segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Notebook fervendo!! Solução simples!! O poder da colaboração na Internet

Meses atrás eu contei a história de um de meus antigos notebooks que apresentou um bizarro problema no teclado – O tecladobomba relógio do notebook. Entre os comentários feitos várias pessoas manifestaram apreço por esta forma interativa e colaborativa que a Internet proporciona, ajudando as pessoas. De fato se algo parecido acontecesse anos atrás não sobrariam alternativas para as pessoas a não ser se submeter aos “doutores” do assunto, das assistências técnicas da vida.

Resolvi contar de novo a história porque notebook parado por qualquer defeito é grave! Bem grave, pois trata-se da ferramenta diária de trabalho de muitos de nós!! E como é legal conseguir resolver uma situação complicada, de forma simples com a ajuda das pessoas!! 

Voltando à história, fiquei surpresa ao perceber que entre os comentários do texto anterior, “sem querer” um atencioso leitor (Helder_JB) resolveu para mim outro problema que me afligia há algum tempo! Vou explicar melhor. Na ocasião meu notebook era um Toshiba A45 s2502. Ele teve seus dias de glória, pois foi o primeiro notebook com processador Pentium 4 a ser lançado com o recurso HT (Hyper Threading). Este foi o meu motivador para comprá-lo, como sucessor do notebook com Pentium III que tinha antes.

O problema que vinha experimentando era de superaquecimento. Cheguei a obter uma meia dúzia de vezes uma mensagem de erro indicando “cooling system error” pedindo para que o equipamento fosse enviado à assistência técnica com urgência. Pelos mesmos óbvios motivos citados no artigo anterior, não poderia ficar vários dias sem utilizá-lo. Mas o problema atingiu um ponto crucial quando submetia meu Toshiba a um estresse de processamento. Estou participando de um projeto de sistema que contém cálculos financeiros de rentabilidades de investimento muito complexos e extensos. Nestas situações, ao submeter um recálculo da base de dados após dez a quinze minutos o computador simplesmente desligava sozinho.

Provavelmente isso é uma medida de proteção incluída no software básico do equipamento (BIOS) para que em casos de aquecimento demasiado o mesmo não seja definitivamente avariado. De fato, o conector de vídeo externo da máquina, que fica no lado esquerdo do mesmo, ficava tão quente que não era possível encostar o dedo por mais de um ou dois segundos!

Eu comecei a administrar o problema de uma forma terrível. Mudava o modo de uso energia do notebook para que ele se comportasse como se estivesse trabalhando sob bateria. Assim o clock do processador ficava bem mais baixo e este esquentando menos não experimentava o desligamento compulsório. Soluçãozinha “porca” essa, pois o referido cálculo demorava cerca de a 4 a 5 vezes mais para ser executada. Mas fora estes tipos de cálculo (que são muito intensos) eu conseguia usar a máquina a plena carga.

Ao ler os comentários sobre a coluna passada, o Helder citou o link “Desmonte,conserte, e atualize notebooks Toshiba – IRISVISTA.COM”. Qual não foi o meu espanto ao achar equipamento igual ao meu desmontado. Ao ver as fotos do roteiro eu percebi imediatamente o problema de meu notebook. O sistema de refrigeração da CPU no A45 é um “troço” grande e desajeitado, composto por um conjunto de aletas que são “sopradas” por um pequeno ventilador e um sistema de cobre que liga este à CPU. Vide a foto abaixo.

Sistema de refrigeração do Toshiba A45 – IRISVISTA.COM


Mas quem consultar a referida página do site IRISVISTA, a sessãoespecífica do A45 ficará como eu estarrecido com a seqüência das fotos. Veja especialmente o passo 5. Mostra o sistema de refrigeração já desmontado e na mão de uma pessoa (foto reproduzida abaixo). Reparem a imensa quantidade de poeira que se acumulou sobre as aletas de dissipação!!! Impressionante! Com toda esta obstrução não há fluxo de ar de dentro para fora e, por conseguinte jamais o notebook iria operar na temperatura correta, ainda mais sob estresse de processamento!!! Não tive dúvidas. Imediatamente peguei minha chave de fenda de plantão (uma pequena multi pontas que sempre fica na minha mochila), pedi licença ao cliente (estava fora do escritório) e realizei a pequena cirurgia. Limpei completamente toda aquela sujeira. A foto abaixo, extraída do referido site mostra o estado lastimável de sujeira que encontrei. Acreditem, no meu caso estava ainda PIOR, por incrível que pareça!


Claro que o notebook iria esquentar com essa sujeira na ventilação!


Solução simples, fácil e magistral. Jamais teria feito isso sem este “toque”. O problema foi absolutamente resolvido. É sensível a diferença, o tal conector do vídeo agora fica sempre frio. Mais uma vez dou total razão às pessoas que enalteceram o poder da informação e do compartilhamento de experiências.

Quem tiver curiosidade veja o tal roteiro até o final. Lá pelo passo 33 o notebook está completamente desmontado! Não, não fui tão longe assim. Para mim o passo 5 foi o ponto salvador! Repito aqui a mesma pergunta do texto anterior. O que teriam me falado os digníssimos atendentes da assistência técnica se tivesse encaminhado o notebook aos seus cuidados? Agradeço a todos que participam destas construtivas discussões!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

GEMALTO – um passo largo para o e-Mundo conectado

O mundo digital apresenta desafios consideráveis na medida em que existe a oportunidade de substituir um vasto conjunto de operações morosas e burocráticas por meios mais inteligentes. Seja na área de pagamento eletrônico, relacionamento com governo, documentos eletrônicos, etc.

A tecnologia para agilizar os processos usando meios eletrônicos já existe há algum tempo, mas o desafio é prover uma plataforma consistente, de uso simples, integrada e sem falhas. Tive contato com a empresa Gemalto, até então desconhecida para mim, a qual está inserida neste contexto. A  Gemalto é uma empresa europeia, cujo faturamento é de 1.9 Bilhões de  Euros por ano e presente em 145 países. Preocupada com inovação, sua área de pesquisa e desenvolvimento registrou 4200 novas patentes e 100 invenções apenas em 2010. Conta também com duas fábricas no Brasil (São Paulo) e terá em futuro próximo mais uma unidade no Paraná.

Mas como isso tudo se traduz em soluções práticas para o nosso dia a dia? Uma das muitas tecnologias transformadas em produto pela Gemalto é o sistema de “proximidade”.  Sejam cartões com chips ou soluções embutidas em telefones celulares. Este tipo de operação consiste em usar cartões e celulares com esta capacidade para realizar, por exemplo, pagamentos (mas não apenas isto), unicamente aproximando o cartão ou celular, sem contato, e a transação é imediatamente realizada.

   
    Leitora do cartão para pagamento por aproximação - tecnologia Gemalto 

Questionei a empresa sobre o aspecto segurança ao realizar este tipo de transação. Afinal se um dispositivo é perdido alguém pode usá-lo indiscriminadamente. Pude entender que o cerne desta resposta passa pelo modelo de uso e modelo de negócio proposto. O procedimento “tap-and-go”, ou seja, aproximar, pagar e pronto, é direcionada para pequenas transações, baixos valores. Pagamento de farmácia, passagem de ônibus, cinema, sanduiche na lanchonete, etc. Locais onde a agilidade do pagamento é desejável e requerida. Transações que envolvam valores mais expressivos podem ser feitas da mesma forma, mas como é hoje para os meios de pagamento com chip, será solicitado inserir o cartão na leitora e a digitação de uma senha, “PIN” ou algo do gênero para confirmação da operação. Dessa forma não há prejuízo na segurança da transação. E a breve e diminuta comunicação via rádio entre o cartão e o leitor é profundamente codificada e encriptada para que seja nula a possibilidade de interceptação e roubo destas informações.

Também questionei sobre a imensa base instalada no varejo de leitores de cartões de chip, citando que a substituição dessa base instalada seria um obstáculo à adoção rápida desta nova tecnologia. Porém a Gemalto explicou que o tipo de equipamento usado no mercado hoje em dia pode ser “ampliado” pela agregação de leitores de proximidade. Assim a adoção desta tecnologia embora exigindo ajustes no software e ampliações no hardware (sem obrigatoriamente a troca dos leitores), não terá tantos obstáculos assim. E esta é a missão da empresa, viabilizar a adoção desta tecnologia no Brasil assim como ela já faz no mercado europeu.


Exemplos de modelo de uso da tecnologia Gemalto

Comentei sobre a aplicação de pagamento por proximidade, mas a tecnologia pode ser usada em diversas outras aplicações, já suportadas pela Gemalto. Algumas destas são passaporte eletrônico (ePassport), cartões para operadora de saúde e convênios (eHealth), só para citar algumas.

Um movimento já existente entre operadoras de cartão de crédito e bancos, com a consolidação das leitoras dos cartões por virá a facilitar esta inovação. Mas depende desta ação, unificação das leitoras. Segundo a Gemalto esta migração para sistema “sem contato” será menos traumática ou onerosa do que a mudança ocorrida em meados dos anos 2000, quando o Brasil começou a trocar cartão magnético por cartão com chips.

Participei no final da apresentação de uma interessante sessão de simulação do uso do cartão. Fiz a emissão de dois cartões em meu nome, que poderiam ser na prática cartões de uma bandeira de cartão de crédito ou do meu banco. Um deles personalizado, com uma foto de fundo. Em seguida usei o cartão para pagar uma despesa de 5 Euros apenas aproximando o cartão. Em seguida tentei fazer uma operação no valor de 50 Euros, que não foi aprovada. Tive que inserir o cartão na máquina, como os cartões atuais e digitar o meu “PIN” (senha). Dessa forma consegui aprovar a transação no valor maior. A foto abaixo ilustra estas operações descritas.


            Exemplo de uso - cartões emitidos em meu nome e usados para transações

Para concluir não posso deixar de citar o ótimo texto feita por minha admirada amiga e também como eu, colunista do ForumPC, a Elis Monteiro. Ela escreveu sobre o assunto para um dos sites da Gemalto. Trata-se de um rico panorama tecnológico que inclui todo este cenário – “Mobilidade Pura e Simples”. E para mais informações também sugiro visita ao site da Gemauto.

ATENÇÃO : Dicas de segurança para empresas no uso de redes sociais

Wagner Tadeu, Vice Presidente para a América Latina da Symantec compartilhou com a comunidade uma rica relação de dicas relativas ao uso de mídias sociais. Ao correr os olhos e depois de ler com atenção vi grande valor nestas dicas que compartilho também com minha base de leitores (FX).

O uso e a popularidade das redes sociais crescem diariamente. Muitas empresas utilizam estes sites para promover produtos, soluções e estreitar relacionamentos. Mas será que estas organizações sabem realmente como fazer o uso correto desses sites? E, principalmente, conseguem definir o que pode ou não ser publicado?

De acordo com o mais recente Relatório de Ameaças à Segurança na Internet da Symantec (o ISTR - versão XVI), cibercriminosos utilizaram as ferramentas de atualização de notícias, chamadas ‘feed’ e fornecidas por sites de redes sociais populares, para disparar ataques em massa. O estudo identificou ainda que em 2010, 65% dos links maliciosos em feeds de notícias observados pela Symantec usaram URLs encurtados. Destes, 73% foram clicados 11 vezes ou mais.

Neste cenário, a Symantec apresenta algumas dicas que podem proteger as valiosas informações de negócios das empresas:

  • Verifique o endereço do site de relacionamento e confira se o certificado de segurança não é suspeito, certificando-se de que você faz o login em serviços legítimos. Procure por "https" na barra de endereços do navegador.

  • Pense duas vezes antes de fornecer sua data de nascimento real ou outras informações confidenciais às redes sociais. Mesmo algumas informações que possam parecer inocentes, como nomes dos animais de estimação ou a rua em que você cresceu, podem ser usadas por criminosos inteligentes em ataques mais convincentes.

  • Verifique regularmente as configurações de privacidade para ter certeza de que sua conta e informações estão seguras  com as regras originalmente selecionadas por você.

  • Não responda “SIM” quando for solicitado a gravar sua senha no computador. Em vez disso, use uma senha forte gravada na memória ou armazenada em um programa de gerenciamento de senhas seguras.

  • Não aceite solicitações para ser "amigo" ou "seguidor" de indivíduos que não conheça.

  • Não clique em links presentes em mensagens; mesmo que de um "amigo" conhecido. É um método comum utilizado por invasores. Eles se passam por amigos e enviam mensagens perguntando algo como: "É você neste vídeo engraçado?"; quando na verdade não há vídeo algum. O  usuário que tenta abrir o arquivo do "vídeo" é infectado por um malware.

  • Nunca divulgue nas redes sociais mensagens que indiquem sua localização, especialmente se você estiver longe de casa. Também é desaconselhável publicar mensagens indicando que você estará longe de casa em uma data ou período específico, por exemplo, quando estiver de férias.

  • Relate qualquer atividade suspeita ou potencialmente maliciosa aos administradores do site de relacionamento.

Sendo assim, antes de criar páginas nos sites de relacionamento, as empresas precisam pensar e estar atentas ao mercado, de forma a saber como agir na rede. Apesar de todos os benefícios, quando não utilizadas com cautela as redes sociais podem trazer preocupações para as organizações. As companhias precisam considerar o que pode ser divulgado, estabelecer políticas, ter ferramentas de controle para captação dos dados veiculados e educar os funcionários sobre a postura nas mídias sociais. Assim, podem compartilhar com clientes e outros públicos suas novidades com mais interatividade e dinamismo.


Wagner Tadeu
Vice-presidente Symantec para América Latina 

SANDISK investe no mercado brasileiro e anuncia produção de drive USB local

SANDISK MANTÉM O FOCO NO CRESCENTE MERCADO BRASILEIRO E ANUNCIA PRODUÇÃO LOCAL COM UM NOVO MODELO DRIVE USB

  • Operação da Sandisk em Londrina, no Paraná, concretiza a primeira unidade de montagem dos produtos da empresa na América Latina.
  • O drive USB Cruzer® Connect será o primeiro modelo produzido no país.

São Paulo, 26 de outubro de 2011 - A SanDisk Corporation (NASDAQ: SNDK), líder global em soluções de armazenamento de dados em memória flash, anuncia que está trabalhando em parceria com um fabricante de Londrina para realizar localmente a montagem e embalagem final dos seus produtos USB flash drive. A SanDisk trabalhará com o TMT Memory Group, uma empresa do segmento de memória flash e DRAM com mais de 20 anos de experiência na indústria.

A operação da SanDisk em Londrina vai conferir à empresa mais flexibilidade para adaptar seus produtos às demandas locais de consumo. O primeiro produto a ser lançado pela nova operação da SanDisk, o USB flash drive Cruzer® Connect™ de quatro gigabytes (GB) 1, oferece aos consumidores uma maneira fácil e conveniente de armazenar documentos, mídia e outros arquivos. No futuro, a SanDisk pretende oferecer outros modelos do drive, também produzidos no Brasil.
                                                                                                         
"A SanDisk continua expandindo no mercado brasileiro, que vive um momento de alto crescimento", disse Beto Santos, diretor da SanDisk no Brasil. "Através da unidade de Londrina, poderemos oferecer produtos fabricados localmente e de alta qualidade aos nossos clientes, ajudando-os a melhor gerir o seu conteúdo digital”.

Embora tenha como foco primário atender o Brasil, a operação poderá também fornecer USBs para outros mercados latino-americanos no futuro. É esperado que a operação gere mais de 50 empregos diretos e indiretos já no início da produção.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Acesso às redes sociais no trabalho tem crescimento expressivo no Brasil, aponta estudo da Unisys

Recebi esta nota da assessoria de imprensa da Unisys sobre o tema e achei muito interessante e quis compartilhar com os leitores. É um assunto muito pertinente pois o tema consumerização (uso dos dispositivos pessoais no ambiente empresarial) tem sido muito discutidos nos últimos tempos pelo aspecto da segurança. O que este texto acrescenta é a miscigenação dos lados pessoal e corporativo do uso das redes sociais . Segue o texto e resultado da pesquisa feita pela Unisys. FX.

Uma pesquisa encomendada pela Unisys à IDC sobre o fenômeno da “Consumerização de TI” no Brasil - uso de dispositivos móveis pessoais no ambiente corporativo – aponta um aumento nos acessos às redes sociais para fins comerciais no País, se comparados os dados da mesma pesquisa feita em 2010. O estudo ouviu 306 iWorkers (funcionários que utilizam as tecnologias da informação como parte de seu dia a dia)  no País, todos eles residentes nas principais cidades do Brasil.

Na edição deste ano, os resultados indicam que 34% dos brasileiros entrevistados afirmam utilizar o Facebook para trabalho, ante 16% dos consultados no ano passado. Ainda sobre a rede criada por Mark Zuckerberg, o Brasil lidera a lista dos países em que os funcionários acessam o site pelo menos uma vez por dia para fins corporativos e pessoais: 58,8% dos brasileiros entrevistados disseram navegar no Facebook com essa frequência. Para efeito de comparação, na Inglaterra, 44,3% dos entrevistados informaram acessar o site ao menos uma vez por dia, enquanto na França 35,9% costumam fazer o mesmo.

O Brasil também é o país que figura na pesquisa com mais entrevistados que possuem um perfil no Facebook ou no MySpace para uso profissional. Na amostra, 19,7% dos brasileiros consultados afirmaram ter uma página em ou outro serviço. Nos EUA, apenas 7,2% dos entrevistados afirmaram possuir uma página utilizada para fins corporativos no Facebook ou no MySpace.

O Linkedin também apresentou aumento nos acessos no Brasil. Em 2010, 28% dos brasileiros consultados disseram utilizar o site, enquanto neste ano esse número subiu para 35%.

Apesar de não ter tido um crescimento tão expressivo no País, o Twitter – que em 2010 era acessado, para uso pessoal e profissional, por 23% dos brasileiros entrevistados e em 2011 é utilizado por 25% dos consultados – é mais usado no Brasil do que nos outros oito países onde a pesquisa foi realizada. Na edição de 2011, 37% dos brasileiros consultados disseram navegar no microblog pelo menos uma vez por dia. O segundo país do ranking que aponta essa prática é a Austrália, onde 13,3% dos entrevistados afirmaram acessar o Twitter pelo menos um uma vez ao dia.

Gráfico indica redes sociais utilizadas pelos iWorkers, segundo resultados da pesquisa em 2010 e 2011

A pesquisa também ouviu a opinião de 101 executivos de diversas organizações localizadas no Brasil. Eles acreditam que haverá um ligeiro aumento no uso de mídias sociais no País no próximo ano. Para eles, o Facebook crescerá cerca de 36% em 2012 e o Linkedin será 33% mais utilizado nos próximos 12 meses.

Globalmente, foram consultados aproximadamente 2660 iWorkers e cerca de 560 líderes de áreas de TI de nove países.


Fica para mim clara a tendência de aumento do uso dos recursos . Vejo também (minha pessoal interpretação) um uso mais "maduro" das redes sociais. Graças a Deus de forma geral passou aquela fase de ficar contando no Twitter que "o almoço estava ótimo" ou "vou tomar banho agora"... Para mim uso como meio de divulgação de meus trabalhos e principalmente como meio de sorver informações que não teria tempo de procurar por mim mesmo. (FX).

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Conexão TI Podcast - Grid Computing: o que é e para o que serve

Para que serve este conceito de TI? Tem gente realizando pesquisas por meio de computadores espalhados pela rede da internet. De estudos sobre o câncer a pesquisas sobre a existência de vida extraterrestre, de tudo um pouco tem utilizado grid computing.
O assunto está na pauta do Conexão TI para Negócios desta semana. Clique e saiba mais!
Xandó, Renato e Perin, da esq. para dir.

domingo, 23 de outubro de 2011

C3 Tech UC-8000 – energia portátil abundante para seus dispositivos

Cada dia mais dependemos de produtos de mobilidade. E energia neste caso é tudo! A C3 Tech apresentou o Charger Pro UC-8000, uma solução muito interessante, a qual eu pude testar para contar para os leitores. Trata-se de uma solução inteligente, mas não exatamente inovadora. Eu explico. Há pouco mais de dois anos eu testei duas soluções do fabricante APC e contei sobre ambas nos textos “Uma boa dose de energia extra, muito bem vinda” e “Energia extra na hora certa“. Após este tempo e ao testar o UC-8000 posso dizerque este é a solução mais interessante entre todas que testei.  

O UC-8000 tem a ambição de ser o melhor de sua categoria. É um que  carregador conta com alta potência na alimentação, possui capacidade de 8.000mAh podendo fornecer de 2 a 3 horas a mais de autonomia para notebooks, e aproximadamente 5 a 7 horas para o iPad.


UC-8000 com todos seus apetrechos e conectores


Explicarei de outra forma. Enquanto o prático e diminuto APC Mobile Power Pack UPB10 citado em um dos textos que escrevi tem capacidade de carga de 800 mAh, o UPB70 (uma “base” energizada para notebooks)  4700 mAh, o UC-8000 dispõe de 8000 mAh de energia. E nem por isso ele é grande. É um pouco maior que um maço de cigarros (embora menos grosso). Também pode-se se dizer que ele nem é tão pesado. Mas principalmente o UPB10 da APC apenas tem capacidade para realizar carga de telefones celulares, reprodutores de MP3 e só. O UC-8000 permite que equipamentos mais robustos possam ser energizados por ele. Netbooks, notebooks, iPad e outros Tablets são alguns exemplos.

Um dos grandes diferenciais do produto é o carregamento inteligente, não permitindo a sobrecarga do aparelho conectado a ele , usando seu adaptador ligado à tomada. Com o display LED, é possível verificar o nível da bateria, facilitando ao usuário a identificação de quando será necessário recarregá-lo novamente.  São 4 leds na cor azul, de tamanhos distintos e que informam visualmente o nível de carga do dispositivo. Também é possível a qualquer momento checar o nível de energia ainda existente no dispositivo.

Suas múltiplas saídas permitem a recarga de vários equipamentos, sendo compatível com a maioria dos dispositivos móveis do mercado, como notebooks, netbooks, iPad & iPhone, smartphones, GPS, entre outros. A foto abaixo mostra o conjunto de adaptadores existentes, compatível com diversos aparelhos. Tenho dois notebooks no escritório. Um LENOVO e um DELL. Foi simples achar o adaptador correto para cada um deles.

UC-8000 – visão detalhada dos conectores 


E as saídas estão disponíveis em diferentes voltagens, para correta adaptação ao equipamento sendo energizado. Uma saída que atende à demanda de 9 a 12 Volts, outra para 16 a 24 Volts e mais uma que serve para produtos que requerem entre 16 e 19 Volts. Além disso, a clássica e popular conexão USB, usada por um sem número de aparelhos como telefones, smartphones, iPod, etc.

UC-8000 – diagrama de conexões

A primeira foto mostrada acima contém o UC-8000 com todos seus acessórios, adaptadores, plugues, etc. Não é exatamente muito prático viajar com este conjunto todo de “plugues”. No meu caso eu apenas carreguei aquele que se adaptava ao meu notebook e usei a saída USB para os outros dispositivos.




C3 Tech UC-8000 com adaptador para notebook Lenovo

Casos reais, histórias reais – GPS, Notebook, iTouch,...

Nada melhor que uma necessidade real para colocarmos em cheque as características e virtudes do produto. E além dos testes “de laboratório” (testes funcionais) eu tive a oportunidade de usar para valer o UC-8000. O primeiro caso aconteceu em uma viagem para Nova Iorque. Tinha apenas poucas horas livres na cidade e por isso levara comigo um GPS TomTom 1430T (que será objeto de um texto a seguir). Iria usar o GPS as caminhadas pela cidade e não ligado em um automóvel. Plano perfeito, deu tudo certo. Mas após algumas horas a bateria do GPS acabou. Eu estava sem mapa. Situação complicada. Nesta hora eu me lembrei que tinha o UC-8000 na minha mochila e um cabo USB. Somei dois mais dois e... Liguei o cabo USB no GPS, a outra ponta no C3 Tech, acomodei a bateria extra na mochila e saí andando pela cidade com o fio à mostra... Ficou engraçado. Mas caminhei mais algumas horas pela cidade sem problema algum, guiado pelo GPS alimentado com esta ótima energia extra. O mais interessante é que no final do dia havia cerca de 75% de carga residual na bateria. O consumo foi pequeno.

O segundo caso tem a ver com o uso de meu notebook. Na caixa do dispositivo há um alerta dizendo que por demandar maior potência o uso com notebooks serve apenas para carga do mesmo (com o computador desligado). Isso é bom, embora penso que seria melhor poder usar o notebook ao mesmo tempo em que se carrega sua bateria com o UC-8000. Dito e feito, acabou a energia durante o voo. Pensando um pouco eu consegui “enganar“ o C3 Tech. Mudei as configurações de energia do meu Lenovo para que mesmo ligado na tomada ele ficasse no estado de máxima economia de energia. Desta forma o UC-8000 pode ser ligado na fonte de alimentação do notebook e eu pude usar computador como se estivesse na tomada. Mais lento, é verdade, mas usei por todo o resto do voo, ou seja, por mais cinco horas.


Ainda usei “na vida real” o C3 Tech UC-8000 para carregar o iTouch do meu filho e o meu MP3 player. É uma tranquilidade ter este tempo extra de energia disponível no “bolso” (na mochila).




C3 Tech UC-8000 – conectores visão detalhada



C3 Tech UC-8000 – conectores visão detalhada

Conclusão

A ideia não é nova, mas quando a execução e o projeto do produto são bem feitos faz a diferença. Minha experiência com produtos parecidos no passado foi boa, mas “incompleta”, pois ou era grande demais (APC UPB70) ou pequeno e com pouca carga (APC UPB10). Este último revelou-se frágil uma vez que o conector USB separou-se da placa interna após algumas utilizações.

O UC-8000 da C3 Tech tem tamanho “de bolso” (embora um pouco grosso para um bolso de camisa), e mesmo assim capaz de suportar até alimentação de netbooks, notebooks e tablets. Tem uma grande diversidade de plugues para adaptação aos diferentes equipamentos a serem carregados com energia. Algo que quase me esquecia de comentar, ele permite que mais de um dispositivo seja carregado ao mesmo tempo, outro diferencial. Minha experiência com o produto foi além de “testes de laboratório”, tendo sido meu companheiro de viagem em três oportunidades e em todas elas ele me salvou de alguma situação indesejada com algum tipo de dispositivo. Definitivamente seria um produto que eu compraria e recomendaria. Pesquisei no mercado e vi que seu preço de venda está entre R$ 260 e R$ 300, que me parece compatível com a capacidade e recursos intrínsecos ao produto.

Agora o grande desafio da C3 Tech é lançar no futuro uma evolução do UC-8000 tão versátil, mas um pouco mais fino para que de fato caber no bolso do usuário e mantendo a capacidade de carga atual... Claro que para isso a tecnologia de baterias vai ter que dar mais um longo passo e isso não depende desta empresa e sim de muita pesquisa e desenvolvimento nesta área. Mas eu como um “consumidor padrão” sinalizo que esta é a direção desejada e que sirva de “dica” para a C3 Tech e outros fabricantes de produtos similares.




C3 Tech UC-8000 - embalagem




segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Conexão TI - Geolocalização: celulares mostram onde você está


Os celulares estão cada vez mais poderosos e hoje já mostram pela internet onde você está. Há empresas fazendo marketing por meio dessas soluções e também protegendo equipamentos de possíveis perdas, já que podem ser localizados a qualquer momento.
O assunto está na pauta do Conexão TI para Negócios desta semana. Clique e ouça!
Xandó, Renato e Perin, da esq. para dir.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Conversando seriamente sobre redes

Atualmente é inconcebível pensar em PCs desconectados. Sobretudo no ambiente corporativo. Pude me aprofundar nas soluções atuais da HP a qual oferece uma gama de alternativas que cobrem segmentos e necessidades diversas em recente participação no evento INTEROP no começo de outubro de 2011.

Aliás, eu de repente me perguntava. Afinal como a HP está hoje em dia neste sofisticado mercado de redes? Lembrei-me de que no final de 2009 a empresa adquiriu a empresa 3COM. Esta por sua vez tinha nome, participação de mercado e grande expertise nos projetos de equipamentos de rede. Mas agora entendo que o passo da HP neste mercado era um pouco mais ousado e ambicioso. Atualmente o portfólio da HP é amplo: servidores, armazenamento (storages), rede, tudo isso agregado a uma “camada” de projetos e serviços. O “negócio” rede é uma engrenagem a mais em um contexto mais amplo e ambicioso do qual o novo mundo “cloud” está mais do que presente.

Uma empresa pode resolver uma imensa parte de suas necessidades de infraestrutura, dos equipamentos ao projeto e implementação com a HP. Ou não. A solução não é monolítica, muito pelo contrário. Equipamentos de outros fabricantes, pré-existentes ou adquiridos para compor o projeto se encaixam amigavelmente neste contexto.

HP Flex Networking

Em maio de 2011 a HP anunciou uma nova arquitetura denominada HP Flex Networking. Confesso inicialmente que ao ler e ouvir sobre o assunto eu pensei tratar-se de mais um nome elegante criado pelo competente departamento de marketing da HP para batizar apenas mais uma nova linha de produtos. Eu estava errado. É mais do que isso, bem mais, diga-se de passagem.

HP Flex Networking é uma arquitetura que propõe algumas simplificações, interoperabilidade e escalabilidade. Pensando inicialmente em grandes empresas, as necessidades são distintas no ambiente do Data Center, na distribuição do acesso por larga área e também nas filiais ou escritórios remotos. E estes distintos ambientes precisam obviamente conversar entre si e serem gerenciados intensivamente. Uma grande simplificação é a adoção de um arquitetura de 2 camada em vez de 3 camadas como nas soluções habituais.

Na nomenclatura da HP sua estratificação do mercado ou dos tipos de redes são as seguintes:

·         FlexFabric : é a rede de alta capacidade e alta velocidade usada especialmente  dentro do ambiente do Data Center. Este tipo de rede tem demanda crescente por causa da do grande uso de virtualização e também uso de “Cloud Computing”. Atualmente cerca de 20% a 40% do tráfego do Data Center é “interno”, ou seja, de um servidor para outro. A previsão é que em 2015 haja 80% de tráfego interno e cerca de 20% externo. Isso parece estranho, mas de fato quando um servidor é requisitado ele dispara um grande número de requisições internas como Web Services, acesso a banco de dados, servidor de aplicações, storages, etc. Isso tudo sem contar o crescente uso de “Vmotion” (movimentação de máquinas virtuais de um servidor para outro para balancear desempenho ou prover tolerância à falhas em caso de pane de um servidor) e aumento da abrangência de acesso pelo uso de computação em nuvem (pública ou privada).

·         FlexCampus : e a rede de grande abrangência e com necessidade de alta disponibilidade para uma localidade extensa e com grande número de usuários. O termo “campus” é muito bem aplicado como uma abstração deste tipo de necessidade, pois (pelo menos para mim) lembra um campus universitário, largo, extenso, e com uma miríade de usuários. O crescente uso de recursos de áudio e vídeo traz desafios técnicos importantes para o atendimento deste tipo de cenário. Some-se a isso o fato de que um bom número de usuários deste contingente acessará a rede de forma sem fio. Assim a infraestrutura deve ser “responsiva”, ágil, aceitar o tráfego de informações de um grande número de estações de trabalho, com e sem fio.

·         FlexBranch : é a rede de um escritório regional, uma localidade remota, uma filial. Diferencia-se da rede “Campus” pela abrangência menor e quantidade de usuários mais reduzida. Embora várias dezenas de usuários, ou perto da centena de usuários ainda fazem parte deste tipo de rede. Em termos de mercado brasileiro, à parte as grandes corporações, uma boa parte das empresas tem hoje em dia este porte em suas redes. Há a necessidade de rápidas respostas, gerenciamento e uma solução de custo benefício efetiva é o desafio.


Fica claro que cada um destes “ambientes” são distintos, mas uma mesma empresa pode ter necessidade de conectividade presentes de pelo menos dois (ou três) deles. Neste caso o gerenciamento da rede, como um todo ou de cada uma das partes é essencial. Por isso mesmo que a HP provê uma camada de gerenciamento denominada IMC – Inteligent Management Center capaz de administrar e monitorar estes tipos de rede bem como mais de 2600 tipos de dispositivos, incluindo mais de 35 fabricantes incluindo Cisco (com mais de 1000 dispositivos). Dessa forma a HP informa que o IMC é uma plataforma aberta para gerenciamento de redes com infraestruturas híbridas (não apenas HP).

O conceito “HP Flex Networking” quando foi anunciado no primeiro semestre, trouxe consigo alguns produtos novos que suportavam a nova arquitetura. Agora em outubro de 2011, a HP reforçou seu portfólio de produtos, anunciados durante o evento INTEROP (que ocorreu em Nova Iorque). Cada um deles adaptado para um tipo de rede.

HP 5900 : são dois integrantes desta série (5900AF e 5920AF), voltados para Datacenters, alta performance a alta disponibilidade. São do tipo ToR (Top-of-the-Rack), ou seja, concentradores do tráfego principal entre servidores e são ligados diretamente ao “switch core”. Sua versão mais sofisticada, a 5900AF dispõe de 48 portas 10 Gbps (que também funcionam a 1 Gbps). São os dignos representantes do conceito FlexFabrix (na arquitetura proposta pela HP).


Switch HP 5900AF

Além disso, o 5900AF tem 4 portas de 40 Gbps (GbE) que servem para interconexão destes switches. Neste cenário até 4 switches podem ser interligados e virtualizados, enxergados na rede por apenas um endereço IP, como se fosse um único dispositivo de 192 portas 10 GbE. Incrível a flexibilidade e ganho de desempenho no tráfego entre servidores.


4 switches HP 5900AF virtualizados como um só


Modelo de arquitetura de uso do switch HP 5900AF

Há diversos detalhes técnicos desta família de switches que chamam a atenção. Porém sua característica de agregação/virtualização e capacidade de gerenciar até 1.28 Tbps (!!) o tornam uma solução para controlar alta densidade de tráfego, com simplificação da estrutura e redução de custo de propriedade (TCO).

HP 12500 : disponibilidade de novos produtos para o ambiente “Fabric” (data centers) não se limita à família 5900. Há também a família HP A12500 que se caracteriza pela robustez e alta capacidade. São indicados para serem os “switches core” da organização. Há previsão para atender redes na velocidade 40/100 GbE no futuro. É um modelo tipo “rack vertical” que por adição de módulos (placas) pode ser estendido e atender entre 512 portas 10 GbE ou 864 portas 1 GbE (ou outra combinação destas). Abaixo segue como exemplo o modelo HP 12508 (256/384 portas).


HP Switch modelo A12508


Segundo executivos da HP os switches de 10 GbE acabam de se tornar predominantes no mercado americano. Comparando com o mercado brasileiro observo que o padrão 10 GbE é usado muito pouco no Brasil. Digo que redes de 1 GbE são hoje maioria, mas ainda se acham redes 10/100 Mbps. Isto mostra o grande potencial de renovação do mercado brasileiro. Claro que há ilhas de excelência técnica nos Data Centers, mas a chegada destas novas tecnologias abrem portas interessantes para ampliação e renovação com um grau de eficiência muito interessante.

HP 3800 : trata-se de uma família de  switches para o ambiente “Campus”, redes com muitos pontos e alta demanda por largura de banda (cabeada ou sem fio). Entregam portas de conexão de 10/100/1000 Mbps com 2 ou 4 portas 10 GbE para interconexão dos switches ou outros usos. Tem baixa latência (menor que 2 a 3 microssegundos), dado importante para aplicações multimídia. Outra capacidade importante dos switches 3800 é PoE, ou seja, “power over Ethernet”. Esta tecnologia é útil para fornecer energia a telefones IP, ponto de acesso de redes sem fio, câmeras de rede, switches remotos, dispositivos embarcados, bem como a outros equipamentos para os quais pode ser inconveniente, caro, ou até mesmo impraticável fornecer energia em separado.


Grupo de switches HP E3800

HP 5400z e 8200z : são duas novas famílias de switches direcionadas para o “Branch Office”, ou seja, direcionados para localidades menores, eventualmente remotas e com característica modular. O que me impressionou nestes switches são algumas características compartilhadas pelos membros mais sofisticados da HP. Os switches HP E5400z e HP E8200z também têm modularidade e flexibilidade para determinação das portas (entre 144 e 288) nas velocidades 10/100/1000 como também 10 GbE e são gerenciáveis pela ferramenta da HP.  Mas o que mais me encantou nestes switches é sua capacidade de agregar a capacidade dele se tornar um concentrador de máquinas virtuais (VMware ou Xen)! Por meio da adição de módulos especializados o switch se integra com o ambiente de virtualização e dessa forma o servidor na localidade remota e o switch são o mesmo equipamento, uma solução inteligente e conveniente.

 

Switch HP E8200z            

IMC – Inteligent Management Center: é o componente de gerenciamento de rede da HP e já se encontra na sua versão 5.1. É uma solução robusta para monitorar toda a rede, dispositivo por dispositivo, rede por rede, switch por switch, mesmo de outros fabricantes. Análogo a ferramentas de gerenciamento e monitoração de servidores dispõe, por exemplo, de limites para alertas que podem ser definidos para tráfego total de rede, tráfegos específicos, etc. Chama a atenção a capacidade de acesso a todos os níveis da rede, desde o Data Center, switch core, top-of-rack, switches “globais” (Campus) e também switches remotos. Impossível descrever em poucas palavras em toda sua amplitude, mas fácil de expressar a importância de em um rede crítica se ter o acompanhamento de “cada bit” trafegado e possibilidade de atuação ativa (antecipada) e reativa para prevenir problemas.



Exemplo das telas do HP IMC

Conclusão 


Estou convencido de que a entrada da HP no negócio de redes e conectividade foi fator importante para o mercado. Penso que a HP conseguiu criar uma sinergia de fato com algumas de suas linhas de produtos e serviços. Isso tornou o segmento de rede oferecido por ela mais agregador de valor para o mercado do que a antiga (e já muito competente) 3COM poderia oferecer.

Penso ser parte de uma estratégia maior da qual também faz parte a forte evolução e adoção do conceito de “cloud” (privada ou pública). Afinal a nuvem deve trazer consigo uma série de atributos como segurança, escalabilidade, gerenciamento da infraestrutura, entrega unificada de serviços em um ambiente muitas vezes híbrido e bastante heterogêneo. É um desafio e tanto atender todas estas demandas. A própria HP oferece diferentes níveis de implantação de “cloud” em seu portfólio de serviços.

Os produtos recém-lançados, os quais foram apenas brevemente citados neste texto, vêm para ajudar a suportar toda esta estratégia da empresa. Na verdade este mercado de rede é altamente especializado e competitivo. Há concorrentes de grosso calibre e também grande competência. Os investimentos seriam grandes demais para uma empresa trocar sua plataforma toda de um dia para o outro. Assim a interoperabilidade com equipamentos de outros fabricantes é fundamental. Não é um detalhe, é algo crítico.

Pessoalmente confesso que esta “imersão” em REDES me fez ver o quanto há por se aprender para se fazer bem feito este tipo de implantação nas empresas. Eu admito que não sabia da existência de switches com portas de interconexão de 40 Gbps, que em algum tempo serão 100 Gbps. Não sabia da importância dos equipamentos e do parceiro de infraestrutura para uma migração de rede do padrão IPv4 para o padrão IPv6 (também suportado por todos os produtos aqui citados). Com redes rápidas assim, a tradicional solução de armazenamento baseada em redes de Fiber Channel (com dispositivos HBA) pode estar com seus dias contados, pois se na própria rede Ethernet os “storages” podem ser acessados mais rapidamente e com uma rede apenas... Para que outra rede tão ou mais cara para isso? O emergente padrão FCoE (Fiber Channel over Ethernet) poderá aposentar as interfaces dos sistemas de storage como conhecemos hoje, tornando mais simples e mais rápidos também os storages.

São tantas vertentes, tantas possibilidades! Este texto “Conversado seriamente sobre redes”, embora um pouco mais extenso do que eu gostaria e inicialmente previra, é apenas o começo de uma conversa sobre um assunto para mim fascinante o qual desejo me aprofundar e trazer mais informações e novidades em futuro próximo.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A reinvenção da microinformática, legado de Steve Jobs?

O tempo passa e as coisas mudam muito rápido. Os PCs nascidos em meados dos anos 80 praticamente não têm nada a ver com os atuais. Uso o termo PC com seu significado mais puro, “computador pessoal” e não um dispositivo usando Windows. 

O próprio termo “microinformática” já não é mais usado. Já faz um bom tempo que não ouço alguém falar assim. Eu pude testemunhar, por causa de meus anos de “experiência”, o nascimento dos computadores pessoais. Época dos Sinclair, Apple II, TRS-80, CP-500 e finalmente o IBM PC. Aliás, era uma época muito diferente. Um “PC” era totalmente isolado, independente dos outros, no máximo algo era trocado via anacrônicos disquetes. Tudo era muito simples.

Abrindo um parêntese, a ideia central deste texto está em minha cabeça há muito tempo, mas a morte de Steve Jobs foi o estopim de sua concretização. Percebi que provavelmente Jobs tivera uma participação no que chamo da reinvenção da microinformática. E que fique bem claro, não sou “fan-boy” da Apple. Meu celular é um Blackberry, não tenho iPod e sim um Sansa Clip como tocador de MP3, meu PC roda Windows 7 e é montado por mim mesmo e meu notebook não é um MacBook e sim um Thinkpad. E não tenho Tablet. Por tudo isso pode parecer que sou avesso à Apple. Mas isso também não é verdade. Mesmo tendo escrito recentemente o texto “O MAC é ótimo. Nem sempre”.

Nos primórdios dos computadores pessoais eles eram realmente pessoais. Nem rede havia. Ter um destes em casa era um luxo para poucos. Ainda mais sofisticado era ter também uma impressora. Normalmente as pessoas associavam seus computadores às tarefas singulares que necessitavam. Eram máquinas para desenhar, ou escrever ou jogar ou fazer cálculos... Nesta época o termo microinformática se estabeleceu principalmente nas empresas, como o contrário de apenas “informática”, representada pelos computadores de “grande porte” ou mainframes.

O tempo passou e os computadores pessoais tornaram-se conectados. Ganharam funções e mais funções. Na minha visão, para um uso “democrático”, tornaram-se complexos. Veio o tempo das grandes redes locais, cliente-servidor, “downsizing” e muitos computadores grandes (claro que não todos) perderam seu lugar para os “micros”.

Principalmente nas empresas, o que era simples ficou complicado. Regras e mais regras, políticas de segurança, boas normas, boas práticas... Isso tudo está certo, era necessário mesmo. Mas aquele tempo do PC como uma grande e muito melhor calculadora que se podia usar para tomar decisões de forma isolada e com privacidade, se foi. Novos tempos, novas necessidades, enfim, a evolução.

Não é questão de saudosismo. Mas tudo foi ficando mais complexo. Surgiu vírus para computador. Depois programas para rastrear o disco em busca de ameaças. Mais tarde isso não era mais suficiente, tinha que ter uma ferramenta 100% do tempo buscando por programas maliciosos! Computadores que vinham de fábrica com um sem número de programas pré-instalados pelo fabricante, os quais não eram usados e enxovalhavam ainda mais o ambiente.

Até aqui Mr Jobs não foi citado, mas ele sempre foi uma voz contrária a esta direção. Seu modelo de produto era “homogêneo”, sem interoperabilidade com o mundo PC (pelo menos no começo). Criticado por fazer de seu produto um “feudo”, em uma época que “plataforma aberta” era a palavra da moda. Ia na direção contrária. Mas por outro lado tinha o controle total da qualidade de sua solução. E também conquistava o seu cliente pelo lado “charmoso” e de design arrojado de seus produtos. Assim era capaz de fazer muito dinheiro, como de fato fez ao longo dos 35 anos de existência da Apple Computers (1976-2011).

Steve Jobs e sua criação – o Mac
Assim o lado “charmoso” ou como dizem os americanos, o lado “cool” dos produtos da Apple amealharam milhões de fiéis seguidores, digo, consumidores. Mas na verdade o que as pessoas que aderiam à seita de Jobs (provocação leve) queriam era a essência da microinformática, ou seja, algo simples e fácil e com muito charme.


Steve Jobs um dos primeiros Macs

Não quero fazer a retrospectiva dos sucessos da Apple ou de Steve Jobs, mas Apple II, Lisa, Mac, Macbook, iMac, iPod, iPhone e iPad são termos que estarão marcados na história para sempre.


Steve Jobs mostrando um iPod
Porém não só o Sr. Jobs deu passos nestas direções. Quando eu vi inicialmente um Netbook, um MID, depois um Smartbook pensei que o lado simples, despojado e objetivo da microinformática estava  voltando. Quase lá! Os smartbooks não decolaram, bem como os Mobile Internet Devices (MID). Já os netbooks “bateram na trave”. Eram pequenos, simples e propositalmente despojados de maior poder de processamento, para que fossem direcionados a tarefas básicas. Mas parte do mercado entendeu tudo errado. Pessoas compraram netbook para usar como notebook e isso gerou hordas de consumidores frustrados. Alguns fabricantes “robusteceram” seus netbooks que quase ficaram iguais aos seus irmãos mais velhos, na capacidade e no preço. Assim a esperada simplicidade ainda não se concretizou.

A ideia do Tablet é antiga! Vi um pela primeira vez ainda nos anos 90, fabricado pela Compaq. A própria Microsoft criou versões “tablet” de seu Windows à ocasião. Mesmo assim não houve eco por parte do mercado. E aquele produto caiu no esquecimento. Neste ponto sou obrigado a reverenciar Steve Jobs. Anos depois, a Apple reinventa o Tablet na forma de iPad.



Steve Jobs mostrando um iPad

Mas o que é iPad?? É para mim um computador pessoal minimalista. É simples. É propositalmente limitado. Mas tem um algo mais. É conectado à Internet o que lhe permite atender às necessidades de um mundo online. Também permite que aplicativos (também minimalistas) sejam instalados ampliando (um pouco mais) sua utilidade. Mas ninguém jamais confundirá um iPad com um notebook. E eu vejo pessoas que nem notebook ou netbook tinham e hoje em dia são contumazes usuários do iPad. Claro que na esteira do sucesso da Apple muitos outros fabricantes lançaram e estão por lançar seu Tablet, que provoca uma saudável competição.


Buscando em um passado recente, vamos analisar alguns outros produtos concebidos por Steve Jobs. Exagerando um pouco nas comparações, um iPod pode ser entendido como um computador minimalista especializado em tocar músicas (e também vídeos). Um iPhone pode ser também entendido como um computador especializado em comunicação (e mais outras funções de um smartphone). E por fim os próprios computadores da Apple, também têm suas “simplificações”.  O hardware sempre é “lindo”, muito bem construído, mas nunca é o “máximo” esperado. Falta uma USB aqui, um leitor e DVD ali, quantidade de softwares que rodam no MAC muito menor que um PC com Windows... Há concorrentes que tentam competir com a Apple com miríades de recursos adicionais, pelo mesmo (ou menor) preço, e mesmo assim a Apple se destaca pois tem os recursos que as pessoas realmente gostam e querem.


Steve Jobs e um iPhone

Assim aquela minha expectativa, meu anseio pelo retorno de um tempo mais despojado, mais simples pode ter chegado pelas mãos da empresa de Jobs. E esta simplificação rende frutos, pois faz crescer o número de consumidores. Como disse penso que o mercado foi ampliado com esta abordagem. Há mais pessoas que usam um Tablet hoje em dia. Seja como seu “PC” principal (pessoas que não usavam diuturnamente um computador) ou aquelas que o adotaram como sua segunda (ou até terceira) solução. O mérito de Steve Jobs foi ter se preocupado em diferenciar seus produtos ao extremo. Mesmo assim ter sabido simplificar em alguns momentos e ainda ser mais bem sucedido. Como disse, não sou usuário de nenhum dos produtos da Apple, pelo menos até agora. Mas tenho todas as razões para reverenciar e prestar minha homenagem a este gênio contemporâneo. Que seu brilhantismo e arrojadas ideias permaneçam nos anos vindouros da empresa.