quarta-feira, 17 de setembro de 2014

PRTG 2014 – monitorando ainda mais de perto a infraestrutura crítica

Análise de valor para o negócio

Já faz um bom tempo que os recursos de tecnologia de informação se tornaram críticos para as empresas. Há ramos de atividades que a TI é parte do negócio e não apenas uma ferramenta de apoio e sim uma função de caráter totalmente crucial. E mesmo quando TI é uma área de apoio, da forma como qualquer empresa trabalha hoje em dia, os recursos de tecnologia são muito importantes. Ser capaz de resolver problemas rapidamente e, mais do que isso, ser capaz de se antecipar na prevenção de situações críticas é de extrema relevância.

Por isso a equipe de TI precisa dispor de muitos dados que se traduzam em informação de qualidade para tomada de decisões. Caso contrário eventos que venham causar alguma pane ou comprometimento na infraestrutura não serão facilmente percebidos ou localizados. Mais do que isso. O acompanhamento de alguns indicadores especialmente escolhidos pode auxiliar bastante em uma ação proativa dos profissionais de TI ajudando-os a descobrir problemas e evitá-los antes mesmo de terem acontecido.

Situações críticas sempre exigiram monitoração muito próxima e intensa. O caso de um paciente em uma UTI de hospital é uma boa analogia. Há sensores de muitos tipos acompanhando várias funções vitais. Desde o batimento cardíaco, pressão arterial, nível de oxigenação, taxa de açúcar no sangue, etc. Se os médicos percebem uma queda momentânea da pressão e depois espontaneamente o paciente se recupera, isso tem um significado. Se a pressão está lenta e continuamente caindo isso tem outra interpretação e vai exigir sérias medidas. No ambiente de TI acontecem as mesmas coisas.

De posse da ferramenta certa e principalmente feitas as escolhas dos pontos críticos de monitoração problemas podem ser antecipados e administrados. Curiosamente nem sempre uma pane catastrófica é a responsável pela interrupção dos serviços importantes em uma empresa. Há situações muito simples e ao mesmo tempo muito comuns, como por exemplo a escalada de consumo de recurso de poder de processamento em um servidor crítico. É como se fosse constatado que a cada dia seu automóvel tem que fazer mais força para vencer uma subida que existe no caminho. É possível prever que um dia ele não terá força para vencer o aclive e não vai subir, o servidor não vai ser capaz de processar o volume necessário de informações. Este é o desafio. Ser capaz de enxergar isso a tempo e atuar proativamente.

O grande valor da ferramenta PRTG para os negócios é exatamente este. Em primeiro lugar ela pode apontar problemas reais que já aconteceram e que necessitam de atenção urgente e imediata. E também acompanhar de perto o que pode vir a ser fator de comprometimento em um momento futuro. Isso tudo garante a continuidade da operação dos recursos de TI sem impactar os processos de negócio. Minutos de interrupção pode custar muito caro para as empresas. E são dezenas, centenas ou milhares (dependendo da complexidade do ambiente) os pontos que requerem acompanhamento e fiscalização de possíveis falhas. Este é a competência e o mérito do PRTG, olhar incansavelmente para todos os pontos críticos e ajudar a evitar prejuízos para as empresas que podem advir da parada de processos críticos para o negócio.

 
Testando o PRTG – identificando o ambiente e instalação inicial

Testei o PRTG dois anos atrás e na ocasião escrevi o texto “PRTG – monitorando totalmente sua rede e infraestrutura”, portanto o conceito e características principais do produto não são novos para mim. Porém evoluções interessantes aconteceram no produto e na sua forma de uso que justificam a nova avaliação.  E dessa vez foi bastante ampliado o escopo do teste em relação a localidades e equipamentos.
  • 9 localidades remotas
  • 18 servidores físicos
  • 25 servidores virtuais
  • 18 links de Internet
  • 30 pontos de acesso WiFi
  • 22 impressoras de rede
  • 9 roteadores Duais de Internet
  • 22 switches
  • mais de 500 usuários em todas as localidades

Estes números se não são imensos configuram um teste entre 4 a 5 vezes maior do que aquele feito há dois anos e serve como um bom parâmetro de ambiente para colocar a prova o PRTG na sua edição de 2014.

 
figura 01 – console principal do PRTG (clique para ampliar)

O primeiro conceito a ser explicado é o do SENSOR. Trata-se de um elemento de observação, algo a ser analisado e monitorado. Um dispositivo como, por exemplo, uma impressora pode ter associado apenas um ou dezenas de sensores. Tudo dependerá da necessidade de monitoração e das informações que aquele dispositivo expõe para a rede. Uma impressora poder ser apenas monitorada pelo sensor de presença e resposta na rede (um comando PING). Mas há impressoras que permitem que muitas outras informações possam ser monitoradas por mais sensores: nível do suprimento, quantidade de páginas impressas, tempo que está ligada, carga de CPU, uso de memória... Cada informação dessas é coletada por um destes sensores.

Os sensores estão disponíveis com uma riqueza de alternativas impressionante. Há sensores para diversos tipos variáveis que monitoram o hardware, ambientes de software, rede, tráfego de dados, etc. A quantidade de itens que pode ser analisada é grande a ponto de exigir alguns cuidados. O produto é licenciado pela quantidade de sensores que podem ser usados. Se forem escolhidos muito mais sensores do que aqueles que são realmente importantes será necessário contratar uma versão mais cara. E se sensores demais forem definidos no ambiente de monitoração o painel do PRTG fica muito carregado e difícil de identificar o que realmente é mais importante para ser analisado. Trata-se da busca de um equilíbrio entre a quantidade, a qualidade e a capacidade e avaliar as informações.

Toda a instalação do PRTG começa pela escolha de seu núcleo principal. Este é o computador que realizará a permanente verificação de todos os elementos monitorando constantemente cada um deles. Não é necessária a alocação de um servidor dedicado para o sistema a não ser que o número de sensores utilizados seja superior a certos limites. Um PC com 1 ou 2 GB de memória RAM com Windows 7 (ou mais novo), 32 ou 64 bits, ou Windows Server 2008 ou mais novo, são suficientes para receber a instalação do PRTG.

A Paessler, desenvolvedora da solução informa que se o servidor usado para o sistema for virtual, ele não deve gerenciar mais de 2000 sensores. E acima de certos limites, instalações realmente grandes, nesta situação a recomendação é ter o servidor dedicado para o sistema e para as sondas remotas (assunto que será explorado mais tarde).
   
Neste teste havia possibilidade de escolha entre muitos servidores. Foi escolhido aquele que tinha menor carga de trabalho. Trata-se de um servidor DELL Power Edge T320, com 8 GB de RAM, processador Xeon E5-2407 que serve como File Server e AD em uma rede local com apenas 35 usuários. Considerei a possibilidade de criar uma máquina virtual Hyper-V ou VMware em outra localidade, mas a escolha final foi perfeita uma vez que há quase 50 dias o sistema está no ar e com impacto ZERO na utilização deste servidor para suas funções do dia a dia.

Iniciando a operação – adicionando sensores
   
Logo após ser instalado o console do PRTG, automaticamente já são adicionados todos os sensores que ele identifica como necessários para o próprio servidor no qual reside. Isso é em sua terminologia chamado de LOCAL PROBE ou DISPOSITIVO DE SONDA. Isso faz muito sentido uma vez que se o próprio servidor que reside o PRTG estiver comprometido de alguma forma a própria coleta de dados pode também estar. Por isso a necessidade de olhar para si mesmo antes de olhar para tantos outros pontos da rede.

figura 02 – visualizando os primeiros sensores
   
Em seguida o PRTG oferece muitas maneiras para que os pontos críticos possam ser monitorados e automatizando a instalação de sensores.
  • Adição manual de UM sensor para UM dispositivo (IP ou nome)
  • Adição manual de UM dispositivo e busca automática de todos os sensores
  • Adição manual de um GRUPO (de IPs) e busca automática de todos os sensores

As buscas automáticas por sensores podem ser feitas baseadas em três níveis de detalhes:
  • Identificação automática padrão (apenas sensores mais comuns)
  • Identificação DETALHADA de sensores – todos possíveis
  • Identificação detalhada baseada em um “template” (impressora, roteador, etc.)

O nível de maior automação permite identificar uma faixa de IPs e deixar para o PRTG achar todos os dispositivos e sensores possíveis. O caso mais extremo é pedir para fazer na rede inteira. Isso é uma operação razoavelmente demorada e vai resultar em um excesso de dispositivos e sensores. Dessa forma até estações de trabalho de usuários serão detectadas. Isso não é muitas vezes prático.

Por outro lado um intervalo de endereços IP pode ser definido. Isso é bom porque habitualmente o administrador da rede define faixas específicas para os tipo de dispositivos como servidores, impressoras, roteadores, access points, etc. Assim a descoberta automática de informações fica bem mais objetiva e dirigida. Neste processo, mesmo que não existam faixas tão bem definidas, pode ainda ser usado um “template”, ou seja, se “impressoras” são escolhidas, apenas estes tipos de dispositivos e sensores relacionados com impressoras serão atribuídos. Isso tudo pode ser visto na figura abaixo na qual a faixa de IP 192.168.1.xxx está sendo analisada entre os endereços 192.168.1.100 e 192.168.1.110.    
   
figura 03 – adicionando sensores (clique para ampliar)

São muitas possibilidades. No meu caso eu preferi adicionar alguns dispositivos manualmente (um a um), mas com a busca de todos os sensores possíveis ou por faixas no exemplo acima. Invariavelmente no final do processo eu descobria muitos sensores que não eram importantes para mim. Isso não é um grande problema uma vez que podem ser escolhidos os sensores não relevantes e serem apagados de uma só vez. O que eu chamo de “sensores não relevantes” é algo subjetivo. Pode ser que eu não deseje monitorar, mas outro administrador de rede julgue importante aquele recurso (e vice-versa).   
    
figura 04 – eliminando sensores não desejados

Deve ficar claro que adicionar e organizar os sensores é uma operação sensível e que requer dedicação e planejamento. Se o local sendo monitorado é pequeno pode ser que apresentar todos os dispositivos juntos seja suficiente. Mas se a quantidade de elementos monitorados for maior algum tipo de classificação se faz necessária. O PRTG permite que grupos e subgrupos sejam criados. A forma mais natural é criar grupos por tipo de dispositivos, mas não é a única forma. A figura 05 mostrada abaixo contém uma possível distribuição por categoria.

 
figura 05 – alocação dos dispositivos em grupos no PRTG
 
Esta visão resumida é bem importante porque mostra cada dispositivo e quantidade de sensores em cada estado. Na tela de console do PRTG o conceito é sempre este. A cada nível de consolidação ele soma os sensores em cada estado. Assim pode ser vista a situação da empresa inteira, da categoria ou do dispositivo em particular. Existe uma informação importante que se extrai dessa tela: o access point 192.168.15.41 não estava respondendo. Investigação posterior me levou a descobrir que fora acidentalmente desligado (tomada desconectada) e isso foi prontamente resolvido. Parece um incidente trivial e sem importância, mas não é. Justo este access point provê conexão para os usuários de uma sala de reuniões inclusive convidados e clientes da empresa! Não seria descoberto até que a tal sala fosse usada, já com a limitação de conectividade e o problema acontecendo.

Na parte superior da tela de console na figura 05 aparece o resumo global de tudo que está sendo monitorado. No instante que esta tela foi capturada havia 826 sensores “verdes” (OK), 9 alertas “vermelhos” (algum problema), 42 sensores em “pausa” e 10 com informações não usuais (mas sem problema). Um sensor em pausa é aquele que foi manualmente interrompido pelo administrador (por exemplo um equipamento em manutenção) ou após certo número de alertas vermelhos ele parou de gerar alertas novos. Esta situação será novamente explicada adiante no texto quando eu falar dos “Tickets de Suporte”.

 
figura 06 – diversos sensores e seus respectivos status (clique para ampliar)

A figura 06 acima mostra alguns dispositivos monitorados da empresa. Alguns deles apenas há sensores de resposta (PING) , RDP e HTTP. Outros são mais complexos onde aparecem inclusive máquinas virtuais Hyper-V ativas, serviços de DNS, etc. Um deles tem um alerta vermelho, pois aquele serviço se encontra parado. Há também um alerta amarelo, sinal de alerta (“warning”), pois o espaço em disco está abaixo de 20%. Curiosamente há acima um sensor com alerta do tipo “U” em laranja, ou seja, “unusual” – não usual. São parâmetros que estão (mesmo sem ser erro) apresentando valores distantes dos valores médios, sem ser propriamente um problema. É importante saber que o PRTG olha e chama a atenção para valores que não são muito esperados. Isso pode valer uma investigação adicional.

Outra informação importante pode ser vista na mesma figura 06. O PRTG já traz sensores prontos (basta adicionar) para vários serviços de nuvem Google, Dropbox, iCloud e sites muito usados como twitter, Facebook, Skype... Este sensor de uma só vez mostra o nível de resposta de cada um destes serviços, bem como o próprio usuário pode monitorar outros sites de seu interesse, veja que foi criado um sensor para saber se o site da UOL está ou não acessível.
   
Estes sensores mostrados são apenas um mínimo exemplo do que se pode obter com o PRTG. Eles foram mostrados em pequenos grupos, mas o administrador da rede poderá exibi-los todos de uma só vez e rapidamente saber o que está verde (está OK) e o que está vermelho (errado ou problema). Mas como o PRTG sabe diferenciar um do outro? É muito simples. Um sensor alocado pelo PRTG, por exemplo, espaço em disco no servidor herda um parâmetro automático do sistema que determina: abaixo de 10% é situação vermelha (problema) e abaixo de 20% é apenas um alerta amarelo. Mas o administrador pode alterar estes parâmetros segundo o seu próprio conceito e seu próprio entendimento mudando estes limites. Isso vale para todos os tipos de sensores.

Bandwidth Sensor: Um dos tipos de sensores, o qual não explorei no primeiro teste porque é uma boa novidade desta versão, são os sensores de “banda” (bandwidth). Não foram todos os roteadores que testei que consegui obter esta informação, mas felizmente no ambiente de teste, o mais importante roteador de cada local, a saber um Cisco Linksys RV042, modelo Dual Wan, consegui usar e explorar este importante recurso.

Uma dúvida que sempre permeia a cabeça dos administradores de rede é ter ciência de que sua conexão com Internet está subutilizada ou eventualmente sobrecarregada. Isso não é tarefa fácil porque em um local com 50, 80, 100 ou mais pessoas, basta que duas ou três realizem operações de grande volume, como assistir vídeos em 1080p ou downloads de arquivos realmente grandes que resultará em algum nível de degradação na percepção no uso da Internet. Por isso o volume global trafegado, a taxa de ocupação, a taxa de “uptime”, entre outras, são informações vitais para poder avaliar e tomar decisões perante este importante recurso.
   

figura 07 – monitoração de tráfego de um dos links de Internet (clique para ampliar)
     
Na figura 07 acima podemos ver que nos último 7 dias (período da análise) o roteador ficou operacional 100% do tempo, o volume total de tráfego (em Kbytes – cerca de 313 GB – entrada e saída). Também vemos o gráfico que ilustra os períodos (dias e horas de maior utilização) e logo abaixo uma tabela que detalha a informação do gráfico, trazendo hora a hora a análise de tráfego de entrada, saída, tráfego total. Velocidade (em kbits/s). Muito preciso e muito completo.

Existe outra abordagem para aferir a qualidade de uma conexão externa. Podem ser criados sensores do tipo HTTP que realizam acessos a URLs pré definidas. O tempo de acesso e carga dos dados a cada uma dessas URLs é registrado e com estes dados históricos também se deduz a qualidade da conexão. É uma medida indireta e, portanto, sujeita a interpretações. Mas durante meu período de teste estes tipos de medidas apresentados foram de grande valia. Há também a possibilidade de monitorar o “live data”, ou seja, o tráfego em tempo real, muito útil para identificar na mesma hora gargalos e sobrecarga de uso.

Interfaces de gerenciamento Web, Aplicativo e smartphone

A forma mais simples e natural de usar o PRTG é por meio de sua interface Web, seja na rede local ou remotamente (uma vez que a porta 80 do servidor PRTG esteja exposta para a Internet). Usando tecnologia AJAX a aplicação Web é de ótima usabilidade. Testei em Chrome (36.0.19), Firefox (31.0) e Internet Explorer (11.09) com o mesmo resultado, mesmo visual e recursos. Apenas no IE foi um pouco mais lento o redesenho das telas. Principalmente adição de sensores, verificação de alarmes e visualização geral do ambiente, são muito bem executados pela interface Web.


figura 08 – interface WEB  do PRTG (clique para ampliar)
  
A segunda forma é via aplicativo próprio (Windows). A partir do site do PRTG (Paessler) ele pode ser obtido e instalado, bem como por uma das opções de menu da interface Web. O aplicativo é mais “clássico”. Traz sistema de menus, janelas redimensionáveis e minimizáveis do Windows, etc. Tem inclusive uma janela que aparece automaticamente se sobrepondo às demais no caso de haver alertas ainda não tratados. Eu achei esta janela aparecendo toda hora um pouco invasiva, mas ela tem a sua importância, chamar  a atenção do responsável pelo monitoramento aos eventos críticos e por isso foi desenhada deste jeito.


figura 09 – janela de alertas do aplicativo  (clique para ampliar)
 
Ao longo das várias semanas usando o PRTG eu percebi que utilizava mais a interface via browser apenas e tão somente porque ela tem tudo que o aplicativo tem, praticamente o mesmo visual e carrega ligeiramente mais rápido. É perfeita para adicionar sensores. Porém se o objetivo é analisar gráficos e outras informações com mais detalhes a interface do aplicativo é mais rica, apresenta mais informações ao mesmo tempo, traz os gráficos, tabelas associadas. Para isso a interface do aplicativo Windows é imbatível.

 
figura 10 – interface completa do aplicativo para Windows do PRTG (clique para ampliar)
   
Curiosamente algumas das mudanças que acontecem, um novo local, um novo sensor feito por outro operador do PRTG a partir de outro local, demoram um pouco a mais para aparecer (automaticamente) no aplicativo, mas na versão Web basta fazer o refresh do navegador (F5) que facilmente se vê tudo que há de novo. Uma dica!

Mas ainda há outro jeito de ter acesso aos dados valiosos de monitoramento do PRTG. Há versões de aplicativo que funcionam em TODAS as plataformas de mobilidade existentes: iOS, Android, Blackberry 10 e Windows Phone (as duas últimas em versão beta mas estão operacionais). Eu instalei em um Blackberry Z30. Com sua tela grande a usabilidade para navegar entre diversos locais, dispositivos, alertas, etc. é ótima a experiência. E partindo do nível máximo onde ficam os locais, a cada toque na tela um novo nível de detalhamento vai sendo mostrado: local, grupo, dispositivo, sensor e dados do sensor, etc.  
    
figura 11 – interface da versão mobile em um Blackberry Z30 (clique para ampliar)


Quero fazer um comentário a mais sobre as interfaces. Algo que só percebi agora ao escrever o texto e que me preocupei em capturar diversas telas. Em cada uma de suas versões, Web, aplicativo ou móvel, o PRTG permite que seja escolhido o idioma desejado. Eu não me lembrei de configurar o português em todos os momentos porque eu me sinto mais à vontade nos servidores e dispositivos com os termos originais em inglês, mas deve ser destacado que tudo poderia estar em português ou outro idioma escolhido.

Uso distribuído – sondas remotas

No teste anterior eu já havia superado os limites físicos da rede na qual fora instalado o PRTG. Uma das sedes da empresa era conectada à matriz por um serviço de VPN. Nesta ocasião eu já usara o PRTG dessa forma. Remotamente a VPN fazia com que as duas redes se comportassem como uma rede só. Assim bastou adicionar os sensores necessários pelo próprio endereço IP dos dispositivos remotos que consegui monitorar tudo que quis, fosse local ou fosse remoto.

Dessa vez a proposta deste teste era mais profunda. Estendi para 9 localidades e destas inicialmente quatro delas estavam conectadas entre si por VPN. Repeti o processo do teste anterior, mas fui mais minucioso e generoso com a quantidade de sensores. Passei a monitorar remotamente informações mais sensíveis.

Percebi que alguns sensores vez por outra perdiam a informação. Descobri que as conexões VPN com os escritórios remotos apresentavam variações na latência. Uma hora o PING era rápido, cerca de 20 ms e em outra hora bem mais lento, cerca de 300 ms. Conseguia usar o PRTG dessa forma, mas às vezes algum sensor ficava com um ponto de interrogação “?” até que fosse feita nova coleta de dados pelo sistema.

Contatei o suporte da PAESSLER e me foi apresentada uma solução brilhante, muito melhor! É sobre o que detalho agora. Trata-se do “remote probe” ou “sonda remota”. Funciona como se fosse uma “filial” do PRTG. Pode ser instalado em uma máquina qualquer da rede remota, sem necessidade de um computador exclusivo. Este se conecta ao PRTG central por meio da Internet (o padrão é usar a porta 23560 – que deve ser liberado no Firewall). A partir daí toda a adição de grupos, dispositivos e sensores pode ser feita pelo PRTG “central”, mas de fato quem “fiscaliza” os elementos da rede é a sonda remota.


figura 12 – instalação da sonda remota
    
A segurança é plena. No PRTG deve ser autorizado o IP que é usado na Internet pela sonda remota e ainda cada localidade tem a sua própria senha (access key – que pode ser visto na figura acima).

O console central do PRTG acumula todas as informações, mas onde a sonda remota está em operação a aquisição de dados é feita por ela. É o melhor dos mundos. Manutenção, configuração e análise de dados centralizada e é feita a captura de dados dos sensores localmente. Isso acaba de uma vez por todas com o eventual problema de latência quando usado via VPN.

Na figura abaixo podem ser vistos os 8 grupos das localidades remotas, sendo que o grupo HNKL está aberto e selecionado um sensor de uma impressora CANON exibindo a quantidade total de páginas impressas. Em cada um destes 8 locais designados pelos grupos IC, I1, I2, HKNL, ERW, SNG, CFRN e FX há uma sonda remota instalada.

figura 13 – console principal do PRTG exibindo todas as localidades remotas (clique para ampliar)

A instalação da sonda remota é muito simples. Por meio da interface de gerenciamento WEB, acessível a partir de qualquer lugar do PRTG existe o endereço para download e a tela de configuração das permissões de acesso da sonda remota. Feita a instalação do software e validadas as chaves de segurança imediatamente aquele novo local aparece para gerenciamento no console central (WEB ou Aplicativo).

Repare que no momento que a figura 12 foi capturada o local FX estava DISCONNECTED. Ou seja, naquele instante não havia conexão de Internet ativa. Isso não é um grande problema porque a sonda remota tem um buffer de memória que é capaz de armazenar as últimas 500.000 medições e dados de sensores. Isso é suficiente para armazenar por 3 dias 100 sensores sendo avaliados a cada 1 minuto (tempo habitual das sondas remotas). Ou perto de uma hora se na instalação houver 10.000 sensores. Na prática é tempo mais que suficiente para restabelecer conexão ou ativar uma conexão de contingência. Ainda mais se na localidade houver 10.000 sensores, isso indica que é uma localidade com grau de complexidade que justifica ter Internet para contingência e assim rapidamente voltar a monitorar os dados.


figura 14 – instalação da sonda remota pela interface WEB do PRTG (clique para ampliar)


Rastreabilidade das ocorrências e erros – Sistema de Tickets

Foi introduzida em 2014 a funcionalidade do sistema de “Tickets de Suporte” no PRTG. Claro que saber se está tudo bem, se há algum erro ou comportamento anormal é bastante importante. Mas é natural que dentro de uma equipe que gerencia a infraestrutura de rede e diversos dispositivos, organizar a solução de problemas identificados e acompanhar seu ciclo de vida até que seja encerrado é função essencial. Para isso foi criado o versátil sistema de tickets de suporte.

O conceito é simples, pois sistemas que realizam este tipo de gerenciamento são relativamente comuns e usados pelas áreas de TI das empresas. Porém a integração com o PRTG tem benefícios sensíveis. Em sua configuração padrão o PRTG cria ocorrências e associa a elas os tais tickets para funções de seu próprio gerenciamento. Por exemplo, existência de nova versão do PRTG (que exige atualização), término de uma operação de busca por sensores em um dispositivo (que pode exigir uma escolha daqueles que são mais relevantes), etc.

Mas uma vez que existe um sensor apresentando um erro, isso foi sinalizado pelo PRTG, o administrador viu onde está o problema, ele pode delegar a investigação adicional e solução deste problema para um membro de sua equipe (o profissional com expertise naquele tipo de dispositivo ou erro).
  

figura 15 – instalação da sonda remota pela interface WEB do PRTG (clique para ampliar)


Na figura acima há um exemplo disso. Um access point do local I1 está apresentando erro de DNS. Esta situação precisa ser resolvida e por isso um ticket vai ser aberto para que o funcionário Maikson investigue e resolva o problema.


figura 16 – criação de um ticket de suporte delegando a resolução para membro da equipe (clique para ampliar)


Quando o membro da equipe entrar no PRTG com seu usuário e senha ou ao checar seu e-mail (a comunicação de abertura de ticket é enviada para o profissional) ele vai receber a indicação do que ele deve fazer. Na tela do ticket que ele obtém há um link para o exato sensor daquele dispositivo daquele local. Isso é muito importante uma vez que ele tem acesso aos dados do sensor. Ele pode saber desde quando o erro começou e ter a pista para resolver a situação. Ele aponta no sistema que o problema foi resolvido e o seu supervisor poderá encerrar o chamado (ou pedir nova verificação). Há recursos diversos para consultas aos tickets, por grupo, por pessoas, por dispositivos, etc. Bastante versátil.

Isto foi particularmente útil para mim no processo de ajuste dos sensores de muitos dispositivos. Ao usar o “auto Discovery” de sensores acabei adicionando sensores que alarmavam com alta frequência, por exemplo, espaço em disco no servidor. Era conhecida a situação e o storage da rede estava em vias de ser ampliado. Assim pude abrir tickets de suporte para ajustar a sensibilidade de sensores para outros limites (por exemplo alarmar com 10% e não 20%) e também em outro caso semelhante foi aberto o ticket para que um dos membros da equipe arquivasse algumas pastas antigas assim liberando espaço no disco e não mais ocorresse alarme.

Alguns tipos de alerta, por exemplo, uma impressora sem comunicação, pode gerar de forma automática um Ticket de Suporte para investigação e solução do problema. Essa é uma boa medida porque feito o registro no sistema de tickets o sensor entra em modo “pausa” e para de alarmar constantemente aquela indisponibilidade, mas a tarefa de analisar e resolver já foi encaminhada para alguém. Este comportamento é configurável, escolha do administrador da rede e do PRTG.

Erros que eu cometi (e que podem ser evitados)

Por se tratar de uma implantação de certo vulto (quase 1000 sensores), bem diferente de um teste de conceito que pode ser feito com mínimos sensores, eu tive algumas dificuldades no processo. Preciso relatá-las para que futuros usuários do PRTG não tenham as mesmas dúvidas e problemas que eu tive.

Atualização do PRTG
Quando eu já tinha instalado todas as sondas remotas e tudo estava funcionando, faltava apenas adicionar alguns sensores ainda necessários eu percebi que havia uma nova versão do PRTG. Isso é avisado logo na tela inicial do produto seja na versão aplicativo Windows ou versão Web. Não tive dúvida e comandei a atualização, aliás feita de forma muito simples. Concluído o processo o PRTG foi reiniciado (não o servidor, apenas o serviço do PRTG). Em alguns minutos eu percebi que todas as sondas remotas estavam desconectadas! Sem entender o porquê logo pensei em voltar para a versão anterior. Mas de repente olhei de novo o console e das 8 sondas remotas uma ou duas já estavam novamente conectadas.

Sem entender o que acontecia acionei o suporte da Paessler por e-mail e obtive a resposta. Quando se atualiza o núcleo do PRTG as sondas remotas deve ter a mesma atualização, a mesma versão. Isso não é problema porque o próprio PRTG tem a inteligência de enviar automaticamente a nova versão das sondas para as localidades remotas. Mas isso demora um pouco, principalmente se são várias localidades. Por isso que algumas localidades começaram a funcionar e outras não. Era uma questão de paciência. Após algum tempo das 8 localidades 6 já funcionavam e em outras 2 havia no console uma mensagem dizendo “restart required”, ou seja, que deveria ser reiniciado o processo da sonda (ou mais simplesmente o computador com a sonda). Tive alguma dificuldade operacional para contatar as pessoas destes escritórios para obter permissão para reiniciar os computadores, mas em algum tempo estava tudo operacional novamente, as 8 localidades remotas com a sonda funcionando e tudo online no console do PRTG central. Foi apenas um susto causado pelo meu desconhecimento desta dinâmica das atualizações.

Troca de servidor do PRTG
Bem no começo do teste eu tinha escolhido uma das localidades para ser o ponto central do PRTG e comecei toda a configuração neste servidor. Eu já tinha inserido cerca de 500 sensores e 5 localidades remotas quando percebi que seria mais útil ter o servidor do PRTG em outro local. Fiz a nova instalação e comecei a criar todos os locais, dispositivos e sensores de novo. Eu já tinha trabalhado por 10 dias (não em tempo integral) nessa configuração. De repente eu percebi que já tinha passado um par de horas e que eu iria demorar bastante para fazer, com todo cuidado e atenção, toda a configuração de novo no novo servidor neste novo local.

Mais uma vez eu acionei o suporte da Paessler por e-mail. Imaginei que poderia ter uma maneira melhor de fazer aquilo e de não perder todo o trabalho que já tinha feito. Em algum tempo chegou a resposta. E foi melhor do que eu imaginava. Recebi do suporte este documento que explica passo a passo como realizar a migração e em diversas situações. Se o PRTG estava em máquina de 32 bits e está sendo migrado para 64 bits (e vice versa), como resolver a ativação da licença no novo servidor, quais arquivos e pastas transferir... Não é um processo muito complicado, mas há vários passos a seguir. E deu certo! Eu comecei errando ao querer instalar e configurar tudo de novo, mas com a devida orientação acelerei bastante a reimplantação do PRTG e depois a implantação completa, que me permitiu seguir com o teste, concluir e escrever esta avaliação.

Insistência com alguns dispositivos
O recurso de busca automática de sensores é ótimo! Muitas vezes cria dezenas de sensores úteis para dispositivos. Normalmente nem todos são realmente críticos (para o meu caso). Dessa forma este processo de criar todos os sensores possíveis e depois escolher os que melhor se adaptam é um bom caminho. Mas com alguns dispositivos era frustrante ver ele ficar procurando sensores por quase 10 minutos e depois criar apenas o sensor de PING (se há resposta na rede). Descobri que alguns tipos de equipamentos como, por exemplo, roteadores e até servidores Windows, registrar as credenciais de autenticação ajudam a superar este problema. Mas ainda assim alguns equipamentos não expunham mais que um ou dois sensores. Lendo a documentação do PRTG descobri que poderia tentar ativar nas sondas e no servidor o protocolo SNMP necessário para comunicação com algumas categorias de dispositivos.

Feito isso consegui avanço com alguns dispositivos, mas não todos. Eu estava obcecado com a possibilidade de monitorar o nível de suprimento de algumas impressoras, muito útil para prever sua substituição. Mas após travar uma longa luta com estes equipamentos, descobri em documentos da Paessler e nas discussões de usuários em fóruns de suporte que há equipamentos (principalmente os mais antigos mas não só eles) que simplesmente não são “monitoring friendly”, ou seja, não têm mesmo as informações de que eu precisava. E neste caso não há mais nada a fazer. Eu perdi muito tempo com algumas impressoras fazendo e refazendo a varredura de sensores das mais diversas formas. Fica minha orientação, se usar a varredura simples, com a autenticação (credenciais corretas), com SNMP ativado e mesmo assim não obtiver os sensores de que precisa, a culpa não será do PRTG e sim do dispositivo.

figura 17 – console principal do PRTG (clique para ampliar) 

Conclusão

Diferente do primeiro teste que fiz em 2012, dessa vez o PRTG foi instalado em um ambiente mais complexo. Tanto 2012 como agora em 2014 a ferramenta foi colocada em produção em ambiente real. Mas dessa vez cruzou muitas fronteiras, 8 localidades remotas, perto de 1000 sensores. Se ao testar de novo um produto já conhecido pode dar a impressão de estar fazendo a mesma coisa, não foi o que senti.

Comentei pouco no texto, mas as novas categorias de sensores, como por exemplo os de análise de banda e tráfego, sondas WiFi para verificar se o sistema de rede sem fio está entregando o desempenho adequado, o subsistema de tickets de suporte, as sondas remotas... Isso tudo deu um valor e um sabor bastante diferente para este teste.

Na análise de valor de negócio feita na abertura deste texto eu destaquei a importância deste tipo de ferramenta para as organizações. Em um cenário cada dia mais amplo (e complexo) que é a infraestrutura de TI, muitas vezes localizar a causa de um problema, uma lentidão ou mesmo uma interrupção do serviço nem sempre é simples. E serviços de TI parados na empresa podem ter custos que vão do alto ao intolerável. Adicionalmente poder fazer análises preditivas dos indicadores (sensores) visando ter uma postura proativa tem também grande valor.

A política de comercialização do PRTG por parte de Paessler é muito clara e transparente, detalhada no link citado. O custo é definido pela quantidade de sensores possíveis de serem usados, começando por 100 sensores a US$ 440 indo até a licença multinacional global ilimitada por US$ 47250, com várias outras opções no meio do caminho. O usuário ao contratar o PRTG tem 12 meses de suporte e atualização do produto. Depois pode renovar por mais 12, 24 ou 36 com descontos progressivos. Porém se ele não renovar ainda pode permanecer usando o produto, porém sem direito a suporte e atualização. São regras simples, diretas e claras. Há outros bons produtos que se dispõem a fazer a mesma coisa que o PRTG (alguns até mais), mas trabalham com regras complexas e nível de preço bastante mais elevado.

Eu fiquei particularmente impressionado com a evolução do produto nestes dois anos, pois já era uma boa solução. Devem ser destacados, as inovações, o incremento de recursos, as facilidades e o ótimo suporte que tive em todas as ocasiões que demandei por ajuda. Empresas que buscam uma solução para o problema de monitoração de infraestrutura, como falei, há várias alternativas, mas o PRTG sem dúvida merece lugar de destaque entre as possibilidades de escolha. No meu cenário resolveu completamente a demanda, trouxe o resultado esperado e superou minha expectativa no aspecto das sondas remotas.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

SAMSUNG Launching YOU – a loja de ideias e talentos

Como é bom ser surpreendido de vez em quando.  O mundo carece de boas e novas ideias. A multinacional e gigante coreana SAMSUNG inaugurou nessa 3ª feira um espaço bastante diferente no Shopping Iguatemi (3º piso). Trata-se de um local que será explorado para impulsionar talentos, pessoas estas que se valem da tecnologia para realizar suas atividades.

O mestre de cerimônias foi o global, galã e realmente simpático Thiago Lacerda que apresentou a loja conceito inicialmente na Livraria Cultura e em seguida todos nos dirigimos para o novo espaço. Apenas pelo que eu falei não se tem ideia da grandiosidade da ideia. A cada dia um talento terá o espaço a sua disposição para mostrar seu trabalho. 

São até então figuras “anônimas” do grande público, cada um com sua particular forma de arte e tendo como pano de fundo comum o uso da tecnologia. Por exemplo o fotógrafo Bruno Moreira faz um trabalho maravilhosos com “light painting”. Foi mostrado um vídeo no qual ele vestiu uma roupagem luminosa em um praticante de skate e este após andar por algum tempo em uma pista específica a trajetória da luz fica marcadas na câmera fotográfica criando formas belíssimas.

Apenas na semana inicial há 5 talentos como a Gabriela, designer de moda, Popoh que é grafiteiro reconhecido, Rafael que faz arte com movimentos de uma bola de futebol e Alexandre que é artista plástico.
 


Cada um deles usa a tecnologia como meio de desenvolver sua arte, seu talento, seu objetivo. Seja o grafiteiro que ensaia sua obra antes no Tablet, o Bruno que usa sua câmera digital para capturar luz em movimento e assim por diante.

A nota com as informações adicionais estão abaixo para quem quiser saber a agenda da “loja”. Mas um último pensamento me passa pela cabeça.

No século 16 um martelo de ferro fundido e um cinzel feito de alguma liga metálica eram instrumentos de alta tecnologia. São os recursos tecnológicos que temos hoje. Pegue em bloco de pedra, junte ao martelo e ao cinzel e dê para MIM!! O que vai acontecer?? NADA. Agora coloque isso tudo na mão de Michelangelo e o que resulta? Uma Pietà, um David, o teto da Capela Sistina , que embora seja uma pintura, foi feita por um escultor brilhante!!

Que conclusão chegar? Simples, a ferramenta em si não é nada a não ser que alguém saiba usá-la de forma criativa. Essa é a ideia da SAMSUNG com este espaço. Dar lugar para pessoas mostrarem sua capacidade inventiva e criativa usando a tecnologia.

   

Ahhhhhh!!  Até existe caixa registradora na “loja”. Mas só funciona para dar LIKE nos trabalhos!!





 
Samsung lança primeira loja da marca que impulsiona talentos

Durante uma semana, o espaço Launching You, no Shopping Iguatemi,
apresentará talentos impulsionados pela tecnologia da marca

São Paulo, 16 de Setembro de 2014Quando a Samsung lança novas tecnologias, ela não lança apenas produtos. Cada inovação da marca é inspirada nas pessoas e seus diversos estilos de vida e os benefícios de cada produto são formas de estimular as pessoas a liberarem sua criatividade, fazerem novas descobertas e explorarem possibilidades nunca tentadas. Foi com base neste propósito da marca Samsung que nasceu a Launching You. A primeira loja da Samsung, no mundo, que ao invés de vender produtos, apresenta e impulsiona o talento das pessoas.

De 17 a 21 de setembro, quem visitar a Launching You, localizada no Shopping Iguatemi, em São Paulo, vai se surpreender com a proposta do projeto: a cada dia, o espaço será totalmente transformado em uma galeria personalizada e interativa que apresenta os diferentes talentos. “Tudo será apresentado de uma forma inovadora. Queremos oferecer um mundo de possibilidades por meio de novas experiências para o nosso consumidor. Será a oportunidade para o público se inspirar e revelar seus próprios talentos latentes. Acreditamos que todos têm um potencial incrível a ser revelado e a nossa tecnologia convergente é um forte impulsionador”  afirma Paola Campanari, gerente sênior de marketing corporativo da Samsung para o Brasil.

Para isso, a marca selecionou talentos que se destacam em suas áreas de atuação, auxiliados pela tecnologia Samsung: Gabriela Teixeira (estilista), Popoh (grafite), Rafael Fitipaldi (artista), Bruno Moreira (designer gráfico e fotógrafo), Alexandre Eschenbach (designer). Na ocasião, os visitantes terão a oportunidade de interagir com os especialistas e com as tecnologias disponíveis.

A ação faz parte da Launching People e chega para dar continuidade à plataforma de incentivo estando totalmente conectado ao propósito da marca. “A Samsung não é exclusivamente uma empresa de tecnologia. Lançamos não apenas produtos, lançamos produtos que potencializam o talento das pessoas. Launching People é uma tradução do DNA da marca.”, completa Paola.


Programação Launching You

Dia 17 – Samsung apresenta Bruno Moreira, designer gráfico e fotógrafo que apresenta projetos com Light Painting, efeito divertido onde o limite é a imaginação.

Dia 18 – Gabriela Teixeira, formada em designer industrial, faz do tablet Samsung a sua tela. De lá, saem acessórios e bolsas com formas e estampas inusitadas.

Dia 19 Popoh, o artista que viu sua arte crescer nas ruas de São Paulo, aposta na importância de reciclar. Paredes, sapatos e até geladeiras, qualquer objeto nas mãos dele, através do grafite, vira arte.

Dia 20 – Será que com a tecnologia a gente consegue transformar o futebol, literalmente, em arte? Rafael Fitipaldi prova que sim.

Dia 21 – Alexandre Eschenbach, através de inserções lúdicas desenvolvidas com a tecnologia Samsung, sugere ao espectador uma maneira diferente de ver o mundo.


Serviço
De 17 a 21 de setembro de 2014
Shopping Iguatemi | Av. Brigadeiro Faria Lima, 2232 | Jardim Paulistano | 3º andar
Horário de funcionamento: de segunda à sexta, das 10h às 22h. Domingo, das 14h às 22h.
Entrada Gratuita

Sobre ‘Launching People’

Cada vez mais pessoas ao redor do mundo usam produtos Samsung para fazer coisas surpreendentes. A empresa nasceu e se tornou uma potência com o propósito de acelerar o potencial humano e prover prosperidade, crescimento e uma vida melhor. E a empresa acredita que todos têm um potencial incrível para impactar positivamente o mundo de hoje, com a tecnologia certa em suas mãos. Com a campanha “Launching People”, lançada em 2013, a Samsung incentivou as pessoas a compartilharem sua paixão expressa em projetos criativos, que utilizam a tecnologia como um acelerador de inovações em arte e entretenimento futebol, empreendedorismo, e apoiá-los a perceber o potencial. A campanha Launching People é apenas um exemplo de iniciativa em curso da Samsung para engajar os consumidores. 

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Fazendo justiça com o BlackBerry 10 modelo Z30

Nestes tempos a oferta de smartphones é grande como nunca foi. Coincidência ou não este texto está sendo escrito no dia seguinte ao lançamento do iPhone 6 e iPhone 6 Plus, que obviamente são produtos de conhecida qualidade, mas não exatamente tão inéditos em seu posicionamento. Eu explico. Sou usuário do BlackBerry Z10, o primeiro modelo com o sistema operacional BlackBerry 10 há mais de um ano. Há cerca de 3 meses recebi para testes o modelo Z30 de 5 polegadas, que foi lançado no exterior há alguns meses. Minha análise vai ser muito baseada na comparação com o Z10 que tanto conheço, mas há pontos independentes importantes para serem destacados.


Figura 01 – visão frontal do BlackBerry  Z30

A BlackBerry percebeu há um bom tempo o que o mercado vinha desejando, ou seja, ter modelos com telas maiores. O Z10, o primeiro da fase BB10 tem tela 4.2 polegadas e é bem leve. Mas ficou claro que parte dos consumidores, principalmente aqueles que consomem muito conteúdo no smartphone, usam muita navegação em sites e por decorrência fazem muita leitura, preferem dispositivo com tela maior. Vários fabricantes de aparelhos essencialmente pessoais como LG, Samsung, etc. já têm há um bom tempo opções assim, como a BlackBerry com o Z30. A Apple apenas agora entrou neste segmento com o iPhone 6 Plus, travestido com uma aura de grande novidade, que na verdade não é bem assim, como os fatos mostram.


Figura 02 –BlackBerry Z10 e Z30 lado a lado

Visão Geral do Z30 e comparação com o Z10

As diferenças em relação ao Z10 começam com o tamanho, mas não é apenas isso. Não é apenas legibilidade que o Z30 (170 gramas) difere do Z10 (135 gramas). O teclado virtual é maior. Isso no início me atrapalhou. Por estar acostumado com o teclado do Z10 no começo eu tropeçava bastante em letras erradas. Mas é fácil se acostumar com coisas boas e logo me adaptei ao novo tamanho.


Figura 03 – comparando os teclados virtuais do Z10 e Z30

É “chover no molhado”, mas o Z10 e o Z30 quebraram um paradigma em termos de BlackBerry, pois sempre os teclados físicos de outros modelos do fabricante eram tidos como insuperáveis na usabilidade, conforto e precisão no uso. Eu mesmo ao ensaiar os primeiros passos com o teclado virtual (por toques) cheguei a duvidar da eficiência. Ajudou muito o sistema preditivo e que aprende com o usuário. É sensacional. Conforme as letras vão sendo digitadas diversas alternativas de palavras são oferecidas sobre as letras e a “mais provável” aparece na barra de espaço. Assim se a “adivinhação” foi certa, ao teclar espaço a palavra entra no texto, já é inserido o espaço e a próxima palavra já pode ser digitada. Se for uma das outras palavras “adivinhadas” basta deslizar o dedo sobre a palavra em direção à tela que ela aparece digitada. Muito simples e muito prático.


Figura 04 – teclado preditivo do BlackBerry  Z10 e Z30

Mas o que me impressiona muito é a capacidade de adaptação deste teclado preditivo. Ele trabalha baseado no contexto. Se estou respondendo um e-mail as sugestões de palavras que surgem estão relacionadas com termos do próprio e-mail, algo bastante lógico e inteligente. Assim responder e-mail, SMS, WhatsApp, BBM, Skype, etc. fica bastante facilitado. No exemplo da figura acima, pelo título do e-mail a palavra “aplicativos” (no plural) já foi identificada e sugerida.

O título deste texto fala em “fazer justiça”. Eu não falei isso sem motivo. O sistema operacional BlackBerry 10 é ótimo e merece destaque em diversas áreas. Muitas pessoas criticam porque “não é Android nem iOS”, que são de fato sistemas operacionais que dominam o mercado hoje em dia. Por isso eu falo que as pessoas de mente mais aberta deveriam se permitir experimentar o BB 10 e não apenas se influenciarem pela “moda” ou pelo efeito “boiada” (vai para onde todos os outros vão). Iriam se surpreender.

Aplicativos

Uma crítica que é feita ao BlackBerry  diz respeito à quantidade de aplicativos. Isso seria verdade? Ou é apenas uma falácia que é repetida aqui e ali? Vou ser bem pragmático nessa análise.  Quando a antiga RIM (que se tornou BlackBerry) optou por uma ruptura com o passado adotando o novo sistema operacional baseado no sistema QNX ela sabia que teria que renovar toda sua base de aplicativos. Mas isso foi antecipado com a disponibilidade de seu tablet Playbook que debutou o novo sistema BB 10. Assim a comunidade de desenvolvedores já começou a criar a base de aplicativos para o tablet, que já iriam funcionar no smartphone. Isso deu certo e quando o Z10 foi lançado a quantidade e aplicativos já era bastante significativa.

Nos meus primeiros dias com o Z10 eu senti falta do Waze e do Instagram. De resto, os aplicativos que eu uso todos estão disponíveis. Depois de um tempo descobri que o Skype já estava operacional e havia um “client Instagram” que olhava mas não publicava fotos, algo bastante chato. Mas era o começo.


Figura 05 – Aplicativos no BlackBerry  World

Mas os meses foram passando e a comunidade de desenvolvedores se apropriou das ricas APIs de desenvolvimento de aplicativos nativos e também aplicativos Android. Como pode ser isso? Ao ser lançado em janeiro de 2013 o BB 10 contava com 70.000 aplicativos nativos e perto de 28.000 aplicativos portados do Android. Sim existe um SDK (software development kit) que permite “encapar” um aplicativo Android com uma camada de compatibilidade e assim muito rapidamente portar o aplicativo Android para o BB 10, ou seja, para o Z10, Q10 (modelo com teclado físico) e o Z30.

Isso tudo me traz aos dia de hoje, testando o Z30. O termo “testando” não é apropriado. Eu transferi tudo que tinha no meu Z10 para o Z30, aplicativos, chip micro SD de 16 GB, simcard da VIVO e estou usando no dia a dia o Z30 há 3 meses. Não há teste melhor do que este. Em uso contínuo e fazendo tudo que precisamos ao longo do dia. Eu não tenho nada contra os testes de smartphone que se baseiam em benchmarks sintéticos, testes de performance de vídeo, velocidade de processador, etc. Mas o que conta mesmo para mim é a adaptabilidade e a completa adequação às tarefas rotineiras, com boa experiência e desempenho.

Hoje em dia já uso os aplicativos que no ano passado me faltaram. Uso o Skype, o Waze, o Instagram (iGrann – completo com todas as funções inclusive publicação), Viber, WhatsApp, ITAU, SpeedTest e até o EasyTaxi! Sem contar os óbvios Facebook, Twitter, Foursquare, Linkedin, etc. Se ainda faltam aplicativos, não posso precisar, mas para o MEU perfil de uso tenho todos!! Ou melhor, faltou um. Não existe o WiFi Analyser, um ótimo aplicativo Android para descobrir redes sem fio, canais sendo usados, medir intensidade de sinal, muito útil para configurar e aprimorar instalações de WiFi. É o único que me faltou.

Em pesquisa realizada em comunidades de desenvolvedores e também da própria empresa cheguei à informação da existência de 235.000 aplicativos no BlackBerry World em abril de 2014 (eram 98.000 em janeiro de 2013). Como já se passaram 5 meses com certeza esta quantidade possivelmente já superou 250.000 indo na direção dos 300.000 aplicativos.

Um pouco mais do smartphone

Bem como o Z10, o Z30 é compatível com o sistema de 4G do Brasil. Quando ativei o serviço 4G (VIVO) percebi a diferença na fluidez e no uso de certas aplicações. Em São Paulo percebi que existe cerca de 70% de cobertura 4G, pelo menos nas regiões que eu transito habitualmente. Assim a presença do 4G é para mim um atributo bem importante.

A despeito da diferença do tamanho das telas entre o Z10 e Z30 existem outras diferenças. Com resolução de 768 x 1280 a tela do Z10 é IPS LCD e do Z30 usa tecnologia AMOLED com resolução de 720 x 1280. Por isso o Z30 tem um brilho diferente e parece ter cores mais naturais. Telas de OLED tendem a gastar menos energia, mesmo que de tamanho maior. Além disso, o Z30 usa com frequência telas com fundo preto, pois em telas OLED o branco usa mais energia. Por fim o Z10 mostra 4 fileiras 4 de ícones nas telas para acionar os aplicativos enquanto o Z30 apresenta 5 fileiras de 4 ícones.

O processador do Z30 é pouca coisa mais rápido. Ambos usam o processador dualcore Qualcomm Snapdragon S4, o Z10 de 1500 Mhz e o Z30 de 1700 Mhz. Em nenhum deles sinto falta de velocidade no processamento. O uso é fluente e sem pausas ou esperas indesejáveis. Mesmo usando aplicativos portados do Android (que recebem a tal camada de compatibilidade) rodam muito bem (como o Skype e Waze). Mas apesar da diferença de frequência dos processadores ser mínima (1500 Mhz e 1700 Mhz – 13%) eu posso perceber que o Z30 carrega mais rápido, entre estar desligado e pronto para ser usado. Acredito que o Z30 tenha alguma otimização no hardware uma vez que a versão do sistema operacional BB 10 é a mesma em ambos os aparelhos, a 10.2.1.2977.


Figura 06 – visão lateral e traseira do BlackBerry  Z30

Ambos têm câmera principal de 8 MP, câmera frontal de 2 MP e gravam filmes em 1080p (1920x1080) 30 frames por segundo. Também compartilham um recurso na câmera que ainda não vi nos outros smartphones, o recurso “Time Shift”. É um modo de tirar fotos no qual diversas imagens são registradas e ao escolher a foto, se a pessoa saiu, por exemplo, de olho fechado, uma área da tela é escolhida (a face) e é feita a montagem daquela foto com a face (ou olhos) de outra foto na qual os olhos estão abertos. Muito prático e muito útil!! A qualidade das fotos é muito boa, tanto com ou sem flash. Tenho usado apenas sua câmera em todas as minhas necessidades pessoais e profissionais.

Ambos têm 2 GB de memória RAM, conector mini HDMI, WiFi de 2.4 Ghz e 5.0 Ghz (padrões 802.11g, 802.11n e 802.11a), recurso de Hotspot 3G ou 4G, Bluetooth, GPS, NFC (para pagamentos móveis), 16 GB de armazenamento interno e ao contrário de toda a família de iPhones, tem slot para cartão micro SD de até 64 GB. Assim elevar a capacidade de 16 GB agregando mais 64 GB custa perto de R$ 160, bem diferente dos aparelhos da Apple. O preço de um iPhone 5s com 16 Gb é R$ 2.199 e de um 5s com 64 GB R$ 3.599 – preço extraído do site www.americanas.com em 12/09/2014 e condição para pagamento em 10 vezes). O que te parece pagar R$ 1.400 a mais por um chip de memória de R$ 160? Já tinha pensado nisso? O equipamento da Apple é muito bom, não contesto isso, mas eu discordo totalmente desta forma de cobrança pela memória interna a mais lacrada dentro do aparelho.

Quanto à bateria aqui há diferenças sensíveis. A bateria do Z10 é de 1800 mAh (13 dias em standby) enquanto a do Z30 é de 2880 mAh (16 dias em standby). Isso por si só já justifica minha percepção de que o Z30 tem mais autonomia. Raras foram as ocasiões dias que precisei recarregar o Z30 antes do final do dia, poucos mesmo. Somente em dias de uso desenfreado e muito intenso. A despeito de seu tamanho maior sua bateria de alta capacidade dá conta do recado. Já o Z10 preciso reforçar a carga cerca de um 30% a 40% dos dias. E como desfrutei de ambos por muito tempo posso afirmar que o modelo de uso foi equivalente e totalmente comparável. Por outro lado a bateria do Z10 é removível e pode ser substituída (eu tenho uma bateria reserva que me ajuda eventualmente com o Z10 em emergências), mas isso não pode ser feito com o Z30. Ou ela é trocada em uma assistência técnica, ou não se troca e ela vai acabar com o final da vida útil do aparelho.

Uma última diferença entre o Z10 e o Z30 é a qualidade do som. Pelo tamanho maior o alto-falante do Z30 é melhor resolvido. Tem maior volume e precisão na reprodução de música, vídeos, etc.

O BlackBerry  Hub – essencial e diferente

Compartilhado por ambos os modelos o BlackBerry  HUB é um atributo único do BB 10 que me fascina e facilita demais minha vida na operação do aparelho. É na apresentação visual e na usabilidade que ele me encanta. O conceito do HUB é ter um único ponto de interação para todas as formas de comunicação. Seja ligação telefônica recebida (ou perdida), e-mail, BBM, SMS, mensagem Skype, WhatsApp, Facebook, Linkedin, Twitter, Foursquare... qualquer coisa, elas ficam cronologicamente ordenadas (a mais nova no topo) e acessível a um deslizar de dedo para a esquerda (operação que faz aparece o hub em qualquer circunstância).



Figura 07 – BlackBerry  Hub - todas as mensagens em um só lugar

Além disso, não importa que aplicativo esteja sendo usado e não importa por que canal chegou uma mensagem, uma única e pequena linha no topo superior da tela mostra por 2 ou3 segundos o ícone da origem (WhatsApp, SMS, e-mail, etc.), o nome do remetente (com miniatura de foto – se disponível) e o título da mensagem. Em outros smartphones uma luz se acende, um alerta sonoro é acionado (como também no BlackBerry ), mas no Z10 u Z30 sem sair do aplicativo já sabemos quem fez contato conosco. E se quisermos ler a mensagem, basta acionar o hub deslizando o dedo para a direita abrir a mensagem completa. Isso é muito prático e muito produtivo. Claro que no hub os e-mails podem ser vistos por grupos (tipo de mensagem ou por conta – Gmail, Hotmail, Exchange, outros e-mails) como mostrado na figura 08 abaixo. É fator de destaque de produtividade e facilidade de uso. Se eu tiver que usar um smartphone que não tenha este recurso, esta usabilidade, vou estranhar muito!!


Figura 08 – BlackBerry  Hub – vendo todas ou escolhendo a origem

Existe ainda o conceito de Priority Hub. Para cada tipo de mensagem (SMS, WhatsApp, Facebook, etc.), ou para diferentes contas de e-mail certos remetentes ou determinados assuntos podem ser definidos como prioritários. Assim para visualização e acesso rápido daquelas mensagens o usuário aciona o Priority Hub e já pode de uma só vez ver tudo que mais lhe interessa e é mais importante para si.


Figura 09 – BlackBerry  Priority Hub – só o mais importante – pessoa ou conversa

 
Figura 10 – Adicionando pessoa ou conversas ao BlackBerry  Priority Hub (clique para ampliar)



BYOD e Gerenciamento

Até aqui falamos apenas e tão somente das características e da usabilidade do Z30. Porém não pode ser esquecido o lado que sempre esteve presente no DNA da BlackBerry , o gerenciamento dos aparelhos. As pessoas se esquecem rápido das coisas. Muito antes de toda essa onda de smartphones assolar o mundo e se tornar objeto prosaico do dia a dia a RIM (Research In Motion – antigo nome da empresa BlackBerry) já era soberana no gerenciamento de telefones em ambiente empresarial, definição, atribuição e uso de políticas corporativas, etc. Se a empresa nasceu assim, é importante frisar que nada disso foi esquecido. Muito pelo contrário. O conhecido BES (BlackBerry Enterprise Server) sistema usado para todo este gerenciamento cresceu e se transformou para permitir gerenciar a realidade do BYOD, ou seja, controlar todos os dispositivos dos usuários no ambiente da empresa.

Para ser breve e citando apenas o mais relevante recurso da plataforma, o BlackBerry  BALANCE permite definir duas partições em um dispositivo BB 10 atribuindo uma como corporativa e outra como pessoal. Dessa forma o mesmo aparelho passa a ter dupla personalidade e que não se misturam nem se comunicam. Assim o que é pessoal fica em um lado e o que é corporativo do outro lado. Não há como passar e-mails, arquivos, fotos, nem mesmo copiar e colar textos de um lado para o outro. Tudo isso em uma interface muito simples, pois embora todas as notificações de mensagens pessoais ou corporativas possam ser vistas em um único local, no BlackBerry Hub, elas estão guardadas em locais separados.

A solução de BYOD da BlackBerry  contempla inclusive possibilidade de gerenciamento de dispositivos iOS, Android com funcionalidade semelhante ao do BALANCE (feita por software) nestas outras plataformas. Assim a expertise de tantos anos da empresa está à disposição para que a base de dispositivos móveis de propriedade da empresa ou de seus colaboradores seja gerenciada por sua ferramenta de EMM (Enterprise Mobile Management). Veja uma breve apresentação no vídeo abaixo.
     

Há alguns dias a Blackberry adquiriu a Movirtu, um fornecedor de soluções virtuais de identidade para operadoras móveis que permite a ativação de vários números em um único aparelho. Isso vai permitir um gerenciamento mais otimizado em ambientes que adotam os aparelhos dos funcionários nas redes da empresa (BYOD) e que oferecem aparelhos corporativos com uso pessoal (COPE). Os novos recursos de SIM virtual serão oferecidos pela BlackBerry através de operadoras móveis para fornecer aos clientes identidades múltiplas com base na oferta de serviços. A BlackBerry vai oferecer suporte às operadoras para implementação da tecnologia Movirtu para os sistemas operacionais dos principais smartphones, não apenas para seus dispositivos BB 10.

Conclusão

A injustiça que eu aponto no título desta avaliação está associada ao comportamento massificado dos consumidores considerarem apenas iOS e Android como alternativas para seus smartphones. O atual BlackBerry 10 e o Windows Phone (também uma alternativa competente) estão menos presentes nas cabeças das pessoas ao analisar as opções. O sistema operacional BlackBerry 10 é muito seguro, robusto e em determinados fontes de pesquisa que descobri é citado como “o Android melhor que o Android” (força de expressão porque o sistema não tem nada a ver com Android).

Eu posso apontar um defeito da plataforma BlackBerry  10. O único que posso citar como “grave”. É minha opinião que seu lançamento aconteceu pelo menos um ano e meio a dois depois da melhor ocasião. Tivesse sido diferente eu acredito que haveria hoje em dia ao menos um equilíbrio maior entre as plataformas existentes. Seria melhor para todos por ter mais concorrência, mais opções e menor tentativa controle de mercado. E também posso citar como ponto a ser melhorado a quantidade de aplicativos. Se BlackBerry está chegando aos 300.000 aplicativos os concorrentes estão perto ou acima dos 800.00. Há uma diferença numérica grande. Mas não só quantidade é que vale. Importante é existir aquilo que o usuário necessita.
    

Figura 11 – universo geral de aplicativos para todos os smartphones

Mas destaco que o Z30 é um dispositivo impecável, seguindo os passos de seu irmão menor, o Z10. É já com saudades que o embalo para devolução para o fabricante. Eu como usuário do Z10 não tinha ainda usado diuturnamente um dispositivo de maior tamanho. Como tudo na vida há os dois lados. Um pouco mais pesado, um pouco mais espesso, ocupa mais espaço no bolso da calça, mas com diferenciada experiência para leitura e uso dos aplicativos.  Gostei muito.

A durabilidade da bateria, aprimorada por ter maior capacidade, é suficiente para uso o dia todo (em regime de normal). Tem ótimas câmeras (diferencial Time Shift para retoque das fotos), expansibilidade (micro SD de até 64 GB – ao contrário do iPhone) e aplicativos em quantidade suficiente uma vez que o que eu preciso eu tenho no Z10 ou Z30. A possibilidade de ser gerenciado de forma extremamente segura pelos recursos do BES e BALANCE com “dupla personalidade” (pessoal e corporativa) é de grande destaque.

Finalizando, não me agrada ser questionado ao comentar com amigos e conhecidos que uso o smartphone BlackBerry – “você não tem iPhone?” ou “você não prefere um Android como o Galaxy S5?” e que ao verem o Z10 ou o Z30 ficam todos curiosos e dizem “isso não tem cara de BlackBerry!!”. Pois é! Que a justiça seja feita. Não posso afirmar que o Z10 e Z30 são os melhores aparelhos do mercado porque já entendi que o modelo de uso e a adaptação de cada pessoa a cada aparelho é ainda mais importante neste julgamento. Mas que uma mente mais aberta que permita considerar BB 10 e mesmo Windows Phone além de iOS e Android, isso está faltando entre a grande maioria dos consumidores. Testem e formem sua opinião. Falar sem testar não tem significado. Para mim o Z30 está testado e aprovado.



Figura 12 – Visão do tamanho do Z30 em minha mão – despedida oficial (clique para ampliar)

terça-feira, 9 de setembro de 2014

VIDA MODERNA – Sopa de letrinhas - vídeo sobre Tecnologias Automotivas

Segue abaixo o link parao vídeo do programa SOPA DE LETRINHAS que foi transmitido ao vivo pelo site http://www.vidamoderna.com.br bem como um rápido glossário dos termos discutidos no programa, na parte 1 e na inédita parte 2 (a ser ainda divulgado). Foi uma discussão muito interessante e produtiva. Espero que gostem!!




ABS
ANTILOCK BRAKING SYSTEM: é o sistema antitravamento de freios obrigatório no Brasil desde janeiro deste ano. Evita, na frenagem brusca, que as rodas se travem, o carro escorregue e o motorista perca o controle.
   
ACC
ADAPTIVE CRUISE CONTROL: é o "piloto automático" ou controle de cruzeiro adaptativo. Sistema difundido em carros premium, controla automaticamente velocidade e distância para outros veículos de acordo com a definição do motorista, que não precisa acelerar ou frear, apenas usar o volante.

ACS
ACTIVE CITY STOP: evita o risco de colisão traseira em velocidades de até 50 km/h. O sistema conta com sensores sofisticados de luz e proximidade, que escaneiam a pista à frente 50 vezes por segundo. Assim, ajudam a reduzir a severidade de colisões traseiras e, em alguns casos, podem evitar totalmente um acidente.

APS
ACOUSTIC PARKING SYSTEM: é o famoso "sensor de estacionamento", que usa sistema de ultrassom, além de bipes e alarmes para auxiliar o motorista na marcha à ré em manobras e balizas.

ASR       
ANTI SLIP REGULATOR: identifica o sistema que impede que as rodas da tração escorreguem (derrapem), auxiliando o condutor em acelerações ou em casos de emergência. É uma forma de controle de tração.

AWD, 4WD, FWD e RWD

ALL WHEEL DRIVE; FOUR WHEEL DRIVE; FRONT WHEEL DRIVE; REAR WHEEL DRIVE: expressões usadas pelas montadoras para identificar o eixo de tração do automóvel. AWD e 4WD significam que o veículo tem tração nas quatro rodas; FWD é para carros com tração dianteira; RWD, para modelos com tração traseira.

BA, BAS, EBA ou AFU

(EMERGENCY) BRAKE ASSIST (SYSTEM); ASSISTANCE AU FREINAGE D'URGENCE: também ligado ao ABS, aumenta a pressão sobre os freios em frenagens de emergência e pode até brecar o veículo automaticamente e com mais intensidade. É acionado, por exemplo, quando o sistema percebe que o tempo de reação do motorista em relação aos pedais de acelerador e freio saiu do padrão.

CVT

CONTINUOUSLY VARIABLE TRANSMISSION: representa o conjunto de transmissão capaz de simular uma quantidade infinita de relações de marcha, uma vez que funciona com sistema de duas polias de tamanhos diferentes interligadas por uma correia metálica em vez de engrenagens de tamanho fixo.

EAS, ESC e ESP

ELECTRONIC ACTUATION SYSTEM; ELECTRONIC STABILITY CONTROL; ELECTRONIC STABILITY PROGRAM: siglas diferentes, mesmo sistema eletrônico, que se vale do controle de travamento dos freios (ABS) para manter a mesma carga de tração e sentido em todas as rodas, de modo a deixar o carro estável.

EBD

ELECTRONIC BRAKEFORCE DISTRIBUITION: sistema diretamente ligado aos freios com ABS, varia automaticamente a quantidade de força aplicada a cada um dos freios (geralmente com mais carga para as rodas com maior tração) para ampliar o poder de frenagem.

HLA
HILL LAUNCH ASSIST : assistente de partida em rampa. O motorista deve parar completamente o veículo e manter o pedal do freio pressionado. Se o sensor do HLA detectar que o carro está em uma rampa, o sistema será ativado automaticamente. Quando o pé sair do pedal do freio, o veículo permanecerá na rampa por um tempo entre dois e três segundos, que pode ser estendido caso esteja em processo de partida. Toda vez que o motorista for arrancar com o carro em uma inclinação superior a quatro graus, o HLA é acionado, e, por cerca de três segundos, evita que o veículo desça. Esse tempo é suficiente para que o pedal do freio seja liberado e o pé passe para o acelerador. Os freios são liberados automaticamente após o motor desenvolver a ação necessária para evitar a descida.
A saída acontece normalmente, pois os freios são liberados de forma automática. O HLA atua com o veículo voltado para baixo, caso a marcha ré esteja engatada, ou para cima, caso o câmbio tenha selecionado uma marcha à frente. Se o motor é acelerado em excesso, o sistema é desativado.

HUD

HEAD-UP DISPLAY: Instrumento desenvolvido inicialmente para utilização em aviões de combate, ainda nos anos 1960, o HUD projeta informações do painel de instrumentos no para-brisa (ou em uma tela à frente deste), para que o condutor não tenha de desviar os olhos da área principal da pista. No Brasil, existe em carros como o Chevrolet Camaro, Peugeot 3008, modelos da Audi e BMW, por exemplo.

LKS
LINE KEEPING SYSTEM: tem a função de não permitir que o motorista saia de sua faixa na estrada, mostrando por exemplo sinais de sonolência. Uma câmera digital é montada no parabrisa, e detecta se o carro está saindo de sua faixa sem acionar a seta. Quando isso acontece, um aviso aparece no painel e o volante vibra simulando que o carro está passando em cima de “olhos de gato”. Se o motorista não reagir a tempo, o carro faz com que o volante vire no sentido contrário, levando o carro de volta a sua posição correta. O motorista pode bloquear este sistema a qualquer momento, através de movimentos na direção, aceleração ou frenagem.
  
PAS ou SAS
POWER ASSISTED STEERING; STEERING ASSIST SYSTEM: sigla que algumas fabricantes utilizam para identificar o sistema de assistência à direção, com atuadores de ação hidráulica e/ou elétrica, que adicionam energia ao mecanismo de direção para que o motorista faça menos esforço para girar o volante.

TCS

TRACTION CONTROL SYSTEM: sigla utilizada para identificar o controle de tração do automóvel, que serve para corrigir possíveis "patinadas" dos pneus -- na prática, sensores acionam o freio apenas da roda que perdeu aderência.


TPM

TIRE PRESSURE MONITORING: parece outra coisa, mas no cenário automotivo é o monitoramento da pressão dos pneus, desenvolvido como medida de segurança e já utilizado por automóveis de luxo.



quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Intel e Microsoft comemoram os 33 anos do PC

O PC faz 33 anos de idade. Já está bem longe aqueles dias que um computador pessoal, o IBM PC custava aqui no Brasil o preço de um automóvel de categoria acima de um carro popular (quase R$ 30.000 em valores atuais). Não posso mentir nem esconder a idade e por isso confesso que observei esta história desde o começo. Profissionalmente somente em 1985 usei os tais PC e PC-AT, os maiorais de sua época e de lá para cá assisto de camarote a evolução dessa indústria tendo crescido profissionalmente com ela.

O que mudou nestes 33 anos? A conhecida “Lei de Moore” tem sido implacável e a cada dois anos os processadores dobram de capacidade, diminuem seu tamanho e consomem cada vez menos energia. A tal “Lei de Moore” foi por muitos anos um fenômeno que se observava com naturalidade. Mas de alguns anos para cá a INTEL tem como questão de honra fazê-la seguir sendo cumprida e isso é mais um fator de estímulo para que investimentos da ordem de bilhões de dólares sejam feitos anualmente e faça chegar ao mercado processadores mais avançados. Este movimento todo foi responsável pela viabilidade de tantos dispositivos, estações de trabalho, servidores, laptops, notebooks, ultrabooks, tablets e também mais recentemente smartphones com processador Intel.

Uma visão rápida de quanto de evolução aconteceu nestes 33 anos: o primeiro processador, o Intel 4004 quando comparado com um processador de atual geração, o de 2014 é 4.000 vezes mais rápido, consome 5.000 vezes menos energia e o tamanho do transistor utilizado teve seu preço unitário (por transistor) reduzido em 50.000 vezes. Se uma casa encolhesse na mesma medida que os transistores, não seria possível vê-la sem a ajuda de um microscópio. Para ver um processador de 22nm ao olho nu, seria necessário aumentá-lo além do tamanho de uma casa. Mais de 6 milhões de transistores tri-gate de 22nm poderiam caber no ponto ao final desta sentença.


figura 01 – processador Intel 4004 dos anos 70  com 2300 de transistores

figura 02 – o processador Intel de geração atual com bilhões de transistores

Para ilustrar de uma outra forma mais palpável o quanto as coisas mudaram vejam o breve vídeo abaixo. Foi capturado no Microsoft Tech Center hoje mesmo. Trata-se de um computador dos anos 80, tela de fósforo verde, rodando o jogo “Prince of Persia”, um clássico desta época. Eu me lembro de minha reação de total estupor ao ver na época este jogo por sua imensa qualidade e pelos gráficos incríveis. Comparado com o que temos hoje parece uma piada, mas foi dessa forma que tudo começou. Prince of Persia, Karateka, Microsoft Decathlon,... jogos que como sempre impulsionaram a indústria de PCs pois demandam a máquina ao limite.


figura 03 – tela de abertura do jogo Prince of Persia



Por outro lado nesta época e por um bom tempo o software que rodava no PC era o MS-DOS, interface caractere que exigia do usuário o conhecimento, memorização e digitação comando a comando. Mas ainda nos anos 80 surgiu a primeira versão do Windows o sistema com interface gráfica que tornou tudo muito mais fácil. Apesar de apenas na versão 3.0 de 1989/90 o Windows ter de fato “decolado” no mercado não tem como eu me esquecer do impagável vídeo do ex-presidente da Microsoft, Steve Balmer, promovendo o Windows 1.0 em 1986 como se fosse um eletrodoméstico de uma forma muito engraçada. Divirtam-se com o vídeo.



Mas o Windows evoluiu muito mais.
Muito mais mesmo. Hoje em dia temos a versão 8.1 que já usa uma interface que aproxima o usuário de smartphones e tablets do sistema operacional. Obviamente o motivo disso é este mesmo, tornar o sistema compatível e homogêneo em todas as plataformas. Coincidente no dia de hoje foi divulgado que a base do Windows 8.1 suplantou em números mundiais a do ancião Windows XP. O sistema dominante é o Windows 7 com cerca de 60% do mercado que é razoavelmente conservador nos upgrades a ponto de ainda haver cerca de 12% a 13% de PCs com Windows XP. Por fim o Windows 8.1 está integrado com recursos de nuvem para armazenamento de arquivos e aquisição e instalação de programas

A Microsoft tem se movimentado muito no sentido de aproveitar em seu sistema toda esta evolução do hardware proporcionada principalmente pela Intel. Muitos formatos distintos apareceram e seguem aparecendo. Em 2013 entre PCs e Tablets o mercado mundial foi de 529 milhões de unidades. Mas hoje em dia os notebooks conversíveis (notebook que vira tablet) é uma nova tendência. Controle por toque na tela já é recurso indispensável por parte dos usuários que acostumados com seus smartphones mudaram a forma de interagir com o dispositivo e sistema operacional.


figura 04 – Windows 8.1 multiplataforma – PC e smartphone


Assim só nos resta felicitar e comemorar os 33 anos do PC e agradecer dois dos mais importantes integrantes dessa indústria, a Intel e a Microsoft por toda agilidade e dinamismo deste fascinante mercado! Por mim eu pretendo ver com meus próprios olhos os próximos 33 anos (66 anos) e mais ainda, os 100 anos dos PCS!! Como serão os PC daqui a 33 anos? O futuro nos reserva esta surpresa.