terça-feira, 28 de junho de 2011

AMD LLANO Tech Day – parte 3 – O desempenho da APU

No texto anterior pude finalmente descrever a CPU Llano, mostrar suas características e pontos de inovação. Mas bem na hora que ia ficando mais interessante, quando ia falar do desempenho tive que parar, pois o texto estava se tornando grande demais. Nesta continuação vou apresentar os números que traduzem a performance da APU segundo a AMD. E não são poucos números. Na parte final desta sequência acontecerá o confronto dos números divulgados pela AMD e os testes com um notebook Llano que me foi emprestado especialmente para esta ocasião.


Não é muito simples comparar uma APU com outras soluções de mercado, pois onde seria certo situá-la? Com quais produtos concorrentes compará-la? A AMD se propôs a definir as bases destas comparações e estas serão apresentadas. Você pode concordar. Você pode não concordar. Por isso que o espaço já está aberto para discussões.

Llano com Dual Graphics (desktop) : 
Comecemos por um exemplo de “dual graphics”. Uma placa mãe com APU Llano contendo uma placa de vídeo discreta Radeon 6570. Note que não faz sentido aqui uma comparação com uma solução “topo máximo”, por exemplo, uma Radeon 6970, pois neste caso o sistema onboard não teria tanto mais a acrescentar. Esta análise é válida do ponto de vista prático, mas o fato é que o processador da Intel não trabalha de forma “conjugada” à 6570 e este é o mérito da solução Llano. De toda forma, feita esta ressalva vale a pena olhar estes resultados. A comparação foi entre um sistema com Llano A8 2.1/2.4 Ghz e um Core i5 2500K 3.1 Ghz.



O que chama a atenção neste gráfico é que com o APU os resultados são entre 26% e 48% melhores dependendo do jogo utilizado como referência. Além disso, todos estes jogos podem ser executados com pelo menos 30 quadros por segundo (fps), menos o Unigine Heven (26 fps) enquanto o Aliens vs Predator é jogado a 72 fps.

Falando em desempenho é necessário conhecer os diferentes cenários de melhorias. Comecemos pela solução gráfica das APUs para notebooks. O nível de performance é no pior caso de 142 Gflops (APU A4) e no melhor caso 355 Gflops (APU A8). Isso por si só pode não dizer muito, mas nos comparativos a seguir estes números serão traduzidos em experiência obtida em diferentes aplicativos ou jogos.


A solução de vídeo tem qualidade comparável a placas discretas. Decodificação de vídeo, suporte pleno a DirectX11 (que traz consigo muitas outras melhorias visuais para aplicações e jogos) e OpenGL 4.1 (Open Graphics Library - padrão para programas gráficos, 3D ou alguns jogos), e OpenCL 1.1 (Open Compute Language - arquitetura para escrever programas que funcionam em plataformas heterogéneas, consistindo em CPUs, GPUs e outros processadores) .

Outra área na qual há forte evolução é na decodificação de vídeo e aprimoramentos de imagens . O módulo UVD (Unified Video Decoder) de 3ª geração contém os algoritmos necessários para processamento de vídeo em VC-1, H.264, MPEG-2, Blu-ray 3D, MPEG-4, Xvid e DivX. Outros elementos do hardware permitem realizar em tempo real operações sofisticadas de apoio a visualização de vídeos como:
         

  • Realce de cantos (mais nitidez)
  •  Redução de “ruído” (mais nitidez e cores mais vivas)
  • Cores vibrantes (cores mais vivas e pronunciadas)
  • Correção de tons (melhoria da precisão em tons de pele)


Mas destes recursos de apoio à reprodução de vídeos o que mais me impressionou foi o “AMD Steady Video”. Usando algoritmos complexos (e que dependem de muito processamento matemático) os usuários não precisam se preocupar com filmes tremidos. Há um caso clássico que sempre gera problemas de nitidez e forte movimentação de câmera que é quando uma cena é gravada utilizando zoom bastante intenso (10x, 20x, 50x,...). Por conta da distância o mínimo tremor da câmera leva a grandes movimentações e tremores no filme. Este recurso corrige de forma quase que “mágica” a imperfeição do vídeo!! É um belo exemplo da tecnologia APP (Accelerated Parallel Processing) na qual CPU e GPU são usadas ao mesmo tempo para realizar determinada tarefa. O recurso STEADY VIDEO está presente a partir da versão 11.6 do software/driver Catalyst da AMD e atua sobre qualquer reprodução de vídeo, mesmo do Youtube ou vídeos do próprio usuário.


Vídeos tremidos estabilizados pela APU

Importante também frisar o suporte a tecnologia 3D na APU em diversos formato como Blu-ray e jogos, seja em notebooks com tela 3D ou em monitores externos apropriados conectados via HDMI 1.4a. Já há jogos em 3D desde a época do DirectX 9 e os atuais DirectX 11 já tem permitem jogos nativos em 3D com experiência ainda melhor. Alguns produtos até fazem conversão por software de conteúdo 2D para 3D como por exemplo CYBERLINK, COREL e ARCSOFT usando os recursos da APU.



jogos em 3D

A AMD realizou diversas parcerias com empresas visando melhor aproveitamento de sua APU. Por exemplo, Internet Explorer 9, Adobe Flash Player 10.2, CyberLink Power DVD 10, Sony Movie Studio HD, Corel Video Studio Pro, ArcSoft Total Media Theatre, etc.



Um destes casos merece destaque. A empresa ArcSoft dispõe de uma linha de produtos aceleradas por GPU. Dentre eles o SHOWBIZ 5usado para codificar vídeo no padrão H.264 brilha ao usar a APU pois também usa a tecnologia OpenCL (explicado antes – padrão de desenvolvimento que permite usar CPU e GPU para tarefas altamente dependentes de cálculos). Vejam o gráfico abaixo (que pode ser ampliado se clicado). Mostra a diferença entre o processamento “comum” (apenas CPU) e o processamento combinado CPU + GPU do Llano. Dependendo da resolução há ganhos que variam de 17% até 75%. E nesta situação ocorre redução do uso de CPU entre 20% a 45% que implica em menor consumo de energia.



Voltando ao processamento gráfico em jogos, duas situações diferentes podem ser analisadas. São dois exemplos de jogos mais antigos que usam DirectX 9 como  o Left 4 Dead 2 e o novíssimo DIRT3 que usa DirectX 11. Os gráficos abaixo falam por si.





Claro que a AMD foi propositalmente “provocativa” com estas comparações com o Intel HD Graphics contido da 2ª geração dos processadores Core i. Mas comparações à parte existe algo notável nestes números. Olhando apenas o desempenho da APU Llano, obter 72 quadros por segundo em um jogo antigo (DX9 – Left for Dead 2) e 43 quadros por segundo no recém lançado  DIRT 3 (suporte a DX11) em uma solução gráfica integrada e de baixo consumo (APU) é para mim digno de destaque. É a promessa cumprida: “desempenho de GPU discreta em uma solução integrada e rodando em notebook”. Pode surgir o questionamento, “mas duas Radeon 6970 em crossfire permitem jogar o DIRT 3 a 200 fps (exemplo)”. Sim mas não há ser humano que perceba qualidade em um jogo além de 60 fps e para a imensa maioria das pessoas acima de 25 ou 30 fps é nível de absoluto fator de conforto visual e excelente jogabilidade!! O DIRT 3 foi testado na resolução 1366x768, sem AA e nível de qualidade Médio.

Ainda é questionado pela AMD o fato de DX11 não ser suportado plenamente na solução Intel HD Graphics (apenas DX 10.1). Isso foi evidenciado pelos testes feitos com os jogos DIRT 3 e F1 2010 no modo DX11 que não puderam ser executados na máquina de testes com o Core i5 2410M.

Motion DSP vReveal 3.0 é um software da empresa vReveal que aprimora e codifica vídeos. Por também usar OpenCL que habilita a CPU e GPU ao mesmo tempo para as tarefas, foi sensivelmente mais rápido na tarefa de exportar vídeo em FullHD (1080p) em notebooks.



E vejam que gráfico interessante logo abaixo. O mesmo teste foi feito com o software Motion DSP 3.0, mas com o recurso OpenCL desabilitado. O Llano A8 fica consideravelmente mais lento o que prova o valor da solução combinada CPU + GPU e ao mesmo tempo reforça que o máximo desempenho só será extraído com aplicativos preparados para este cenário de CPU + GPU. Ainda bem que está cada dia mais a aumentar a quantidade de programas “inteligentes” feitos para este cenário.



O conjunto de benchmarks 3DMARK Vantage e 3DMARK 11 também apresentaram resultados interessantes que podem der vistos no gráfico abaixo (que pode ser ampliado ao ser clicado). São 3 modelos distintos de APU : A8, A6 e A4 e todas elas superam a solução Intel Core i7 2630QM. E o teste 3DMARK 11 não roda neste no Core i7 que suporta apenas DX 10.1.



O gráfico abaixo resume outro conjunto interessante de informações. A APU Llano A8 3510MX se comparada ao Core i5 2410M supera o segundo por larga margem em 3 testes, mas em um deles não, o PC MARK VANTAGE, 29% pior.  Os céticos criticarão a validade de usar software de benchmarks sintéticos como os usados nesta contenda. Mas são padrões e referenciais de mercado. Eu interpreto a desvantagem do Llano no teste PCMARK Vantage pelo fato deste teste não tirar proveito das funcionalidades de CPU+GPU. E isso não invalida o teste, muito pelo contrário.
Evidencia que em algumas situações, por causa das características do programa sendo usado, a APU Llano não entrega todo o seu potencial. É para ficar atento a este fato!!



Comportamento similar a este acontece também nas comparação  da APU A6-3410 MX com o Core i3-2310M.

No AMD LLLANO TECH DAY foi apresentada uma grande quantidade de informações, gráficos, dados de desempenho, estatísticas, etc. Mas acho que o mais importante está em destaque aqui. Como já citei estou com um notebook com APU Llano em minha bancada de testes o qual está sendo dissecado para apresentar os resultados para os leitores na próxima e última parte desta sequência de testes. De antemão posso concluir que a APU é brilhante. Trata-se um salto significativo de qualidade tanto no desempenho como consumo de energia e resultados que podem ser obtidos. Somente fica o alerta e lembrete de que aplicativos renovados e em suas versões mais modernas, preparados para usar os recursos de CPU+GPU serão importantes para o máximo aproveitamento desta nova plataforma da AMD.



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domingo, 19 de junho de 2011

AMD LLANO Tech Day – parte 2 por dentro da APU Llano

Finalmente posso falar do Llano, e há muito por falar. Desculpo-me com os leitores, pois confundi a data do embargo das informações, era dia 14 e não dia 18. Erro meu. Paciência, mas vamos em frente que o assunto é quente!! Até rimou!


O começo de tudo é a compra da ATI pela AMD anos atrás. O mercado torceu o nariz e não entendeu direito. A AMD se reestruturou, delegou a fabricação dos valiosos chips para a Global Foundries e manteve para si a nobre tarefa de conceber e projetar as CPUs, GPUs, etc. Havia um objetivo estratégico com a compra que seria fundir as tecnologias de CPU e GPU em um produto único, versátil, poderoso e inovador. E não por acaso este novo tipo de chip passou a ser denominado FUSION, fruto da fusão de duas áreas até então distintas da tecnologia.

A concorrente Intel lançou processador com GPU integrada de boa qualidade, mas arquiteturalmente são dois chips encapsulados juntos, sem compartilhar o “motor” para as duas funções. Isso não tira o mérito da Intel, de forma alguma, apenas caracteriza uma maneira distinta de atacar o mesmo problema. E a solução da AMD demorou mais um pouco porque é mais profunda, mais integrada. A espera valeu a pena.

A começar pelo nome, que agora é diferente, estão as inovações. Não mais CPU, não mais GPU e sim APU que significa “Accelerated Processing Unit”, ou seja, Unidade de Processamento Acelerada. No começo de 2011 chegou a primeira leva desta nova arquitetura, cuja plataforma foi denominada BRAZOS. Consistia da primeira geração de APUs FUSION de baixo consumo (cerca de 9W na série C e 18W na série E) visando o mercado de ultra portabilidade ou notebooks pequenos, do tamanho de netbooks, mas muito melhores.  Um bom exemplo são os SONY VAIO Série Y lançados no Brasil fevereiro passado.

Isso dá margem para outra discussão. Quando a AMD comprou a ATI e anunciou que trabalharia na direção do FUSION eu imaginava que estes chegariam primeiro para os Desktops e não notebooks. Mas neste meio tempo o mercado mudou rápido e já se vende mais notebooks que desktop no mundo e no Brasil falta pouco para isso acontecer.  Isso fez também crescer a demanda por notebooks com melhor qualidade gráfica. Em 2010 50% dos notebooks tinham recursos gráficos mais sofisticados e se prevê que em 2014 serão 85%. Isso somado a mais alguns aspectos técnicos explicam o porquê das APUs Fusion terem nascido primeiro paro o mercado de dispositivos móveis.

Assim foi cumprida a promessa do Fusion,  integrar CPU e GPU, em um processador de alta capacidade que poderia em um notebook prover até 10 horas de vida de bateria : “Supercomputer power in a notebook that lasts all day”.

Conhecendo melhor o LLANO

LLANO é codinome desta geração de APUs de 32 nm para notebooks (e em breve também para desktops) mais potentes (série A) enquanto Brazos é a APU para notebooks menores, ou nebooks, mas com desempenho diferenciado. Há um conjunto de características comuns aos produtos desta geração :


- Brillant HD : desempenho equivalente a soluções com placa de vídeo discreta em toda a faixa de preços de APUs . Conta com suporte a DirectX 11 (interface gráfica para jogos mais atual), suporte a mais de um monitor e “AMD Steady Video” para estabilizar filmagens tremidas.

- Supercomputer in a Notebook : dispõe de modelo Quadcore (série A8 e A6), com modo “turbo” automático (overclock sob demanda – Turbo Core)  e até 400 cores RADEON para desempenho do sistema de vídeo.


- AMD All Day Power : mais de 10 horas de vida de bateria com uma experiência visual diferenciada. Capaz de reproduzir dois filmes inteiros em Blu-ray  sem necessidade de recarga de bateria.


Estes são resumidamente os pontos de destaque mais visíveis do LLANO. Mas há razões que os explicam que merecem ser consideradas s explicadas com mais detalhes.

Detalhando um pouco mais

Uma APU Llano é composta por vários subsistemas integrados:

- Controlador de memória DDR3 que, aliás, já faz um bom tempo que a AMD moveu esta importante parte de um PC para o processador trazendo grande benefício em desempenho.

- “Northbridge” que gerencia a comunicação com as interfaces de comunicação (barramento PCI Express) e com a memória.

- Os dois núcleos de processamento (CPUs) ou quatro núcleos no caso da APU A8 ou A6

- Cache L2 de 1 Mb para cada núcleo/CPU

- GPU contendo até 400 stream processors (Radeon Cores) mais interface com display

- UVD – Unified Video Decoder para processar e decodificar vídeo

- Gerenciamento de interfaces  PCI-Express

- Suporte nativo a USB 3.0

- Alta velocidade de acesso à memória. Até 25.6 GB/s para notebooks e 29.8 GB/s para desktop

- Memória operando em “dual-channel”, suporte a até 32 GB de memória para notebooks (usando 2 módulos de 16 GB) e 64 GB em desktops (usando 4 módulos de 16 GB)




É diferencial nesta arquitetura o “Fusion Compute Link”, assim a parte gráfica (GPU) do chip pode acessar a memória compartilhada com a CPU que tem um grande impacto na velocidade de processamento  de aplicações que usam GPGPU (cálculo intensivas) e OpenCL (mais detalhes adiante).  No final isto se traduz em desempenho sensivelmente melhor para gráficos e jogos que a solução HD 3000 dos processadores Intel com gráficos integrados.

Na prática isso faz surgir no mercado notebooks com faixa de preço “de entrada” (cerca de US$ 700 nos EUA) com bom desempenho para jogos, mesmo com a grande parte das configurações e melhorias visuais ligadas. Isso não era possível até então.

Projetado para usar pouca energia

São diversas tecnologias que nasceram junto com o Llano para que a APU gaste o mínimo de energia ao mesmo tempo em que entrega o desempenho necessário:

- CPU Power Gating : permite que determinado(s) núcleo(s) da CPU sejam completamente desligados, seja por inatividade ou por comando explícito enviado pelo sistema operacional (OS Halt).

- GPU  dynamics power gating : núcles da GPU vão sendo desligados se determinado intervalo de inatividade são atingidos. Da mesma forma também são desligados o UVD (decodificador de vídeo) e áreas de memória da GPU.

- Display Power optimizations: algoritmo capaz de aos poucos ir reduzindo a intensidade da luz de fundo da tela enquanto aumenta seletivamente a intensidade e brilho de pontos (pixels) identificados como importantes para a percepção da imagem. Dessa forma reduzindo o uso de energia e mantendo a imagem a mais fiel possível.

Na imagem abaixo podem ser vistos alguns destes cenários, com partes da APU desligada. Trata-se de uma imagem térmica, assim a cor azul indica locais mais frios (desligados) e a parte verde indica funcionamento normal.


Este gerenciamento de energia é feito de forma contínua e dinâmica. A figura abaixo mostra a variação do uso e energia ao longo do tempo. Veja que em situação “normal”, sem maior demanda a energia gasta nem se aproxima do máximo (TDP). Isto é importante ser notado para que se entenda como funciona o próximo tópico que explicarei que será o Turbo Core.



Turbo Core – extraindo o máximo possível da APU

A ideia é genial e não é nova. Tanto AMD como INTEL têm tecnologias que permitem avaliar a “sobra” existente no chip como um todo e acelerar alguns núcleos na medida em que seja necessário maior desempenho. AMD chama de Turbo Core, Intel chama de Turbo Boost. A figura mostrada acima exibe estas “sobras” que podem ser usadas. Mas a AMD trouxe novidades notáveis para este recurso.

Em primeiro lugar no Llano existe um sistema que digitalmente mede a atividade e estima o consumo total chamado Digital APM Module. Desta forma consegue inferir quanto pode aumentar a frequência para acelerar o processamento. O Turbo Boost da Intel, segundo a AMD, utiliza a temperatura para esta função que é menos precisa (sujeita às variações ambientais).

Mas o que me pareceu muito interessante a forma como o gerenciamento é feito. Consegue balancear o consumo de energia, pelo aumento de frequência (clock) da APU, entre a CPU e a GPU. Assim se o programa em execução demanda mais processamento e a GPU está “aliviada” a GPU perde frequência e a CPU aumenta. Se a GPU é mais exigida que a CPU esta em seu clock aumentado e a CPU tem sua frequência diminuída. Isso  tudo em tempo real, instante a instante. Isso é bem ilustrado na sequência de imagens abaixo.





Posicionamento de Mercado

A AMD procura orientar o mercado em relação às equivalências com processadores da concorrente Intel. Assim a APU A8 se situa entre os mais rápidos Core i5 e os Core i7 de entrada. A APU A6 se situa entre os mais velozes Core i3 e os Core i5 mas simples. E finalmente a APU Llano A4 equivale aos Core i3 mais simples e medianos. Este posicionamento é feito por critérios técnicos e econômicos, ou seja, pelo preço estimado do PC com estas soluções.


São duas APUs A4, duas APUs A6 e 3 APUs A8. As A6 e A8 contam com CPU de 4 núcleos (quadcore) e 4 MB de memória cache (1 MB por core). São 3 APUs A8 porque uma delas, a A8-3500M, de clock mais baixo (1.5 Ghz Turbo Core até 2.4 Ghz ), tem menor consumo (35W) . E toda a série A8 dispõe de 400 “Radeon Cores”, ou seja, 400 núcleos de processamento gráfico.

Na tabela abaixo estão expostos todos os modelos de APUs Llano com suas características principais.


E o desempenho?? E os testes?? 

As APUs Llano pretendem conquistar o mercado por suas características  de alto desempenho gráfico, processamento e pela economia de energia. Para explicar melhor e mostrar como é o comportamento destas APUs este texto será dividido ainda em mais 2 partes.

No texto seguinte (parte 3) apresentarei diversos cenários nos quais as APUs foram testadas, programas, jogos, codificação de vídeo, etc. Serão dados compilados e apresentados pela própria AMD.

O outro texto (parte 4)  será especial!  A AMD forneceu para testes um notebook com a plataforma “Sabine”, com APU Llano. Este já está comigo sendo testado. Assim a última parte desta sequência será um texto extenso e detalhado com este notebook, espremendo o máximo que conseguir de informações. Já estão convidados para esta sequência!!



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sexta-feira, 10 de junho de 2011

HP lança novos e versáteis computadores corporativos

Neste começo de junho a HP lançou sua nova linha de computadores para empresas. São 15 modelos que atualizam produtos anteriores e trouxe também alguns computadores totalmente novos.

Características Gerais

Utilizam processadores Intel Core i de 2ª geração (Sandy Bridge) e AMD Brazos. Ao contrário de PCs corporativos de gerações anteriores privilegiam a capacidade gráfica. Trazem recursos atuais como suporte a USB 3.0 (conexão dez vezes mais rápida) e possibilidade de uso de múltiplos monitores (que incrementa a produtividade). Os gabinetes são do tipo “toolless”, ou seja, não exigem ferramentas para abrir e trocar componentes (manutenção simplificada). Notebooks também têm acesso facilitado a parte interna para manutenção de HD, memória, Wi-Fi, 3G, etc. E finalmente há em vários modelos possibilidade de gerenciamento avançado via vPRO (Intel – acesso remoto e solução de problemas mesmo com a máquina desligada).

Segundo a HP as inovações aparecem também na preocupação com o meio ambiente pois os PCs não usam mais materiais agressivos como PVC e BFR. Ao mesmo tempo os novos materiais apresentam maior resistência e também trazem tecnologia de proteção contra danos nos discos rígidos.

Segundo a HP seus equipamentos são concebidos segundo quatro pilares: Desempenho, Produtividade, Inovação  e Durabilidade. Quem conhece a marca HP há muito tempo sabe que hoje e no passado os produtos se destacam pela qualidade, mas no passado o fator preço era proporcionalmente mais alto que hoje em dia, ou seja, hoje há elevada qualidade, mas sem custar tão mais caro que produtos do mesmo nicho de mercado da concorrência.

Há novidades interessantes na área de acessórios como, por exemplo, o Integrated Workcenter para agrupar PC Desktop, monitor, teclado, mouse em uma peça só (economia de espaço ou transporte). Baterias de alta capacidade que podem permitir até inacreditáveis 32 horas de autonomia em determinados modelos, replicadores de portas e docking-stations (com rede, USBs, VGA, etc.) também estão disponíveis.

Respeito ao Mercado

A tecnologia avança muito rapidamente e isso às vezes cria algumas situações não muito fáceis de administrar ou contornar. Uma empresa que deseje trocar seu parque de máquinas em 12 meses pode não conseguir padronizar os equipamentos, pois os fabricantes ansiosos por trazer sempre as novidades para o mercado não mantém determinada configuração por mais de 8 ou 10 meses. A HP se compromete a partir desta geração de PC empresariais a ter ciclo de vida dos mesmos mais longos, entre 12 e 15 meses. Assim as empresas conseguirão mais tempo para padronizar suas plataformas e facilitar o suporte dentro da organização.

A HP visa oferecer opções seja para as grandes empresas ou para os pequenos e médios negócios. “O objetivo da HP é atender de forma cada vez mais específica as necessidades do mercado corporativo brasileiro por meio de produtos que se adequem ao uso de cada profissional e cada empresa”, disse Fabiano Takahashi, Diretor da Unidade de Negócios Commercial da área de Computação Pessoal da HP.

A nova linha conta com notebooks com novas tecnologias de processadores, ferramentas como o HP QuickWeb, que agiliza o acesso aos recursos baseados na internet, sem mesmo carregar o Windows. Dispõe do HP Connection Manager, que gerencia conexões de banda larga e sem fio, para otimizar a produtividade. Além disso, o HP Power Assistant prolonga a vida da bateria ao reduzir o consumo de energia através de uma simples interface com o usuário na qual ele define da forma exata quais recursos serão desligados (ou desacelerados) para poupar energia.

Traz também entre os desktops, recursos como o HP Face Recognition, que identifica os usuários do computador por meio da webcam, e o HP Carbon Calculator, que calcula os gastos em emissão de carbono, aliam segurança e sustentabilidade. Além disso, o design dos modelos All-in-One reconfiguram o layout dos escritórios, com grande economia de espaço. Os notebooks dispõem de resoluções 1366x768 e 1600x900 em função de serem equipamentos com 13” (ou menores) e iguais ou acima de 14”.

Apresentação dos produtos

A seguir estão os computadores lançados com uma breve descrição de cada um deles e uma foto. Há hyperlink para cada um dos modelos para quem quiser ver mais informações específicas. Quando possível o link está em português, mas para certos modelos apenas em inglês, pois não estava disponível no momento que este texto foi escrito. Os computadores estão divididos em :

- Computadores para grandes empresa
- Pequenos e médios negócios
- Produtos especializados para demandas mais específicas (workstations)

Computadores para grandes empresas

Projetado para empresas que procuram desempenho máximo de desktop, opções de segurança e controle de TI, o HP Compaq 8200
Elite é o principal PC empresarial da HP, oferecendo um desempenho até 40% melhor e acesso a disco rígido 15% mais rápido. O HP Compaq 8200 Elite tem capacidade de gerenciamento remoto e inclui a segunda geração de processadores Intel® Core™ vPro™. O HP Compaq 8200 Elite também oferece o software de segurança de rede e dados HP ProtectTools, ferramenta que auxilia na segurança do equipamento. O HP Compaq 8200 Elite já está disponível, com preço inicial de R$ 2.199,00.



O HP Compaq 6200 Pro combina recursos padrão de indústria e opcionais com o design e expertise da HP em PCs empresariais. O HP Compaq 6200 Pro é uma ótima opção para clientes de PCs empresariais que procuram por produtividade, gerenciamento básico e recursos de segurança. Disponível tanto em chassi compacto ou em microtorre, pode ser configurado para reunir as necessidades e o orçamento dos clientes. O HP Compaq 6200 Pro já está disponível, com preço a partir inicial de R$ 1.999,00.


Antes de falar de notebooks da HP convém uma observação importante. Embora segundo a HP isso não seja novidade, mas apenas este ano tive minha atenção capturada para este detalhe, vale o destaque. Os notebooks corporativos da HP dispõem além do já popular touchpad (como alternativa a uso de mouse externo), o “trackpoint” que é aquela bolinha rugosa no meio do teclado também para comandar o movimento do mouse. Este aparato popularizou-se entre inicialmente entre os notebooks IBM e posteriormente LENOVO em seus produtos Thinkpad. E provavelmente como o mercado sinalizou que em empresas este dispositivo era um fator importante já há algum tempo a HP o introduziu em seus notebooks como mostra a foto abaixo (trackpoint e touchpad juntos).



O
HP EliteBook 8460p apresenta um HP DuraCase inspirado no setor aeroespacial que atende às especificações de testes de padrão militar MIL-STD 810G, permitindo que suportem o uso e o desgaste enquanto ostentam uma aparência profissional e atraente acabamento em tom platinado. O HP EliteBook 8460p também oferece uma bateria (opcional) líder do setor, com vida útil de até 32 horas.  É oferecido com os processadores Intel Core i5 ou Core i7. O HP EliteBook 8460w estará disponível em julho, com preço inicial de R$ 4.699,00.


O
HP EliteBook 2560p apresenta um design elegante, tela HD de LED com 12,5 polegadas e uma unidade óptica integrada para maior mobilidade. Com a mesma funcionalidade de um computador portátil empresarial, além da flexibilidade de um Tablet PC, o HP EliteBook 2760p de 12,1 polegadas permite o uso de caneta ou dos dedos, um misto entre notebook e Tablet. Ambos os modelos da linha EliteBook incorporam a segunda geração dos processadores Intel Core i7 ou i5 de dois núcleos, a tecnologia Intel Turbo Boost 2.0 e a tecnologia vPro. Além disso, contam com unidades de disco rígido de 7.200 RPM (rápida) ou unidades de estado sólido (SSDs – ainda mais rápida) para maior rendimento da bateria, mais durabilidade e uma operação mais silenciosa e com menos geração de calor. O HP EliteBook 2560p já está disponível, com preço inicial de R$4.999,00. O HP EliteBook 2760p já está disponível, com preço inicial de R$ 6.599,00.

HP Elitebook 2560p


HP Elitebook 2760p

Os modelos HP ProBook 6360b e 6460b oferecem flexibilidade de configuração em áreas como tecnologia de processador, placas gráficas e bateria.Os modelos  possuem tela de 13,3 e 14 polegadas e um novo design com cor metalizada resistente à poeira e ao uso diário. O HP EliteBook 6360b já está disponível, com preço inicial de R$ 2.799,00. Usam processadores Intel Core i3, i5 ou i7. O HP ProBook 6460b já está disponível, com preço inicial de R$ 2.799,00.

hp Probook 6360b


hp Probook 6460b


Pequenos e médios negócios: mercado em crescimento, com máquinas que atendem à demanda

O novo HP 100B All-in-One PC baseado no novo processador Brazos da  AMD, que integra gráficos de alta definição (HD) avançados com processamento dual core, oferece às pequenas empresas a tecnologia essencial que elas precisam com design elegante, economia de espaço e preço acessível. Apresentando uma tela LCD de 20 polegadas, o HP 100B All-in-One PC tem um design flexível que pode ser facilmente atualizado conforme a necessidade de crescimento computacional. O HP 100 Pro All-in-One já está disponível, com preço inicial de R$1.499,00.

O modelo HP Omni 110 Pro All in One possui tela widescreen anti-brilho, alto-falantes estéreo integrados de alta performance, webcam e microfone, processadores Intel e até 4 GB de memória SDRAM DDR3 com disco rígido de até 1TB. O HP Omni 110 Pro All-in-One já está disponível, com preço inicial de R$1.799,00.




O desktop HP 100 SFF (small form fator) conta com processador AMD Brazos e várias opções de configuração, memória, HD e sistema operacional, o que permite que o equipamento atenda às necessidades mais distintas dos negócios. HP 100 SFF já está disponível, com preço inicial de R$ 899,00.





O notebook HP ProBook 4430s equilibra a funcionalidade das empresas com estilo e acessibilidade. O HP ProBook 4430s tem tela de14 polegadas e conta com acabamento de alumínio escovado em um estilo durável na cor cinza metálico. O equipamento oferece a segunda geração dos processadores Intel Core i5 e i3, para alto desempenho e velocidade de processamento avançada. O HP ProBook 4430s já está disponível, com preço inicial de R$ 2.199,00. 



Produtos especializados para demandas mais específicas

Os novos modelos de Workstations possuem grande poder de processamento e são máquinas ideais para os mercados de engenharia, cálculos financeiros, agências de criação e design, dentre outros.

Os modelos da HP Z210 oferecem a opção de processadores Intel® Xeon® E3 e Intel Core™ i3 de segunda geração de alto desempenho e classe empresarial, ultrapassando ofertas de PC e aumentando o desempenho geral em até 20 por cento com relação aos processadores da geração anterior.  A Workstation Z210 já está disponível, com preço inicial de R$ 3.641,00.


Os modelos HP Z210 oferecem uma variedade de opções gráficas profissionais, incluindo escolhas em 2 D para AMD e NVIDIA que incorporam recursos de placa gráfica dupla compatível com até quatro telas 2 D. As opções em 3D incluem gráficos de alta definição Intel integrados a processador de próxima geração que reduzem o custo de entrada para gráficos em 3D profissionais e gráficos médios de NVIDIA e AMD.

As mobile Workstations configuram opções completas para o usuário que necessita de máquinas de alto desempenho e mobilidade. A HP EliteBook 8760w oferece tela de 17,3 polegadas de alta resolução, segunda geração de processadores Intel quad core e placas gráficas AMD Fire Pro ou NVIDIA. O HP EliteBook 8760w já está disponível, com preço inicial de R$ 8.999,00.


Já o modelo HP EliteBook 8560w tem tela de 15,6 polegadas com mesma configuração de processador do modelo de 17 polegadas. O HP EliteBook 8560w já está disponível, com preço inicial de R$ 7.999,00.




O modelo HP EliteBook 8460w é a Workstation mais leve do portfólio da HP e apresenta tela de 14 polegadas, segunda geração de processadores Intel quad core e placa gráfica AMD Fire Pro. Disponível em julho, com preço inicial de R$ 4.699,00.


Todas as estações de trabalho HP são 90 por cento recicláveis e a linha HP Z é registrada como “Gold” no Electronics Products Environmental Assessment Tool (EPEAT™), a maior classificação possível.