quarta-feira, 30 de março de 2011

Lançado o Norton 360 versão 5.0

Foi anunciada no dia 29 de março de 2011 a versão 5.0 do Norton 360, suíte de segurança e utilitários para PCs (e além). Segundo a Symantec os mecanismos dos módulos de segurança do 360 é análogo aos mecanismos do NIS 2011 (Norton Internet Security), lançado no final de 2010. O nome “360” indica que esta suíte de programas envolve o computador em sua totalidade (360 graus) ampliando os limites da proteção e aplicativos de valor para o usuário.

Segundo a Symantec “Os criminosos estão fazendo lucro ao tentar enganar usuários online”. Este é o objeto de defesa. E já há algum tempo um novo tipo de ameaça existe que são programas falsos de antivírus, oferecidos gratuitamente e que são por si só ameaças (roubam os dados dos usuários). Foi o desafio de segurança mais popular ao longo do ano de 2010. Se isso já não bastasse agora programas falso para otimização, compressão ou desfragmentação de discos rígidos também têm sido ofertados e constituem nova forma de ameaça à segurança.

Uma das táticas há muito usadas é a chamada “Engenharia Social” que consiste em manobrar, manipular a pessoa de tal forma que ela mesma se infecte com um malware ou entregue de bandeja informações vitais e sensíveis. É algo muito sério. Além dos tradicionais e-mails avisando, por exemplo, para instalar o software de segurança do banco recebi um bem diferente e interessante.

Tratava-se de um e-mail de uma moça russa que disse ter visto meu endereço em um site. Escrito em português que parecia “Traduzido pelo Google” ela falava que queria travar contato com pessoas do mundo todo e achar o amor de sua vida. Ela se dizia rica e com condições de viajar para encontrar quem a sensibilizasse. Dizia que era professora de dança, etc. Havia junto três fotos “de tirar o fôlego”, a moça era muito bonita. Terminava o e-mail falando para que eu falasse muito de mim para ela, meus hábitos, do que gosto, meus horários, se eu viajo, se tenho propriedades... Bem já perceberam né?? Com essa história de achar o amor da sua vida é um golpe muito bem engendrado para vasculhar a intimidade das pessoas. E neste caso um programa como o Norton 360 ajudaria se o e-mail fosse de classificado como de um tipo perigoso e tratado como Phishing ou spam. Este é um bom exemplo de engenharia social.

Voltando às técnicas para enganar as pessoas, outro caso sério é o “envenenamento de pesquisas”. Segundo a Symantec até um em cada três links de resultado de pesquisas em sites como Google, Bing, Yahoo, etc. contém um atalho para ameaça. Para ajudar auxiliar o usuário a se defender desta vulnerabilidade a Symantec criou uma camada de classificação nos sites de busca chamada Safe Web da Symantec classifica os resultados dos sites apresentando e destacando os links seguros e os links inseguros para os usuários.



Não bastassem todos estes perigos, o que também assusta sobremaneira é a imensa quantidade de ameaças. São tantas que se espalham incrivelmente. Segundo a Symantec, por exemplo, alguns sites de Phishing ficam no ar apenas poucos minutos e assim mesmo capturam muita gente e seus dados. E pela imensa quantidade de ameaças, mais de 75% dos malwares afetam menos de 50 usuários tal a quantidade de softwares maliciosos circulando pela Internet.

Por isso que uma solução de proteção deve ter múltiplas facetas. O Norton 360 V5.0 traz os módulos : antivírus tradicional, restrição configurada, detecção heurística, bloqueio comportamental e prevenção de intrusão. Além disso, uma solução de segurança deve conter uma ótima proteção em relação a arquivos acessados, copiados, baixados. Para isso existe o Norton Insight . É uma tecnologia nova, presente desde a versão 2011 do produto (Antivírus e Internet Security) que foi aperfeiçoada. Arquivos “conhecidos” e já verificados (e assinados digitalmente) não precisam ser verificados de novo (até que sejam alterados). Isso reduz drasticamente o tempo para verificar arquivos, seja um a um ou todo o HD de uma vez só!!

A Symantec destaca que apesar de haver antivírus falsos distribuídos gratuitamente, há programas gratuitos legítimos. Estes antivírus “reais” e distribuídos de graça não contém este vasto conjunto de tecnologias e sim apenas o tradicional sistema de verificação de ameaças por assinaturas, que funciona para apenas um conjunto de tipos de ameaças. Por isso o usuário deve, segundo a Symantec, se proteger por todos os lados e com várias técnicas.



A Symantec destacou as melhorias da versão da 5.0 do Norton 360 :


Ferramenta de Backup : bem completa, usa mídias locais ou na nuvem (disco virtual – 2 Gb gratuito ou 25 Gb por R$ 10 a mais)  e agora com desempenho melhorado tanto na operação de backup (10%) como na recuperação de informações (18%). Isso resulta em menor impacto no sistema (mais leve). Comunicação e explicações simples com os usuários em todos os processos. Tem versão do aplicativo para smartphones também serem “backupeados” no repositório virtual do Norton. A interface de uso é simples focada nos elementos principais: “O quê”, “Onde” e “Quando”.

Monitoramento de Aplicativos de Terceiros : o programa emite alertas de forma pró ativa em relação ao desempenho do PC. Mostra por exemplo se certo programa está usando CPU em demasia ou se certo programa está acessando demais o disco rígido. Isso no passado servia até para inocentar o NORTON que teve no passado fama de “pesado” e não tem mais. Mas atualmente este recurso é ótimo para identificar qual (ou quais programas) estão exigindo muito do PC e assim poder tomar alguma ação corretiva.

Melhor Integração entre usuário e a nuvem : são vários aspectos como a visualização do estado das ameaças no mundo em uma representação gráfica do globo: Safe Web, Online Family e Cybercrime Index. Por exemplo em São Paulo no dia 29 de março estavam transitando cerca de 2500 ameaças. Os dados estão disponíveis para diversas cidades do Brasil, América e no mundo todo.

em uma escala de 0 a 170 neste dia o índice era 115

Em teste recente feito pela empresa PASSMARK o Norton teve posição de destaque e escolhido como o melhor produto Mais detalhes sobre este teste pode ser visto aqui.

A família é composta por Norton Antivírus, Norton Internet Security e Norton 360, Norton Mobile Security, e Norton SmartPhone Security.

Quem pensa que não há programas ou utilitários gratuito da Symantec está enganado. Existe a proteção do Norton DNS que na origem, na hora de resolver o endereço IP já filtra URLs maliciosas. Existe o Norton Security Scan um recurso online que verifica e identifica ameaças nos PCs (mas não remove). Há também o Norton Online Family que auxilia a administrar o uso do PC em casa pela família e crianças. E finalmente o Norton Power Eraser que identifica a remove antivírus falso nos PCs.

Preço, disponibilidade e compatibilidade


O Norton 360 versão 5.0 pode ser instalado em até três PCs e está disponível para compra por meio de diversos varejistas e na loja online da Norton em www.norton.com. O preço de varejo sugerido é R$169,00 para a edição padrão incluindo 2 GB de espaço de armazenamento online e R$179,00 para a edição premium, incluindo 25 GB de espaço de armazenamento online (backup). O preço para as edições standard e premium inclui uma licença para três PCs e uma assinatura de um ano para utilizar o produto e receber as atualizações de proteção da Symantec. Todos os usuários do Norton 360 com uma assinatura de produto válida são elegíveis para baixar e utilizar as versões e utilizações de produto mais recentes lançadas durante seu período de assinatura. Para maiores informações, visite o Norton Update Center em http://updatecenter.norton.com.
A última versão do Norton 360 suporta o Microsoft Windows XP (32 bits) Home/Professional/Tablet PC/Media Center com Service Pack 2 ou superior, Microsoft Windows Vista (32 e 64 bits) e Microsoft Windows 7 (32 e 64 bits) para as edições Starter/Home Basic/Home Premium/Business/Ultimate. 

Recebi o produto para testes. Os próximos passos agora são instalar e confirmar tudo isso que foi divulgado pela Symantec. Em algumas semanas retornarei com o resultado deste teste e com a análise.




sábado, 26 de março de 2011

AVerMedia 3D - TV HD USB em 3D em seu PC

Certos produtos se destacam pela excelência técnica. Outros pelo fator inovação. É bom ter contato com novidades que estão presentes nestes dois grupos. O AVerMidia 3D é basicamente “mais um” sintonizador de TV portátil, interface USB, para ser usado em PCs e notebooks. Mas vai bem além disso. Programas podem ser assistidos em baixa resolução (1SEG – 320x240 pixels) ou HD (FULLSEG – resolução HD 1080i).

O próprio nome do produto anuncia seu maior destaque que é permitir ver TV em 3D. E isto se faz usando óculos “passivos”, aqueles com lentes com cores distintas (azul e vermelho) que filtram o sinal híbrido e transmitem a sensação de tridimensionalidade. Mais detalhes ao longo do texto.

É capaz de sintonizar TV analógica, TV digital e também rádio FM. Utiliza o padrão ISDB-T, que merece alguma explicação. A tal sigla significa "Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial" (Serviço Integrado de Transmissão Digital Terrestre). Este é o padrão japonês de TV Digital, apontado como o mais flexível de todos por responder melhor a necessidades de mobilidade e portabilidade. Ele é uma evolução do sistema DVB-T, usado pela maioria dos países do mundo, e vem sendo desenvolvido desde a década de 70 pelo laboratório de pesquisa da rede de TV NHK. No Brasil, foi eleito o melhor nos testes técnicos comparativos conduzidos por um extenso grupo de trabalho. É um padrão versátil. Pode ser empregado em diversas atividades como transmissão de dados receptor para PDAs ou telefone celular, recepção com a utilização de um computador ou servidor doméstico, acesso aos sites dos programas de televisão, serviços de atualização do receptor por download e sistema multimídia para fins educacionais.

Recursos de destaque

Função Híbrida : permite que se assista e grave ao mesmo tempo, tanto no sistema digital como no sistema analógico.

See 3D : é uma tecnologia exclusiva que transforma o sinal de TV ou gravações efetuadas em 3D. É incrível!! QUALQUER conteúdo pode ser exibido em 3D, do jogo de futebol à novela. Convém destacar que se trata se uma “interpolação de profundidade”, algo gerado artificialmente aplicado ao conteúdo. O resultado é bom, mas não é perfeito. Mas é um interessante “bônus” que se ganha com o produto. Vez por outra algum objeto fica fora de contexto (aparecendo com a profundidade indevida). Mas vale a pena!!

Real 3D : o dispositivo está pronto para captar e reproduzir corretamente as transmissões 3D existentes. Neste sistema de “3D real” a fonte da transmissão gera dois sinais intercalados e que devem ser exibidos em monitores ou TVs especiais (TVs 3D) que conseguem mostrar este sinal usando óculos polarizados “ativos”. Também funciona com o sistema da NVIDIA 3D Vision, que depende de uma placa do fabricante com tal recurso usando também de óculos “ativos” polarizados. Esta é a forma para se obter o melhor resultado e experiência com tridimensionalidade.
Controle Remoto inteligente: além de proporcionar a comodidade de comando do sistema à distância, permite que se alterne facilmente entre 2D e 3D.

TimeShift : É o famoso recursos “pular comerciais” ou “replay instantâneo”. Comece a gravar, aguarde dez ou quinze minutos para começar a assistir. Assim enquanto a continuação do programa segue sendo gravada você pode assistir o que já gravou e voltar, avançar, parar, pular propaganda, etc.

SnugTV : é compatível com este sistema, que é oferecido em modo “trial” (experimente se se gostar pode contratar), para ver TVs do mundo todo pela Internet.

Gravação  Programada Multiformato : permite que se grave programas em datas e horários agendados. Além disso os vídeos podem ser gravados em formatos diversos portáteis como iPhone/iPAD/iPOD, PSP, etc.

Modo PIP : um programa pode ser visto ao mesmo tempo que uma gravação em modo “PIP” (Picture-in-Picture). Um dos programas em tela cheia enquanto o outro é exibido em uma pequena janela na tela.

Multicanais : uma grade de programas com até 64 canais pode ser exibida ao mesmo tempo (em uma grade 8x8). Ótimo para quem está procurando algo para ver. Tem um imenso cardápio ao vivo na sua frente.

Captura Analógica: quem tem conteúdo gravado em filmadoras ou fitas de VHS ou outro conteúdo analógico pode convertê-los para digital usando o adaptador e cabos que fazem parte do conjunto.
 


Usando o AVerMedia 3D

A qualidade da imagem é destaque!! Meu notebook tem resolução de tela de 1440x900. Assim uma resolução próxima à “High Definition” HD e, portanto pude explorar o máximo do produto. Em São Paulo há muitos canais de TV Digital, boa parte deles no padrão HD. Mas também foram detectados os canais analógicos.

O software AVerTV é muito completo, tem toda a funcionalidade necessária. Mas eu achei que sua interface poderia ser um pouco mais simples. Por exemplo, eu quis me certificar de que todos os canais possíveis tinham sido identificados pelo assistente inicial. Demorei alguns bons segundos até encontrar onde era a sessão de configuração do programa. Por outro lado o uso de recurso 3D é de imediata localização. Alguns recursos têm bons destaques outros nem tanto.

Importante frisar que praticamente qualquer PC está pronto para rodar o AVerMedia TV 3D, os requisitos de hardware são modestos. Porém em uma específica situação meu notebook não foi capaz de lidar. Ao escolher a função see3D (simulação de 3D) em programas de TV em alta definição, houve alguns “engasgos” na reprodução. O representante da empresa foi contatado e as devidas explicações dadas. Realmente para esta situação (simular 3D em programação HD) exige ou um processador mais potente ou uma placa de vídeo com aceleração 3D de boa qualidade. A mesma função (simular 3D) em origem analógica rodou bem também em meu notebook.

A qualidade da imagem e a percepção de 3D são boas. Mas é possível perceber que quando comparada a soluções que usam óculos “ativos” (aqueles que não têm lentes coloridas e são acionados por infravermelho), fica um pouco atrás. Não pude testá-lo com a solução 3D Vision da NVIDIA por não ter este hardware.

O conjunto é composto pelo adaptador USB (sintonizador de TV), controle remoto, antena interna (que serve tanto para recepção analógica como digital), cabo para entrada e captura de vídeos analógicos (filmadoras, VHS, etc.), antena para FM, óculos com as lentes coloridas para percepção de 3D e CD com drivers e softwares.

conteúdo completo do pacote


Conclusão

A maior virtude do AVerMedia 3D (AVer3D Hybrid Volar XPro) é sua portabilidade e qualidade de imagem. A recepção em resolução HD é perfeita. O recurso de 3D é algo à parte. Desconheço produtos similares que realizem esta simulação de 3D, que funciona muito bem se levamos em conta que a origem do conteúdo é TV convencional (2D). Os recursos de gravação, agendamento, uso de outros formatos são destaques. A interface do software tem todas as funções, mas algumas poderiam ser melhor evidenciadas ou terem outro posicionamento para que fossem localizadas com maior facilidade. Poder ver TV analógica enquanto se grava TV digital ou vice-versa é um recurso presente e muito interessante. Pesquisei preço no mercado e achei ofertas do produto entre R$ 260 e R$ 320. Não sei qual o preço sugerido do fabricante, mas este nível praticado pelo mercado é condizente com os recursos encontrados e de custo acessível. Mais informações podem ser obtidas diretamente no site do fabricante.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Maquina Virtual – você ainda vai ter uma (ou mais)!


Este texto foi originalmente publicado por mim no site FORUMPCs há um bom tempo. Mas resolvi resgatá-lo porque percebi que a previsão que fiz a seis anos aproximadamente estava na direção certa.  


Parafraseando este antigo slogan que fazia apologia do carro a álcool (“carro a álcool você ainda vai ter um”) em meados da década de 70, corro o risco de denunciar minha idade. Mas isso não importa, pois é a melhor forma de expressar minha opinião sobre o tema. Essa tecnologia não pode ser chamada de nova. A IBM já utilizava este conceito em seus mainframes, mais ou menos na mesma época que os tais carros a álcool estavam saindo da linha de produção. Mas cada vez mais me convenço de que é um santo remédio para inúmeras situações que vivemos com nossos PCs no dia a dia.


Meu primeiro contato com o que se podia chamar de máquinas virtuais foi um software chamado DesqView 386 criado em meados da década de 80. Ainda não existia Windows nem mesmo se falava de sessões multitarefa etc. Este pequeno programa prodígio permitia criar diversas sessões DOS em paralelo, cada uma em sua janela rodando simultaneamente. Era um assombro nessa época pré Windows, pré OS/2 etc. Gente boa e gente grande implantou soluções neste ambiente. O antológico Mandic BBS rodava em seus primeiros dias sob DesqView, com 4 sessões de atendimento de telefone em uma mesma máquina.

Com a chegada do Windows (3.0 e 3.11) e seu talento para multitarefa (!!?!!), as necessidades mundanas de trabalho em paralelo estavam atendidas, com restrições é verdade, mas atendidas. Foi no final da década de 90 que um velho amigo me falou de um programa que emulava um PC dentro de outro PC. Fiquei incrédulo, talvez como você que ainda talvez ainda não conheça este tipo de recurso pode estar agora. Para que isso? Ter um PC mais rodando mais lento dentro de outro!! Ledo engano. Não dei atenção e só fui olhar esta pequena jóia quando o programa VMware chegava na sua versão 2.0.

Foi identificação e amor à primeira vista. Imagine você uma janela do Windows, ou Linux (roda nas duas plataformas), na qual aparece o procedimento de POST (power on self test) de um computador de verdade, com direito a pressionar DEL ou F2 para entrar no setup da BIOS, teste de memória, etc. No final do processo… Nada acontece! Decepção? Não. Precisa instalar o sistema operacional como qualquer máquina nova! O boot por CD ou por disquete é requerido para isso, claro, exatamente como um PC novo.
Uma vez instalado o sistema operacional, seja ele qual for, do DOS 6.2 a versão Beta do Windows Vista (conhecida como Longhorn) ou do SUSE Linux, passando por Windows 95, Windows NT, Me, Windows 2000 etc., sua máquina virtual está pronta para uso e com recursos muito interessantes. Você tem controle sobre a quantidade de memória ou HD (virtuais) dessa máquina. Aloque mais RAM ou menos de acordo com a necessidade. Crie um novo HD virtual usando parte de seu HD (um mero arquivo em seu disco), ative portas seriais, paralelas e USB virtuais, placa de som etc. Quer algo mais completo ou bem espartano, o controle é todo seu. Mas o melhor ainda está por vir…
Estas máquinas virtuais permitem além de toda esta flexibilidade de configuração algo que não tem preço, estabilidade e confiabilidade. Eu explico com um exemplo prático. Em meu escritório eu tenho um servidor Windows 2003 que roda aplicações críticas para mim com servidor Web (IIS), Exchange Server, SQL Server, VPN Server etc. Uma vez eu tive uma pane de hardware e tive que montar outra máquina com toda esta parnafernália de novo. Foram dois dias até ter todos os detalhes em perfeita ordem. Hoje em dia meu servidor roda em uma MÁQUINA VIRTUAL VMware. Em outra pane de hardware que eu tive bastou que eu transferisse 3 arquivos do HD da máquina para meu notebook, que também tem VMware instalado, para que em 10 exíguos minutos meu notebook assumisse a função de servidor sem perda alguma.O “truque” é que o VMware virtualiza todo o hardware, a placa de vídeo, rede, som, etc. são todas virtuais e por isso basta “subir a máquina virtual” em outro PC, que pode ser completamente diferente em termos de características físicas, que tudo fica bem. Contingência para servidores é de cara uma aplicação óbvia e muito bem vinda.
Mas o atento leitor deve estar pensando, “deve ser muito mais lento”. Seria impossível ter desempenho igual ao da máquina “mãe”. Mas garanto, é muito bom. Tanto mais o hardware avança mais sentido faz tudo isso. Claro que máquinas virtuais entram em rede com a máquina “mãe” e com a rede local toda. Se existir gateway de internet essa pega o IP automaticamente e tem acesso também à Internet.
Vou citar alguns outros usos que faço habitualmente e sugerir mais alguns outros :

1. Testes de softwares ou sistemas operacionais : como o VMware tem um recurso de “disco não persistente”, eu tenho máquinas virtuais prontinhas com vários sistemas operacionais. Escolho uma, instalo o software, testo e quando a máquina é desligada ela volta exatamente ao ponto original. É ótimo também para testar versões beta de softwares e sistemas ou provar aquele Linux específico que seu amigo tanto fala!

2. Usando também este recurso de disco não persistente, eu uso máquinas virtuais para acessar sites pouco confiáveis. É muito freqüente após visitar sites “underground” sua máquina ficar um lixo, cheia de programas malignos. Eu nem medo tenho, quando aparece a mensagem “preciso instalar o ActiveX bla bla bla” eu concordo solenemente e na hora que desligo a máquina virtual tudo volta para trás. Pra vocês terem uma idéia eu só uso KAZAA em Virtual Machine.

3. Testes com programas perigosos como por exemplo estudar o efeito de um Vírus ou de um Worm. Seria idiotice fazer isso em sua máquina de produção. E mesmo que fosse em uma máquina de testes, ter que formatar tudo para outro teste seria muito chato.

4. Meu uso primordial : recuperação de contingência de servidor crítico-instalado em uma máquina virtual. Há empresas que usando versão mais parruda do VMware (versão GSX) fazem a chamada consolidação de vários servidores em uma única máquina física (bem parruda). A empresa Locaweb vende servidor dedicado virtual-adivinha qual a tecnologia por trás disso? Sim essa mesma.

5. Desenvolvimento de aplicações : descobri empiricamente que o melhor ambiente para compilar aplicações e gerar pacotes de instalação é o (pasmem!) Windows NT Workstation. Todo desenvolvimento que faço a compilação final e a geração do pacote de setup é feita nessa máquina virtual NT. Se feito no XP muitas vezes o pacote de instalação não funciona direito no W98 ou Me.

6. Separação de ambiente. Sabe aquilo que o XP tem (o NT já tinha algo parecido), cada usuário tem a sua área de trabalho? Porque não, para evitar brigas domésticas cada usuário da casa ter o seu próprio PC Virtual?!!! Assim além de separar as bobagens que cada um faz, dá para usar o recurso de “snapshot” do VMware para retroceder ao um estágio confiável, mais radical que o System Restore do XP. Dá até para impedir que os mais afoitos saiam instalando coisas de qualquer jeito.

7. Como já foi dito, fazer o backup da máquina inteira é uma moleza, basta copiar o arquivo de configuração e o arquivo que é o HD virtual.
Bem já deu para ver que sou fissurado nisso, mas com bons motivos, não acham? Uma crítica que pode ser feita é quanto a performance de jogos 3D sob este ambiente. A placa de vídeo virtual ainda não tem a destreza que uma ATI ou NVIDIA nativa podem ter. Mas alguém tem alguma dúvida que isso não é só uma questão de tempo ??

A Microsoft abraçou 100% a virtualização. Ela era usuária do VMware internamente em seus projetos de desenvolvimento há muitos anos. Tentou comprar a empresa, mas não conseguiu e por isso comprou a concorrente. Hoje existe o Microsoft VIRTUAL PC e Microsoft VIRTUAL SERVER, que são as versões de Redmond análogos. O próprio VIRTUAL PC era conhecido pelo pessoal de MAC, pois como roda no “computador da maçã”, estes usuários quando precisavam usar algo de Windows (sim, eles às vezes fazem isso), usavam o Virtual PC para tal. Também é um belo produto e vale a pena ser visto. Mas como meu caso de amor com o VMware é antigo, não troco de plataforma (sem contar dezenas de máquinas virtuais que tenho gravadas em HDs, CDs e DVDs).


Por fim a Microsoft criou com o Windows Server 2008 sua própria versão "pesada" de virtualização, o HYPER-V, que vem gratuitamente com esta versão do sistema.Este também já tem larga adoção entre as empresas e se tornou um ótimo concorrente do VMware, assim como a solução XEN para quem é usuário de LINUX.

terça-feira, 15 de março de 2011

GIGABYTE – Série G1 Killer – placa mãe para gamers!!


No dia 14 de março a Gigabyte lançou no Brasil sua nova linha de placas mãe denominada G1 Killer, composta por três novas placas. Não apenas isso, mas em minha visão também uma clara demonstração de uma estratégia comercial bem definida. Mundialmente o mercado dos dispositivos móveis vem crescendo intensamente. Assim os fabricantes de placas mãe tem cada vez mais apostado em nichos de mercado, usuários que não podem adotar soluções de mobilidade por um motivo ou por outro. Assim a Gigabyte define seu mercado da seguinte forma :

- HTPC : placas para PCs que desempenham a função de Home Theater
- Entusiastas : direcionadas para overclock extremo, para extrair o máximo de desempenho
- Workstations : aplicações de alta performance em escritórios
- Games : direcionadas para máxima experiência em jogos



Confesso que tanto eu como outros jornalistas presentes na apresentação inicialmente não entendemos a diferença entre placas para entusiastas e para gamers. Afinal quem joga tem demanda pela máxima performance, obtida por overclock extremo. Não seria isso?? Não exatamente.

A Gigabyte percebeu que no atual momento os 10 jogos mais populares têm temas sobre guerras, batalhas ou lutas. Por isso mesmo este é o mote de sua campanha. Usar uma placa Gigabyte para “armar-se”, preparando-se para os jogos. Usando sua frase original “Weaponize yourself”!!



Jogos exigem o máximo da uma placa, mas principalmente exigem extrema estabilidade. Quem quer pulverizar recordes de Gigahertz precisa de uma placa com certo conjunto de recursos, flexibilidade de configuração, etc. No conceito da Gigabyte a placa para jogos tem que ser rápida, muito estável mas TAMBÉM atributos que aperfeiçoem a “jogabilidade”, melhorando a experiência do usuário. São atributos que receberam as seguintes denominações de markting :

- SuperSight : Suporte a múltiplos gráficos. A versão mais simples das novas placas suporta “3 way SLI” ou “CrossFire com 3 placas”. A versão mais sofisticada aceita até 4 placas de vídeo (Crossfire). Haja apetite para tanta placa de vídeo, bem como fonte de alimentação extremamente robusta, mas quem realmente precisar terá todos este poder de fogo à sua disposição.



Super Heraring : som de alta qualidade e alta definição. As placas contam com circuitos dedicados (fora do chipset) usando tecnologia SoundBlaster e processador 20K2 para aprimorar a percepção de realidade dos jogos.



Super Speed : jogar online é uma febre. Para isso a comunicação com a rede tem que ser rápida e sem sobressaltos ou engasgos. Para garantir isso a séria G1 Killer dispõe de NPU (network processor unit), análogo à GPU, um circuito externo ao chipset dedicado somente ao processamento de rede, com 1 GB DDR2 de memória dedicada.



Super Shield : a placa tem que ter “super proteção”, ou seja, garantia de perfeito funcionamento por meio de destacada dissipação térmica. Os dissipadores são volumosos pela necessidade e também com design que remetem às armas que motivam os jogos, com direito a bala encrustada no dissipador do chipset!!



Depois de conhecer estas características eu entendi a diferença de uma placa orientada para jogos e uma placa para entusiastas. Ambas desempenharão ótimo papel no processamento de jogos, mas a série G1 Killer promete e entregam atributos específicos que aprimoram a experiência do jogador. Oportunamente terei a oportunidade de conhecer e testar a placa. Estou ansioso e curioso. Mais algumas semanas de espera pois começam a ser vendidas no Brasil na primeira semana da abril.

A plataforma escolhida pela Gigabyte é a X58, anterior a recém lançada Sandy Bridge porque a Gigabyte entende que ainda é a forma de extrair maior estabilidade e desempenho para os usuários de jogos.

AS PLACAS

São três as placas  da série G1 Killer, com nomes bastante sugestivos :












A Gigabyte divulgou que as placa chegam ao mercado no final de março ou começo de abril e os preços sugeridos são : R$ 999 (G1.Guerrilla), R$ 1200 (G1.Sniper) e R$ 1500 (G1.Assassin).




A Gigabyte informou que vendeu 18 milhões de placas mãe em 2010. Do portfólio da empresa  26 modelos distintos são comercializados no Brasil. Aliás em nosso país deste 26 modelos 70% ainda são importadas, mas por causa do volume de vendas os 30% de placas feitas no Brasil ainda representam maior faturamento do que as placas importadas.

Finalizando, uma informação bem relevante! A Gigabyte já começou a entregar as placas Série 6 para a plataforma SandyBridge com a revisão B3. Aquela que corrige o problema detectado no chipset da Intel que causaria degradação de desempenho de dispositivos SATA.


Intel lança com parceiros PC e notebooks da nova geração Sandy Bridge no Brasil

Ocorreu hoje, dia 15 de março o lançamento da 2ª geração da família de processadores Intel Core no Brasil. Apresentada pela Intel, por seu novo presidente Fernando Martins, contou com a participação de diversos parceiros, vários fabricantes que apresentaram PC e notebooks usando a nova tecnologia (cujo nome de código é Sandy Bridge). 

Os novos PCs visam atender a crescente demanda dos usuários, pois, por exemplo, o uso de sites de compartilhamento de vídeo dobrou entre 2006 e 2010. Para consumir vídeo, estes precisam ser capturados, processados, editados e enviados para estes sites. Para isso usuários precisam contar com recursos avançados em seus PCs. Dessa forma hoje em dia 12.2 bilhões de vídeos são vistos no Youtube a cada mês. A demanda é imensa. Dados indicam que em 2013 90% do tráfego da Internet será composto por vídeos. Isto reforça ainda mais as características necessárias para uma nova plataforma concebida pela Intel entregando o desempenho requerido pelos usuários.

O sistema de vídeo integrado é um dos destaques, pois é integrado ao processador, trazendo como  benefício o alto desempenho na reprodução de vídeos em alta definição e mesmo execução de jogos de média complexidade. Os processadores são produzidos usando tecnologia de 32 nm. Isto significa que em poucos milímetros quadrados estão presentes mais de um bilhão de transístores, responsáveis pelo poder de processamento dos novos processadores bem como por viabilizar agressivas tecnologias de conservação de energia, tão importantes para usuários de notebooks.

Algumas tecnologias agregadas acompanham este lançamento como Intel Wireless Display HD (uso de painéis LCD ou monitores - WiDi) via rede sem fio em alta definição, Intel QuickSync, sistema extremamente poderoso para compressão e codificação de vídeos e Intel Clear Vídeo HD (pós processamento que melhora a qualidade de vídeos notadamente oriundos da Internet). Estas são algumas de tantas outras tecnologias que estão chegando junto com este novo lançamento.

Segundo a demonstração conduzida pela Intel, operações  que no dia a dia ocorrem frequentemente como compressão de dados, encriptação de conteúdos, codificação de vídeo chegam a ser entre 80% a 150% mais rápidos do que a geração anterior do mesmo processador Core i7. Parte deste ganho se deve à tecnologia TurboMode. Esta acelera os núcleos do processador quando um programa exige mais desempenho, até o limite técnico seguro, reduzindo a velocidade após concluir esta demanda diferenciada.

São três grupos de processadores. O Core i3 mais simples embora já bem forte e preço mais acessível. O Core i5 membro intermediário, maior volume de vendas esperado, pois tem desempenho ainda melhor e preço intermediário e por fim o processador Core i7 que é o máximo desempenho que se pode obter, direcionado para os entusiastas a um preço um pouco mais alto. Cada um destes processadores (Core i3, Core i5 e Core i7) ainda têm modelos que os diferenciam dentro de seus respectivos grupos (preço e velocidade).

Os fabricantes que trouxeram produtos com nova tecnologia junto com a Intel são ASUS, LG, CCE, SONY, POSITIVO, LENOVO, HP, MEGAWARE, DELL, PHILCO e SAMSUMG, ITAUTEC e SEMP TOSHIBA. Os produtos já serão encontrados no varejo a partir do começo de abril, com exceção do modelo da CCE é o único que já está no mercado.

Para registro seguem alguns dos equipamentos mostrados no lançamento :


Philco 


Positivo


Samsung RF411

Semp Toshiba

Sony Vaio – Core i7 vídeo híbrido e externo Redeon 6470M



CCE

DELL Inspiron 

HP TouchSmart 9300 

Lenovo ThinkPad Edge E220s (slim) 

LG – A520 Core i7 - 3D

Megaware Slim M5 Core i5





sábado, 12 de março de 2011

Jetway HA12 e AMD Phenon II X6 1100T Black Edition – dupla competente

Já fazia algum tempo que não testava produtos da plataforma AMD. E que grata surpresa compor este teste com tão competente dupla. O fabricante Taiwanes JETWAY nos enviou  para testes a placa mãe HÁ 12-LF, a qual traz o mais atual chipset, AMD 890GX + AMD SB850. A AMD do Brasil nos forneceu o avançado Phenon II X6 1100T Black Edition,  processador “top” de linha e por ser versão “Black” objeto de desejo dos “overclockers”.








O que me encanta nestas placas AMD é a versatilidade no uso de processadores. Esta aceita os mais modernos (socket AM3) como o Phenon II utilizado no teste, mas também aceita os ainda bons e antigos Athlon I e II e obviamente também o Phenom original.




Especificações




As características da Jetway HA12 falam por si. Mas ainda assim devo destacar alguns pontos importantes:



Hyper Transport 3.0 :  é o sistema de interconexão de periféricos com a placa e processador. Nesta evoluída versão torna-se possível transferir dados a incríveis 20.8 GB/s que pode ser diferencial em aplicações que demandam grande interação entre os periféricos elevando a eficiência e desempenho.



Memória : são 4 slots para módulos DDR3 de até 4 GB, permitindo o uso de até 16 GB de memória. Aceita módulos de 1066 Mhz, 1333 Mhz e 1600 Mhz (em overclock) .



CrossFire : com dois slots PCI-Express 2.0 permite que até duas placas de vídeo sejam utilizadas em conjunto. Usando drivers de vídeo corretos permite usar o recurso de “Crossfire Híbrido”, ou seja, agregar a GPU integrada 4290 a outra GPU externa. Isso só faz sentido com placas de vídeo medianas e não sofisticadas como a Radeon 6970 que usamos (e por isso não foi testada esta opção). Os conectores para uso do vídeo onboard são do tipo VGA, DVI e HDMI.



SATA 3 : são seis conectores SATA 3 cuja taxa de transferência é 6.0 Gbps, proporcionando o dobro da taxa de transferência em relação ao padrão SATA 2.0. Principalmente importante para uso com os novos HDs (mais rápidos) ou com os incrivelmente rápidos SSDs. Somente uma interface rápida assim permite tirar vantagem destes novos dispositivos. Há na BIOS possibilidade de trabalhar com vários discos formando “arrays” dos tipos RAID 0, 1, 5 e 10.



USB 2.0 e 3.0 : além dos 4 conectores externos USB 2.0 (480 MB/s) há 2 conectores USB 3.0 (3.0 GB/s) para que modernos dispositivos externos possam ser conectados em alta velocidade. Ainda há mais 3 conectores internos para USB 2.0.







O áudio de alta definição contando inclusive com conector ótico. Senti falta de porta eSATA para instalação de HDs externos que usam este padrão. Talvez por motivos de custo a Jetway tenha optado apenas pela portas USB 3.0 que trarão o mesmo nível de benefício. Porém há placas com uso “dual”, eSATA e USB que é na minha visão uma solução muito bem vinda.



Placa mãe não precisa ser bonita, tem é que funcionar muito bem, sem instabilidades. Mas quando a placa é bonita ela também “enche os olhos”. E a beleza pode ser vista pelo lado estético e funcional!! A placa é preta com detalhes dos coolers em azul e prateado. Agradou-me sobremaneira. Tive apenas um problema com a trava do cooler do processador que esbarrava no cooler do chipset que me obrigou a entortar um pouquinho algumas aletas, mas sem grandes consequências.



Faz algum tempo que tradicionais fabricantes de placas mãe tiveram a iniciativa de usar componentes mais nobres em suas placas como capacitores sólidos e ainda bem que isso está se tornando comum neste mercado. A qualidade dos componentes é de elevado padrão que favorece a estabilidade no uso.



Também vem se tornando mais popular a existência de botões de comando na placa mãe. Assim para ligar o sistema bem como realizar o reset não é mais necessário fechar o contato de jumpers de forma manual. Agora há práticos botões para esta função. Isso começou a virar rotina nas placas de uso orientado a overclock e começa a aparecer em outras categorias de placas bem como na Jetway HA12. Na HA12 ainda há um painel com dois dígitos numéricos para auxiliar em diagnósticos, leitura de mensagens de erro, etc.



Botão de reset , liga-desliga e painel de diagnóstico




Falando um pouco mais do Phenon II X6 1100T Black Edition


É um processador bastante sofisticado por sua característica de 6 núcleos, temperatura de funcionamento, modo TURBOCORE e por permitir overclock mais agressivo. A frequência base é de 3.3 Ghz e tem frequência Turbo de 3.7 Ghz, ou seja, pode melhorar seu desempenho sob demanda perto de 12%, que é um índice expressivo, ainda mais sabendo que pode fazer isso de forma automática. Dispõe de cache de 3 MB (512 Kb por núcleo) e cache de 6 MB



Fiz todos os testes da Jetway HA12 sem usar o utilitário AMD OVERDRIVE que gerencia o overclock “fácil e automático”. Após usar o programa descobri que o TURBODRIVE funciona automaticamente (alterna para 3.7 Ghz), com ou sem o AMD Overdrive e que usar o programa ajuda a controlar melhor alguns detalhes de execução de programas. Fiz pequeno ajuste para alternar o sistema para 3.9 Ghz em TURBOMODE e obtive ganho adicional (multiplicador 18.5x).



O AMD OVERDRIVE é um programa incrível. Tem uma forma “simples” que com poucos controles se consegue gerenciar o processador e seus núcleos. Mas tem também um modo mais avançado que entre outras coisas permite por exemplo, fixar apenas um núcleo para execução de um programa monocore (que só usa um núcleo) e fazer overclock agressivo deste núcleo para APENAS ESTE PROGRAMA. Como ainda há muitos aplicativos que não usam todos os núcleos, isto é ótimo para realizar um “ajuste fino” pelo usuário. Usuários de jogos podem se valer disso também para descobrir se seus programas usam ou não todos os núcleos e acelerá-los sob medida. Como já falado não fui além com os testes de overclock além do AMD OVERDRIVE com a HA12 e Phenon X6 porque não dispunha de cooler apropriado.



A propósito, pode parecer estranho, mas dá para fazer também “underclock” com o AMD OVERDRIVE, ou seja, forçar o sistema a funcionar mais lentamente, seja para trabalhar de forma mais silenciosa ou para gastar menos energia. Mas é importante saber que em estado “ocioso” este processador baixa a velocidade de seus 6 núcleos para 800 Mhz de forma automática. O tal “underclock” serviria para limitar o consumo de recursos no “pico” de utilização. Fica a dica para quem precisar.


Programa AMD OVERDRIVE em modo de monitorar os núcleos



AMD Phenon II X6 1100T 3.3 Ghz (3.7 Ghz em modo TurboCore)




Usando a Jetway HA12 com o AMD Phenon II X6 1100T


Com o Phenon II X6 1100T a Jetway HA12 teve comportamento muito bom, robusto e manteve estabilidade devido a baixa temperatura na qual ela trabalha (bom sistema de refrigeração). Por eu não dispor de um cooler para processador AMD apropriado para overclock, não me aventurei além de pequeno overclock proporcionado pelo programa OVERDRIVE da própria AMD e apenas para testar consumo e estabilidade. Mas há relatos desta placa com este processador trabalhando entre 4.1 Ghz e 4.3 Ghz (lembro que a frequência do X6 1100T é de 3.3 Ghz).



Testei a JETWAY HA12 em duas situações distintas. Usando a GPU integrada Radeon 4290 e com uma recém lançada Radeon 6970 (que será objeto de outro texto em futuro breve). É evidente que o nível de desempenho gráfico obtido nestas duas situações é incomparável e visa atender públicos distintos. Mas cada um destes cenários deve ser destacado.



A GPU interna (4290) realiza um trabalho maravilhoso!! Maravilhoso mesmo! Claro que não serve para jogos sofisticados ou “extremos”. Mas tirando este caso, usada em jogos simples e principalmente para reprodução de vídeos em alta definição (full HD 1920x1080) e resultado é ótimo, com baixíssimo impacto na CPU (como deveria ser). Mas o que mais me impressionou  foi o consumo de energia. O PC completo , placa mãe (GPU integrada), HD, drive de DVD e processador consumiu em repouso apenas 71 Watts e durante um dos testes de vídeo de alta demanda consumiu entre 115 Watts e 145 Watts. Valores incríveis ainda mais quando comparado com o mesmo teste feito com a Radeon 6970 no qual o PC completo consumiu cerca de 290 Watts no mesmo teste (mas obviamente entregando maior desempenho) e 99 Watts em repouso.



Efetuei meu pacote habitual de testes, diversos programas, os quais vou comparar com o processador INTEL Core i7 980X É uma comparação CRUEL, pois além do Core i7 980X ser mais novo (mas ambos têm clock de 3.3 Ghz), ter processo de fabricação de 32 nm (contra 45 nm do Phenon II X6), não penso que são concorrentes diretos embora ambos sejam processadores de 6 núcleos e liberados para overclock. São os dados recentes que tenho em mãos do teste recém feito com a placa PCWARE Flame X58. 



Da mesma forma vou comparar o desempenho da GPU integrada  Radeon 4290 da placa Jetway HA12 com a Radeon 6970 que mostra o que há de melhor em termos de vídeo integrado para plataforma AMD e uma solução de placa externa muito forte.



TABELA COM DADOS DOS TESTES



CONCLUSÃO


Não conhecia as placas da JETWAY, ou pelo menos nunca testara placas deste fabricante. Impressionou-me a qualidade da placa, tanto pelas suas características de engenharia e componentes, pela robustez e confiabilidade. O conjunto de recursos, portas, slots de expansão, vídeo integrado, suporte a SATA 3.0 e USB 3.0, crossfire, botões para acionamento dos comandos da placa (liga-desliga e reset) devem satisfazer usuários exigentes, mesmo aqueles que buscam placas para overclock. Eu senti falta das portas eSATA, provavelmente porque tenho diversos HDs externos que usam esta interface, mas quem aderir aos HDs externos que usem USB 3.0 não sentirão falta disso. Suporte a 16 GB de memória também é recurso desejável por usuários que demandem muito mais de suas máquinas.



O desempenho do vídeo integrado é excelente!! Claro que ainda é muito mais lento que uma placa “top” como a Radeon 6970 com a qual foi comparada. Mas desde que não se use esta placa mãe estritamente para jogos e sim como mídia center, execução de vídeos em alta definição, etc. atenderá completamente a expectativa do usuário. E isso tudo com um nível de consumo de energia incrivelmente baixo. O PC testado com todos seus componentes gastou em repouso 72 Watts e em operação de uso de vídeo intensa (com a GPU integrada 4920) cerca de 140 Watts. 



O processador AMD Phenon II X6 1100T é extremamente eficaz e versátil  com o uso da ferramenta AMD OVERDRIVE. É um processador que só não superou seu “adversário” nas comparações do teste (tendo ficado bem próximo em alguns testes e mais longe em outros) porque são gerações de tecnologias distintas (AMD 45 nm e INTEL 32 nm), mas cabe ao mercado fazer a escolha baseado no custo benefício de cada alternativa.




GALERIA DE IMAGENS



Visão geral da placa HA12





Embalagem da Jetway HA12



Conteúdo da embalagem