A Ford apresentou neste mês de julho a nova versão de seu EcoSport que fora
mostrada em primeira mão no mês passado no Salão do Automóvel de Buenos Aires e
uma prévia no começo do ano em Detroit. O EcoSport é um projeto totalmente
brasileiro, lançado em 2002 em Manaus e de lá para cá conquistou o gosto e
simpatia de consumidores de vários países. Hoje é vendido em 140 nações e
fabricado na Rússia, China, Índia, Romênia, Venezuela e Brasil, seu berço.
Foi o EcoSport que criou o conceito de utilitário esportivo compacto no Brasil e de lá para cá vários fabricantes apresentaram carros concorrentes que fizeram aquecer muito este segmento. Com o mercado bastante competitivo a Ford realizou um investimento bem grande no projeto da nova versão do carro. De fato, um carro totalmente novo foi apresentado nesta ocasião a começar pelo lado mais visível pelo consumidor. Uma frente nova, interior e painel totalmente diferentes, sistema multimídia Sync 3 com tela sensível ao toque, novos faróis, novo sistema de rebatimento dos bancos... tantas outras importantes evoluções em tecnologia e segurança.
Mas o que define o carro em si? Quando algum fabricante muda um pouco a carroceria, “dá uma ajeitada” no interior as pessoas falam que é uma “maquiagem”, certo? Mas se o motor, suspensão e câmbio também mudam? E se isso não implica em variação de preço sensível (em certo modelo até mais barato)? Se isso tudo não é um carro novo, não posso imaginar o que seria. E o projeto visual segue totalmente a identidade visual do EcoSport original, porém com todas as inovações.
Até modelo anterior o EcoSport usava o motor Sigma 1.6 e o Duratec 2.0. Agora usa o novíssimo 1.5 litro de 3 cilindros que é mais potente, tem mais torque e mais econômico que o anterior 1.6 litro (ainda usado no Fiesta). Tem 137 CV e entrega 160 Nm de torque com etanol, na cidade faz 11.6 Km/l e 13.1 Km/l na estrada com gasolina na versão manual. O Brasil é o primeiro país do mundo a usar este novíssimo motor que será posteriormente usado em outros membros da família da Ford.
Já na sua versão de 2 litros o novo motor Direct Flex (que passou recentemente a ocupar o Focus) rende ótimos 176 CV e entrega 221 Nm de torque com etanol. A Ford ainda não divulgou os dados dinâmicos de desempenho e consumo deste motor porque ainda está em processo de homologação pelo CONPET, que estará pronto brevemente. Mas como não poderia deixar de ser, afinal é o que os engenheiros perseguem incansavelmente, o compromisso é de mais potência com menor consumo. Este foi o modelo que usei no meu test-drive, o qual vou descrever a seguir.
Por fim o câmbio automático PowerShift que equipava o modelo anterior e apresentou problemas ao longo do tempo para alguns consumidores, foi substituído por uma nova transmissão de 6 velocidades do tipo “conversor de torque” (sistema tradicional frente ao automatizado de dupla embreagem da anterior). As trocas são mais suaves e sem necessidade de troca de óleo de câmbio por toda a vida do veículo. Por fim a Ford atendeu ao pedido de seus clientes e introduziu o “paddle shif”, sistema para troca manual de marchas por meio das “borboletas” no volante. As trocas são executadas em até 0.8 segundos, algo muito melhor e intuitivo que botões “+” e “-“ na lateral da alavanca como era na versão anterior.
Segundo a Ford a reformulação, ou quem sabe posso dizer, reconstrução do EcoSport, deu-se em quatro vértices. Design e conforto, segurança, tecnologia e conectividade e dirigibilidade/performance.
Design e conforto
Frente nova (grade e faróis), tela flutuante, novos bancos, console central com apoio de braço integrado e 20 porta-objetos são alguns exemplos. Também destaco o evoluído sistema de rebatimento dos bancos traseiros, feitos para serem manipulados com uma mão só e o assoalho inteligente do porta malas que pode assumir 3 posições distintas de forma a criar e usar um nicho separado ou retirada a tampa para único volume de 367 litros ou 1178 com os dois bancos abaixados.
Há espaços para celular sobre o porta-luvas e no console central, que podem ser conectados às duas portas USB iluminadas e que contam com o recurso de carga rápida (e corrente de 2 amperes). O sistema de ar condicionado foi reprojetado, pois como é um carro global tem que ser adequado aos países mais quentes do mundo (dentre eles o Brasil). É digital (ajuste automática da intensidade para manter a temperatura desejada) nas versões FreeStyle e Titanium com 7 velocidades, 7 combinações diferentes para o fluxo de ar. A função A/C-MAX realiza o resfriamento rápido do interior.
Também chamou minha atenção o sistema de abertura e
fechamento das portas. Como usa chave presencial e botão de partida, as
maçanetas têm sensor capacitivo que basta serem tocadas que o destravamento ou
travamento são realizados. Muito prático. Isso na versão Titanium que tem um
interior muito elegante em couro claro (figura abaixo).
Segurança
São vários sistemas para apoio à condução do veículo. Alguns já existentes como o obrigatório ABS (não travamento das rodas nas frenagens), ECS – controle de estabilidade (atua se o veículo cai começar a derrapar), HLS – assistência de partida em rampa (não precisa usar freio para sair em ladeiras somente o acelerador), TCS – controle de tração (impede que as rodas patinem ou girem em falso nas acelerações mais vigorosas), EBA – auxílio de frenagem, ISOFIX – fixação muito segura de cadeiras para crianças ou bebês (com 2 pontos de fixação).
São vários sistemas para apoio à condução do veículo. Alguns já existentes como o obrigatório ABS (não travamento das rodas nas frenagens), ECS – controle de estabilidade (atua se o veículo cai começar a derrapar), HLS – assistência de partida em rampa (não precisa usar freio para sair em ladeiras somente o acelerador), TCS – controle de tração (impede que as rodas patinem ou girem em falso nas acelerações mais vigorosas), EBA – auxílio de frenagem, ISOFIX – fixação muito segura de cadeiras para crianças ou bebês (com 2 pontos de fixação).
Traz também um novo sistema chamado Advance Trac com RSC, ou seja, um sistema que atua para impedir o capotamento do veículo. Segundo a Ford é uma tecnologia exclusiva sua que monitora por meio de sensores, em tempo real, até 100 vezes por segundo o ângulo de deriva e rolagem da carroceria e na situação de perigo de capotamento aplica os freios individualmente (cada roda) e reduz a potência (aceleração) para manter o controle do carro.
Também é novo o sistema TPM (Tire Pressure Monitor) que monitora a pressão de cada pneu de forma individual, exibindo na tela central do painel. Alertas visuais e sonoros são emitidos em caso de pressão incorreta, fora da faixa especificada. Isso é muito importante porque pneu fora de pressão reflete na dirigibilidade do veículo (muito baixa ou muito alta), afeta a estabilidade, fator de real segurança, seu comportamento e também no consumo de combustível. Pressão muito baixa aumenta de forma sensível o consumo.
Traz também assistência para estacionamento por meio de
câmera de ré, que mostra a visão traseira do veículo com as linhas de
trajetória demarcadas (as cores indicam o nível de proximidade) bem como
alertas sonoros são emitidos no caso de aproximações perigosas. Também novo é o
sistema de alerta para “pontos cegos” e tráfego cruzado (saída de garagem por exemplo), situações que
o motorista não consegue enxergar obstáculos ou veículos no caminho.
Por fim, relacionado à segurança preciso destacar a presença de 7 airbags no EcoSport em todas as suas versões, SE, FreeStyle e Titanium, incluindo os airbags de cortina, de joelhos, lateral além dos aibags frontais.
Por fim, relacionado à segurança preciso destacar a presença de 7 airbags no EcoSport em todas as suas versões, SE, FreeStyle e Titanium, incluindo os airbags de cortina, de joelhos, lateral além dos aibags frontais.
Conectividade
A Ford já havia estreado o sistema SYNC 3 em alguns modelos (Fusion e Focus) e agora esta avançada solução é aprimorada também no EcoSport. Suporta Android Auto e Apple Car Play que permitem a conexão total do smartphone com o sistema. Conta com telas capacitivas de 6.5 (SE) e 8 polegadas (FreeStyle e Titanium) sensíveis ao toque e “flutuantes” (posicionáveis). Uma vez conectado ao smartphone já estarão também disponíveis diversos aplicativos do catálogo da Ford (UOL, Spotify, Bradesco, etc.) bem como a navegação por GPS (atualização de mapas via USB), realizar ou atender ligações telefônicas, tudo isso por meio de toque ou comando de voz. Da mesma forma o sistema de assistência de emergência, sobre o qual escrevi tempos atrás no texto “Sistema inédito em carro pode salvar sua vida, mesmo inconsciente”, que faz uma chamada automática para o SAMU em caso de colisão. Importante destacar que a conexão com smartphone é imediata a fácil, foi assim minha experiência no test-drive.
Dirigibilidade e performance
Já destaquei os dois novos motores do EcoSport (1.5 3C e 2.0), avançados, modernos e com níveis de potência e torque mais que suficientes para o perfil do consumidor do EcoSport. Mas há melhorias interessantes. Há evoluções aerodinâmicas, que passam despercebidas dos olhos do motorista, mas fazem diferença. Segundo a Ford houve 11% de melhoria no coeficiente aerodinâmico no EcoSport que o coloca como melhor aerodinâmica do segmento. Mas chamou minha atenção o dispositivo da grade frontal que muda seu ângulo em função da necessidade momentânea de arrefecimento, diminuindo o arrasto quando o motor não está tão quente.
A Ford tem renovado sua linha de motores ao longo dos anos. Isso atende ao compromisso da empresa com a melhoria dos níveis de emissão e consumo de combustíveis, determinada pela regulamentação e programa INOVAR-AUTO. A empresa atingiu e superou em 2016 a meta determinada para 2017. Houve na média uma melhoria de 15.4% do consumo em relação ao ano de 2012, frente a um compromisso de 12% de melhoria. O EcoSport com motor 1.5 3C foi classificado como categoria A em sua categoria (manual e automático). Veja abaixo o selo do CONPET, 11.6 Km/l na cidade e 13.1 Km/l na estrada (versão manual).
Tive a oportunidade de conversar com Rafael Marzo, Gerente Global do projeto do EcoSport na Ford. Falamos de uma forma bastante descontraída e objetiva sobre as inovações do EcoSport no programa PAPOFÁCIL cujo vídeo pode ser visto abaixo.
O test drive –
impressões reais, indo além das especificações
Eram 75 veículos para serem testados por um pouco menos de 200 jornalistas. Coube para a minha experiência a versão Titanium (automática) com motor 2.0 Direct Flex. Acompanharam-me no teste Guido Orlando, editor do site Vida Moderna (www.vidamoderna.com.br) e Claudia Carsughi do site do Carsughi (www.carsughi.com.br). A cada um de nós coube um trecho entre 20 e 30 Km.
Cerca de dois anos atrás tive um EcoSport por uma semana para testes e também era a versão 2.0, porém com o motor Duratec 2.0. Na ocasião fiquei impressionado com a potência e as respostas, afinal o EcoSport não é um carro pesado e na ocasião precisei “reaprender a dirigir”, para não sair rápido demais. Por conta dessa experiência anterior eu já estava prevenido em relação a que um bom motor 2.0 pode fornecer em termos de experiência, ainda mais uma versão mais evoluída do motor (o novo Direct Flex).
O que melhor define minha experiência com o EcoSport Titanium é “veste muito bem”! A posição de dirigir é muito boa, tudo fica bem à mão e o novo banco, mais envolvente acolhe muito bem o corpo. As mudanças de marchas são suaves e quase imperceptíveis, salvo quando se pisa fundo para obter potência extra instantânea que se percebe uma leve espera pela redução da marcha e a potência chegando com generosidade impulsionando o carro de forma realmente vigorosa.
Gostei muito do painel, dos novos instrumentos e do computador de bordo porque em uma tela de bom tamanho todas as informações importantes podem ser vistas de uma só vez: consumo total, consumo instantâneo, quilometragem parcial, quilometragem total, autonomia e temperatura externa, . Há carros que o motorista precisa apertar algum botão para olhar cada um desses itens, um por uma vez. Muito melhor desse jeito do novo Eco! Quando o carro está parado o consumo passa a ser mostrado como litros por hora e não mais quilômetros por litro. Claro, faz sentido!
Eram 75 veículos para serem testados por um pouco menos de 200 jornalistas. Coube para a minha experiência a versão Titanium (automática) com motor 2.0 Direct Flex. Acompanharam-me no teste Guido Orlando, editor do site Vida Moderna (www.vidamoderna.com.br) e Claudia Carsughi do site do Carsughi (www.carsughi.com.br). A cada um de nós coube um trecho entre 20 e 30 Km.
Cerca de dois anos atrás tive um EcoSport por uma semana para testes e também era a versão 2.0, porém com o motor Duratec 2.0. Na ocasião fiquei impressionado com a potência e as respostas, afinal o EcoSport não é um carro pesado e na ocasião precisei “reaprender a dirigir”, para não sair rápido demais. Por conta dessa experiência anterior eu já estava prevenido em relação a que um bom motor 2.0 pode fornecer em termos de experiência, ainda mais uma versão mais evoluída do motor (o novo Direct Flex).
O que melhor define minha experiência com o EcoSport Titanium é “veste muito bem”! A posição de dirigir é muito boa, tudo fica bem à mão e o novo banco, mais envolvente acolhe muito bem o corpo. As mudanças de marchas são suaves e quase imperceptíveis, salvo quando se pisa fundo para obter potência extra instantânea que se percebe uma leve espera pela redução da marcha e a potência chegando com generosidade impulsionando o carro de forma realmente vigorosa.
Gostei muito do painel, dos novos instrumentos e do computador de bordo porque em uma tela de bom tamanho todas as informações importantes podem ser vistas de uma só vez: consumo total, consumo instantâneo, quilometragem parcial, quilometragem total, autonomia e temperatura externa, . Há carros que o motorista precisa apertar algum botão para olhar cada um desses itens, um por uma vez. Muito melhor desse jeito do novo Eco! Quando o carro está parado o consumo passa a ser mostrado como litros por hora e não mais quilômetros por litro. Claro, faz sentido!
Experimentei a sincronização do meu smartphone atual (como eu faço testes de smartphones estou cada hora com um diferente), um Moto Z Play 2, cuja sincronização via bluetooth se deu de forma muito simples e assim pude ouvir enquanto dirigia minha playlist do aplicativo Spotify. Também experimentei os recursos “piloto automático” e “limitador de velocidade”, ambos configurados pelo volante multifuncional. O piloto automático não é do tipo adaptativo como o do Ford Fusion (que diminui a velocidade ao encontrar um obstáculo retomando a velocidade automaticamente logo depois), mas desempenha bem sua função de manter a velocidade constante. O limitador de velocidade não deixa o motorista passar da velocidade programada de jeito nenhum! Ótimo para evitar as pesadas multas que estamos sujeitos. Mas tem uma inteligência importante. Quando eu pisei fundo no acelerador o carro desarmou o sistema e me permitiu crescer (rápido) a velocidade, algo que faz total sentido em uma situação de emergência.
O banco traseiro parece menor do que realmente é. Eu com meu 1.76m me acomodei muito bem ali, mas com a perna bem próxima do banco dianteiro (regulado para o meu tamanho). Pessoas com maior estatura vão encostar as pernas no banco da frente, salvo o motorista seja menor e o banco dianteiro esteja mais para a frente.
Acelerações rápidas e vigorosas, sensação de conforto ao rodar, filtrando as imperfeições do solo, mas ainda assim firme nas curvas. Dinamicamente a sensação de dirigir é muito agradável, parecendo mais um hatch do que um SUV, mesmo que compacto. Ao longo do test drive, no qual passamos por trecho de estrada, rotatórias, vias de baixa velocidade, ruas com buracos, o consumo apontado no computador de bordo foi 7.8 Km/l para a Claudia e para o Guido e 9.8 Km/l para mim, acho que fui mais delicado com o carro, a despeito de três ou quatro aceleradas fortes para experimentar. Como de hábito, nestas sessões de test drive os carros estavam abastecidos com etanol.
Este test drive comigo, Guido e Claudia foi registado a título de “impressões ao dirigir” e pode ser visto no vídeo abaixo.
Conclusão, críticas e
considerações finais
É um carro novo? Sem dúvida! Tem o DNA e identidade visual do EcoSport clássico? Com certeza. Interior, frente, motor e câmbio novos atestam isso tudo. Os novos motores, o 1.5 de 3 cilindros faz sua estreia mundial no nosso EcoSport e o 2.0 Direct Flex, “emprestado” do Focus, também bem moderno são bases sólidas para o carro e com certeza desempenho não é problema, pelo o contrário.
Há a “polêmica” do estepe atrás. Segundo a Ford, seus clientes têm no posicionamento do estepe uma marca registrada do carro. Acham que se fosse retirado de lá ficaria igual a outros SUVs. Acredito nisso. Mas alguém menos apaixonado pelo EcoSport, novos consumidores podem ter a preferência à retirada do estepe daquele lugar. Se fosse colocado no porta malas ocuparia um valioso espaço. Pneus “run flat” (rodam certa distância mesmo furados) seria uma opção, mas são caros. Penso que a dificuldade de opção é também motivo de não terem mudado essa característica (estepe atrás), que torna também muito difícil, senão impossível, abrir o porta-malas com outro carro parado bem próximo da traseira do Eco.
Há quem ache o carro apertado, principalmente atrás. Não concordo, é possível acomodar bem dois adultos no banco traseiro. Depende do referencial. Se sua expectativa é ter o mesmo espaço de uma Ford Edge, certamente vai achar apertado. Expectativa, referencial e necessidade efetiva de espaço. Se um casal tem filhos com 1.85 m pode ser um problema. Como sapato, cada um sabe o número que o satisfaz. Simples assim.
Sobre o porta-malas tenho uma opinião dividida. Para uso urbano, não há o que questionar. Com volume total de 362 litros (incluindo o nicho móvel na parte de baixo) é apropriado. A saber, um Honda Fit tem 363 litros sendo carro de outra categoria. Uma família de 4 pessoas não terá facilidade para viagens mais longas com várias malas. Por outro lado, os bancos bipartidos 60%/40% podem ser rebaixados de forma seletiva e de forma muito fácil (usando apenas uma mão), ampliam o espaço e pode resolver esta situação. E se o banco traseiro completo for rebaixado o espaço se torna muito grande com 1178 litros.
As críticas acabam por aqui. Onde o EcoSport dá um show é em equipamentos e tecnologia! Em todos os níveis. Contar com 7 airbags, sistema anticapotamento, assistente de partida em rampa, sensor de pressão nos pneus, sensor de estacionamento traseiro, grade dianteira com defletor ativo, motor 1.5 3C, SYNC 3 com tela touch screen (6.5 polegadas no SE e 8 polegadas no FreeStyle e Titanium), novos bancos, tudo isso a partir da versão de entrada (SE) é um diferencial muito grande! Esta versão de entrada tem preço de R$ 73.990 que é R$ 1.190 mais cara que o modelo 2017, mas tem R$ 5.000 a mais em equipamentos, segundo a Ford um acréscimo de valor de R$ 3.810 no carro.
Fazer comparações com a concorrência é difícil, mas sob o ponto de vista de valor pago versus valor recebido fica mais fácil. Foram dezenas de comparações apresentadas. Gostei dessa metodologia e por isso replico um dos exemplos. No caso abaixo o Kicks é mais barato, mas entrega menos potência e menos equipamentos e tecnologias.
É um carro novo? Sem dúvida! Tem o DNA e identidade visual do EcoSport clássico? Com certeza. Interior, frente, motor e câmbio novos atestam isso tudo. Os novos motores, o 1.5 de 3 cilindros faz sua estreia mundial no nosso EcoSport e o 2.0 Direct Flex, “emprestado” do Focus, também bem moderno são bases sólidas para o carro e com certeza desempenho não é problema, pelo o contrário.
Há a “polêmica” do estepe atrás. Segundo a Ford, seus clientes têm no posicionamento do estepe uma marca registrada do carro. Acham que se fosse retirado de lá ficaria igual a outros SUVs. Acredito nisso. Mas alguém menos apaixonado pelo EcoSport, novos consumidores podem ter a preferência à retirada do estepe daquele lugar. Se fosse colocado no porta malas ocuparia um valioso espaço. Pneus “run flat” (rodam certa distância mesmo furados) seria uma opção, mas são caros. Penso que a dificuldade de opção é também motivo de não terem mudado essa característica (estepe atrás), que torna também muito difícil, senão impossível, abrir o porta-malas com outro carro parado bem próximo da traseira do Eco.
Há quem ache o carro apertado, principalmente atrás. Não concordo, é possível acomodar bem dois adultos no banco traseiro. Depende do referencial. Se sua expectativa é ter o mesmo espaço de uma Ford Edge, certamente vai achar apertado. Expectativa, referencial e necessidade efetiva de espaço. Se um casal tem filhos com 1.85 m pode ser um problema. Como sapato, cada um sabe o número que o satisfaz. Simples assim.
Sobre o porta-malas tenho uma opinião dividida. Para uso urbano, não há o que questionar. Com volume total de 362 litros (incluindo o nicho móvel na parte de baixo) é apropriado. A saber, um Honda Fit tem 363 litros sendo carro de outra categoria. Uma família de 4 pessoas não terá facilidade para viagens mais longas com várias malas. Por outro lado, os bancos bipartidos 60%/40% podem ser rebaixados de forma seletiva e de forma muito fácil (usando apenas uma mão), ampliam o espaço e pode resolver esta situação. E se o banco traseiro completo for rebaixado o espaço se torna muito grande com 1178 litros.
As críticas acabam por aqui. Onde o EcoSport dá um show é em equipamentos e tecnologia! Em todos os níveis. Contar com 7 airbags, sistema anticapotamento, assistente de partida em rampa, sensor de pressão nos pneus, sensor de estacionamento traseiro, grade dianteira com defletor ativo, motor 1.5 3C, SYNC 3 com tela touch screen (6.5 polegadas no SE e 8 polegadas no FreeStyle e Titanium), novos bancos, tudo isso a partir da versão de entrada (SE) é um diferencial muito grande! Esta versão de entrada tem preço de R$ 73.990 que é R$ 1.190 mais cara que o modelo 2017, mas tem R$ 5.000 a mais em equipamentos, segundo a Ford um acréscimo de valor de R$ 3.810 no carro.
Fazer comparações com a concorrência é difícil, mas sob o ponto de vista de valor pago versus valor recebido fica mais fácil. Foram dezenas de comparações apresentadas. Gostei dessa metodologia e por isso replico um dos exemplos. No caso abaixo o Kicks é mais barato, mas entrega menos potência e menos equipamentos e tecnologias.
A versão FreeStyle (intermediária), grosso modo, tem a mais
que a SE câmera de ré, SYNC 3 com tela de 8 polegadas com Android Auto e Apple
Car Play, painel de instrumentos com tela de 4.2 polegadas, piloto automático,
ar condicionado digital, motor 1.5 3C,assoalho inteligente no porta malas e na
verão manual custa R$ 81.490 e R$ 86.490 na versão automática.
A versão Titanium tem a mais que a FreeStyle o motor 2.0 de 176 cv, sistema de monitoramento de ponto cego e alerta de tráfego cruzado, sistema de som premium da Sony, interior em couro claro, faróis de xênon com luzes diurnas em LED, teto solar elétrico, GPS, painel soft touch e custa R$ 93.990, R$ 710 a menos que o modelo 2017, mas segundo a Ford acrescenta mais de R$ 10.000 em equipamentos.
A versão Titanium tem a mais que a FreeStyle o motor 2.0 de 176 cv, sistema de monitoramento de ponto cego e alerta de tráfego cruzado, sistema de som premium da Sony, interior em couro claro, faróis de xênon com luzes diurnas em LED, teto solar elétrico, GPS, painel soft touch e custa R$ 93.990, R$ 710 a menos que o modelo 2017, mas segundo a Ford acrescenta mais de R$ 10.000 em equipamentos.
Na linha dos duelos, segue a comparação da versão Titanium
com o Jeep Renegade Long. 1.8 automático. A diferença é grande!! Mesmo que haja
um certo “otimismo” por parte da Ford, difícil equiparar os dois, a começar pela
potência, airbags, etc. Mas o Renegade tem start-stop e ar condicionado dual
zone que o Eco não tem.
Segue abaixo um resumo das diferenças das 3 versões do novo EcoSport com suas respectivas faixas de preços, motorizações e equipamentos.
É um carro novo, mais que renovado, parcialmente
reprojetado, motorização, suspensão, transmissão, interior, painel, muitas tecnologias
presentes, 7 airbags, sistema anticapotamento e preço bastante competitivo em relação
à concorrência, principalmente ao comparar os pacotes de recursos. Há quem ache
que o carro poderia ser maior e retirado o estepe da traseira (run flat?). Mas
concordo com a Ford, não seria mais o EcoSport e sim outro carro. Seu tamanho
confere ótima dirigibilidade. Mas se fosse possível pedir para mudar alguma
coisa, minhas sugestões seriam porta-malas um pouco maior, freio a disco nas
rodas traseiras, ar condicionado dual zone, piloto automático adaptativo,
start-stop e porque não um câmbio CVT (transmissão que me agrada sobremaneira),
a despeito da transmissão automática nova ser muito boa.
Fiz a troca de um Eco SE 2016/17 por um Freestyle 2017/18 - em matéria de segurança não existe nada igual dentro da faixa. Se o anterior já era muito bom, agora ficou ótimo. Quanto ao estepe na porta traseira, olho pelo lado bom (facilidade se precisar trocar, uma roda e pneu a mais que as 04 rodantes), fora o diferencial que proporciona ao carro. A mala atende muito bem às minhas necessidades (lembro que se trata de um SUV compacto). A Ford acertou em cheio. Éderson
ResponderExcluirFiz a troca de um Eco SE 2016/17 por um Freestyle 2017/18 - em matéria de segurança não existe nada igual dentro da faixa. Se o anterior já era muito bom, agora ficou ótimo. Quanto ao estepe na porta traseira, olho pelo lado bom (facilidade se precisar trocar, uma roda e pneu a mais que as 04 rodantes), fora o diferencial que proporciona ao carro. A mala atende muito bem às minhas necessidades (lembro que se trata de um SUV compacto). A Ford acertou em cheio. Éderson
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