Fones de ouvido sempre foram para mim um assunto mais do que sério! Possivelmente você não saiba, mas este aqui que escreve esse texto ou apresenta o vídeo já foi DJ por vários anos na adolescência e no começo da faculdade. O gosto por música (todos os gêneros) e por um bom som vem desde essa época, mas melhor nem falar há quanto tempo faz isso!!
Anos atrás em um revival como
DJ
Por isso toda vez que eu me encanto com um fone de ouvido,
para não correr o risco de ficar sem um fone do qual gostei muito, eu compro
dois iguais! No começo preferia os fones tipo “concha”, mas com o passar do
tempo passei a preferir fones menores e mais leves. Aqueles do tipo “in-ear”,
viraram os meus preferidos.
Quando se usa pela primeira vez um fone sem fio, não tem mais retorno. A
praticidade é imensa. Claro que eu ainda tenho muitos fones com fio, os meus escolhidos
e colecionados ao longo da vida, que ainda uso, mas os fones Bluetooth têm
agora minha preferência total.
Já usei diversos modelos sem fio de diferentes marcas. Desde os mais simples e
baratos até fones da Gorilla, JBL, Samsung como o Buds e o Buds Live e também o
PowerBeats que foi meu fone no começo de 2018. Eu sou adepto de caminhada e
corrida e eu me adaptei muito bem com este modelo. Mas ainda não era 100% pois,
apesar da estrutura que se encaixa na orelha para firmá-lo, para não sair de
posição, de vez em quando eu começava a perceber que o som ia ficando sem
“força”. Ele estava aos poucos saindo da posição. Não era um problema do
PowerBeats, aliás um fone vendido até hoje e que tem muita qualidade. Minha
anatomia auricular que não se teve uma adaptação perfeita com ele.
O fone PowerBeats que eu
tive, mas perdi
Mas por uma fatalidade do destino eu perdi o PowerBeats. Na
verdade, fui vítima de um furto e por um motivo que não me aconteceria se fosse
com o Beats Flex. Explicarei melhor isso mais para a frente
Recebi para testes uma unidade do Beats Flex na cor Flame
Blue. Com minha experiência usando fones in-ear eu logo procurei e achei o par
de borrachas que melhor se encaixavam nas minhas orelhas. Isso é incrivelmente
importante. Com a adaptação mal feita a experiência de uso é tremendamente
prejudicada. Ele vem com quatro diferentes jogos de borrachas para escolha
daquela melhor para cada pessoa.
Saí para experimentar assim que carreguei a bateria. Aliás, acompanha o produto
o clássico cabo com conectores USC-C nas duas pontas. O fone é entregue sem o
carregador como a Apple começou a fazer desde o ano passado com os iPhones. Eu
não tenho carregador com conector USB-C, mas os que uso com meus smartphones
Android, serviram muito bem para carregar a bateria do Beats Flex em cerca de
uma hora.
Como eu vinha usando o Buds Live da Samsung achei que iria
me incomodar com aquele fio no pescoço como tinha também o PowerBeats. Mas o
material plástico e flexível com o qual ele é feito, não me incomodou em nada e
pude perceber que o que parecia ser uma desvantagem do Beats Flex (o fio no
pescoço), acabou se tornando algo bastante interessante.
Nesses tempos difíceis de pandemia tenho saído para caminhar ou correr todo os
dias no começo da noite. No meu bairro há ruas tranquilas, mas também avenidas
movimentadas e com barulho de carros e ônibus, um cenário desafiador para
qualquer fone de ouvido. Eu costumo ouvir músicas, podcasts ou conteúdo
jornalístico, sendo que para esses dois últimos ouvir tudo com clareza é
crítico. O Beats Flex não tem o sofisticado (e infelizmente ainda caro) sistema
de cancelamento ativo de ruído presente em alguns fones de categoria superior.
Mas a adaptação da borracha escolhida aliado à ergonomia do fone, fez com que o
isolamento “mecânico” de ruído funcionasse muito muito muito bem!! Ponto super
positivo!
Sobre a qualidade do áudio, isso merece uma explicação. Alguns fones que
existem por aí alteram o perfil sonoro introduzindo artificialmente os graves
ou os agudos, ou ambos visando “turbinar” o som e assim dando a impressão de
que aquele fone é especial. Isso alegra algumas pessoas, mas quem é audiófilo e
conhece fones de ouvido percebe aquele artificialismo. Achei o som do Beats
Flex limpo, com as frequências bem equilibradas e principalmente sem esses
exageros que existem em outros produtos, e olha que tem marcas bem conhecidas
que se utilizam deste expediente.
Descobri uma virtude interessante do sistema de BlueTooth (classe 1) do Flex.
Seu alcance é bastante generoso. Normalmente fones perdem sua comunicação com o
smartphone ou mesmo com o PC quando nos afastamos 5 ou 6 metros ou quando vamos
para outro cômodo da casa, mas o Flex mantém comunicação por uma boa distância!
Ele usa o chip Apple W1 que segundo a Beats é o responsável pela conectividade
aprimorada, qualidade da transmissão sonora e este alcance diferenciado.
O Beats Flex tem seus nas laterais os botões de liga-desliga e de comando,
aumentar ou diminuir volume, pausa da música, avançar para a próxima música e
retroceder que funcionam também para vídeos. Eu uso muito o Youtube Premium em
segundo plano como se fosse podcast. Os comandos são super simples e
funcionais. Mas preciso contar para vocês que algo me incomodava. Eu não achava muito confortável usar os botões
de pausa e de volume. Meio a contra gosto acabei me acostumando.
Principal módulo de comandos
do Beats Flex
Mas quem estava errado era EU! Os fones têm uma posição
certa para serem usados, orelha esquerda e direita. Outros fones que já usei quando
vestidos do jeito errado até o som ficava sem graça. O Beats Flex tem uma
marcação bem discreta com as letras “R” e “L” indicando direita e esquerda, mas
o apressado aqui desde o primeiro dia estava usando errado e como o som estava
bom, nem percebi. Talvez essa indicação pudesse não ser tão discreta.
Comecei a usar do jeito certo e a ergonomia ficou fantástica, bem mais
intuitiva e os dedos certos sendo usados para cada comando. Melhorou ainda mais a experiência, inclusive
aprofundou a percepção do som. A propósito, o Beats Flex tem um microfone
integrado que faz um tratamento do som por software, reduz o ruído do ambiente
e assim se você atender a uma chamada telefônica ou de WhatsApp, seu parceiro
no outro lado da linha vai ouvir um som limpo e claro.
Deixei para comentar no final duas características que são
muito importantes! A duração da bateria é crítica para dispositivos Bluetooth.
A Beats divulga que com apenas uma carga o Flex consegue reproduzir conteúdo
por 12 horas. É difícil comprovar este número com o uso no dia a dia, pois
ninguém usa um fone doze horas ininterruptamente. Mas por meio do aplicativo da
Beats no meu smartphone Android (sim, ele roda igualmente bem, não precisa ser
um iPhone, que aliás tem um reconhecimento automático muito prático), o nível
da bateria pode ser monitorado. Usando aproximadamente por 2 a 3 horas no dia,
apenas precisei fazer uma recarga de sua bateria no final do quarto dia. Isso comprova
que a duração divulgada se não é exatamente aquela, é muito próxima do número
divulgado de 12 horas.
Além disso, se de repente você ao pegar o fone perceber que ele está sem
bateria, uma carga de 10 minutos confere uma hora e trinta minutos de uso! Quem
não pode esperar 10 minutos para sair de casa para caminhar e ter 90 minutos de
música garantida? Isso é muito bom!
Não posso me esquecer de comentar que os elementos do fone, são imantados de
tal forma que ao retirá-los dos ouvidos, eles naturalmente se aproximam e
grudam um no outro. Ao mesmo tempo a reprodução da música ou vídeo são
automaticamente interrompidos. Ideia simples e funcional, afinal se em seu
caminho você se encontrar com alguém, se precisar falar com ele ou ela, basta
remover os fones e deixar que “grudem” para pausar. E como eles ficam em torno do
pescoço, é como se fosse um “colar”, não tem como perder, Da mesma forma, ao
retornar para os ouvidos, o conteúdo será retomado. Com os fones Bluetooth “sem
fio”, temos que dar um jeito de guardá-los em algum lugar, que nem sempre é
possível no meio da rua.
Já usei fones Bluetooth com imã, mas o Beats Flex funciona de forma bastante
automática, tirou, grudou. No começo desse texto ou vídeo, eu contei que meu
PowerBeats fora furtado. Como ele não tinha essa facilidade de grudar de
maneira tão eficiente, um dia eu precisei tirá-lo e como não dava para usar
como um colar em torno do pescoço, eu o coloquei de lado e devo ter me
levantado para ir fazer algo. Quando pensei em usar o fone de novo, algum
larápio já o tinha subtraído de mim!! Com o Flex, usando no pescoço, isso não
acontecerá. Aliás, o Flex vem morando em torno do meu pescoço desde que eu
comecei a testá-lo!!
Importante destacar que o Beats Flex tem uma proposta ousada que é entregar bastante
valor por um preço muito atraente. A Beats divulga que este é o fone de sua
fabricação de menor preço e, isso não compromete sua qualidade. Pelo que venho
percebendo em meu teste, isso é verdade. Seu preço sugerido para o varejo é de
R$ 579, preço praticado no site da Apple. Fazendo uma rápida pesquisa achei
varejistas online vendendo o Flex por valores entre R$ 545 e R$ 590. Ele está
disponível em quatro cores, Beats Black, Flame Blue, Smoke Gray e Yuzu Yellow.
As diferentes cores do Beats
Flex
Mas o que poderia melhorar? Afinal sempre podemos trazer sugestões. Quem sabe a
Beats pode dar atenção? Citei antes que a identificação de direito (R) e
esquerdo (L) poderia ser menos discreta, levaria menos pessoas a usar errado o
fone como aconteceu comigo. Outro aspecto, eu fiquei muito acostumado aos fones
que podem ser comandados tocando em sua parte traseira, para aumentar ou
diminuir volume, isso seria interessante com alternativa ao botão existente.
A qualidade sonora é muito boa como eu destaquei, mas o aplicativo do Android
(ou iPhone) poderia permitir alguns ajustes finos das preferências do som como
por exemplo, um mini equalizador para atenuar ou realçar algumas frequências. A
propósito, o aplicativo exibe um útil tutorial que indica como fazer a conexão
com seu smartphone ou computador. O botão de liga e desliga poderia ter um imediato
feedback sonoro para indicar a operação. Alguma vezes precisava retirar o fone
do ouvido para olhar o led e ter certeza
de que ele estava ligado ou desligado.
O Beats Flex foi projetado
pensando em uso esportivo, portanto mesmo que haja muito suor ele não será
afetado. Da mesma forma ele resiste a respingos eventuais. Claro que não seria
uma boa ideia pular em uma piscina com ele, aliás uma ideia bem sem nexo. Mas
se ele tiver um grau a mais de proteção contra água (IP 67 por exemplo), seria
uma garantia de que um esportista ao enfrentar em seu caminho uma chuva das
boas, não irá danificar ou inutilizar o fone.
Muito apropriado para prática esportiva, caminhada, corrida, etc. Som bastante agradável, ótimo encaixa na orelha (uma vez que tenha escolhido a borracha certa), boa ergonomia, comandos à mão, sistema imã que pausa e retoma o conteúdo deixando o fone seguro em torno do pescoço, ótima duração de bateria e preço acessível para um autêntico e genuíno Beats by Dre, são as grandes virtudes do Flex Beats!!
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