segunda-feira, 23 de junho de 2014

Aumento maciço de armazenamento no OneDrive com menor preço traz novas possibilidades!!

Há pouco mais de 6 meses eu contei para os leitores minha opinião e o meu estado de encantamento com o Skydrive, atual OneDrive da Microsoft na sua evoluída versão disponibilizada no Windows 8.1. Contei essa história no texto “O SkyDrive do Windows 8.1 mudando minha forma de lidar com arquivos. Volto ao mesmo assunto porque a Microsoft anunciou hoje o aumento da capacidade de seu sistema de armazenamento de arquivos na nuvem. Mas não apenas a capacidade foi alterada e sim também o preço do serviço.

A iniciativa da Microsoft é bastante agressiva uma vez que a redução de preço é da ordem de 70%!!! A nota da Microsoft está reproduzida na íntegra logo abaixo de minhas considerações.



Eu sou atualmente um usuário bastante dependente de armazenamento em nuvem. Mas possivelmente algumas coisas vão mudar. Apesar de concentrar meu uso no OneDrive (tenho 57 Gb de espaço), também uso outras soluções como Dropbox, Google Drive e IdriveSync, cada um desses em suas versões gratuitas (menos o Onedrive que contratei 50 GB) nos quais armazeno tipos diferentes de arquivos em cada um destes serviços.

Mas agora o OneDrive terá 15 GB de espaço livre de custo (eram 7 GB), e opções entre 100 GB e 200 GB por preços mensais variando entre R$ 5,00 e R$ 10,00 (reais  - não dólar). Só para fazer uma comparação eu tinha contratado 50 GB por R$ 49 reais por ano e agora o serviço de 100 GB custará R$ 60 por ano. O dobro do espaço por apenas alguns reais a mais.

Para os assinantes do Office365, a assinatura anual do Office, estará incluído no pacote uma área de armazenamento de 1 TB!! Isso mesmo, UM TERABYTE!!! Os atuais assinantes do serviço terão no início do mês de julho os seus limites automaticamente ajustados para cima (mais espaço pelo mesmo custo). Isso significa que no meu caso, dos 57 GB que tenho passarei a ter 115 GB. 15 GB gratuitos (tenho hoje 7 GB) e meu plano de 50 GB se transformará em 100 GB com um possível pequeno ajuste na data de renovação do serviço (para compensar a pequena diferença de preço).

Nesta faixa de preço meu plano de levar para a nuvem a maioria dos meus arquivos será bastante acelerada. Também apoiada pelo fato do OneDrive no Windows 8.1 permitir que o usuário escolha quais arquivos ou pastas ficarão guardados nos dispositivos locais (PC e notebooks) ou apenas na nuvem. Ótima alternativa para quem tem muitos arquivos mas não tem espaço suficiente no dispositivo. A propósito desde final de fevereiro passado o OneDrive está disponível também para iOS e Android, bem como já funcionava em Mac OS.

Esta iniciativa agressiva, no melhor dos sentidos por parte da Microsoft pode ser catalizadora de uma nova abordagem dos fornecedores de serviço de nuvem. Competição é bom e vital para o crescimento de um mercado cada dia mais maduro. Largas capacidades por custo competitivo, oferecidos por empresas de grande respeito e confiabilidade são atributos essenciais para finalizar o processo de grande popularização de um recurso que pode no curto ou médio prazo aposentar discos de imensa capacidade nos desktops, notebooks ou dispositivos móveis. Boa tacada Microsoft!!

Segue abaixo na íntegra a nota da Microsoft.
Flavio Xandó


Aumento maciço de armazenamento no OneDrive: 15 GB de espaço grátis para todos, 1 TB para assinantes Office 365

Com o OneDrive, queremos dar a você um lugar para todas as suas coisas: suas fotos, seus vídeos, documentos e outros arquivos. Claro que, para fazermos isso, precisamos assegurar que você tenha espaço de armazenamento suficiente para tudo, particularmente uma vez que a quantidade de conteúdo de cada um está crescendo bastante.

Também está claro que você quer mais do que apenas a capacidade de armazenar suas coisas na nuvem. Você quer ser capaz de compartilhar isso, de colaborar com outras pessoas e muito mais. O cenário está mudando a ponto que acreditamos que não é mais suficiente oferecer apenas armazenamento na nuvem — essa aposta está na mesa. Queremos oferecer uma experiência completa que traga o poder do Office e permita que você faça mais com tudo o que colocar em seu OneDrive — seja compartilhando suas fotos favoritas com as pessoas que são importantes para você em um simples clique ou trabalhando junto, em tempo real, em um projeto importante.

Com isso em mente, hoje anunciamos o seguinte:

1. O OneDrive virá com 15 GB grátis (maior que os 7 GB oferecidos anteriormente)
Nossos dados nos dizem que 3 de cada 4 pessoas têm menos de 15 GB de arquivos armazenados em seu PC. Considerando o que elas têm armazenado em outros dispositivos, acreditamos que ao oferecermos 15 GB de graça — sem restrições — vamos deixar muito mais fácil para as pessoas a tarefa de deixar documentos, vídeos e fotos disponíveis em um único lugar.

2. Todas as versões do Office 365 virão com 1 TB de armazenamento OneDrive
Em breve, você terá 1 TB de OneDrive com sua assinatura Office 365. Isso significa que você terá o poder da suíte de produtividade mais popular do mundo, o Office, com seus apps para o seu laptop, smartphone e tablet, mais uma quantidade enorme de armazenamento, por um preço inacreditavelmente baixo.

Para o Office 365 Home (R$ 21 /mês), você terá 1 TB por pessoa (até 5 pessoas). Com o Office 365 Personal (R$ 17 /mês) e University (R$ 209 / 4 anos) você terá 1 TB por assinatura. Essa é uma grande continuidade para o nosso anúncio de abril de que todos os clientes corporativos também teriam 1 TB de armazenamento na nuvem por pessoa.

3. Estamos reduzindo os preços de armazenamento em 70%

É claro, também queremos dar a você tanta flexibilidade quanto for possível. Assim, se você precisa de mais armazenamento, mas não precisa de uma assinatura Office 365, também ofereceremos opções de assinatura mensal de armazenamento — a taxas dramaticamente reduzidas.

Agora, as mensalidades serão de R$ 5 para 100 GB (antes R$ 18,99) e R$ 10,00 por 200 GB (antes R$ 27,99).
Todas essas atualizações entrarão em vigor no próximo mês. Para os atuais assinantes, está tudo pronto, todos serão recolocados nas menores tarifas automaticamente.

Estamos realmente animados em trazer mais armazenamento ao OneDrive, assim você terá todo os espaço de que precisar para armazenar todos seus vídeos, fotos e documentos em um único lugar. Se você ainda não assinou o OneDrive, saiba mais sobre o serviço e assine em http://onedrive.com

segunda-feira, 9 de junho de 2014

A tecnologia por trás da eficiência energética dos veículos

Sendo algo relativamente novo para mim, o mundo de tecnologia automotiva reserva certas surpresas. Mesmo para quem está acostumado ao mundo de smartphones, redes, servidores, tablets, WiFi, etc. Mas essencialmente são muito parecidos, por isso mesmo o tema me cativa tanto. De forma análoga equipamentos eletrônicos, aparelhos eletrodomésticos e automóveis têm sido submetidos a uma rotina de testes para aferir sua eficiência energética e a partir disso são atribuídos selos com a designação de quanto foi bem cumprida a tarefa.

No caso dos automóveis este é o programa PBEV  (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular). Resumidamente pode ser dito que o tal programa está em processo de implantação. Atualmente ele é voluntário, ou seja, o fabricante que aderiu ao programa (nem todos aderiram) submete certo modelo ao teste e ele tem seu desempenho aferido e classificado. Atualmente cerca de 50% dos modelos vendidos no Brasil já tem sua classificação. Mas até o ano de 2017 a totalidade (100%) das marcas e dos modelos, ou seja, todos os carros, deverão ser obrigatoriamente testados e classificados.

Dos grandes e mais antigos fabricantes, os mais tradicionais como Ford, Fiat, Volkswagen estão presentes. A GM entrou no programa anos atrás mas o abandonou em 2010 (terá que retornar obrigatoriamente até 2017). Outros importantes fabricantes como Citroen, Honda, Hyundai, JAC, KIA, Nissan, Peugeot, Renault e Toyota também já aderiram ao programa.

 
figura 01 - exemplo de selo do programa FBEV

Se você como eu não estava sabendo disso, faça a analogia com eletrodomésticos. É comum ver nas lojas geladeiras, fornos de micro-ondas e mesmo TVs o tal selo. Nos automóveis é igual, ou de deveria ser O selo deve der afixado em lugar visível para o comprador que classifica o resultado do teste em 5 níveis: A,B,C,D e E. Existem duas classificações. Uma específica na categoria que o carro se enquadra (subcompacto, compacto, médio, grande, comercial e mais algumas categorias especiais). O critério é bastante objetivo e inquestionável, pois utiliza a área do veículo (em metros quadrados) para definir sua categoria. Há também uma classificação geral (entre A e E) que posiciona aquele veículo em relação a todos os carros.

O teste é feito pelo próprio fabricante seguindo uma rígida norma (NBR 7024). Se o incomoda o fato do teste ser feito pela “parte interessada”, eu senti a mesma coisa. Mas a forma como o teste é realizado afasta suspeitas de má condução do teste. A avaliação de eficiência é feita simultaneamente com a avaliação de emissão de poluentes e por isso é acompanhado pela CETESB. Além disso o INMETRO audita os testes anualmente, geralmente por solicitação das empresas concorrentes quando vêm um resultado surpreendente que lhes é estranho. Dessa forma a idoneidade do teste é garantida, pois ter um valor contestado e depois corrigido é de grande impacto negativo para a imagem de um fabricante. Isso até agora não aconteceu.

Conversando com engenheiros da Ford pude entender como o teste é realizado. O grande desafio deste tipo de avaliação é a sua reprodutibilidade. Assim tal norma NBR 7024 determina as condições do teste. É feito com o carro parado, mas apoiado em um sistema de esteiras rolantes atuando sobre a roda motriz. Para aferir o ciclo urbano e o ciclo rodoviário um conjunto de ações deve ser seguida pelo condutor (motorista) que está no comando do carro. Por exemplo, no ciclo urbano são acelerações, frenagens, paradas completas, reacelerações, novas paradas, etc. certo número de vezes reproduzindo o padrão de um motorista dirigindo na cidade.

Analogamente o teste do ciclo rodoviário é feito com acelerações até velocidade de cruzeiro (determinada pela norma), algumas variações de velocidade, algumas frenagens, simulando a condução em uma estrada. Importante ressaltar que nas duas condições de teste um sistema computadorizado atua no rolete sobre o qual o carro está apoiado de forma a mimetizar a resistência dinâmica que o carro sofre. Por exemplo, a 100 Km/h a resistência do ar é tal que o motorista tem que acelerar mais para manter aquela velocidade. Assim uma força análoga é aplicada no rolete para simular a mesma situação. Como existe um motorista ao volante, caso haja desvios do comportamento (acelerações, frenagens, trocas de marcha, etc.), fora do padrão determinado, aquele teste é invalidado e tem que ser feito de novo até que ele atenda à norma NBR 7024.

Eu fiquei particularmente bem interessado no processo e achei a ideia de como realizar o teste bastante estimulante. Logicamente seria 100% impossível fazer esta avaliação na rua ou estradas de uma forma 100% idêntica a cada teste. Isso inviabilizaria comparações. Já imaginaram a variabilidade do trânsito de uma cidade como São Paulo!? Seja por isso ou fatores ambientais como temperatura e pressão, a única maneira justa de realizar o teste é essa mesma.

Uma informação adicional. Depois de finalizados os testes, “ciclo urbano” e “ciclo rodoviário” e com etanol e gasolina (no caso dos veículos flex), a norma ainda determina que um “fator de correção” da ordem de 30% seja aplicado, diminuindo o resultado da eficiência neste percentual de forma a aproximar os resultados de “laboratório” ao uso regular do veículo pelos consumidores nas ruas e estradas.

 
figura 02 - economizar é necessário!

Eu sempre ficava desconfiado quando via os fabricantes divulgarem eles mesmos os resultados de consumo de seus veículos. Se no passado o teste era mais “caseiro”, hoje em dia não mais. Como existe o compromisso com o PBEV, o acompanhamento do teste pela CETESB, a auditoria pelo INMETRO (que refaz ela mesma os testes para confrontar com os valores divulgados pelos fabricantes, penso que podemos agora confiar nestas informações) a confiabilidade é bastante grande.

O consumidor deveria estar bastante atento a esta informação ao adquirir um veículo, geladeira, TV, etc. No mínimo há dois bons motivos para isso. Vivemos em um mundo onde os recursos naturais são finitos, alguns renováveis, mas essencialmente compartilhados por todos. A consciência ecológica e de sustentabilidade deve estar sempre presente. O segundo fator é financeiro. Se posso usar um equipamento, TV ou automóvel cujo rendimento é melhor, isso se refletirá em economia real de dinheiro no final de cada mês, seja na conta de eletricidade ou no valor dispendido no posto de gasolina. E as diferenças podem ser sensíveis.

No meu particular modo de pensar me incomodaria saber que estaria usando e andando em um automóvel tecnologicamente não evoluído e por isso mesmo consumindo mais recursos. Como não ando mais que 900 Km por mês a economia mensal pode não ser maior do que R$ 50 ou R$ 60 por mês se considerar escolher um veículo mais eficiente ou menos eficiente. A despeito do valor (que já justifica) a sensação de estar usando um carro defasado e gastador me incomoda!!

Um exemplo real – novo Ford KA

Todas estas informações foram absorvidas em um seminário sobre eficiência energética apresentado pela FORD Brasil em junho de 2014. Afinal este fabricante estava exultante com a divulgação dos dados de consumo de combustível de seu mais novo lançamento, o novo KA (que deverá chegar às ruas possivelmente no mês de agosto próximo).

A satisfação da Ford foi confirmar que seu novo carro, classificado como compacto atingiu o nível A nos testes realizados e quando comparado com os veículos de menor categoria (subcompactos – mais leves  e menores) ficou apenas atrás do Renault CLIO. Porém a versão do Clio presente na relação do INMETRO e PBEV é um modelo sem direção assistida e sem ar condicionado. Na prática vale dizer que feita esta equalização o novo KA caminha para ser um dos veículos mais econômicos do Brasil a despeito de sua categoria (já é o mais eficiente de sua categoria de veículos compactos).

Mas o que faz um veículo evoluir a ponto de conquistar esta façanha tecnológica? São muitos pontos. A começar por um motor muito moderno (1.0 de 3 cilindros) e concebido para ser econômico e potente. Eu já falei um pouco desta inovação no texto “Nova fábrica controlada por WiFi produz motor inédito no Brasil”. Há especificações importantes, mas um pouco herméticas ao consumidor comum como: 12 válvulas (4 por cilindro), correia banhada em óleo (menor atrito), duplo comando de válvulas variável, sistema de arrefecimento em dois estágios, alta taxa de compressão (12:1), cabeçote de alumínio, baixo peso (só 85 Kg), etc.

 
figura 03 - novo motor eficiente de 1.0 litro e 3 cilindros

Mas a Ford mostrou que não só de um motor de concepção moderna se faz um carro campeão de economia. São muitos detalhes que ajudam a chegar neste bom resultado:
Por conta do bom torque as marchas têm relação mais ampla, roda em menor rotação
Pneus projetados para menor atrito e consumo (reduz consumo cerca de 3%)
Direção com assistência elétrica e não hidráulica (reduz consumo cerca de 3%)
Compressor de ar condicionado otimizado
Alternador que necessita menos torque para gerar eletricidade
Atributos aerodinâmicos – defletores que direcionam o ar minimizando resistência
Limpador de para-brisas embutido (menor resistência)

A soma disso tudo com o novo motor, a agregação de tecnologias de forma coesa fez o novo KA chegar aos seguintes resultados:

Selo categoria A (máximo)
Selo CONPET máxima eficiência energética na sua categoria
Etanol : 8.9 Km/l na cidade e 10,4 Km/l na estrada
Gasolina (com 25% de etanol) :13 Km/l na cidade e 15,1 Km/l na estrada
Potência de 80 CV com gasolina e 85 CV com etanol
Torque de 100 Nm com gasolina e 105 Nm com etanol
Supera em potência, torque e economia VW UP, HB20 e concorrentes diretos.

 
figura 04 - novo KA an versão hatch

Existe outro fator de destaque para estes resultados. O motor no novo KA já está de acordo com as exigências de emissão de gases (PROCONVE 6), adiantando-se em relação a exigência legal (prazo) enquanto alguns veículos ainda terão que se readequar e isso os obrigará a realizar novos testes de emissão e eficiência energética.

Conclusão

O resultado de minha participação neste breve seminário de eficiência tecnológica foi bastante positivo e até surpreendente em vários aspectos. Conhecer de forma mais profunda a metodologia, saber como são feitos os testes, o rigor técnico e de auditoria me fizeram confiar bastante nestas informações que outrora me despertavam certa desconfiança. A Ford é um bom exemplo de iniciativa em orquestrar uma série de tecnologias a favor da redução do consumo e melhorando a eficiência energética. Outras competentes fábricas de automóveis também trilham este caminho que será bom para todos. Para os consumidores, para o planeta e para a gratificante sensação de estar conduzindo um veículo avançado e sofisticado no trato da energia.

Ainda há um desafiador caminho a ser trilhado. Da energia oriunda da explosão em uma câmara de combustão cerca de 30% apenas se convertem em energia mecânica que de fato movem o veículo. Há limitações técnicas e de engenharia que limitam a evolução deste grau de aproveitamento. Mas ao olhar diversos outros aspectos do carro, procurando obter ganhos de eficiência é um bom começo. Particularmente eu adoro a tecnologia de carros híbridos, que reaproveitam parte da energia que antes era desperdiçada (seja do calor emitido ou do movimento e frenagens). Eu ficaria muito satisfeito se em 5 ou 10 anos os processos de reaproveitamento de energia e a busca pela máxima eficiência estivessem presentes no mais alto grau. A Ford, pelo que vi, está fazendo a sua parte!!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Ampliando horizonte com um monitor auxiliar USB

Quem já teve a experiência de usar um computador com dois monitores logo percebe o grande ganho de produtividade que isso traz para o usuário. Habitualmente isso é feito com computadores de mesa. As tarefas podem ser divididas em monitores separados, ao gosto do usuário como, por exemplo, e-mail em uma tela e navegação Internet na outra ou um software de uso diário, produção de texto, um ERP... São infinitas possibilidades.

A AOC, tradicional fabricante de monitores e TVs (com sua marca própria e fabricante para várias outras marcas renomadas) trouxe para o Brasil uma versão portátil de monitor que usa apenas e tão somente USB para conectá-lo ao computador ou notebook. O conceito deste produto é fantástico pois traz para a grande maioria das pessoas um recurso de certa forma ainda pouco explorado permitindo o aumento da área útil de trabalho. O monitor tem tela de 15.6 polegadas, é bastante leve (pouco mais de um quilo) e se conecta ao computador apenas por um único cabo USB (dados e energia).



Figura 01 – Monitor AOC USB 15.6”


Facilidade de instalação é um fator de destaque. Em um dos PCs testados instalei o CD e ao plugar o cabo USB, o produto funcionou de forma imediata. Em outro PC testado eu me esqueci de instalar o software, mas mesmo assim, para minha surpresa o Windows 7 consegui achar na Internet (Windows Update) e instalar o suporte ao produto.


Figura 02 – Windows detecta e instala sozinho o driver



Versatilidade

A possibilidade de pivotar o monitor, ou seja, colocá-lo na vertical ou na horizontal é fator de grande destaque. Não apenas pelo reconhecimento por parte do Windows (vide tela abaixo), mas também pela forma “automática” de reconhecimento. Ao ser reposicionado o Windows percebe a mudança e transforma o monitor de 1366x768 em um monitor de 768x1366 e ajusta a exibição de acordo.


 
Figura 03 – configuração da segunda tela, modo normal ou vertical


Figura 04 – monitor posicionado na vertical – ótimo para textos

Tamanho e peso

As dimensões da tela estão bastante equilibradas.  Por causa de seu tamanho o monitor é suficientemente pequeno para ser transportado em uma sacola ou mochila, junto com um notebook. Eu fiz isso inúmeros dias, usando o produto em outros locais, também para ver o grau de curiosidade das pessoas em relação ao produto. Assim o aspecto portabilidade está muito bem resolvido. O peso do produto não chama a atenção nem incomoda. O fato de não precisar de uma fonte de alimentação externa, usar a força do próprio cabo USB é fator bastante positivo.

Por outro lado a dimensão da tela se revelou ótima para uso com Outlook. Assim o usuário consegue trabalhar em uma tela e monitorar e-mails que chegam na tela (AOC) ao lado. Já o uso com WORD/textos requer uma observação. Usado na horizontal a tela tem dimensões perfeitas para a função. Usado na vertical, exibindo a página inteira de uma só vez, pelas dimensões da tela as letras ficaram para mim um pouco pequenas e o conforto visual ao se trabalhar desta forma não é pleno. Mas o ajuste de zoom do próprio Word pode ser usado para ampliar a área visualizada.

A despeito desta observação, percebi que a AOC encontrou um compromisso Usabilidade x Peso x Tamanho bastante apropriado. Pode ser que no futuro, com o amadurecimento deste mercado possa surgir espaço para um produto semelhante com tamanho de tela maior. Mas para este momento o produto tem peso e tamanho adequados.

Observações

Gostei muito da solução, mas visando tornar ainda melhor o produto eu tenha algumas sugestões. O encaixe do cabo USB (onde ele fica embutido) poderia ter um acesso um pouco mais fácil, por exemplo, na lateral e não na base do monitor. Quando a haste de suporte do monitor está na posição que o deixa de pé, o encaixe é mais simples.

Seria bem-vindo ajuste de luminosidade, seja automático (em função do ambiente) ou mesmo manual. O brilho do monitor é bom para todos os tipos de uso, mas algumas pessoas podem preferir mais forte ou mais fraco.

Penso que a possibilidade de usar uma base para aumentar a altura do monitor seria desejável para alguns tipos de uso do produto. Mesmo que esta base fosse um acessório, cobrado à parte.


O “teste de campo”

Durante o processo de testes eu transportei o monitor USB e o utilizei em conjunto com meu notebook ao longo de algumas semanas. Minha intenção era descobrir o quanto as pessoas iriam perceber aquele segundo monitor. Alguns me perguntaram se era um “porta retratos digital” de tamanho grande. Outras pessoas perceberam se tratar de um segundo monitor, mas não sabiam onde ele estava conectado. Isso é fato, ainda há muitas pessoas que não conhecem o recurso do segundo monitor. Ao saberem que estava ligado ao meu notebook ficavam muito interessadas e já começavam a especular como utilizariam, quais programas iriam para a segunda tela, etc.

Algumas pessoas manipularam o produto e estas se surpreenderam com sua leveza. Os valores percebidos pelos usuários são essencialmente dois, a funcionalidade de segunda tela (aumento de produtividade associado é um valor intrínseco) e a característica da portabilidade pelo peso e tamanho.

O recurso de “auto-pivot”, ou seja, mudar a orientação do monitor e o sistema operacional (no caso Windows 7) detectar automaticamente e ajustar a exibição causou surpresa e satisfação perante os usuários. É um ponto forte a ser destacado.

Usuários de notebook já têm saída para uma segunda tela (segundo conector VGA), assim quem precisar mesmo de muito espaço pode ter em sua mesa de trabalho seu monitor extra que se soma à tela do computador. Alguns podem fazer uso do AOC USB como uma terceira tela!!! E na hora de sair notebook e monitor USB cabem facilmente na mochila para levar a área de trabalho estendida para onde quer que se deseje!

Mais informações podem ser obtidas na página deste monitor no site da AOC.


A fabricação deste monitor

A AOC produz esta versão USB de monitor na sua fábrica na cidade de Jundiaí, perto de São Paulo. Tive a oportunidade de visitar a fábrica durante a produção deste modelo. Vários pontos chamaram minha atenção. Poucos anos atrás eu visitei as instalações da empresa Gigabyte (conhecida no Brasil pelas suas placas mãe) em Taiwan. Percebi muitas semelhanças entre as instalações de Jundiaí e as de Taiwan, seja pela organização, limpeza, processos seriados, painéis informativos... Interessante.

Esta fábrica tem linhas modulares, ou seja, permite que vários produtos sejam produzidos após algum tempo de preparação. Isso confere flexibilidade ao processo e produção daqueles itens que têm maior demanda ao longo do tempo, bem como produtos que ainda nem foram criados podem ser fabricados no futuro!

Nesta visita pudemos conhecer mais da TPV e da AOC. Para quem não sabe a TPV, detentora da marca AOC é a maior fabricante de painéis, telas de TV e monitores do mundo. No Brasil a produção de tablets e monitores (domésticos e profissionais) é feita na fábrica de Jundiaí enquanto as TVs (de marca AOC e para terceiros) é feita na instalação de Manaus.

Durante a visita eu capturei alguns momentos na linha de produção em um vídeo informal que pode ser visto por meio deste link.  Em seguida mostro algumas das muitas fotos que tirei na fábrica para ilustrar esta visita.



 
Figura 05 – visão da fábrica – bancada de montagem de placas


 
Figura 06 – visão da linha de produção


 
Figura 07 – bancada de testes


 
Figura 08 – monitor USB sendo montado