Este artigo está disponibilizado em três partes. Conforme forem sendo publicadas as novas partes os links para cada uma delas será acrescentado logo abaixo:
PRTG 2024 – Ampliando a capacidade de monitoração (este texto)
ComparandoPRTG e Zabbix em 2024 (publicado 22/04/24)
Usando o PRTG no ambiente industrial (publicado em 14/05/2024)
Introdução
Informação é poder. Quem já não ouviu essa afirmação? Mas com a crescente
digitalização de todos os processos, da transformação que temos vivenciado, posso
afirmar que informação é oxigênio para as pessoas e todas as corporações.
Garantir que as etapas de rotinas digitais funcionem a contento é objetivo
primordial e para isso, mais informações, ativos muito especiais são
indispensáveis.
Estou falando da garantia do funcionamento dos sistemas críticos sobre os quais
todas as empresas se apoiam, aqueles que sem os quais as atividades são
interrompidas. Eu venho há alguns anos acompanhando bem de perto as soluções de
monitoração da infraestrutura das empresas, notadamente o PRTG da empresa
Paessler com dois olhares diferentes. Sou usuário dessa solução em ambientes de
TI nas quais sou responsável e também com o olhar de jornalista de tecnologia,
que visa conhecer os avanços das soluções existentes e poder compartilhá-las.
Por isso, após ter estudado e utilizado várias gerações do PRTG, da empresa
alemã Paessler, em 2012, 2014, 2016, 2018, várias conversas e entrevistas com
executivos da empresa, já era hora de fazer mais um mergulho profundo nessa
vital tecnologia, principalmente porque a Paessler fez crescer a funcionalidade
e utilidade do PRTG nos últimos anos, também para a importante (e fascinante)
área industrial e automação de processos. Isso será tema de parte importante
desse texto.
Mas para começar preciso equalizar alguns conceitos, rememorar as
características do PRTG, objetivos, funcionalidade e utilidades. Vou resgatar algumas
informações dos textos anteriores para isso.
PRTG origens e características
No início se percebeu que os profissionais de TI necessitavam ter acesso a
informação de qualidade, caso contrário eventos que venham causar alguma pane
ou comprometimento na infraestrutura não seriam percebidos ou localizados. A
monitoração de indicadores especialmente escolhidos pode direcionar a equipe de
TI na direção de ações proativas permitindo-os a descobrir problemas e
evitá-los antes mesmo de terem acontecido. Essa foi a origem do PRTG, monitorar
para resolver problemas e evitar que outros acontecessem.
Vale a analogia com um paciente internado em um hospital com diversos sensores
acompanhando dados de batimento cardíaco, pressão arterial, nível de oxigênio e
glicose no sangue, entre outros dados. Pontualmente, uma aceleração súbita do
batimento cardíaco, uma taquicardia por si já faria médicos virem acudir o
paciente. Por outro lado, uma alteração, mesmo que vagarosa da taxa glicêmica,
pode indicar que pela progressão dos dados o paciente terá uma crise de
hipoglicemia em algumas horas. Por isso o acompanhamento é vital para atuar
problemas presentes e prever problemas futuros. E por que isso não seria igual
com uma infraestrutura de TI? Claro que é igualzinho.
É necessário avaliar, escolher e instrumentar os pontos críticos usando
ferramenta adequada de tal forma que problemas possam ser identificados e
muitas vezes também antecipados e administrados. É importante destacar que nem
sempre uma pane catastrófica será a responsável pela interrupção dos serviços vitais
de uma empresa. Existem situações muito simples e ao mesmo tempo muito comuns,
como por exemplo a escalada de consumo de recurso de poder de processamento em
um servidor crítico. Analogamente é como se uma pessoa constasse que a cada dia
seu automóvel tem que fazer mais força para vencer uma subida que existe no
caminho. É possível prever que um dia ele não terá força para vencer o aclive e
não vai subir. No ambiente de TI percebemos que o servidor não vai ser capaz de
processar o volume necessário de informações. Este é o desafio. Ser capaz de
enxergar estas tendências a tempo e atuar proativamente.
É dessa forma que atua o PRTG. Problemas reais que já aconteceram e que
necessitam de atenção urgente e imediata são identificados e apontados por meio
da monitoração dos pontos críticos que podem vir a comprometer a empresa em um
momento futuro. Isso garante a continuidade da operação dos recursos de TI sem
impactar os processos de negócio. Atualmente poucos minutos de interrupção
podem custar muito caro para as organizações. Em função do ambiente, são
centenas ou milhares os pontos que requerem acompanhamento e fiscalização de
possíveis falhas. Este é o grande valor do PRTG, olhar de forma automática e
incansavelmente para todos os elementos sensíveis colaborando para evitar perdas
que possam advir de paradas em elementos críticos para o negócio.
Diferenças percebidas desde o último teste (2018 x
2023/2024)
Para não ter que mergulhar nos máximos detalhes do PRTG, vou convidar você
leitor a conferir as avaliações que eu fiz anteriormente nas quais explorei
bastante as características da solução. Dessa forma esse texto não ficará
repetitivo e com os links. Dessa forma você leitor, terá acesso a tudo. Leia a
avaliação de 2018, mas se tiver tempo recomendo ler todos na ordem cronológica,
assim dá para ir percebendo as mudanças e evoluções. Aproveito também para
citar algumas conversas e entrevistas que tive com executivos da Paessler sobre
o PRTG nos últimos anos.
Artigos
Parte
1/3 - PRTG 2018 A vital importância da monitoração do ambiente de TI
Parte
2/3 - PRTG 2018 Monitorando o ambiente de TI, teste completo
Parte 3/3 - PRTG
2018 Análise comparativa com Zabbix, uma das alternativas de mercado
PRTG 2016 – monitoração da infraestrutura
ampla e versátil, teste detalhado em situação real!
PRTG 2016 – manter seu negócio 100%
operacional é absolutamente crítico
Monitorar infraestrutura de TI - sem custo com
PRTG - até 100 sensores
PRTG 2014 – monitorando ainda mais de perto a
infraestrutura crítica
PRTG 2012 – monitorando totalmente sua rede e
infraestrutura
Entrevistas:
#419 PRTG monitoração da
infraestrutura evoluiu para monitoração do negócio e IoT
#645 PRTG monitora e gerencia
infraestrutura de TI e agora mais IoT, chão de fábrica, segurança, saúde
#742 Paessler PRTG amplia muito sua
atuação e habilita monitoração no ambiente da Indústria 4.0
#816 Paessler PRTG, ampla monitoração
no mundo digital, IoT, 5G, favorecendo a sustentabilidade, controle e
continuidade de negócios
O PRTG é uma solução que começou a tomar forma em 2001 e em
2003 se consolidou como um produto disponível para o mercado. Portanto tem mais
de 20 anos de crescimento e desenvolvimento. Como poderíamos esperar, hoje é um
produto bastante maduro e que nos últimos anos teve melhorias, acabamentos,
refinamentos, mas não é radicalmente diferente da versão que eu testei
detalhadamente em 2018.
Mas há uma clara exceção. Em 2018 não existia ainda, ou pelo menos naquela
ocasião não foi destaque para mim a aplicação na área industrial, atuando como
elemento da monitoração e automação industrial. Nas entrevistas que fiz a
partir de 2019, percebi que inicialmente os recursos de monitoração de IoT
foram se tornando destaque, a capacidade de interagir com dispositivos da
Internet das Coisas. Isso foi tomando corpo e finalmente nasceu a vertente de
utilização no segmento industrial. Essa é a imensa diferença que existe no PRTG
2023/2024 em relação ao meu último teste do PRTG 2018. Tanto que há uma parte
exclusiva nesse texto falando apenas sobre essa aplicação industrial do PRTG.
Portanto em 2023/2024 há refinamentos na interface do PRTG, além disso estou sabendo que tem uma nova interface e nova API chegando esse ano, percebi mais agilidade na análise da rede em busca de dispositivos e sensores. Foi ampliado (cada vez mais) o leque de sensores disponíveis. Não havia capturado minha atenção em 2018 os sensores específicos para bancos de dados como Microsoft SQL Server, MySQL, PostgreSQL e Oracle SQL. Neste teste eu precisei criar sensores para SQL Server e isso foi importante para mim.
A propósito, foi o PRTG que me fez descobrir um erro iminente que foi evitado. Nesta empresa no qual instalei o PRTG, roda uma aplicação que eu mesmo desenvolvi anos atrás (sim, já fui desenvolvedor de aplicações) que usa o Microsoft SQL Server. Como a aplicação é bem antiga, seu banco de dados fora criado com um tamanho fixo. Dias depois da instalação do PRTG e de eu ter instalado os sensores para o banco de dados, recebi um alerta que o espaço dedicado para o SQL Server estava próximo da capacidade alocada. Sem o PRTG em alguns dias o sistema iria parar de funcionar, haveria erro no SQL e dificilmente eu pensaria que pudesse ser problema de espaço. Sabe-se lá quantas horas ou dias eu iria precisar para descobrir e resolver essa situação. Não só o PRTG me ajudou a evitar um problema antes dele acontecer, como já me direcionou para a solução, aliás muito simples, que foi ampliar a área do banco de dados e já configurar para crescimento dinâmico, assim nunca mais terei este problema.
Ainda sobre os sensores, dá para ficar horas explorando todos os tipos disponíveis. São dezenas de categorias e centenas ou milhares de sensores. Citando alguns que despertaram minha atenção, vários para monitorar o ambiente AWS, disponibilidade de vários provedores SaaS, Microsoft Office 365, Microsoft Azure, Status do Zoom, Veeam Backup, incluindo alguns sensores Beta (que um dia se tornarão regulares) como Cisco Meraki, VPN da Fortigate, etc. E não para por aí, descobri também sensores para aparelhos médicos, algo vital para um ambiente hospitalar ou laboratorial.
##### CONTINUA ######
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