quinta-feira, 27 de outubro de 2011

GEMALTO – um passo largo para o e-Mundo conectado

O mundo digital apresenta desafios consideráveis na medida em que existe a oportunidade de substituir um vasto conjunto de operações morosas e burocráticas por meios mais inteligentes. Seja na área de pagamento eletrônico, relacionamento com governo, documentos eletrônicos, etc.

A tecnologia para agilizar os processos usando meios eletrônicos já existe há algum tempo, mas o desafio é prover uma plataforma consistente, de uso simples, integrada e sem falhas. Tive contato com a empresa Gemalto, até então desconhecida para mim, a qual está inserida neste contexto. A  Gemalto é uma empresa europeia, cujo faturamento é de 1.9 Bilhões de  Euros por ano e presente em 145 países. Preocupada com inovação, sua área de pesquisa e desenvolvimento registrou 4200 novas patentes e 100 invenções apenas em 2010. Conta também com duas fábricas no Brasil (São Paulo) e terá em futuro próximo mais uma unidade no Paraná.

Mas como isso tudo se traduz em soluções práticas para o nosso dia a dia? Uma das muitas tecnologias transformadas em produto pela Gemalto é o sistema de “proximidade”.  Sejam cartões com chips ou soluções embutidas em telefones celulares. Este tipo de operação consiste em usar cartões e celulares com esta capacidade para realizar, por exemplo, pagamentos (mas não apenas isto), unicamente aproximando o cartão ou celular, sem contato, e a transação é imediatamente realizada.

   
    Leitora do cartão para pagamento por aproximação - tecnologia Gemalto 

Questionei a empresa sobre o aspecto segurança ao realizar este tipo de transação. Afinal se um dispositivo é perdido alguém pode usá-lo indiscriminadamente. Pude entender que o cerne desta resposta passa pelo modelo de uso e modelo de negócio proposto. O procedimento “tap-and-go”, ou seja, aproximar, pagar e pronto, é direcionada para pequenas transações, baixos valores. Pagamento de farmácia, passagem de ônibus, cinema, sanduiche na lanchonete, etc. Locais onde a agilidade do pagamento é desejável e requerida. Transações que envolvam valores mais expressivos podem ser feitas da mesma forma, mas como é hoje para os meios de pagamento com chip, será solicitado inserir o cartão na leitora e a digitação de uma senha, “PIN” ou algo do gênero para confirmação da operação. Dessa forma não há prejuízo na segurança da transação. E a breve e diminuta comunicação via rádio entre o cartão e o leitor é profundamente codificada e encriptada para que seja nula a possibilidade de interceptação e roubo destas informações.

Também questionei sobre a imensa base instalada no varejo de leitores de cartões de chip, citando que a substituição dessa base instalada seria um obstáculo à adoção rápida desta nova tecnologia. Porém a Gemalto explicou que o tipo de equipamento usado no mercado hoje em dia pode ser “ampliado” pela agregação de leitores de proximidade. Assim a adoção desta tecnologia embora exigindo ajustes no software e ampliações no hardware (sem obrigatoriamente a troca dos leitores), não terá tantos obstáculos assim. E esta é a missão da empresa, viabilizar a adoção desta tecnologia no Brasil assim como ela já faz no mercado europeu.


Exemplos de modelo de uso da tecnologia Gemalto

Comentei sobre a aplicação de pagamento por proximidade, mas a tecnologia pode ser usada em diversas outras aplicações, já suportadas pela Gemalto. Algumas destas são passaporte eletrônico (ePassport), cartões para operadora de saúde e convênios (eHealth), só para citar algumas.

Um movimento já existente entre operadoras de cartão de crédito e bancos, com a consolidação das leitoras dos cartões por virá a facilitar esta inovação. Mas depende desta ação, unificação das leitoras. Segundo a Gemalto esta migração para sistema “sem contato” será menos traumática ou onerosa do que a mudança ocorrida em meados dos anos 2000, quando o Brasil começou a trocar cartão magnético por cartão com chips.

Participei no final da apresentação de uma interessante sessão de simulação do uso do cartão. Fiz a emissão de dois cartões em meu nome, que poderiam ser na prática cartões de uma bandeira de cartão de crédito ou do meu banco. Um deles personalizado, com uma foto de fundo. Em seguida usei o cartão para pagar uma despesa de 5 Euros apenas aproximando o cartão. Em seguida tentei fazer uma operação no valor de 50 Euros, que não foi aprovada. Tive que inserir o cartão na máquina, como os cartões atuais e digitar o meu “PIN” (senha). Dessa forma consegui aprovar a transação no valor maior. A foto abaixo ilustra estas operações descritas.


            Exemplo de uso - cartões emitidos em meu nome e usados para transações

Para concluir não posso deixar de citar o ótimo texto feita por minha admirada amiga e também como eu, colunista do ForumPC, a Elis Monteiro. Ela escreveu sobre o assunto para um dos sites da Gemalto. Trata-se de um rico panorama tecnológico que inclui todo este cenário – “Mobilidade Pura e Simples”. E para mais informações também sugiro visita ao site da Gemauto.

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