático ter um
smartphone ligado e não usá-lo. Mas analisando estes extremos fica muito bem
estabelecido o limite máximo e mínimo de a autonomia entre praticamente 5 horas
e meia e 130 horas do Moto Z, apenas dependendo da forma de uso.
Introduzi mais um teste que implica em deixar a tela ligada permanentemente e
reproduzindo em loop um vídeo no Youtube até que se esgote a energia. Este
teste estressa a bateria por causa da tela acesa 100% do tempo e também processamento
para exibir o vídeo. Nesta situação o Moto Z foi capaz de permanecer mais de 8
horas em regime constante de uso.
figura 12 –
autonomia de bateria no Moto Z em diversos cenários
A análise de autonomia do Moto Z no
quotidiano, foi feita por 22 dias. Apuro diversos dados como tempo de uso dos
principais aplicativos, tempo de tela ligada, GPS, redes sociais, chamadas de
voz, percentual de uso no dia, tempo de uso, etc. No final a média é o
resultado do comportamento dos 22 dias.
figura 13 –
“diário de bordo” da avaliação da bateria (clique para ampliar)
Isso tudo me permite calcular a
autonomia no caso de usar 100% da carga e mostrar com detalhes como o Moto Z
lidou com sua bateria nestes 22 dias. E não é nada surpreendente que existam
variações bem grandes no dia a dia. Não somente cada pessoa tem seu próprio
perfil de uso, como a mesma pessoa usa o smartphone de forma diferente cada
dia. No pior caso, obtive 9 horas de autonomia (uso mais intenso bem acima do
meu uso padrão) e no melhor caso, quase 15 horas (uso mais leve). Na média, a
bateria do Moto Z me atendeu diariamente por 12.5 horas. Isso fica bem claro no
gráfico abaixo.
figura 14 –
duração da bateria em regime de uso normal
Fenômeno igual acontece quando avalio o uso do WAZE de forma exclusiva (usando
o WAZE apenas e continuamente). Obtive autonomia entre 4.5 e 6.5 horas, média
de 5h25m. A mesma pessoa, o mesmo smartphone, o mesmo WAZE, há variações de um
dia para o outro. Seja por causa do percurso, uso de aplicativos em segundo
plano, temperatura (sol batendo no smartphone afeta sua bateria), trânsito mais
fluído ou não, etc.
figura 15 – duração da bateria usando apenas o
Waze
Quero deixar claro, estes números dizem respeito ao MEU padrão de uso, que pode ser mais
intenso ou mais leve do que o padrão do leitor ou leitora. Você deve ter isso
sempre em mente ao ler este tipo de informação em avaliações de smartphones.
O Moto Z tem formas para reduzir o consumo, desde o modo “econômico”, reduz
vibrações, sincroniza dados com menos frequência, etc. Também permite gerenciar
os aplicativos que ficam ativos em segundo plano (muitos smartphones não têm
este recurso) para limitar o consumo somente àqueles que nos são mais
importantes. Levando em conta as características de peso e espessura, o Moto Z
teve um desempenho muito bom ao lidar com a sua bateria.
Carregamento do Moto Z e autonomia com o
Power Pack
O carregamento rápido é destaque do Moto Z. Com o aparelho completamente sem
carga (0%) e desligado pude levá-lo aos 100% de carga em 1 hora e 6 minutos.
Isso significa, segundo os números (do meu teste), que se carregado por apenas
20 minutos ele pode receber um pouco mais de 30% de carga e com isso ser usado
(no meu padrão de uso) por quase 4 horas (3h 47m). Muito bom!!
O Power Pack foi usado para carregar a bateria do Moto Z em 3 situações
distintas. Com o Moto Z desligado, uso moderado e uso intenso (no trânsito com
o Waze). Em cada uma dessas situações a bateria recebeu 68%, 54% e 43% de carga
respectivamente. Destaco que em todas as situações o volume de carga é o mesmo,
a diferença é que com uso mais intenso o que sobra no final de carga é menor.
Fazendo apenas uma simples extrapolação matemática, aquela autonomia média de
12 horas e 30 minutos que eu obtive é estendida para um pouco mais de 21
horas!! Na prática, o Moto Z com o Power Pack permite que a pessoa use todo o
dia e ainda sobre muita carga útil. Ou seria suficiente para 2 dias de uso em
regime moderado de uso. Aí sim!! Com 21 horas não vai faltar carga para
ninguém!! Acessório que considero imprescindível para quem usa muito o
smartphone!! A boa notícia é em seu kit básico o snap Power Pak está incluído!
Câmera fotográfica – um assunto à parte
O Moto Z é um modelo de smartphone de categoria elevada
(premium) e teve um desempenho muito bom ao capturar fotos. Registra
rapidamente a foto e tem ótima sensibilidade. Conta com HDR (High Dynamic
Range) que ajusta a iluminação em cenas com fundo muito claro). Ao mesmo tempo
a interface é bem simplificada, visando tornar fácil para o usuário.
Não só da qualidade da foto que é composta uma boa câmera. Também das boas
ideias e de uma interface inteligente. A câmera do Moto Z pode ser acionada por
meio de um giro duplo e rápido do smartphone. Bastante prático. E seus menus de
configuração são ricos em opções e ajustes para os usuários mais sofisticados.
E quem só quer tirar boas fotos não terá decepção com os ajustes automáticos. Pelo
contrário.
Gostei muito do modo “câmera lenta” de filmagem que na hora de rever o filme já
permite cortar a parte da cena que se deseja. Algo bastante pertinente para
quem registrou alguns momentos em câmera lenta.
Vídeos podem ser capturados em 4K a 30 fps, FullHD a 30 ou 60 fps e HD ou VGA
(640x480) a 30 quadros por segundo. A qualidade dos vídeos obtidos foi ótima!
Totalmente compatível com a expectativa, mesmo em situações de pouca luz.
Para avaliar o comportamento da câmera em diferentes situações
fiz alguns registros neste modo automático (o mais comum), em 13 MP. A expectativa
era grande. Afinal é uma câmera avançada, com sensibilidade à luz melhor que a
maioria, abertura ƒ / 1.8 e tamanho de pixel
de 1,12 um (micrômetros). Veja os resultados e julgue por si
mesmo.
Câmera - riqueza de detalhes em fotos próximas:
a foto abaixo capturei em algum canto da USP, durante minha caminhada e
corrida. Achei lindas as cores e a riqueza de detalhes. À esquerda a foto
original e à direita um detalhe ampliado.
figura 16 – foto em ambiente externo, boa luz.
Muito detalhes (clique para ampliar)
Câmera – HDR: ao tirar a foto abaixo
eu antevi que teria problema. O fundo, aquele lindo céu azul estava com grande
intensidade de luz. Ficaria escura a parte de baixo da foto. O resultado não
foi ruim. Mas quando eu ativei o recurso HDR (High Dynamic Range), que pode ser
configurado no modo automático, toda a cena ficou bem iluminada, por igual e
com ótimo registro dos detalhes!
figura 17 – foto em ambiente externo, uso excelente do HDR (clique para
ampliar)
Câmera – foto interna:
esta foto do café com leite e pão na chapa nem foi tirada pensando no
teste. Mas capturada dentro de uma padaria, com luz não tão favorável, ficou
tão interessante (e apetitosa) que resolvi dividir com os leitores.
figura 18 – foto em ambiente interno, luz mediana
(clique para ampliar)
Câmera – o velho e
bom Selfie: nada como um almoço com um amigo de infância que não via há um
tempo para testar a câmera frontal do Moto Z. Ela tem 5 MP, abertura de ƒ/2.2,
lente de ângulo aberto, dispõe de flash e pixel grande de 1.4 um(micrômetros)
para ambientes com pouca luz. Também tem funções para embelezamento. Foi tirada
em um corredor de Shopping e luz artificial (sem flash).
figura 19 – Selfie feita em ambiente interno, luz
artificial (clique para ampliar)
Brincando um pouco
com a luz – exposições distintas da mesma cena: as 5 próximas fotos são do
mesmo lugar, mas expostas a luzes diferentes, em ambiente interno. Começando com luz
natural em boa quantidade, depois um detalhe desta mesma foto que ilustra a
riqueza de detalhes capturados. Segue a foto em condição de flash, na qual se
observa boa iluminação, mas como qualquer flash, certo grau de artificialismo nas
cores. Na sequência uma foto já em condição de luz mais baixa e pouca diferença
se percebe em relação à primeira foto (muito bom). Por fim temos uma foto
tirada de noite, luzes apagadas e apenas uma luz no aposento próximo, situado a
6 metros do local, quase escuro. Percebe-se uma foto bem mais escura e com
menos detalhes, mas se o leitor pudesse ver o ambiente que esta foto foi
tirada, ficaria, como eu, bastante impressionado. Como foi possível capturar
essa imagem!
figura 20 – foto do mural – luz ambiente
suficiente (clique para ampliar)
figura 21 – um detalhe de foto do mural – luz ambiente suficiente (clique para
ampliar)
figura 22 – foto do mural – uso de flash – cores mais “chapadas” (clique para
ampliar)
figura 23 – foto do mural – luz ambiente bem menor – ainda assim boa a foto
(clique para ampliar)
figura 24 – foto do mural – praticamente no
escuro (clique para ampliar)
Câmera – ainda estressando
a iluminação: a foto seguinte, tirada em um casamento, igreja a meia luz,
ambiente difícil. Mas ao perceber a vela e a tênue luz que ela emitia para as
flores nas proximidades, resolvi arriscar. O Moto Z gerou uma foto linda, a
qual gostei muito!
figura 25 – foto de igreja em dia de casamento - luz ambiente fraca (clique
para ampliar)
Câmera – luz é tudo: não
é característica apenas do Moto Z ter resultados extraordinários quando
ambientes bem iluminados são capturados. As próximas duas fotos ilustram isso e
ainda mostram uma intensa riqueza das cores.
figura 26 – flor em ambiente externo – luz natural forte, lindas cores (clique
para ampliar)
figura 27 –ambiente externo – luz natural forte, parcialmente contra a luz
(clique para ampliar)
Câmera – conclusão: as
imagens falam por mil palavras certo? Mais do que aprovada a câmera do Moto Z. Ótima
sensibilidade à luz, resolução, fidelidade de cores e equilíbrio. Porém preciso
registrar que em uma situação não tive bons resultados, mas estou para conhecer
câmera de smartphone que consiga um bom desempenho nessa mesma situação. De
noite, ambiente com pouca luz, pessoas em movimento (era um aniversário de
criança em uma pizzaria). Nessa situação algumas fotos ficaram desfocadas, bom
efeito “blur” (registro de movimento). Algumas ficaram até que razoáveis. Este
agora é o desafio, situação a ser resolvida. Mas posso afirmar que para 99% das
situações o Moto Z é melhor que a imensa maioria das câmeras de smartphone que
já usei. Excelente recurso!
CONCLUSÃO e informações complementares
Trata-se de um smartphone premium com algo mais. O conceito dos snaps é
algo que tem tudo para dar certo! A Lenovo/Moto se compromete a manter a
compatibilidade dos snaps adquiridos para a próxima versão a ser lançada. Quem
achava que ideias novas, até geniais só vinham em smartphones de grife baseada
em fruta, estavam redondamente enganados. Tem um processador extremamente
evoluído (SnapDragon 820), 64 GB de armazenamento, 4 GB de memória RAM, cartão
de memória até 2 TB (!!!!), uma câmera acima de todas as expectativas e um
design inovador!!
Importante saber que a duração da bateria é bastante competente, mas há
smartphones que duram mais. O próprio VIBE – modelo bem mais simples da Lenovo,
testado por mim, apresentou bateria com maior autonomia. Mesmo assim 12.5 horas
regime normal de uso é bem adequado. E se não for suficiente, o snap Power Pack
acrescenta mais 70% de carga aproximadamente (segundo minha aferição), levando
a autonomia para 21 horas!!
Seu Android é a versão mais evoluída, 6.01 (Marshmallow), sem grandes enxertos
do fabricante, quase que um Android “puro”. Senti falta do conector de fone de
ouvido tradicional (P2), mas um adaptador que se liga à nova e evoluída
interface USB-C resolve o problema (mas cuidado para não perder adaptador).
Para ser tão fino (5.2 mm) o Moto Z abriu mão do P2.
Os snaps de acabamento (capas), caixa de som JBL, Power Pack e o surpreendente
projetor são sensacionais. Não pude testar (mas testarei) o
snap com câmera Hasselblad com zoom ótico 10x. E que outros úteis snaps estarão
a caminho, sejam feitos pela Lenovo/Moto ou por desenvolvedores independentes?
O preço do Moto Z é de R$ 3.199, porém ele já vem com um snap de capa e Power
Pack, que têm valor aproximado de R$ 500 (preço da venda individual). É como se
o Moto Z custasse cerca de R$ 2.600, um preço bastante justo por tudo que ele
proporciona.
Além disso a Lenovo/Moto está oferecendo ao mercado o Moto Z em “bundles” que
favorecem a aquisição do acessório preferido. Por exemplo, existe um conjunto
formado pelo Moto Z mais o projetor por R$ 3.999, sendo que sozinho o projetor
é vendido por R$ 1.499. De forma análoga outros “bundles” já estão no mercado
ou estão por surgir.
Realmente gostei MUITO do Moto Z. Adorei a ideia dos snaps e espero que este
conceito se desenvolva cada vez mais. Se você ainda não conhece o Moto Z,
sugiro fortemente que o considere como opção se estiver em busca de um
smartphone premium, de preço justo, cuja bateria não pegue fogo nem tenha uma
fruta como símbolo de status, afinal o mundo da tecnologia é bem mais do que
isso!!
figura 28 –Moto Z branco e dourado em três vistas – suuuper fino