quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Não são mais apenas impressoras - HP Printing Tech Day 2013

A transformação começou lentamente. A primeira vez que eu vi uma impressora com conexão de rede (ethernet) achei uma ideia genial. Afinal isso libertava os pequenos e médios escritórios (mesmo domésticos) da necessidade de um servidor de impressão.  Mas a evolução não parou por aí. Mais algum tempo estas mesmas impressoras ganharam capacidade WiFi, ou seja, mesmo que a conexão via cabo não estivesse presente a comunicação com seus usuários estava garantida. Prático, simples e fácil. Mas isso foi apenas o começo.

A HP reuniu em janeiro de 2013 um grupo de jornalistas da América Latina na cidade de Boise, interior do Idaho, aos pés das montanhas rochosas, para uma reflexão sobre tecnologias de impressão, “HP Printing Day 2013”. Esta unidade da HP fica nesta bucólica região há mais de 37 anos. Reúne mais de 4.000 funcionários na qual muito esforço de pesquisa e desenvolvimento é realizado. O clima do evento foi ótimo, a despeito de termos experimentado temperaturas que variaram entre -6C e -17C. Atesto que o calor e o valor das informações nos fez nem sentir estas extremadas temperaturas.


figura 1 - visão de uma das entradas da instalação da HP em Boise - Idaho

Mas voltando às tecnologias das impressoras, acredito que pelo fato de convivermos diuturnamente com estes dispositivos, nem nos damos conta de suas mudanças. Apenas apertamos um botão de mouse e em seguida vamos buscar nosso trabalho impresso alguns passos à frente. Quero começar mostrando algo bastante tangível, de impacto imediato no dia a dia. Trata-se de novas categorias de impressoras jato de tinta e impressoras laser.

Page Wide Array – PWA – a reinvenção do jato de tinta

Sabe aquele conceito de que impressora jato de tinta tem cabeças móveis com o repositório de tinta agregado? Pode repensar. A HP desenvolveu uma nova abordagem para a mesma função. Trata-se de uma “cabeça fixa”, com os cartuchos de grande capacidade. Não confunda com o sistema “bulk-ink” que se trata de um reservatório separado que se comunica com as cabeças de impressão que continuam a se mover sobre a página e vez por outra fazem uma sujeira danada. A tecnologia PWA é inovadora, pois quebra vários paradigmas em relação à impressão usando jato de tinta. É muito rápida. Atinge até 70 páginas por minuto em qualidade adequada para o dia a dia de negócios (600 dpi) e 42 páginas por minuto em alta qualidade (1200 dpi). O custo por página é 50% menor que o das impressoras laser coloridas mais simples (aquelas que custam nos EUA menos de US$ 800 a US$ 1000).

Esta nova categoria de impressora também é conhecida como “Thermal Inkjet” (térmica) uma vez que há pequena semelhança com a tecnologia laser, mas com uma imensa diferença. Enquanto a laser usa o toner que é um pó (sólido) a nova inkjet usa a tinta líquida que em uma fração de segundos é vaporizada e fixada na superfície do papel, não tão profundamente para que haja nitidez e “força” nas cores e nem tão superficial que seja frágil à decomposição. É fantástica a descrição desta tecnologia. Recomendo a leitura de um “WhitePaper” que fala sobre isso. Apenas para ilustrar quão diferente é o sistema de impressão, ele consiste de uma cabeça estacionária com 10 pontos (como se fossem 10 cabeças de impressão das convencionais) que totalizam 42 mil bicos de injeção de tinta.

figura 2 - Sistema de impressão usando a nova tecnologia HP Page Wide Array

figura 3 – Detalhe da nova cabeça de impressão múltipla e estática da tecnologia HP Page Wide Array


A primeira série de impressoras da HP a usar esta tecnologia é a Officejet Pro X apresentando os modelos X476/X576 e X451/X551. Estas impressoras chegarão ao mercado brasileiro no já no segundo trimestre de 2013 e em Fevereiro nos EUA. Ao contrário de outras impressoras jato de tinta tradicionais esta geração foi projetada para atender grupos de trabalho que necessitem imprimir até 4200 páginas por mês (se levados em conta apenas dias úteis isso significa cerca de 200 páginas por dia).

figura 4 - HP Officejet Pro X576 – visão geral da impressora

figura 5 - HP Officejet Pro X576 – visão do painel de controle touch

figura 6 – receptáculo dos cartuchos na impressora Officejet Pro X

As impressoras vêm com cartuchos com rendimento de 2500 páginas coloridas e 3000 páginas em preto e branco. Cartuchos de alta capacidade que estendem o rendimento para 6600 e 9300, respectivamente, também estarão disponíveis. Desta forma usada no regime máximo (4200 páginas por mês) não seria necessária a troca de cartuchos por mais de 2 meses. Questionei a HP sobre o custo de impressão e me foi informado US$ 0,066 por página colorida e US$ 0,013 para páginas em preto e branco (referência mercado americano).

Há no youtube um vídeo muito interessante de 30 segundos que mostra a X576 em operação (é muito rápida) no qual a página recém-impressa é esfregada na camisa branca de uma pessoa e logo depois recebe um copo de água. A camisa não mancha nem a página desbota!! Muito interessante. Por isso indico este pequeno link (que mesmo em holandês dá para assimilar toda esta dinâmica).



Mas eu não ia deixar passar esta oportunidade. Não filmei, mas fotografei, veja a sequência na figura 7 na qual o brilhante engenheiro da HP (ele que está na foto do museu que contém toda a equipe que desenvolveu nos anos 80 a primeira impressora a laser) pega a impressão “fresquinha”, esfrega em seus grisalhos cabelos e em seguida mostra que nem um mínimo pigmento foi transferido para eles!!

figura 7 – experimento atesta a estabilidade da tinta e da impressão feita na Officejet Pro X


Novas impressoras laser – otimizando o fluxo de trabalho

O que poderia ter ainda para evoluir nas impressoras a laser? A HP começou pela eficiência. No processo “a laser” o pó (toner) é derretido e impregnado com alta precisão no papel. Nos últimos dez anos a temperatura de fusão do toner caiu consideravelmente. Isso de imediato traz como benefícios um menor consumo de energia e melhor qualidade (fruto da menor diferença de temperatura). Mas se isso ainda parece insípido para o leitor, há um grande conjunto de tecnologias que hoje incorporam as gerações mais modernas de impressoras. Não só tecnologias, mas uma nova gama de funcionalidades.

No âmbito corporativo a HP tem disponibilizado uma gama de funções e serviços. A Série 500 das novas impressoras a laser congregam estes recursos. Tratam-se de funções de gerenciamento de conteúdo, gerenciamento de fluxo de trabalho, recursos de integração de informações... É estranho pensar que uma solução de impressão pode proporcionar isso tudo. Na verdade, conforme citei já no título deste texto, não se trata mais de apenas impressoras. A figura 8 mostra o módulo de controle de uma das  impressoras. Se olhar com atenção verá que se trata de um computador completo contendo processador, circuitos auxiliares, portas de entrada (ethernet, USB e telefone para fax), sistema de dissipação de calor, etc. Aliás, algumas destas novas impressoras dispõem até de disco rígido de 200 a 300 GB para múltiplas finalidades!!  Com certeza posso afirmar que está longe o dia que uma impressora era essencialmente um dispositivo mecânico que servia apenas para imprimir textos ou figuras.

figura 8 – Placa “inteligente” das novas impressoras

Antes de enumerar estas funcionalidades quero exemplificar o quão inovadoras e práticas elas são. Digitalizar muitos documentos de uma só vez usando o ADF (Automatic Document Feeder) é coisa já conhecida. Mas ter na impressora a inteligência que a faz desprezar páginas em branco ou digitalizar frente e verso (em uma só passagem – scanner nos 2 lados da página), criação de um PDF pesquisável (usando recursos de reconhecimento ótico de caracteres - OCR) e fazer o alinhamento da página caso ela tenha entrado um pouco torta são funções bastante avançadas. 

Some a isso a possibilidade de incluir roteirização de um documento recém digitalizado para que ele percorra diferentes caminhos na empresa (workflow), como por exemplo, um sistema de aprovação de despesas de viagem ou até algo mais sofisticado. A natureza destes processos é definida no software incorporado nas impressoras pela HP (alguns pré-carregados) ou por parceiros que podem realizar desenvolvimento de aplicativos que são executados na impressora, comandado por touch screen ou mesmo por teclado (há modelos de impressoras que têm este recurso) ou para inserção de metadados (digitalizações). E quem pensa que os recursos são todos eletrônicos e sofisticados, engana-se. Estas impressoras dispõem do prático e inteligente grampeador integrado em seu corpo com capacidade para até 25 folhas.

Estes modelos avançados dessas impressoras corporativas , encontram-se na “Serie 500” as quais podem ser vistas na figura 8, figura 9 e figura10. Dois exemplos desta nova geração de impressoras corporativas são a M575c (US$ 3199 nos EUA) e a M525c (US$ 2599 nos EUA). Mais detalhes sobre cada uma delas nos respectivos hyperlinks.

figura 8 - HP LaserJet Enterprise 500 flow MFP M525c series – visão geral

figura 9 - HP LaserJet Enterprise 500 flow MFP M525c series – visão do painel e teclado


figura 10 - HP LaserJet Enterprise 500 series – visão inteligente e útil grampeador para até 25 folhas

Destaco abaixo, segundo dados da HP as possibilidades proporcionadas por esta nova plataforma:

·         Digitalizar de maneira rápida e confiável para obter resultados precisos
o   Obter resultados rápidos com digitalização frente e verso com uma única passada
o   Remover páginas em branco das digitalizações automaticamente
o   Capturar informações de maneira confiável – com a tecnologia ultrassônica HP EveryPage que ajuda a evitar páginas perdidas em arquivos digitalizados
o   Produzir digitalizações limpas e legíveis usando ferramentas de orientação automática, corte automático de páginas, tonalidade automática e ajuste de desalinhamento automático das páginas
o   Gerenciar grandes trabalhos com um alimentador automático de documentos para 100 folhas que lida com tamanhos e pesos de papel mistos
·         Inserir dados de maneira fácil e precisa
o   Inserir dados facilmente usando um grande teclado extensível
o   Gerenciar trabalhos diretamente na tela de toque colorida de 8 polegadas
o   Visualizar e editar digitalizações, ajustar imagens e iniciar processos padrão – tudo na tela de toque
·         Empregar compartilhamento e processamento de documentos de alto desempenho
o   Aprimorar a produtividade sem adicionar software – digitalização direta para Microsoft SharePoint, e-mail, fax ou uma pasta de rede
o   Obter mais dos dados ao usar o reconhecimento óptico de caracteres (OCR) integrado para transformar digitalizações em texto editável, e salvar em vários tipos de arquivo
o   Expandir recursos à medida que as necessidades aumentem. Adicionar facilmente soluções de roteamento e processamento de conteúdo da HP e de parceiros

Plataforma OXP – integrando toda a solução


Parte da responsabilidade de toda esta sofisticação se deve a adoção da plataforma OXP pela HP. OXP significa (da sigla em inglês) “Open Extensibility Platform”. Pode ser feita a analogia a um “sistema operacional” que é executado nos diversos dispositivos. Algumas das impressoras têm capacidade de processamento mais avançado e de fato rodam esta plataforma de forma nativa. Algumas impressoras não têm suporte direto ao OXP, mas o driver que roda em computador da rede provê a funcionalidade. As aplicações de gerenciamento de workflow, bem com eventual aplicação  específica precisa deste ambiente para poder ser executada. Posso fazer uma analogia ao sistema “Java” que uma vez presente em um dispositivo o habilita a executar inúmeras funções e programas.

O HP OXP fornece uma plataforma de desenvolvimento para criar aplicações web que permite melhorar fluxos de trabalho baseados em documentos. Estas aplicações web normalmente residem em servidores web remotos e usuários podem acessá-los através do painel de controle do dispositivo de uma HP LaserJet MFP (multifuncional). Há muitos benefícios nesta arquitetura orientada a serviços, incluindo a produtividade do usuário melhorada devido ao gerenciamento centralizado dos softwares e aplicações  e compatibilidade aprimorada.

Garantindo a qualidade e desempenho nos laboratórios da HP

Visitar os laboratórios de controle de qualidade da HP em Boise foi uma experiência diferenciada. É função deste grupo de engenheiros garantir que os produtos estejam aderentes aos padrões de mercado e exigências legais. Por exemplo, há limites de emissão de rádio frequência que o dispositivo pode emitir e isso tem que ser aferido em um local apropriado e homologado. Para complicar em diferentes países existem diferentes limites que devem ser respeitados. A medida deve ser feita com o conjunto completo contendo computador, monitor e impressora e mesmo assim as interferências de rádio frequência não pode exceder o limite estabelecido.


figura 11 - Laboratório da HP para análise de interferência de rádio frequência (dentro de uma câmara de Faraday)

Outro exemplo muito interessante é a emissão de ruídos. Não deve exceder certo volume que seja desconfortável para os usuários. Isso é fácil de entender. Mas nos laboratórios da HP o ruído é analisado também pelo aspecto qualitativo. Em determinado estágio de desenvolvimento de uma impressora o ruído que ela emitia sugeria que algo estava sendo “moído” em seu interior. Este tipo de ruído transmite insegurança para seu usuário que teme que a impressora quebre a qualquer momento. Este tipo de situação é identificada e tratamento acústico ou mesmo revisão do projeto de mecanismos são feitos para endereçar esta comunicação de “fragilidade” e tornar o som da impressora mais agradável.

figura 12 - Laboratório da HP para análise quantitativa e qualitativa de ruídos das impressoras (câmara anecóica)

Existe um laboratório de confiabilidade que analisa a robustez dos produtos desenvolvidos. Tanto no aspecto físico como na qualidade do material impresso (ou digitalizado) ao longo da vida útil do dispositivo. O teste se prolonga até 50% além da vida útil prevista. Trata-se de grande rigor funcional.  Um dos testes mais interessantes e importantes acontece com a utilização de diferentes papéis. Quase 300 variedades distintas, obtidas em diversos países do mundo são usadas visando garantir que o funcionamento seja o mais “fluído” possível. Falando no jargão das impressoras, não pode acontecer o “paper jam” (atolamento de papel) no mecanismo. São intensos os trabalhos nesta área.

O armazenamento e transporte são cruciais para o sucesso dos produtos. Assim as embalagens são testadas em relação à possibilidade de empilhamento. Também quedas até determinada altura devem ser suportadas pelos produtos sem que eles sofram qualquer avaria. Para isso mecanismos robotizados reproduzem com exatidão milhares de quedas por ano com esta finalidade.

figura 13 - Laboratório da HP para análise de pressão nas embalagens 

Câmaras especiais que simulam condições extremas de temperatura e umidade, desde alta temperatura e alta umidade (encontrado em florestas tropicais) bem como baixa temperatura e baixa umidade Temperatura e umidade (e outros estados intermediários) são simulados e comportamentos analisados. Os produtos devem manter-se em funcionamento e sem desvio da qualidade de operação, impressão, digitalização a despeito da característica do ambiente.

A propósito, como garantir que em todas as diferentes situações não geraram variações na qualidade de impressão? Centenas de milhares de páginas são inspecionadas por olhos treinados (inspeção manual) em busca de desvios. Equipamentos sofisticados também são utilizados para medir de forma objetiva o resultado de uma impressão, comparando com os padrões esperados. O rigor é tão grande que dentro do ciclo de vida de um cartucho, toner ou mesmo dentro da vida útil da impressora não pode haver diferenças. A primeira e a última página impressa com um cartucho, toner ou impressora deve ter a mesma aparência e qualidade.

Produtos de uso corporativo, como impressoras usadas por dezenas um mesmo centenas de pessoas são estressadas no aspecto comunicação. Inúmeras requisições de impressão simultâneas são disparadas em um intrincado ambiente virtualizado (tanto máquinas virtuais como ambiente Citrix) para garantir que o hardware será capaz de lidar com este nível elevado de impressões bem como o software (drivers de impressão). Jamais imaginei um ambiente mais rigoroso para realizar testes de alta carga!!

figura 14 - Laboratório da HP – visão ilustrativa

Ao longo de todos estes testes, a comunicação com as equipes de projetos é intensa visando impedir que um produto chegue ao mercado com características indesejáveis ou com qualidade inferior ao esperado. É incrivelmente mais caro para a empresa, tanto financeiramente como custo de imagem, reparar um problema depois que o produto já está nas prateleiras, nas casas ou empresas.

Trabalhando de forma centralizada em cada um dos laboratórios de teste e usabilidade, por saberem os padrões e limites que devem ser respeitados no mundo todo onde seus produtos são vendidos, a qualidade é garantida de forma global. Assim o produto é homologado e estarápronto para todos os diferentes mercados.

Quem quiser ver um pouco mais, a HP compartilhou um vídeo que ilustra um pequeno tour pelos diferentes laboratórios. Vale a pena conferir. Observação, algumas das imagens que ilustram esta parte do texto foram extraídas do referido vídeo.




Drivers universais

O driver é um pequeno programa que “ensina” seu sistema operacional a dialogar com a impressora da forma correta. Em princípio cada impressora tem o seu driver específico. Isso permanece verdade. Porém a HP vem desenvolvendo o que ela chama de “Universal Printer Driver”, ou seja, um driver que serve para uma grande quantidade de impressoras. Assim fica muito mais fácil garantir a compatibilidade entre diferentes versões de sistemas operacionais. E mais. Em teoria se há um driver universal instalado e o usuário troca o modelo da impressora, de uma HP para outra HP o sistema permanece funcionando, sem dor, stress ou dificuldade para o usuário. Os drivers específicos sempre existirão porque certos dispositivos têm recursos únicos que somente o seu próprio driver será capaz de fazê-los funcionar. Mas de toda forma simplifica muito e diminui a necessidade de suporte imediato para muitos usuários.

Esta ideia está longe de ser uma grande novidade. Na época da saudosa HP Deskjet 500 (clique e veja no HP Computer Museum) ou 500C (coloridas), modelos dos anos 90 (1991), aquelas impressoras bem como algumas que as sucederam aceitavam os drivers da 500 ou da 500C para as funcionalidades essenciais. Quantas vezes eu me vali disso para fazer impressoras mais novas funcionarem em sistemas operacionais mais antigos que não as suportavam. O que a HP fez foi elevar este conceito ao máximo grau e prover consistência entre os drivers de muitas impressoras de sua linha de produtos com os tais  “universal drivers”! Usuários agradecem!!  Além disso, os produtos mais novos vêm com o recurso “auto-install” que para facilitar a vida do usuário, ao plugar a impressora no computador já se inicia o procedimento de instalação do driver.

Figura 15 - a precursora HP Deskjet 500 – seus drivers eram quase Universais

Firmware atualizável

Em relação ao firmware essa nova geração traz evoluções importantes. O firmware é o software básico que vem pré-carregado na impressora e que é responsável por todas as suas funcionalidades. Mas até então se a impressora tinha uma limitação, pequeno erro, etc. ela iria permanecer assim para sempre, certo? Não mais. Como as impressoras agora são conectadas à rede e à Internet, correções, ajustes e mesmo novas funcionalidades podem ser descarregadas online e incorporadas à impressora.

Um exemplo REAL. Tenho uma impressora multifuncional mais antiga que ao digitalizar pode enviar a imagem por e-mail. Sempre funcionou até que o meu provedor de e-mail mudou a configuração de seu servidor SMTP (para envio de mensagens) da porta 25 (até então padrão) para a porta 587. Bastou isso para que a minha impressora mais antiga perdesse essa funcionalidade (não tem parâmetro de porta SMTP para configurar). Nas impressoras novas, com firmware atualizável seria uma questão de esperar um pouco para que este recurso fosse inserido após demandado ao suporte. Funciona como se fosse o sistema de atualização do seu Windows.

A magia dos suprimentos corretos

Sobre os suprimentos, não é de hoje que se sabe (e a HP confirma este número) que aproximadamente 70% da tecnologia de seus produtos estão no desenvolvimento das tintas, cartuchos e toners. Tempos atrás eu escrevi um texto intitulado “Noes solamente tinta" - o que existe por trás das tintas das impressoras” que explicava isso tudo, bem como mostrava alguns experimentos que diferenciam as tintas ou toner bons dos ruins. São detalhes que fazem a diferença como por exemplo a temperatura de fusão mais baixa, tempo de secagem, capacidade de mistura, etc. são atributos que para serem desenvolvidos tomam muito tempo e investimento em pesquisas. Segundo pesquisas feitas por laboratório independente, 56% dos clientes que não usam suprimento original declararam ter tido algum problema. Esta mesma pesquisa aponta que assistências técnicas atendem 4 vezes mais impressoras com problemas que não usam suprimento original e 35% das páginas impressas com suprimentos não originais são limitadas ou não utilizáveis.

O toner, especialmente das impressoras a laser coloridas são muito sensíveis. Suas partículas têm 1/12 da espessura do cabelo humano (6 micrometros). Importante destacar que o toner é específicos para cada modelo de impressora. Não existe “toner genérico” para a HP uma vez que cada produto tem suas características próprias de engenharia que levam em conta, calor, potência, velocidade de impressão, etc. e têm sua formulação visando otimizar o resultado em função da condição de uso. A propósito eu registrei um pequeno vídeo durante a visita à HP que ilustra de forma definitiva a diferença de comportamento entre um toner HP e um toner genérico. Ambos são derretidos e... que diferença!!  Veja o vídeo!!!



Por fim quero registrar um momento lúdico e delicioso que experimentei na HP que foi a utilização do quiosque de fotos. A figura 16 mostra o equipamento que contém leitores de todos os tipos de cartão de memória e que permite escolher facilmente os grupos de fotos, tamanho da impressão desde 9x6, 15x10, A5, A4,... pôster de 2 metros!! Até mesmo a confecção de um álbum de capa dura (esperando um pouco mais) com as nossas memórias!! 


figura 16 – quiosque de autoatendimento para revelação de fotos e criação de álbuns


 Conclusão

Diferenciação sempre foi chave no mercado para o sucesso de produtos e serviços e parece que a HP não vem brincando em serviço. Posso até dizer que uma ou outra característica eu já tinha visto aqui ou ali. Mas a coerência e a coesão destes recursos e serviços que me encantaram de fato. Não citei antes, mas a HP dispõe de recursos na nuvem com múltiplas características. As mais simples são, por exemplo, digitalizar um documento e armazená-lo na nuvem e em qualquer momento e de qualquer lugar imprimir de novo este documento em qualquer impressora HP. Simples assim. O recurso ePrint, lançado tempos atrás é também um dos elementos precursores destes recursos de nuvem, que vão bem mais longe e que é chamado de HP Content Management.

Mas isso tudo reforça o ponto central desta discussão que é a metamorfose pela qual passaram as impressoras. Viraram sistemas de impressão e após serem conectadas na Internet, na nuvem e entre si abriram muitas possibilidades que atendem todo portfólio de dispositivos, dos smartphones, Tablets, notebooks, PCs, MACs, sistemas que se integram ao servidor da empresa e gerenciamento de todo o parque de impressoras de maneira centralizada! A metamorfose principal foi da “máquina de imprimir” que se tornou um “computador que também imprime”. A camada de serviços que envolve todo este ecossistema reforça o ambiente e entrega a promessa de criar um ambiente único e integrado de fluxo de informações, digitalizações , impressões em prol dos negócios das empresas.

7 comentários:

  1. Bruno Luiz Chalenger (Do extinto FPCs)4 de março de 2013 às 22:38

    olá flavio beleza?,exelente matéria, como sempre vou lendo seus artigos mas nao sou muito de escrever.
    mas o que tenho a dizer hoje e o seguinte,a hp pode ter todo esse desenvolvimento e pesquisa com as impressoras e tal mais no meu caso a hp pra mim acabou.
    seu suporte é terrivel pelo menos aqui no brasil.
    eu tive uma HP deskjet 1000c que era exelente estava comigo firme e forte desdo tempo do windows 2000,funcionava perfeitamente até que ela quebrou as guias do papel depois de 12 anos de uso,naturalmente procurei uma hp do mesmo estilo A3,comprei a hp officejet pro k8600 sem pesquisar nem nada ja que tive uma que durou 12 anos. pois bem comprei e me decepcionei,a impressora nao tem drivers que funcionam no windows 7 x64, a 1000c funcionava ok, mas a k8600 nunca imprimiu uma folha se quer em a3 no win 7,o driver vinha com bugs que travam minha impressora,o suporte depois de muita paciencia torrada, trocou minha impressora mas nao resolveu os drivers. isso estava acontecendo mundo a fora tambem e nada de resolverem o problema,um total descaso de uma corporaçao que tinha de mim um fiel comprador. hp nunca mais!

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    1. Caro Bruno obrigado por participar das discussões. É importante compartilhar experiências boas e más e a sua é triste mesmo. E obrigado pelas palavras gentis em relação ao meu artigo. Abs

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    2. S.O XP É A MELHOR SOLUÇÃO PARA ESTAS MÁQUINAS.

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  2. só que os cartuchos destas pro x são muito caros.

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    1. São de alta capacidade e têm qualidade bem melhor que inkjets convencionais. Mas tem que pesar custo-benefício na hora da compra.

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