quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ultrabook Sony Vaio touch e Windows 8 – dupla vencedora

Já faz 8 meses que o Windows 8 foi lançado. Houve certo alarde na ocasião e alguma comoção. Eu estive na cerimônia de lançamento do Windows 8 e o que mais chamou a atenção foi a apresentação dos recursos e habilidades nativas no use de toque (ou “touch”) do sistema. Diversos notebooks e até alguns modelos conversíveis (notebook tablet) foram exibidos, como a parceria ideal do novo Windows.

figura 01 – Windows 8 e sua nova interface

Fato é que na ocasião o mercado ainda era incipiente para estes dispositivos. Mal tinham chegado ao mercado e mesmo assim em pequena variedade e quantidade. Por coincidência alguns dias depois eu tive a necessidade e oportunidade de trocar meu notebook. Este veio com Windows 7 instalado, mas eu rapidamente substitui pelo 8 para ter a experiência plena de uso.  Tratava-se de um notebook bem poderoso, embora não tão grande (14 polegadas). Processador Core i7, 1 TB de disco, 16 GB de memória, USB 3, etc. Mas esta máquina não tinha a capacidade “touch”.

Confesso que no início também me filiei ao grupo dos “viúvos do menu iniciar”. Embora tivesse usado anteriormente o 8 por várias vezes com o intuito de testá-lo antes do lançamento, posso afirmar que “treino é treino e jogo é jogo”. No dia a dia acabei me rendendo ao POKKI, um programa gratuito que introduz um clone do Menu Iniciar no Windows 8. A nova interface do 8 é bárbara, mas eu tinha muita dificuldade para fazer abrir  menu usando o mouse na lateral direita da tela. Eu sei que pode ser inabilidade minha, mas entre clicar direto no Pokki e ficar 2, 3 ou 5 segundos caçando o menu na lateral da tela com o mouse, acabei optando pelo primeiro. E assim vim usando o Windows 8. Trazia comigo certo sentimento de culpa por estar enganando o sistema operacional com o “falso menu”.



figura 02 – Pokki – o substituto do menu iniciar para o Windows

Deixando de lado esta polêmica posso dizer que tive muitas surpresas com o 8, a maioria boas e algumas nem tanto. Começarei pelos fatos que me causaram estranhezas.

Os tradicionais jogos como Xadrez, Mineswepper, Paciência, etc. se foram. Isso não é tão importante. O gerenciador de redes sem fio (atribuir prioridades de conexão não é mais possível como era antes). Eu que sou usuário de VPN sinto falta da opção “reconectar se a ligação cair”. Nos boletins da Microsoft isso foi explicado como função anacrônica uma vez que conexão dial-up não é mais usada. Verdade para acesso a Internet via modem, mas falso para VPN (conexão a uma rede remota pela Internet). Windows Media Center não faz mais parte do sistema operacional. O  “XP Mode” que funcionava no Windows 7, pela obsolescência do Windows XP o recurso foi descontinuado. Há um resumo dos recursos removidos do 8 neste link.

Mas por outro lado há tantas melhorias... Sinto o sistema mais estável, mais robusto. A comunicação com o usuário é muito mais amistosa!! Telas de erros são muito raras e não assustam mais. A quantidade de hardwares suportados é impressionante. NENHUM de meus dispositivos precisou de driver extra (download explícito), incluindo algumas impressoras, roteadores, unidades de armazenamento externo, smartphones... Descobri que na maioria dos casos o novo driver já está lá e em outros casos o download é feito de forma rápida, discreta e transparente. Isso proporciona uma ótima experiência.


figura 03 – Windows 8 e o resumo da configuração do Ultrabook Vaio


Mas o que quero destacar é de fato a habilidade do Windows 8 na manipulação dos novos Ultrabooks, conceito criado pela Intel e implementado pelos grandes fabricantes como HP, Dell, Sony, Lenovo, etc. Na conceituação do Ultrabook há premissas bem importantes. Falei sobre isso tempos atrás no texto “Ultrabook, você ainda vai ter um?” O sistema operacional deve ser carregado bem rapidamente. Hibernar e retornar deste estado deve ser feito também de forma muito ágil. O uso combinado de memória flash ou SSD com o disco rígido e por vezes um sistema de armazenamento 100% flash (o próprio SSD) garantem o desempenho necessário. A propósito também já falei do impacto do SSD na performance no texto “Intel SSD Series 500 – como faz diferença” e no texto “Transformando um notebook com o SSD  Kingston V300”. O diminuto tamanho, leveza e grande duração de bateria completam o conceito do Ultrabook. Mas algo ainda estava faltando para mim.

Quis o destino que eu ao participar de um concurso de frases sobre Ultrabook eu fosse afortunadamente o vencedor e isso me fez chegar às mãos um exemplar Ultrabook SONY VAIO de 13 polegadas e com capacidade touch. Trata-se do modelo SVT13127cbs. Resumidamente sua configuração é:
  • Processador Intel Core i5 3317U de 1.7 Ghz
  • 4 GB de memória RAM
  • disco rígido de 320 GB
  • SSD de 32 GB (integrado ao disco rígido)
  • Tela LED 13.3 polegadas “touch” (multi toque – em até 10 pontos)  
  • Conector VGA e HDMI
  • 1 USB 3.0 e 1 USB 2.0
  • Leitor de cartões de memória
  • Rede Ethernet Gigabit e WiFi padrão “n”

figura 04 – Ultrabook Vaio Touch 13 com Windows 8

Isso foi há 6 meses. Tive todo este tempo para descobrir o modelo de uso ideal para mim e “vestir” o Ultrabook Vaio com Windows 8 no meu dia a dia. E apenas agora eu me sinto totalmente seguro para descrever minha experiência, sensações e aprendizado.

A primeira e importante declaração é que eu propositalmente não instalei o Pokki neste Ultrabook VAIO Touch. Não tinha certeza de que me adaptaria ao uso do toque, mas se não me permitisse, se não tentasse jamais saberia. E foi uma grande surpresa para mim.

Eu imaginava que seria desconfortável e pouco ergonômico usar a tela. Mas com o passar do tempo algumas das funções que fazemos habitualmente nos Tablets eu me vi repetindo no Ultrabook. Zoom com movimento de pinça, clicar um botão em um site, arrastar a tela em vez de usar barra de rolagem do mouse, etc. Nunca mais tive dificuldade para acionar o menu lateral uma vez que usando movimentos e toques é para mim bem mais fácil!

Mas preciso ressaltar um detalhe. Meu notebook anterior (entre julho de 2009 e novembro de 2012) era um bom Lenovo T400, o qual dispunha do adorado Trackpoint (aquela bolinha vermelha sensível a pressão que fica no meio do teclado). Eu era completamente adaptado e acostumado ao Trackpoint e jamais gostei muito dos Touchpads dos notebooks. Os meus dois VAIOs (o Core i7 14 polegadas e o Ultrabook Touch) têm touchpad sem botões, ou seja, o usuário precisa clicar no canto do touchpad e não em um botão específico. Não gosto muito disso e nesta hora eu sinto saudades do meu velho Lenovo. Possivelmente isso também me estimulou a usar mais o toque na tela.

Abrindo um parêntese, aproveitando a oportunidade, sendo totalmente franco e transparente há mais duas características destes VAIOs que não me agradam 100%. O teclado não dispõe de teclas PgUp, PgDn, Home e End independentes. Precisam ser acionadas junto com a tecla FN (azul). Analogamente algumas (poucas) teclas como “/” e “?” precisam ser acionadas em conjunto com AltGr (AltGr Q para “/”  e AltGr W para “?”). Embora não seja difícil nem demorado, é algo fora do padrão e me incomoda. Será que não cabiam 6 teclas a mais no projeto do teclado? Parêntese fechado.

Mas com o passar das semanas eu percebi claramente o meu padrão de uso, os benefícios de cada dispositivo e o ganho de produtividade com isso. Em situações de demanda extrema como o uso de máquinas virtuais, e situações que exijam dezenas de janelas abertas, dou preferência para o VAIO Core i7 esua vasta quantidade de memória RAM. Mas a grande maioria das vezes meu eleito é o Ultrabook Vaio Touch. Eu o levo comigo em reuniões, coletivas de imprensa, apresentações... É a solução ótima como ferramenta de mobilidade. Na minha casa a todo o momento carrego o Ultrabook para lá e para cá, como se fosse um “super Tablet”. É isso!! Para mim o Ultrabook tem quase a mesma mobilidade de um Tablet, mas é um equipamento bem mais completo e robusto. E o Windows 8 com toda sua capacidade de aproveitar estes dispositivos  é parte importante dessa equação!!

A saber, estou no sofá da sala de minha casa, escrevendo este texto no Ultrabook, rolando as páginas do Word 2013 usando a tela do VAIO com meus dedos enquanto vejo na TV os comentários sobre a fraca vitória do Brasil contra o Uruguai (2x1) na Copa das Confederações. Ultrabook leve no colo, não incomoda e me permite escrever, ver TV...

Talvez eu não seja um usuário típico, uso amiúde vários dispositivos: Notebook, Ultrabook, PC Desktop, MAC mini, smartphone e ainda um Tablet. Mas verdade seja dita, aquele que mais tem ganhado minha atenção tem sido esta dupla de sucesso o Ultrabook touch com o Windows 8. E ainda há mais por vir. Na verdade já aconteceu, há dispositivos ainda mais inovadores como Ultrabook Conversível ou “destacável” (que se transforma em Tablet), bem como Tablets mais poderosos com Windows 8. Parceria que parece ser longeva, pelo menos para mim. Há pontos a melhorar, há espaço para evolução. Os espertos e capazes fabricantes estão de olho nos consumidores e no mercado visando trazer a solução mais adequada para cada momento. O Windows 8.1 (uma atualização gratuita que será disponibilizada pela Microsoft) está logo ali, virando a esquina do próximo semestre. E a evolução segue!


 

figura 05 – Uso típico do Ultrabook


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