Em tempos de pandemia e home office em alta intensidade, nossa ferramenta de trabalho precisa estar adequada ao ritmo acelerado de atividades. Produtividade é tudo. Tive emprestado por um bom tempo o notebook HP Probook 445 G7. Quem já leu ou assistiu vídeos que fiz com avaliações de notebooks ou smartphone, sabe que eu adoto o dispositivo. Não importa o trabalho que dê, eu transfiro totalmente minha carga de trabalho para ele. Programas ou aplicativos, arquivos de trabalho, tudo! E passo a usar somente aquele notebook (ou smartphone) no dia a dia. Isso permite que a percepção das virtudes e eventuais defeitos apareçam de forma natural. Sobre isso que vou falar e compartilhar com vocês.
Para começar, é subjetivo, eu sei, mas o visual do Probook é
lindo! Adorei o acabamento aluminizado, sua tela com bordas finas nas laterais,
o teclado na cor preta, contrastando com o prateado de seu corpo, o ótimo
touchpad (eu não gosto de touchpad, mas esse eu usei sem trauma algum).
Design à parte, chama minha atenção sua grande tela (14 polegadas) e como o
notebook é fino e leve. Para quem precisa de uma estação de trabalho com ótima
mobilidade, é uma grande alternativa. Ele não é pequeno como aqueles notebooks
de 12 polegadas, mas ser fino e leve conferem ao Probook este talento para ser
usado de lá para cá, não vai pesar na mochila. Também ajuda sua fonte de
alimentação, o carregador, ser também pequeno e leve.
Sobre a tela, sua resolução é a padrão de 1366x768, na proporção familiar 16:9.
Pena que não seja FullHD (1920x1080), com mais pontos e mais definição. Mas a ótima
qualidade do painel LCD me fez esquecer dessa especificação/resolução não
atendida.
Sem querer entrar em muito tecnicismo, preciso falar de seu processador. O
Probook usa o chip Ryzen 5 da AMD (4500U), construído com a tecnologia de 7 nm
(nanômetros). O que isso significa? Quanto menor o processo produtivo, mas
denso é o processador, mais eficiente em termos de energia e desempenho. A AMD tem
experimentado anos muito felizes nos projetos de seus processadores, criando
soluções de alta capacidade, custo competitivo e depois de muitos anos incomodando
e superando a mega competente e gigante Intel, que na sua 10ª geração de
processadores (atual no mercado) trabalha
com arquitetura de 10 nm em vez de 7 nm como faz a AMD nesse Ryzen 5 4500U.
Uma característica importante do Ryzen 5 é sua adaptação à necessidade do momento em termos de desempenho. Um dos fatores importantes de um processador (não é o único) é sua frequência de operação, medida em Ghz (gigahertz). Imagine o quanto o pé está pressionando o acelerador de um carro. Sua frequência “normal” é de 2.3 Ghz. Mas se algum programa demanda potência bruta para maior processamento, ele eleva sua velocidade operação (pisa fundo no acelerador) até 4.0 Ghz. Por outro lado, se a demanda é baixa, ele “tira o pé” e trabalha a 1.4 Ghz, privilegiando sua autonomia de bateria. Isso traz o melhor dos dois mundos, velocidade e economia. Esse é um recurso que já existe nos processadores da AMD e da Intel já faz algum tempo, mas eu posso atestar que no Probook isso funciona muito bem.
Windows 10 Pro
8 GB memória RAM DDR4
256 GB de armazenamento SSD NVMe
AMD Ryzen 5 4500U
4 USBs 3.1 (uma USB-C)
Leitor da cartão de memória SD
HDMI (1.4)
Conector P2/P3 para headset ou fone de ouvido
As especificações nos seus mínimos detalhes podem ser vistas clicando neste link.
Há notebooks no mercado que ainda são oferecidos com 4 GB de memória RAM, fujam
deles. Estes no começo até atendem, mas basta o ambiente do usuário crescer um
pouco que o desempenho cai bastante. 8 GB de memória como tem o Probook é
perfeito, há sobra para usar muitos programas ao mesmo tempo. A não ser que se
queira usar programas bem pesados como aqueles para fazer ilustrações, editar
vídeos de alta resolução, etc., nestes casos mais memória é muito bem-vindo. O
Probook tem 2 slots para memória permitindo que em teoria até 32 GB sejam
instalados.
Mas com sua memória padrão (8 GB) eu consigo editar vídeos em FullHD (1080p),
aliás, exigência do meu perfil de uso, pois antes da pandemia, era comum eu
viajar para cobrir eventos internacionais e sempre fazendo entrevista para o
meu site/canal PapoFácil. O Probook dá conta com certeza. Claro que ele
processa o vídeo um pouco mais devagar que o meu PC desktop do escritório, mas
é absolutamente viável e de uso fluído.
O sistema de armazenamento está muito bem dimensionado.
Utiliza um SSD 256 GB de interface NMVe, ou seja, cerca de 3 vezes mais rápido
que SSDs SATA e mais de 10 vezes mais veloz que discos rígidos convencionais.
Ainda bem que cada vez mais notebooks vêm sendo oferecidos com essa tecnologia,
porque é um caminho sem volta. Quem já não ficou muito impaciente quando ao ligar
um notebook com tecnologia convencional, demora mais de 90 segundos para estar
pronto!! Este computador entre ligar e ele permitir seu uso mal se passam 15
segundos. Os programas carregam muito rapidamente, como eu falei, é uma
experiencia de uso a qual quando se vivencia, você jura para você mesmo que
nunca mais vai usar computador com HDs convencionais.
Ele tem quatro conectores USB, um deles no padrão USB-C (que também é DisplayPort).
Os outros três são do tipo A (USB 3.1 convencional), sendo que uma delas serve
para dar carga a qualquer periférico como por exemplo, um smartphone, mesmo com
o Probook desligado. É como se o notebook fosse um powerbank gigante.
Ele também dispõe de conector RJ45, para uso em rede por meio de cabos, na
velocidade de 1 GB/s. É importante destacar este recurso porque muitos
fabricantes têm suprimido o conector de rede confiando apena no WiFi, que mesmo
que seja de ótima qualidade, a conexão nunca é tão rápida ou robusta como àquele
obtida usando cabo.
Ainda falando das conexões, há um importante leitor de cartão de memória (SD
card), uma saída HDMI para conectar um monitor externo ou projetor e o
tradicional encaixe P2 (na verdade P3) para headset ou fone de ouvido com
microfone (apenas um plugue que contém todas as conexões).
Na outra lateral há o leitor de cartões e mais uma USB-A
Embora o Probook não seja um computador especializado para o segmento
corporativo, ele tem o prático sensor biométrico que permite fazer
autenticações e login por meio de impressão digital. Adoro isso, bye bye senha
para entrar no Windows! Muito preciso e rápido.
Existem mais algumas virtudes “ocultas” a serem apresentadas. Ele é
extremamente silencioso, seu sistema de refrigeração possivelmente passivo, ou
se tem um cooler, ele é muito discreto mesmo. Em momento algum durante o uso,
eu ouvi barulho de ventoinha.
Outro destaque é sua webcam. Ela tem resolução HD (720p), mas a resolução não é
seu maior destaque. Normalmente fabricantes de notebook usam uma câmera apenas
“mais ou menos”, que “dá para o gasto”. Nem vou citar o meu notebook pessoal atual
qual é, mas sua webcam é muito ruim, imagem desbotada, baixa definição, escura,
etc. Tanto que pedi para um amigo emprestada uma webcam Logitech 922c para eu
poder usar no dia a dia. No começo eu a usava plugada na USB do Probook até o
dia que percebi como era boa sua câmera nativa. Tanto que devolvi a Logitech
emprestada. Sua câmera tem qualidade
pelo menos igual à da Logitech, uma boa e feliz surpresa.
A qualidade das caixas de som do Probook é apenas OK, não há muita presença de sons
graves, mas cumpre o papel para uso pessoal e profissional, videoconferências,
etc. Se você prestar atenção à espessura deste notebook, impressiona-me a HP
ter conseguido instalar qualquer alto-falante nesse pequeno espaço. Lembrando
que eu também uso muito fones de ouvido com conector P2 ou fones Bluetooth que neste
notebook também funcionam muito bem.
Não mencionei o WiFi porque ele tem ótimo comportamento, é moderno, no padrão
AC (há modelos com WiFi 6 no padrão AX). Em meu ambiente de teste consigo
transferir arquivos entre 150 e 250 Mbps que é muito bom, mesmo para trafegar arquivos
grandes.
Mas e a duração da bateria?
Isso é fundamental para qualquer notebook. Vou dividir com vocês o seguinte
fato. Estou trabalhando neste texto há exatos 2 horas e 09 minutos, todo este
tempo usando na bateria, digitando no Word, Outlook em segundo plano baixando
e-mails, Microsoft Teams, WhatsApp Web também trafegando mensagens e vez por outra capturando
uma tela e fazendo cortes da imagem para ilustrar este texto. Diria que é um
uso bastante típico, certo? Como mostra a tela abaixo, gastei 25% de sua carga.
Extrapolando esses dados, eu obteria cerca de 8 horas e 36 minutos de uso
contínuo!! Ao trabalhar, fazendo pausas, tela desligando, parando para o
café, eu afirmo que o Probook chegaria neste padrão de uso a 9 ou 10 horas de
uso tranquilamente!!
Observe que na configuração padrão, o HP tem 4 níveis de
desempenho x economia. O nível 4 é usado apenas com o computador na tomada. O
nível 1, máxima economia, geralmente é acionado automaticamente quando a carga
baixa de 20%, deixa o processamento mais leve e a tela menos brilhante. Mas o
nível 2, que é o padrão, revelou-se ótimo pois não senti falta de velocidade e
ainda tive toda essa autonomia, repito, trabalhando de forma ininterrupta!
Mas eu ou submeti a um teste de estresse um pouco mais rigoroso. Selecionei um
vídeo no Youtube que tem 7 horas de duração, 1080p, carregando pelo
WiFi. O Probook chegou até o final e só então desligou. Tempo todo, tela ligada,
acessando continuamente o conteúdo pelo WiFi, foram praticamente 7 horas de
autonomia. Dá para ver 6 u 7 episódios da sua séria favorita, talvez mais.
Também acho importante relatar o tempo de carga da bateria. Foram cerca de 135
minutos (2 horas e 15 minutos) para fazer o carregamento total, a partir do zero
e com o computador ligado (porém sem usá-lo). Como muitos dispositivos, a carga
é mais rápida no começo. Uma hora de carregamento eleva a 60% o nível da bateria
que resulta em autonomia de 5 horas e 9 minutos
A HP traz no Proobok uma suíte de segurança que não substitui, mas complementa
tanto a solução do Windows, como outros softwares. Estou falando do HP Wolf
Security, HP Sure Click Secure Browser, HP Cliente Security Manager, que são
módulos complementares que agregam camadas na segurança. Tenho licença do
Kasperky Security Cloud o qual instalei no Probook e que conviveu pacificamente
com as camadas de segurança da HP, que mereceria um texto de avaliação só para
si. Mas entre tantas funções, há verificação de downloads (se são seguros),
navegador protegido, etc.
Mas se o Probook tem tantas virtudes, onde ele falha miseravelmente? Em nenhum ponto! Essa que é uma característica muito interessante deste notebook, ele é muito equilibrado nos recursos. Mas claro que há alguns pontos que poderiam ser aprimorados, aqueles recursos que se existissem, seriam a cereja do bolo.
Por já ter usado notebook com teclado retro iluminado, senti falta dessa
praticidade. Também preferiria se sua tela tivesse resolução FullHD (1920x1080
pixels), pois principalmente para trabalhar com imagens no editor de imagens e
vídeo, teria mais espaço útil nos programas. A tela aceitar comandos por toque
seria um luxo desejável, mas não é indispensável. Por fim, para minha total
tranquilidade, compraria este notebook com 16 GB de memória, mas tanto essa
especificação como o SSD de 256 GB (que poderia ser de 512 GB pelo menos), são
elementos que podem ser expandidos depois.
Conclusão
O Probook tem grandes virtudes como seu peso reduzido, fino, usa processador AMD
Ryzen 5 de ótima qualidade, sistema de armazenamento com SSD de 256 GB, que
conferem um desempenho muito bom , até vídeos editei com ele. Sua tela conta com
visual aprimorado (embora não seja FullHD), uma webcam que me surpreendeu, ótima
portabilidade, e uma generosa quantidade de portas de conexão como as 4 USBs (uma
delas no moderno padrão USB-C). Não só eu atesto que usaria, como usei por
quase 70 dias essa máquina e o dia de me despedir dela (hoje), foi um triste
dia. Seu preço sugerido pela HP é de R$ 5.999, valor este que achei na loja da
própria HP e também na KALUNGA e achei um pouco mais barato na AMERICANAS por
R$ 5579. Lembrando que preços podem variar dia a dia.
marcelobrrj
ResponderExcluira porta usb c permite ampliar a capacidade de portas ainda mais colocando um adaptador usb c \usb 3.X + um hub