Flavio Xandó|
Instituto Brasileiro de Museus mapeia
o primeiro Museu do Videogame do país
Com
mais de 200 consoles e mais de 6 mil jogos, Museu do Videogame
Itinerante agora faz parte do banco de dados do Ibram e rodará o Brasil com exposições que permitirão aos visitantes não só conhecer, mas também jogar games clássicos dos últimos 42 anos
Itinerante agora faz parte do banco de dados do Ibram e rodará o Brasil com exposições que permitirão aos visitantes não só conhecer, mas também jogar games clássicos dos últimos 42 anos
Atari, Nintendinho, Master System, Mega Drive, Nintendo
64, Sega Saturn, Dreamcast, Game Cube, Xbox, Playstation 1. É raro encontrar
alguém com menos de 40 anos que já não tenha jogado ou pelo acompanhado alguém
jogar alguns dos videogames clássicos que fizeram história no Brasil e no
mundo. Jogos como River Raid, Enduro, Pac-Man, Super Mario Bros, The Legend of
Zelda, Donkey Kong, Sonic, Alex Kid, Top Gear, Street Fighter, Mortal Kombat,
Final Fantasy, Castlevania, entre muitos outros, ficaram marcados na infância e
adolescência de milhões de pessoas. E mesmo com a nova geração de videogames,
são muitos que ainda cultivam boas lembranças dos aparelhos de 2, 8, 16, 32, 64
ou 128 bits.
E para aqueles que curtem jogos eletrônicos de todas as
épocas, a boa notícia é que o Ibram – Instituto Brasileiro de Museus (www.museus.gov.br) acaba
de mapear o primeiro Museu do Videogame do país. Criado há cinco anos pelo
jornalista e curador, Cleidson Lima, o Museu do Videogame Itinerante,
que não tem sede fixa, passará este ano a visitar cidades de todos os estados do Brasil. Desde 2011, mais de 450 mil
pessoas conheceram o acervo que é exposto apenas durante 15 dias do ano, na capital de Mato Grosso do Sul. Em fevereiro deste ano, mais de
160 mil pessoas visitaram a exposição no shopping Bosque dos Ipês, em Campo
Grande, que contou com apoio da PlayStation Brasil, Intel, Ubisoft, Oi e
Kingston.
Devido ao grande número de pedidos, toda a coleção
ganhará o país por meio de parcerias e patrocínios de shoppings, instituições e
empresas privadas. Já estão previstas exposições em Fortaleza, Belém, São
Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, entre outras. Esses apoios
possibilitarão que as exposições sejam gratuitas para o público em geral.
De acordo com Cleidson Lima, os visitantes encontrarão
mais de 200 consoles de todas as gerações nos últimos 42 anos. Entre as
relíquias estão o primeiro console fabricado no mundo, o Magnavox Odyssey, de
1972; o Atari Pong (primeiro console doméstico da Atari), de 1976; Fairchild
Channel F, de 1976 (primeiro console a usar cartuchos de jogos); o Telejogo
Philco Ford, de 1977 (o primeiro videogame fabricado
no Brasil); o Nintendo Virtual Boy, de 1995 (primeiro a rodar jogos 3D); o
Vectrex, de 1982 (console com jogos vetoriais que já vinha com monitor); o
Microvision (primeiro portátil a usar cartucho), de 1979 e o R.O.B (robozinho
lançado juntamente com o Nintendo 8 bits, em 1985).
E as raridades não param por aí. Há itens realmente
desconhecidos até mesmo para alguns colecionadores, como o Coleco Telstar
Arcade, de 1977. Lançado na era pong, o console era triangular e cada um dos
seus lados tinha um controle diferente. Seguindo a mesma linha, o Museu do Videogame Itinerante
traz o Coleco Telstar Combat, de 1977, que tinha como foco o público que
gostava de tanques de guerra. Outro videogame do acervo, o Action Max, de 1987, trazia
jogos de tiro em fitas de videocassete. Os curiosos também podem curtir o
Bandai Pip Pin Atmark, o único videogame criado
pela Apple, em 1995. Todos os itens trazem informações com nome, data de
lançamento e detalhes técnicos dos videogames.
Alguns consoles antigos trazem também vídeos com comerciais de época e detalhes
de como funcionavam.
Museu - vista geral
Um dos diferenciais do Museu do Videogame Itinerante é que, além de
conhecer consoles e jogos raros, os visitantes também podem jogar em alguns
videogames que fizeram história, tais como o Telejogo Philco-Ford (1977), Atari
2600 (1976), Nintendinho 8 bits (1985), Master System (1986), Mega Drive
(1988), Super Nintendo (1990), Nintendo 64 (1996), Game Cube (2001), Sega
Dreamcast (1998), Xbox (2001), Playstation 1 (1994), entre outros.
“Temos grandes colecionadores no país que fazem parte de
grupos que lutam para preservar a história, como o Canal 3, e o Museu do
Videogame Itinerante chega apenas como mais um para auxiliar nessa tarefa. Não
temos intenção de ser o maior ou melhor, mas sim mostrar ao público que os
jogos eletrônicos precisam ser reconhecidos também como história, cultura e
arte. Para as novas gerações de consoles existirem, como PlayStation 4, Xbox
One, Wii U, entre outros, houve mais de quatro décadas de evolução”, explica
Cleidson Lima.
Para mais informações sobre o Museu do Videogame, basta acessar o endereço www.facebook.com/museudovideogameitinerante ou
enviar e-mail para museudovg@gmail.com.
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