domingo, 25 de setembro de 2011

Biometria extrema! Reconhecimento facial TOTAL!

Não sei quanto a vocês, mas toda vez que eu via em um filme (e já faz tempo que se mostram estas coisas) estes dispositivos de autenticação baseados em reconhecimento de características humanas sempre me fascinaram. Se não me falha a memória foi em um dos velhos filmes do James Bond que vi usarem pela primeira vez sistemas de identificação de impressão digital. Bem mais recentemente vários outros filmes mostravam sistemas de segurança que usavam reconhecimento da íris ou fundo do olho. Tudo isso parecia muito distante naquele tempo. Com a popularização dos scanners de imagens as coisas pareciam que estavam mais próximas. Mas vai longe a possibilidade  de capturar uma imagem e poder reconhecê-la em tempo real, confrontando-a com uma “base de dados” de fotografias. Haja poder de processamento para isso tudo!

Mas este dia chegou. Em tempos de processadores de muitos núcleos isso se tornou possível. Para quem não sabe até a Microsoft dispõe de periféricos para este tipo de função, com preço similar a de um mouse, cerca de US$ 35, que pode ser usado no Windows 7 substituindo a clássica tela de login e password pelo reconhecimento da impressão digital de seu dono (ou conjunto de pessoas devidamente pré-scaneadas). Analogamente a SANDISK já tem há um bom tempo um PEN-DRIVE que traz junto também um leitor de impressões digitais.
Microsoft Fingerprint reader USB
SANDISK Cruiser Profile – Pen drive com Fingerprint reader USB

Isso tudo está mais prosaico que pode parecer. Por exemplo nas visitas que faço ao   ao escritório da Lexmark aqui em São Paulo, em seu prédio na Vila Olímpia. Tempos atrás eu tive meu dedo indicador digitalizado na portaria e associado com meu RG. Cada nova entrada no prédio tinha que ser aberta pelo simples posicionamento de meu dedo sobre o aparelho leitor. Simples, interessante e moderno. Senti-me dentro daqueles velhos filmes que falava.

Falando dos velhos filmes de ficção científica, sempre fiquei apavorado com aquela possibilidade de arrancarem nossos olhos para fora para autenticar a entrada em algum sistema! Graças a Deus uma tecnologia ainda mais sofisticada surgiu que possibilita a substituição desta, de forma ainda mais interessante, a tecnologia de reconhecimento facial!  Pesquisando um pouco o assunto descobri que já na década de 80 se tentava criar algo nessa área, mas só em meados da década de 90 surgiram os primeiros protótipos funcionais. 

Lamentavelmente o nefasto incidente de 11 de setembro de 2001 fez apertar consideravelmente a segurança nos aeroportos dos EUA, mas teve como conseqüência um novo impulso nas pesquisas nesta direção. Alguns meses depois deste incidente, na final do Super Bowl (a final do brasileirão dos nossos amigos gringos), foram usados equipamentos de reconhecimento facial para evitar a infiltração de elementos suspeitos neste grande evento esportivo.

Há algum tempo eu estive presente em um evento da Sun Microsystems realizado em Washington DC, no qual interessantes tecnologias foram apresentadas, entre as quais “The Sun Grid” - vide coluna minha sobre o assunto publicada no FORUMPCs “Haverá Grid Computing em seu caminho?”. 


Mas uma delas, que me fascinou sobremaneira, e que quis contar para vocês, foi sobre a experiência que vivenciei com este assunto de biometria baseado em reconhecimento facial. A empresa BIOBEX é parceira da Sun em soluções de autenticação unificada baseada em biometria para seus sistemas Solaris, Sun Ray etc. A Biobex tem um produto, em fase pré-operacional que em minha opinião é mais do que fascinante. O site http://www.biobex.com tem mais detalhes da empresa embora não seja tão completo. Mas a minha experiência vai descrever melhor o porquê de meu fascínio.


Fui convidado a fazer o “scanning” de meu rosto em um aparelho que parecia um daqueles usados para fazer radiografias panorâmicas odontológicas. Depois de dois “passos” e alguns ruídos interessantes, estava feito. Eu estava ansioso para testar o sistema. Em seguida postei-me diante de algo parecido com um monitor LCD, mas de superfície irregular, por 3 meros segundos. Mais outros 3 segundos e apareceu na tela: FLAVIO SCHANDON (estou para ver um gringo que consiga escrever Xandó direto!!). BINGO! Acertaram! Na seqüência propuseram que eu usasse um boné ou algo parecido. Arrumei um emprestado e repeti o teste. BINGO, de novo!!! Eu estava desconfiado. Deveria ter alguém ali falseando o resultado. 

Eu estava impressionado. Mas o grande final do teste, e também quase inacreditável, foi quando me sugeriram usar óculos escuros (além do boné!!). Emprestaram-me óculos daqueles redondinhos e bem escuros. De fato não eram óculos grandes, mas cobriam completamente meus olhos que ficavam escondidos. Nem preciso contar, né? Acertou de novo!! Isso me fez lembrar de minha saudosa avó que um belo dia prostrou-se diante de um caixa eletrônico de banco, atônita, dizendo ser aquilo uma máquina muito útil, mas diabólica!! Era a minha sensação! Claro que após esta demonstração eu fiquei super curioso e fiz dezenas de perguntas ao representante da empresa. Ele não podia revelar detalhes, mas a tecnologia se baseia no registro de linhas base na face da pessoa. Por isso o boné e os óculos não atrapalham muito. Perguntei sobre o efeito “envelhecimento”. Explicaram-me que as linhas-guia para reconhecimento devem ser capazes de funcionar em intervalos de até 15 anos, ou seja, por este tempo o sistema é capaz de reconhecer um rosto sem que seja necessário um novo mapeamento facial. Este tempo não se aplica às crianças, pois estas mudam sua fisionomia muito mais rapidamente.

Sem dúvida este tipo de recurso será muito útil em aeroportos. Quem sabe tornando os atuais fiscais que estão somente cumprindo seu dever, menos rudes e antipáticos. O outro lado da moeda é que pode parecer assustador ter de novo um BIG BROTHER de verdade a espionar e saber cada um de nossos passos! São os disparates e incongruências da evolução tecnológica!

2 comentários:

  1. Caro Anônimo vi este dispositivo em viagem no exterior. Mas acho que pelo site deles deve ter a informação de onde obtê-lo.

    ResponderExcluir