domingo, 1 de março de 2015

Huawei P7 – fino, elegante, ótima usabilidade, mas e a duração da bateria?

Embora não tenha meu interesse focado apenas em soluções de mobilidade (também avalio soluções corporativas e para usuários domésticos), testar smartphones acabou por ser recorrente para mim nos últimos tempos. Quando penso ter ajustado minha metodologia, minha forma de avaliar as soluções descubro pontos novos ou cenários que ainda não tinham sido contemplados. Isso aconteceu agora, durante meu tempo usando efetivamente o Huawei AscendP7 (simplesmente P7 para facilitar) desde o dia 15 de janeiro, ou seja, pude testá-lo por 45 dias (um mês e meio). Fiz boas e interessantes descobertas.

É bom frisar que a minha forma de teste não passa por avaliar dezenas de recursos, um a um de forma sistemática. Não. Eu “adoto” o smartphone por todo o período. Transformo-o em “meu”, minha plataforma pessoal de produtividade móvel. Instalo todos os aplicativos necessários para o meu dia a dia, esqueço o meu próprio dispositivo em uma gaveta e o abraço 100%, neste caso o P7. Isso me obriga a descobrir todas as soluções que já tenho na “ponta da língua” no meu aparelho pessoal e muitas vezes também descobrir coisa novas e surpreendentes.
  

figura 01 – Huawei Ascend P7 – nas duas cores

Características principais
   
O P7 foi lançado em final de novembro passado e por causa disso, dezenas de textos já foram publicados sobre ele. Por isso eu vou apenas passar rapidamente pelas características principais, já bem conhecidas e dedicar mais linhas às experiências únicas que tive com ele e que o difere de outros smartphones. Segue abaixo um resumo das características importantes do P7:
  • Sistema operacional Android 4.4.2 Huawei Emotion UI 2.3 KitKat
  • Dimensões 139.8 x 68.8 x 6.5 mm
  • Peso 124 gramas
  • Rede GSM Quad Band (4G LTE, 3G, 2G) frequências (850/900/1800/1900)
  • Sim Card tamanho micro (um chip)
  • Processador 1.8 GHz Quad Core HiSilicon Kirin 910T (fabricação própria da Huawei)
  • Memória 2 GB RAM
  • Armazenamento interno 16 GB com expansão via cartão micro SD (mais 64 GB)
  • Tela 5 polegadas Full HD (1080x1920), 445 ppi, IPS LCD Gorilla Glass 3, 16M cores
  • Câmera frontal 13 MP (4160x3120) com flash em LED, Geo tagging, detecção facial, detecção de sorriso, autofocus, abertura F2 e recurso de embelezamento da foto
  • Câmera Frontal de 8 MP (grande diferencial)
  • Gravação de vídeo em Full HD 30 fps com estabilização
  • Conectividade WiFi 802.11 b/g/n, Bluetooth 4.0, NFC, micro USB 2.0 e A-GPS Glonass
  • Sensores: acelerômetro, giroscópio, bússola
  • Rádio FM
  • Bateria de 2500 mAh
  • Cores: preto ou branco

Muitas vezes ao longo destes 45 dias o P7 capturou a atenção e pessoas com quem estive. Muitos me perguntavam “que smartphone é esse?”. Sua tela com imagem de altíssima qualidade, seu perfil “magrinho”, fino, seu acabamento em preto brilhante, lateral em alumínio escovado, conferem uma grande elegância ao P7. Trata-se de um “um smartphone de smoking” de tão elegante!! É impressionante como a Huawei conseguiu comprimir tantas tecnologias, recursos e ainda 2500 mAh de capacidade de bateria em tão esbelto e caprichado design. Mas será suficiente esta bateria? Vamos descobrir mais adiante.
  

figura 02 – Huawei Ascend P7 – visão lateral
  
Propositalmente não rodei nenhum aplicativo de benchmark neste aparelho. Como eu vou abrindo aplicativos no dia a dia e normalmente eles ficam abertos, pois isso agiliza o acesso aos programas e justifica a bem vinda quantidade de 2 GB de memória RAM, acaba sendo um teste de stress no uso do smartphone. Já fiz vários modelos se ajoelharem apenas usando dessa forma. Mas não o P7.

Confesso que tinha visto um ou outro comentário ou review que dizia esperar ser o P7 mais rápido. Não compartilho dessa opinião. Para o meu modelo de uso (deixando muita coisa aberta) ele foi perfeito. Importante, não sou um jogador contumaz no smartphone, bom deixar isto claro.
  

figura 03 – Huawei Ascend P7 – alguns dos aplicativos em uso
 

figura 04 – Huawei Ascend P7 – alguns dos aplicativos em uso

Interface e usabilidade

Há quem diga que quem usou um Android, já usou todos. Esta frase é uma meia verdade. Em se tratando da versão 4.4 (Kitkat), claro que são em tese todos virtualmente iguais. Mas alguns fabricantes, caso da Huawei com o P7, se preocuparam em customizar a sua versão do Android. Isso traz sutilezas e refinamentos que o diferencia e tornam a experiência de uso evoluída e praticamente única. Eu gosto disso. Não fosse assim todos os smartphones Android seriam homogeneizados e pasteurizados, iguais, sem sabor. As modificações feitas no P7 são inúmeras. Mas o que preciso destacar é que tudo é extremamente intuitivo. Não se perde tempo descobrindo as diferenças e isso me cativou pela eficiência e simplicidade.

Vou dar um exemplo. Todo smartphone Android tem em seus inúmeros menus e sub-menus algumas funções para gerenciamento de energia que inclusive mostram os programas abertos (que estão consumindo recursos), mas nem sempre é fácil achar o local para ver isso. O P7 tem um sistema de alerta em sua área de notificações que já leva diretamente para a tela que permite avaliar e eventualmente fechar os programas não desejados neste momento.


figura 05 – tela de notificações e análise de consumo de bateria por aplicativo

Na tela acima temos muita informação. No lado esquerdo vemos a tela de notificações que se obtém simplesmente deslizando o dedo de cima para baixo. Neste local além do acesso rápido aos itens de configuração mais comuns, vemos e-mails, previsão de tempo, mensagens de WhatsApp, Facebook Messenger, alertas de qualquer aplicativo bem como o que avisa sobre o consumo de energia, itens mais “pesados” e que podem ser administrados.

Na parte direita da mesma tela aparecem os programas que estão gastando mais bateria. Neste caso, notadamente o Foursquare. Você pode concordar com a sugestão que o P7 dá (visando economia) e fechar todos os que ele indica (no caso 4 aplicativos) ou escolher aqueles que quer fechar. E isso faz bastante diferença em alguns casos. Eu uso bastante este recurso com outro propósito. Não gosto de receber recados de WhatsApp e Facebook enquanto estou dirigindo ou mesmo enquanto desejo ter mais concentração (enquanto escrevo este texto por exemplo). Assim administro de forma muito direta e rápida o que pode ou não pode gerar alertas e me interromper e ainda cuido com muito carinho da bateria (objeto de discussão mais adiante).

Visando maior facilidade de uso e simplificação, uma das possíveis formas de uso da interface consiste em grandes botões lado a lado. Dessa forma apenas as funções mais usadas aparecem em destaque. Isso confere grande facilidade e produtividade para o usuário, principalmente os novatos. Claro que os recursos todos podem ser encontrados bem como essa interface pode ser escolhida, ativada ou desativando a todo momento que o usuário desejar.

figura 05a – alternativa de interface simples para o P7 – lembra o WindowsPhone

Mas ter uma versão do Android bem customizada tem uma contrapartida. Quando há uma mudança de versão (como a que ocorreu recentemente com o lançamento da versão 5.0 – Lollipop) o usuário obrigatoriamente precisa esperar que o fabricante disponibilize a atualização específica para aquele aparelho.

Uso de rede de dados, WiFi e GPS

A conectividade 4G não é exatamente um diferencial, pois muitos aparelhos já têm. Mas passei por um susto com o uso do 4G. Experimentei grande instabilidade, queda de sinal, queda para HSPA+ ou 3G (e mesmo 2G) algumas vezes, mesmo sem estar em movimento, dentro de um lugar com nível de sinal supostamente conhecido, estável e de boa qualidade (já testado com outros smartphones).

Suspeitei de alguma fragilidade do 4G do P7. Nada disso, fora um alarme falso. Outras pessoas que estavam junto comigo nestas ocasiões, com smartphones de outros fabricantes, mas com chip da VIVO tiveram os mesmos problemas. De início eu estava sozinho, mas com a presença delas ficou claro que o 4G do P7 é “redondo”. Quando obtive sinal 4G estável conseguia taxas de download e upload de 15 Mbps e 10 Mbps respectivamente (limitado pela operadora).

Sem surpresas com o WiFi, bom desempenho. Pelo uso do padrão 802.11n obtive taxas de download de bastante robustas. Apenas senti falta do WiFi banda “a” de 5 Ghz que já está presente em alguns smartphones (conexões ainda mais robustas). Quem sabe em uma futura versão do hardware...

Como uso bastante a função de GPS (Waze e Nike+ - corridas) algo capturou minha atenção. Já testei outros smartphones que no uso de GPS quando perdiam o sinal (em um túnel ou uma garagem) demoraram um bocado para retomá-lo. Outro caso é transitar com o carro por entre ruas com muitos prédios, situação essa na qual perda de sinal de GPS é razoavelmente comum. Isso nunca aconteceu com o P7 em meu teste. No uso do Waze sempre o sinal do GPS era recuperado muito rapidamente! Um dos motivos para isso é o fato dele usar uma tecnologia de GPS chamada A-GPS Glonass. Trata-se de um sistema que usa ao mesmo tempo os famosos satélites em órbita da terra para obter a localização, mas também se vale das antenas das operadoras e do sinal de dados para complementar e obter ajuda na busca da posição dos satélites, bem como a localização.

Fotografia – selfies e acabamentos diferenciados

A câmera impressiona não só pela resolução (13 MP), mas pela sensibilidade de sua lente. Poderia ser extenso nestes comentários. Mas como dizem, uma imagem vale por mil palavras, certo? A foto que está abaixo e que pode ser ampliada ao clicar sobre ela, foi tirada em uma exposição na Escola Panamericana de Artes, em um ambiente fechado (sem luz natural). Havia  apenas algumas luminárias no teto e sem flash. A foto foi reduzida para 2.3 MP (2048x1150) apenas para poder ser viável de ser carregada no site. Vejam a riqueza de detalhes, as cores registradas no painel (centro da foto – local que era o foco de minha atenção), as cores nos lados... Obviamente as pessoas nas laterais da foto não estão focadas, afinal, ambiente interno, pouca luz... Ainda assim esta foto é emblemática para mim, pois se neste ambiente “difícil”, se o P7 fez isso, o que ele não faz em ambientes externos e bem iluminados!? Fotos lindíssimas (mais adiante vou mostra um selfie em ambiente externo).
   

figura 06 – foto tirada em ambiente interno e sem flash (clique para ampliar)

Se a câmera posterior dá show com 13 MP e ótima sensibilidade a câmera frontal com 8 MP é fator diferencial para valer. Abaixo mostro uma foto tirada por mim mesmo no Parque do Ibirapuera um belo domingo de manhã e que também pode ser clicada para ampliar. Para ser possível publicar no site eu reduzi sua resolução para 1920x1080 (originalmente tirada em 8 MP). Percebam alguns pontos bem importantes. A profundidade de campo (tudo em foco – benesse da ótima iluminação externa e sensibilidade da lente e sensores) – na versão de 8 MP quase dá para ver as horas no relógio das moças no lado direito no fundo da foto. Note a riqueza de detalhes e as diversas cores dos objetos no lado esquerdo da foto. E percebam que estou, na medida do possível, “mais bonito” nesta foto! O P7 tem um recurso de embelezamento (com graduação do efeito entre 1 e 10) que ao perceber tons de pele faz um tratamento das cores deixando mais “suaves” os tons que na prática atenua manchas, pintas e no meu caso até a barba ainda por fazer (tem locais do meu rosto que parece que estou barbeado). Isso tudo com uma câmera frontal!! Fantástico.


figura 07 – selfie em ambiente externo (clique para ampliar)
   
A câmera faz “selfie panorâmico” por meio da composição de várias fotos, ótimo para registrar grupos maiores. Também filma em 1080p (1920x1080) a 30 quadros por segundo. Li algumas críticas pelo fato dela não filmar em 4K (8.3 megapixels, 3840 × 2160 pixels). Acho injustificada esta crítica. Qual a base de TVs ou monitores de computador com essa resolução que existe por aí? Mínima. Assim não julgo este recurso como essencial neste momento.

Falando em panorâmico não resisti à tentação e fiz uma foto assim lá no lago do Parque do Ibirapuera. Como tudo no P7 o procedimento é muito intuitivo e bem ilustrado nas suas telas. A foto abaixo acabou ficando com 21 MP (10432x2048) a qual reduzi para 2048x402 para ser exibida aqui no site. O processo consiste em juntar automaticamente várias fotos conforme se vai movendo a câmera. Pode ser constatado abaixo, emendas perfeitas e resultado muito bonito!!


figura 08 – foto panorâmica feita no Ibirapuera (clique para ampliar)

E a duração da bateria??

É o calcanhar de Aquiles de todo smartphone. Corro o risco de ser repetitivo, mas preciso colocar algumas de minhas ideias sobre este assunto. Sem querer polemizar apenas repito o que tenho ouvido de muitas pessoas. “Todos os smartphones têm piorado no quesito duração de bateria nos últimos anos”!!! Isso é o que deduzo dos comentários de muitas pessoas. Mas isso é uma grande falácia!

Se você que está lendo refletir por um momento, compare como você usava um smartphone há 5 anos e como usa hoje em dia. COM CERTEZA estamos muito mais conectados, usamos muito mais aplicativos e manipulamos o aparelho por um tempo incrivelmente maior!! Conheço pessoas que sequer usam notebooks ou computadores de mesa e resolvem todas as suas necessidades no smartphone. É um perfil de uso bem intenso!

Por isso a queixosa afirmação que se faz (citada acima) é totalmente infundada. Ainda mais no caso do P7, um aparelho de apenas 6.8 mm de espessura!!! Na prática o que tem acontecido é redução da espessura (tendo como decorrência baterias mais finas), redução do peso e uso muito mais intenso. O único fator favorável é a recente maior adoção de smartphones maiores (5 e 6 polegadas) que ainda permite crescer um pouco a bateria. Mas no final, de fato, o que evoluiu muito foi a gestão de energia e bateria destes dispositivos. É impressionante e obviamente o P7 está entre estes casos. Foi o que descobri neste teste.

Sendo bem direto, olhe a tabela abaixo e vamos discuti-la em seguida:


figura 09 – autonomia de bateria em várias situações
 
Como já virou meu hábito ao fazer estes testes, começo pelo pior caso, ou seja, pelo indispensável e fantástico Waze que é um conhecido devorador de bateria. Simples assim, se você dirige 2 horas por dia terá que se contentar com apenas 10% de carga no resto do período. Já o “melhor” caso é a situação na qual o P7 ficou ligado o tempo todo, mas sem nenhuma manipulação, uso, envio de mensagens, etc. e assim durou quase 100 horas. Neste cenário ele ficou recebendo todo e qualquer tipo de notificação, mensagens de WhatsApp, Facebook Messenger, SMS, Skype, e-mails diversos... Ele apenas não foi manipulado (não foi usada a tela nem teclado). Fiz o teste com 4G e WiFi ligados e todos estes aplicativos em execução.

Caso desligasse tudo, este novo cenário seria um total exercício de ficção, sem serventia alguma para mim. Não me importo que o fabricante analise este caso para que ela tenha conhecimento do uso “base mínimo” de energia de seu aparelho (que segundo as especificações é de 442 horas em standby). Mas para mim o cenário mais otimista inclui aplicativos carregados, bem como 4G e WiFi ligados, mas não manipulado. E nesta situação o P7 alcançou 98 horas de autonomia.

Por fim o estudo que mais tem serventia para o usuário comum, aquele que deve estar lendo este texto agora, o que chamei de “Típico”. Neste cenário só ficou fora o uso do Waze. Todo o resto foi usado. Todos os aplicativos, telefone, Facebook, WhatsApp, navegação pela Internet, leitura e resposta de e-mails, etc. Porém aconselho olhar este número com EXTREMA CAUTELA. Este é o uso típico do Flavio Xandó, que não deve ser idêntico ao do João, da Isabel, do Pedro, da Maria, da Claudia ou do José.

Cada um tem um modelo de uso e não posso ter a pretensão de achar que todos usam da mesma forma que eu uso. Escrevi em outubro de 2014 uma avaliação do smartphone Asus Zenfone 5 entitulada “Desvendando a autonomia da bateria do Asus Zenfone 5” e semanas atrás um enfurecido leitor deixou um comentário dizendo que no caso dele,  a bateria estava durando menos do que eu indiquei no meu texto, mas como ele tinha comprado o Zenfone após ler meu teste, ele queria que eu reembolsasse o seu gasto com o aparelho por não ser o que ele esperava. Pode!??

A despeito disso, vamos ver recursos interessantíssimos do P7 para ajudar ainda mais nesta árdua tarefa de bem usar a energia.
   

figura 10 – gerenciando a energia
  
Na tela acima vemos que como muitos smartphone o P7 traz formas distintas de uso. Na forma padrão, a chamada “Inteligente” ele tem ótimo desempenho, mas reduz a velocidade de CPU para conservar bateria quando percebe que a demanda é baixa. No modo “Desempenho” tudo favorece a performance e é indicada para jogos mais pesados. Por outro lado tem o ótimo modo “Ultra” que inativa todos os serviços de dados quando a tela do smartphone é desligada. Notificações instantâneas serão perdidas, é verdade. Mas ao ligar a tela ele ativa os serviços de dados e busca de uma vez só tudo que foi enviado para mim. Este modo praticamente dobra a autonomia, mas nem todos vão usar ou usar apenas em situações de carga muito baixa para conseguirem estender os miliamperes necessários para terminar o dia ou chegar onde tem um carregador.

Surpresa!! O fator sol e calor na duração da bateria!!
   

Se de imediato tivesse me lembrado das lições de química de tantos anos atrás teria percebido que  a bateria realiza reações químicas o tempo todo (no uso e na recarga). Isso faz MUITA DIFERENÇA, pois luz e calor são catalizadores de reações em muitos casos!! Como sou dependente do WAZE para ajudar a minimizar meu tempo de deslocamento no caótico trânsito de São Paulo eu me rendi aos carregadores veiculares e prendo o smartphone no vidro usando um daqueles suportes em forma de pinça que agarram o aparelho.

Algo me chamou a atenção. Algumas vezes, apesar de ligado no carregador veicular o P7 perdia carga em vez de ganhar carga (??!!??). Algumas vezes perdia até que bem rápido, quase como se não estivesse sendo carregado. No P7 usando o WAZE, sem o carregador veicular o P7 perde 1% de sua carga em pouco mais de 2 minutos. Com o carregador conectado ele perdia 1% em 4 ou 5 minutos. Em outras vezes ganhava carga a uma razão bem lenta, 1% a cada 10 minutos ou mais.  Porque isso??

A quantidade de aplicativos carregados junto com o Waze também consumindo energia explica parte dessa discrepância. Mas tive o cuidado de encerrar os aplicativos usando o gerenciador do P7. A resposta veio em um dia bem chuvoso, frio e escuro. Na mesma condição o P7 ganhava carga com certa agilidade em vez de perder. Ao segurar o aparelho vi que estava relativamente frio, bem diferente das outras vezes que ele estava muito quente (fruto da exposição solar e uso intenso).

Resumindo, o fator sol e calor afetam MUITO o comportamento da bateria a ponto do P7 chegar a perder carga mesmo conectado ao carregador veicular. Vou mais longe. A pequena diferença a seu favor que o Asus Zenfone 5 teve no caso de uso do Waze nos testes em relação ao P7 pode ser explicada em parte por sua tampa traseira branca. Como sabemos a cor preta absorve MUITO mais calor. Isso me faz pensar que eu deveria comprar um P7 branco e não este lindíssimo P7 preto, black piano, um smartphone de smoking como falei antes. Em termos de eficiência energética, ao menos no uso em automóveis, seria possivelmente um pouquinho melhor!! E cá entre nós, o branco é também muito bonito!

figura 11 – Huawei Ascend P7 na cor branca – energeticamente mais eficiente (no carro)

A propósito, eu adotei o carregador veicular e SEMPRE o utilizo carregando o smartphone quando estou dirigindo. Aquela história de “viciar a bateria” se não deixar esgotar a carga antes de recarregar, definitivamente não afeta baterias de smartphones mais modernos. Prefiro isso a ter que ficar economizando energia como louco ou usando diversos “power bank” por dia quando estou fora do carro. E me traz um alívio, sem stress, pois dessa forma a bateria dura FÁCIL o dia todo.

Conclusão
    
Fino, bonito e muito elegante, a ponto de despertar perguntas de pessoas com quem me encontrei. A tela Full HD com mais de 440 pontos por polegada quadrada confere um visual muito preciso, nítido, definido e agradável. Mas ele não é só bonito. Câmeras de 13 MP (traseira) e 8 MP (frontal) são de ótima qualidade produzindo fotos excelentes mesmo em condições não tão favoráveis de iluminação e ainda conta com recursos de selfie panorâmico e embelezamento. Sua interface adaptada pela Huawei (Android 4.4) é leve e muito intuitiva, embora por causa desta customização a atualização para o 5.0 Lollipop só será possível por meio da Huawei quando ela disponibilizar.

A duração da bateria é bastante adequada do modelo de uso normal e fica um tempo enorme em standby. Mas para quem usa muito o smartphone como GPS, notadamente com o Waze, recomendo o uso de carregador veicular para que não fique sem carga no resto do dia. As funções de gerenciamento de energia do P7 são bastante versáteis e poderosas, permitindo fechar aplicativos “gastões” e até mesmo usá-lo emergencialmente em modo ultra econômico no qual comunicação acontece apenas quando a tela está ligada.

Seu preço de lançamento em novembro foi de R$ 1499, mas é possível encontrá-lo hoje por R$ 1275 sendo o preço mais comum de R$ 1349. Por isso ele se situa um pouco acima do patamar dos smartphones de 5 polegadas que custam menos de mil reais e muito mais em conta do que os ótimos, mas caros aparelhos de R$ 2000 ou mais. Considero uma ótima compra com custo benefício diferenciado! Agora só me resta fazer backup das minhas fotos, pegar meu chip e embalar o P7 para a devolução amanhã, um momento nada feliz!

2 comentários:

  1. Outro excelente post, muito interessante esse celular ! Valeu Xandó !

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