Carro autônomo, você ainda vai ter um!! Parafraseando a citação que precedeu a
adoção em massa dos carros movidos a álcool, acho que isso é uma grande
verdade! Não pensem vocês que de um dia para o outro um fabricante vai anunciar
seu carro que dispensa o motorista. Isso já está em curso, passo a após passo.
Vários fabricantes já têm recursos de automatização como “adaptive cruize
control” (piloto automático que controla a velocidade de forma dinâmica),
assistente para manutenção do carro na faixa, parada de emergência em caso de
perigo, assistente para estacionamento (coloca o carro sozinho na vaga), ...
Estas tecnologias todas estão sendo criadas e integradas nos automóveis atuais. Porém para integrar todos estes sistemas e outros que estão em desenvolvimento é necessário um poder computacional bastante avantajado!! São milhares de dados por segundo colhidos de muitos sensores presentes nos veículos, bem como por meio de câmeras que precisam ter suas imagens interpretadas!
Não só a capacidade de processamento precisa ser formidável como a forma deste processamento precisa ser diferente. Em um sistema clássico de computação existem vários núcleos com capacidade “pensante” que se dividem nas tarefas. Um servidor típico com arquitetura x86 pode ter processador com 4, 8, 16, 24 ou eventualmente 32 núcleos. Já seria algo extraordinário um servidor com 2 processadores, resultando em 64 núcleos!! Mas isso custa muito dinheiro e por incrível que pareça não parece ser a melhor arquitetura para lidar com um carro autônomo!! Por que??
A necessidade de um carro autônomo é de dezenas, centenas, talvez milhares de pontos de atenção, um tipo de processamento largamente distribuído, porém com respostas instantâneas às demandas. Sensores e câmeras por todos os lados precisam ser analisados e processados. Depois deste longo introito faço a conexão com as GPUs, ou seja, a arquitetura exata para a tarefa presente nas “placas de vídeo” mais avançadas. Sim porque em uma placa de vídeo a forma de trabalho é exatamente essa. É como se cada pixel merecesse seu próprio processamento e por isso em vez de 16, 32 ou 64 núcleos “pensantes” uma GPU tem capacidade de lidar com milhares pontos de atenção e processamento ao mesmo tempo.
Estas tecnologias todas estão sendo criadas e integradas nos automóveis atuais. Porém para integrar todos estes sistemas e outros que estão em desenvolvimento é necessário um poder computacional bastante avantajado!! São milhares de dados por segundo colhidos de muitos sensores presentes nos veículos, bem como por meio de câmeras que precisam ter suas imagens interpretadas!
Não só a capacidade de processamento precisa ser formidável como a forma deste processamento precisa ser diferente. Em um sistema clássico de computação existem vários núcleos com capacidade “pensante” que se dividem nas tarefas. Um servidor típico com arquitetura x86 pode ter processador com 4, 8, 16, 24 ou eventualmente 32 núcleos. Já seria algo extraordinário um servidor com 2 processadores, resultando em 64 núcleos!! Mas isso custa muito dinheiro e por incrível que pareça não parece ser a melhor arquitetura para lidar com um carro autônomo!! Por que??
A necessidade de um carro autônomo é de dezenas, centenas, talvez milhares de pontos de atenção, um tipo de processamento largamente distribuído, porém com respostas instantâneas às demandas. Sensores e câmeras por todos os lados precisam ser analisados e processados. Depois deste longo introito faço a conexão com as GPUs, ou seja, a arquitetura exata para a tarefa presente nas “placas de vídeo” mais avançadas. Sim porque em uma placa de vídeo a forma de trabalho é exatamente essa. É como se cada pixel merecesse seu próprio processamento e por isso em vez de 16, 32 ou 64 núcleos “pensantes” uma GPU tem capacidade de lidar com milhares pontos de atenção e processamento ao mesmo tempo.
A fabricante NVIDIA, gigante no mercado de placas de vídeo e GPUs para PCs está nesta arena já faz algum tempo. Eu me lembro de ter visto pouco mais de um ano atrás um sistema desenvolvido para processar imagens de câmeras de automóveis. Com tecnologia NVIDIA. Agora a Volvo Cars e a Autoliv se unem à NVIDIA para desenvolver sistemas e softwares avançados para carros autônomos com AI. No comunicado de imprensa replicado abaixo há mais detalhes específicos desta parceria.
Mas a primeira imagem que me vem à mente quando penso sobre o assunto é o filme “Vida de Inseto” (Bug´s life) feito pela PIXAR anos atrás. Aliás, renderização de filmes animados é algo também muito apropriado para processamento por GPUs. Veja mais em “Pixar Animation Studios Licenses NVIDIA Technology for Accelerating Feature Film Production”. Mas por que faço essa comparação??
Em determinado momento do filme os gafanhotos, insetos grandes, robustos e poderosos se impunham contra as diminutas formigas obrigando-as a trabalhar para elas. De fato, uma dúzia de formigas podem ser esmagadas por um gafanhoto. Mas quando elas perceberam que aos milhares poderiam se unir contra seus algozes, mesmo com força pequena, cada uma delas em conjunto foram capazes de pôr para correr os gafanhotos que as escravizavam. Os gafanhotos na minha metáfora são os processadores tradicionais, grandes, fortes, poderosos, mas que não dão conta de milhares de tarefas que uma colônia de formigas é capaz (a GPU). Claro que os processadores tradicionais não são malévolos como os gafanhotos da história, a partir disso a comparação não se aplica mais. Mas o conceito da GPU é da colônia de formigas, que já são fortes para o seu tamanho, mas dividindo tarefas e agrupando-se convenientemente de acordo com as ações necessárias ao longo do tempo e muitas vezes... isso faz toda a diferença!
Por isso a importância do anúncio replicado abaixo. A série NVIDIA DRIVE PX é uma tecnologia de supercomputador, baseado em arquitetura de GPUs que vai ajudar a viabilizar o recurso necessário para a demanda do carro autônomo!! E por que a VOLVO? Meu palpite é que como a Volvo é muito conhecida por ter os carros mais seguros do mundo, para ter seus modelos autônomos ou semiautônomos, demanda com total precisão e eficácia é fundamental. Por isso a parceria com uma empresa que pode prover este tipo de tecnologia como a NVIDIA.
Volvo Cars e Autoliv escolhem a plataforma NVIDIA DRIVE PX para o desenvolvimento de carros autônomos
A colaboração deve lançar no
mercado veículos autônomos com AI em 2021
A
Volvo Cars e a Autoliv se unem à NVIDIA para desenvolver sistemas e softwares
avançados para carros autônomos com AI.
As
três empresas trabalharão juntas com a Zenuity, uma joint venture recém-criada
pela Volvo Cars e pela Autoliv, voltada ao desenvolvimento de softwares
automotivos e da próxima geração de tecnologias para carros autônomos. Os
veículos produzidos em série com a plataforma decomputação para carros NVIDIA DRIVE™ PX devem
chegar ao mercado em 2021.
“A
inteligência artificial é a ferramenta essencial para solucionar o desafio
incrivelmente complexo da condução autônoma”, afirma Jensen Huang, fundador e
CEO da NVIDIA, que conversou sobre a iniciativa durante palestra no Automobil
Elektronik Kongress. “Estamos ampliando nossa colaboração anterior com a Volvo
para criar veículos que aumentem a segurança da condução, tornem as cidades
mais ecológicas e reduzam os congestionamentos em nossas ruas”.
A
Volvo Cars, a Autoliv e a Zenuity usarão a plataforma de computação de AI para
carros da NVIDIA como o alicerce para o seu próprio desenvolvimento de
softwares. Segundo Hakan Samuelsson, presidente e diretor executivo da
Volvo Cars, "nossa cooperação com a NVIDIA posiciona a Volvo Cars, a
Autoliv e a Zenuity na vanguarda desse mercado dinâmico para desenvolver a
próxima geração de recursos de condução autônoma. A parceria também acelerará o
desenvolvimento e o lançamento comercial dos carros autônomos próprios da
Volvo”.
Jan
Carlson, diretor executivo da Autoliv, ressalta que, “com a NVIDIA, nós agora
temos acesso total à principal plataforma de computação de AI para condução
autônoma. A Autoliv, a Volvo Cars e a NVIDIA compartilham a mesma visão de uma
condução segura e autônoma. Essa cooperação promoverá ainda mais nossas
principais ofertas de sistemas avançados de assistência ao motorista (ADAS,
Advanced Driver Assistance Systems) e condução autônoma no mercado”.
As
companhias trabalharão em conjunto para criar sistemas que possam usar o deep learning, uma forma
de inteligência artificial, para reconhecer objetos no ambiente, antecipar
possíveis perigos e navegar com segurança.
O
sistema NVIDIA DRIVE PX permite uma compreensão total em 360 graus e em tempo
real, bem como usa um mapa em alta definição conhecido para planejar com
segurança e dirigir com precisão, ajustando-se às circunstâncias em constante
mudança. O sistema também realiza outras funções cruciais, como reunir as
informações das câmeras para criar uma visão completa do ambiente do
carro.
A
Zenuity fornecerá à Volvo o software de condução autônoma. A empresa também
venderá esse software à OEMs usando sua ampla e já estabelecida rede de vendas,
marketing e distribuição.
Sobre a
NVIDIA
A invenção da GPU pela NVIDIA (NASDAQ:
NVDA) em 1999 provocou o crescimento do mercado de jogos para PCs, redefiniu a
computação gráfica moderna e revolucionou a computação paralela. Mais
recentemente, a aprendizagem profunda via GPU abriu caminho para a AI moderna –
a próxima era da computação – com a GPU atuando como o cérebro dos
computadores, robôs e carros autônomos que percebem e entendem o mundo. Mais
informações em http://www.nvidia.com.br/page/home.html.
Quando descobri esse texto e vi o nome de autor me veio a memória as infinitas horas que passei lendo sua coluna no antigo fórum pcs. Muito bom ler novamente um texto seu Xandó. João.
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