terça-feira, 19 de abril de 2016

Degustando S7 no Samsung Galaxy S7 Studio (vídeo)

A Samsung trouxe um para o nobre Shopping Iguatemi de São Paulo um espaço dedicado ao seu recente lançamento, o Galaxy S7 e S7 Edge. Neste local existem diferentes “ilhas” de tecnologias associadas ao lançamento e o visitante poderá experimentar cada umas delas e julgar por si mesmo o quanto é avançado o S7.
  

Samsung Galaxy S7 Studio

Tive a oportunidade de visitar o local no dia de sua inauguração. Mesmo antes da hora prevista para a abertura já havia uma considerável fila de visitantes a espera de sua vez para percorrer o espaço. Melhor do que escrever, eu produzi um breve vídeo de com cada uma dessas experiências.

Sou suspeito, eu já me encantara com o S6 Edge no ano passado e até achava difícil a missão da Samsung para superá-lo. Veja por si mesmo. Inicio o vídeo mostrando uma visão geral do produto. Em seguida mostro o sistema de foco instantâneo da câmera do S7 (um plano com duas fotos se move para frente e para trás e isso obriga os smartphones e focalizar o mais rápido que possam).

Em seguida mostro a qualidade da foto do S7 em ambiente com pouquíssima luz (câmera com abertura f1.7) comparativamente com o S6 e com o iPhone 6S. Apresento o S7 sob fluxo de água, já que ele é de fato resistente (não para mergulhos obviamente). Na sequência mostro o sistema de realidade virtual chamado Gear GR que usa o S7 para uma experiência imersiva em um passeio de montanha russa com visão de 180 graus. Finalizo mostrando o sistema de camera Gear 360 graus associada ao S7 que permite visão em todas as direções.


vídeo com a minha experiência no Samsung Galaxy S7 Studio

Ainda não testei o S7, algo que gostaria de fazer em breve. Colegas de outros veículos que já o receberam e testaram têm sido muito enfáticos ao destacar as virtudes do S7. Tenho minha própria metodologia de testes, que me permite chegar a alguns dados que julgo importante para compartilhar com os leitores. Em breve!!

Abaixo segue o comunicado de imprensa da Samsung informando sobre o Galaxy S7 Studio.


Samsung Galaxy S7 Studio chega ao Shopping Iguatemi São Paulo
Espaço permitirá aos visitantes experimentar os novos Galaxy S7 e Galaxy S7 edge, além de conhecer parte do ecossistema de soluções da empresa

SÃO PAULO – 15 de abril de 2016 – A Samsung Electronics, empresa líder global em tecnologia, leva o já consagrado Samsung Galaxy S7 Studio, espaço exclusivo para experiências e experimentações das soluções da empresa, para o Shopping Iguatemi São Paulo. O local ficará aberto até setembro ao público e proporcionará aos visitantes a oportunidade de conhecer os novos Galaxy S7 e Galaxy S7 edge, os mais avançados smartphones do mercado.

O espaço privilegia a demonstração das soluções que a Samsung desenvolve para complementar e aprimorar o uso dos celulares e, dessa forma, será possível ver como funcionará o Samsung Pay, mais moderno serviço de pagamento móvel da atualidade, que em breve estará disponível no Brasil.

O Gear VR, óculos de realidade virtual da Samsung, também ganhou um espaço interativo no Studio onde os visitantes poderão conhecer o produto simulando um passeio na montanha russa do Six Flags, com o equipamento e uma poltrona em movimento. Além de testar a câmera Gear 360, que permite a captação de conteúdo em 360º de forma extremamente simples.

Já o espaço para comparação de fotos no escuro comprova que os novos Galaxy S7 e Galaxy S7 edge oferecem imagens incríveis, até mesmo em condições adversas de luz; enquanto a certificação IP68, que torna os lançamentos resistentes à água e a poeira, é exibida em uma área onde os telefones permanecem funcionando mesmo expostos a constante umidade.

Promotores irão expor aos visitantes as características e aplicações dos produtos, além das facilidades que eles trazem para a realização de tarefas diárias.

Os clientes que participarem das atividades no Galaxy S7 Studio do Shopping Iguatemi São Paulo ganharão uma ecobag ou um suporte de celular, personalizados*.

*ação válida enquanto durarem os estoques.

Sobre o Galaxy S7 e Galaxy S7 edge

Feitos com o que existe de mais bonito e moderno em design, os Galaxy S7 e S7 edge têm como premissa transportar a experiência móvel para um patamar completamente inédito. Disponíveis nas cores Preto, Prata e Dourado, os smartphones redefinem o conceito de telefone.


Os aparelhos mantém o padrão de vidro e metal em seu corpo, unificando o design arrojado e elegante já consagrado pelo seu antecessor.

Os novos smartphones contam com a câmera mais avançada do mercado, entrada para cartão microSD de até 200GB e resistência à água e a poeira.


Os Galaxy S7 e Galaxy S7 edge estarão disponíveis com o preço sugerido de R$3.799 e R$4.299, respectivamente.

Principais características dos produtos



O Galaxy S7 e o Galaxy S7 edge são a escolha certa para quem procura pela melhor opção de smartphone do mercado. Os aparelhos contam com câmeras com uma abertura F1.7, que garantem a qualidade das fotos mesmo em ambientes com a luz desfavorável. E são os primeiros smartphones que contam com a tecnologia Dual pixel, antes só presentes para lentes profissionais. A presença do IP68 é outro grande diferencial dos aparelhos, pois os tornam resistentes à água e poeira.

Aliado a todos esses benefícios, os novos Galaxy S7 e Galaxy S7 edge chegam com 32GB de memória, expansíveis para até 200GB. Otimizados para todo tipo de multimídia, os aparelhos vêm com funcionalidades especiais, como a Vulkan API, para os aficionados por games, possuem um sistema de carregamento rápido com ou sem fio e trazem o recurso de tela Always-On, que reúne informações importantes na tela mesmo quando bloqueada.

Os Galaxy S7 e Galaxy S7 edge ainda são compatíveis ao Samsung Pay, serviço de pagamento móvel seguro, fácil de usar e aceito em praticamente qualquer lugar, que será lançado em breve no Brasil.

E, por fim, os usuários dos novos smartphones terão acesso a alguns conteúdos especiais. Os dois modelos contam com seis meses gratuitos do serviço Google Play Music; um filme gratuito, durante os cinco primeiros meses, da loja Google Play Movies; vantagens em jogos da plataforma Galaxy Game Pack; um download mensal de um livro no Kindle; e 100GB no OneDrive, durante dois anos.

Para mais informações, acesse www.samsung.com.br  ou https://shop.samsung.com/br



quinta-feira, 14 de abril de 2016

SAP Sailing Analytics - Tecnologia para velejadores como nos processos de negócios

Tempos atrás fui surpreendido em uma edição passada do SAP Forum. A tradicional empresa, é responsável pela inteligência de negócios de um vasto número de imensas corporações. Também médias empresas que podem usar sua solução na forma da solução “Business One”. Mas a surpresa se deu porque conheci uma vertical diferente no seu portfólio, a de gestão de esportes e equipes. Contei essa história no texto “SAP, da manufatura à bola!”  e achei que não teria mais surpresas deste quilate. Estava enganado.

Na edição de 2016 do mesmo SAP Forum pude conhecer uma vertente totalmente nova para mim e igualmente surpreendente. Na verdade ainda mais surpreendente. Trata-se de uma solução fornecida pela SAP para gestão de equipes de vela (regatas, velejadores, etc.). Estou falando do SAP Sailing. Importante destacar que a equipe de velejadores da Alemanha, que competirão na RIO 2016 estão usando este auxílio, esta tecnologia para seu aprimoramento, gestão e treinamento.


Tive a oportunidade de participar de uma entrevista coletiva com Marcus Baur, responsável pela tecnologia da equipe de vela da Alemanha. Marcus contou muita coisa sobre a experiência com a SAP, o uso da tecnologia, as melhores práticas, etc. Reproduzo abaixo essa muito interessante apresentação do Marcus e em seguida a entrevista:

 
Marcus Baur

Marcus Baur:
é com grande satisfação que estou aqui no Brasil, em São Paulo, há poucos meses do início dos jogos olímpicos. Que quero compartilhar com vocês o que temos feito nos últimos 5 anos em conjunto com a SAP. Nós começamos há 5 anos com duas grandes metas. A primeira delas, ajudar nossos velejadores para que velejassem melhor nas olimpíadas. A segunda, iatismo é um esporte que possivelmente muitos de vocês não têm facilidade para assistir. Nós queremos mudar isso, tornar o iatismo possível de ser acompanhado usando a tecnologia a nosso favor para que virtualmente isso possa acontecer.

Porque o iatismo é difícil de ser compreendido? Em primeiro lugar a ação acontece longe das pessoas e por isso não se consegue ver nada. Para se ter algum tipo de entendimento, o melhor é que se acompanhe visto de cima. Ou dentro de um helicóptero ou por meio de um satélite. No caso do satélite acaba até sendo mais barato porque nós colocamos rastreadores com GPSs nos barcos. Assim conseguimos ter a “visão de cima”.


barco em enviando dados de telemetria para o SAP Sailing Analytics

Mas o que isso tem a ver com negócios?? Muito mais do que se imagina. Para quem acompanha as olimpíadas, uma das provas mais importantes é a final dos 100 metros rasos. Para ganhar a tarefa é “simples”, cada um na sua linha, deve correr para frente o mais rápido que puder até a linha de chegada. Todos entendem muito bem isso. Em uma partida de futebol, cada time avança em uma direção visando fazer o gol. Por que o iatismo é mais complicado? Se velejar fosse simplesmente ir reto do ponto A para o ponto B, em algum momento os barcos se movimentariam totalmente a favor do vento e isso tornaria a corrida igual à competição dos 100 metros. Isso seria muito chato porque diferentemente de ciclismo, por exemplo, se você está atrás tem vantagem por causa da proteção contra a resistência do ar.

Se as regatas fossem todas apenas na direção do vento, a competição seria entediante, pois quem largasse na frente sempre venceria a competição. Por isso sempre se larga uma regata contra o vento e isso quer dizer que nenhum barco navegará em linha reta e sim em alguma trajetória angular. Isso implica que cada velejador terá que tomar a decisão se vai por um lado, por outro lado e em qual ângulo. Este é essencialmente um dos grandes desafios deste esporte.

Qualquer um que entenda isso consegue perceber a analogia que isso tem com o mundo dos negócios. Porque vou por um caminhou ou por outro caminho. Se imaginar a baía da Guanabara, se o vento está soprando sobre o Pão de Açúcar, isso significa que terá mais vento do lado esquerdo do que do lado direto da baía. Há também que considerar o fluxo da água, com correntes que deixariam um barco mais vagaroso do que pelo outro lado. O velejador tem sempre que considerar e fazer um balanço de todas as informações que ele tem a todo momento e em tempo real para tomar decisões específicas e sua estratégia. E ele tem que fazer isso com a velocidade de um corredor de 100 metros!

Esta introdução toda foi para mostrar para vocês porque considero velejar um esporte estratégico. Nós treinamos tendo o acompanhamento por cima, por meio de rastreamento por GPS. Baseado no posicionamento dos barcos, dados sobre o vento, como o vento está soprando ao longo do percurso da regata, sabemos a cada momento quem está em primeiro, segundo, terceiro, etc. algo que toda pessoa que assiste esta competição gostaria de ver, quem está ganhando, quem está perdendo... Temos muito mais informações, quão rápido está cada barco, que distância percorreram... a cada momento, ir para a esquerda ou direita, são decisões que permitirão aproveitar uma oportunidade para pegar um atalho. Com tudo isso agora podemos pegar todas estas informações e explicar as táticas e estratégias dos diferentes velejadores. Os velejadores se tornam mestres em tomar decisões e elaborar estratégias, tomando decisões muito rapidamente a todo minuto.


acompanhamento dos velejadores em tempo real

Antigamente tudo isso era um processo totalmente baseado na experiência. Quanto mais você velejava, mais oportunidade você tinha para se tornar um vencedor. Nós vemos isso tanto no mundo dos esportes como no mundo dos negócios, utilizando apenas o conhecimento baseado na experiência e não considerando os fatos, todo o cenário muda. Claro que a experiência sempre será muito importante, mas a curva de aprendizagem pode ser abreviada se obtemos feedback muito rapidamente sobre o que está acontecendo.

A ferramenta que nós utilizamos é o
SAP Sailing Analytics , uma solução SAP Hana Cloud que está disponível de forma pública por meio do site (cujo link está citado no começo deste parágrafo). É utilizado por inúmeros velejadores do mundo todo e recebe milhões de visitas, também usado por comentaristas para explicar o que está acontecendo em uma competição. O efeito disso e muito dramático. Imagine velejadores para os espectadores, é como se os competidores estivessem envoltos na escuridão e conseguimos acender a luz que permite ver tudo! Esta tecnologia é usada em eventos/competições e por nossa equipe para acelerar a aprendizagem.


vídeo com explicação resumida do funcionamento do SAP Sailing Analytics


Há mais soluções para comentar, mas gostaria de abrir para perguntas.

Flavio Xandó: esta solução da SAP é utilizada principalmente em treinamentos ou ela também pode ser utilizada em uma competição?

Marcus Baur: não pode ser usada pelos velejadores durante a competição, pois a regra determina que não pode haver nenhuma ajuda externa. O técnico não pode se comunicar com o(s) velejador(es) que estão no barco, sem contato por rádio de qualquer tipo. Sem auxílio eletrônico a bordo, somente a bússola magnética. Mas mesmo assim, após a regata, nós fazemos uma reunião para discussão (debriefing) na qual conversamos sobre fatos objetivos e dados obtidos capturados nas regatas. No passado havia “Gurus” que explicavam o que teria acontecido. E agora temos dados e fatos. Isso muda muito a forma de ver as regatas.
     
Flavio Xandó: então há de fato um sistema de telemetria em tempo real que captura as informações para serem usadas depois da regata?

Marcus Baur: exatamente isto!


Jornalistas: os barcos são basicamente iguais em uma competição?

Marcus Baur: são essencialmente iguais, mas com pequenas diferenças, uns mais que outros (risada). Na competição há duas classes de barcos, uma chamada de “Design Class” e a outra “Open Class”. A verdade é que tem se tornado parecidos por causa da evolução, mas existem algumas pequenas diferenças de projeto e design. O que um velejador de alto nível acaba fazendo é comprar 3 barcos e depois de muito experimentá-los, escolhe aquele que ele sentiu ser o melhor, muitas vezes por causa de detalhes mínimos!


Flavio Xandó: os detalhes fazem a grande diferença...

Marcus Baur: velejar é um esporte no qual a soma inúmeros detalhes vai fazer a grande diferença no final, se vai ganhar ou perder. Não existe a “bala de prata”, que o faça vencer. Isso é outra similaridade com o mundo dos negócios, gerenciar a complexidade que os fazem ser vencedores. Grandes velejadores são muito bons para lidar com a complexidade. A tecnologia é uma das partes deste mosaico que está cada vez mais importante.


Flavio Xandó: a equipe alemã, bem como outras equipes do mundo, já está estudando a baía da Guanabara para ter mais informações sobre o palco das regatas da olímpiada Rio 2016??

Marcus Baur: Sim, sim, sim (rindo)! Com certeza!! Obrigado pela pergunta!! Isso me permite falar de outra solução que estamos usando. O
SAP Sailing Analytics que falei antes tem recursos para efetuar certos níveis de predição que ainda não são muito usados por treinadores, mas quando você tem dispositivos capaz de medir ventos em determinado ponto, temos como fazer um primeiro nível de estimativa se o barco deve ir para a direita ou esquerda. Ainda é uma estimativa grosseira, mas na baía da Guanabara nós também medimos as correntes marítimas e construímos um modelo matemático que nos ajuda a entender os movimentos da água associados à maré, que hora flui saindo da baía ou entrando, de uma forma razoavelmente previsível. Muito mais previsível do que os ventos porque a água é bem mais pesada do que o ar o que torna o estudo das correntes bem mais preciso. Nós distribuímos várias boias com rastreadores GPSs na baía e gravamos a profundidade, distâncias percorridas e velocidades.


modelo da boia com GPS usada para capturar dados de corrente marítima e ventos

Marcus Baur: f
izemos isso cerca de 2000 a 3000 vezes e com os dados criamos o modelo matemático que falei que espelha razoavelmente o comportamento e nos permite fazer algumas previsões. A propósito, claro que depois disso nós retiramos todos os dispositivos da água para não deixar objetos abandonados na água e não deixar lixo adicional na baía (risos)! Assim podemos antes da regata prever de que forma as correntes marítimas poderão se comportar ao longo da competição e decidir se é melhor ir pela direita, esquerda ou pelo centro para ter um resultado melhor na competição. O velejador tem que tomar a sua decisão, algo emocional, levando em conta se o que ele percebe do vento e o comportamento das correntes, qual a melhor direção a tomar.
    

modelo para estudo das correntes e ventos

Jornalistas: como já existe um bom conjunto de informações previamente capturadas, ao longo da competição (na olimpíada), depois de várias regatas deve ser possível fazer uma sintonia fina muito boa dessas previsões, não é?

Marcus Baur: com certeza! A curva de aprendizado, que começou há mais de 4 anos, é muito mais íngreme, a colaboração da última hora é menor, mas sempre agrega dados importantes.

Flavio Xandó: desde quando esta tecnologia está sendo utilizada, toda esta assistência para os velejadores?

Marcus Baur: começamos o desenvolvimento do SAP Sailing Analytics há cinco anos. Depois de 7 meses de desenvolvimento já tínhamos uma primeira versão. Desde então vem evoluindo de forma constante.

Flavio Xandó: eu perguntei isso porque eu tive um tio, já falecido, que foi da equipe olímpica brasileira de vela, participou das olimpíadas de 1968 e 1972. Faz muito tempo!! Eu fico imaginando como era velejar há 40 anos e como é agora!!!!

Marcus Baur: veja que coisa interessante. Velejar há 10 anos, era essencialmente a mesma coisa que 45 anos atrás, em 1972!! Os barcos tinham alguma evolução, mas era a mesma coisa. E esta é uma comparação muito interessante. O futebol começou há mais de 100 anos, estádios começaram a ser construídos, surgiram as comunidades de fãs, etc. Mas somente começou a haver grupos de pessoas que acompanham regatas, os torcedores da modalidade vela, não mais que nos últimos 4 anos. Nós estamos bem no começo da popularização deste esporte, nó nível dos outros esportes de massa.

Flavio Xandó: o Brasil teve ao longo das várias olimpíadas recentes, bons resultados, boas colocações e até medalhas.

Marcus Baur: sim, com certeza!! Robert Sheidt, a família Grael (Lars e Torben Grael) são ótimos velejadores!! Bem melhores que os velejadores alemães!! Mas estamos nos esforçando para chegar lá!!

Flavio Xandó: meu tio perdeu a medalha olímpica na última regata, mas mesmo assim ficou com o 4º lugar na classificação geral. Poderia ter sido 3º ou 2º lugar (bronze ou prata). Por coincidência ele era de origem alemã, seu nome era Joerg Bruder.

Esta interessante história da olimpíada pode ser vista com mais detalhes
aqui em uma ótima entrevista com o seu antigo parceiro.


Joerg Bruder
 
Vou abrir um breve parêntese e falar um pouquinho do meu saudoso tio Bruder. Até sua morte (faleceu aos 38 anos no acidente do boing da Varig em Paris em julho de 1973) ele era soberano na represa de Guarapiranga, local onde ele velejava. Era incrivelmente reconhecido. Foi 11 vezes campeão paulista de Finn (neste link é contada a história da classe Finn e ele é citado muitas vezes), 8 vezes campeão brasileiro de Finn, 5 vezes campeão paulista de Star.

Mas não só isso, foi 3 vezes consecutivas campeão mundial de Finn (neste link ele aparece no Hall da Fama da classe Finn), 70, 71 e 72 (estava indo em 73 competir pelo 4º título na França quando faleceu), 2 vezes campeão nos Jogos Pan-americanos de Finn... só para citar algumas de suas conquistas. O cartel completo e muito mais informações sobre os títulos, podem ser vistos na página “Bruder, um texto inédito sob ótica de Jan Willem Aten, seu amigo e proeiro”.


Bruder na Olimpíada de Munique 1972
  

Há histórias incríveis acerca dele. Uma delas, não é lenda, é verdade. Um de seus títulos mundiais de Finn ele conquistou chegando em 5º ou 6º lugar com o barco com o mastro quebrado e ele precisou usar o leme para que com seu movimento de “remada” conseguisse chegar ao fim, cruzar a linha e obter seu campeonato!! Esta história pode ser vista aqui.

Eu era ainda pequeno, mas me lembro da sua determinação e imensa dedicação. Ele mesmo quem fabricava os seus mastros, de madeira ou alumínio e que eram especialmente projetados para serem leves e terem a flexibilidade exata para atingir os melhores resultados. Era altíssima tecnologia à época!!

Seu barco Finn de nome “Neguinho” e prefixo BL3 era conhecido e bastante temido. Falava-se que o Bruder era capaz de achar vento que ninguém mais achava e se quisessem se dar bem na regata, bastava segui-lo (mas chegando atrás)! Décadas depois, amigos meus criaram uma escola de vela em São Paulo e Ilhabela e foram pedir a autorização para minha tia, irmã de meu pai, para usar o nome BL3 em sua escola, como uma homenagem. E por fim apresento a página no Facebook que minha prima (sua filha) fez para ele “Jörg Bruder - Joerg Bruder

Retornando à entrevista...

Jornalistas: você já têm como aferir se com todos estes recursos se os velejadores de sua equipe estão de fato melhorando seu desempenho com o uso de todos estes, dados, análises e tecnologias?

Marcus Baur: nós temos acompanhando o desempenho individualmente ano após ano e houve melhorias de forma dramática. Mas vejam, a equipe alemã vem de um histórico de pontuações bem baixas em competições e claro, é algo que consiste de múltiplos fatores. Existem outros aspectos que também ajudam. Também somos patrocinados pela Audi e temos a SAP como sponsor. Estas parcerias impulsionaram muito nossa equipe. E eu não estaria em nada errado ao dizer que por meio do SAP Sailing Analytics nós nos tornamos melhores de verdade. Não é o único fator, mas um dos grandes fatores para esta evolução.

Jornalistas: é possível identificar características individuais dos velejadores por meio desta tecnologia?

Marcus Baur: sim, por exemplo, podemos nos aprofundar na análise dos dados e assim facilmente ver que alguns velejadores têm mais facilidade com ventos fortes, alguns são melhores com ventos fracos, alguns assumem maiores riscos, outros são mais cautelosos e conservadores, alguns fazem muitas manobras, outros fazem menos manobras... Assim nós temos muitas informações que não havia antes tornando bem objetivo o que antes era apenas palpite ou algum tipo de adivinhação ou estimativa.

Jornalistas: mesmo em barcos com mais de um tripulante?

Marcus Baur: sim, pois durante os treinamentos nós podemos carregar nos barcos tanto smartphones como câmeras, e podemos até acompanhar seus diálogos! Confesso que participamos à distância até de situações bem divertidas!!


acompanhamento do desempenho feito pelo técnico da equipe


Conclusão

Como em toda área do conhecimento humano a tecnologia chega para facilitar e agilizar tanto a compreensão da atividade como monitorar em tempo real e permitir que melhores decisões sejam tomadas. Neste ponto é impressionante a semelhança como o próprio Marcus Baur destacou da atividade de velejar com os processos de negócios. Eu confesso que quando fiquei sabendo deste uso da tecnologia da SAP para velejadores fiquei entre o incrédulo e surpreso.

Mas segundo as próprias palavras do Marcus, toda a nossa conversa no SAP Forum, é evidente que a tecnologia usada como forma de monitoração, estudo, análise, pesquisa, etc. permite que no momento do treino possa haver uma fortíssima integração da equipe com os velejadores, propiciando oportunidades imensas de aprendizagem!! Nas regatas e competições oficiais a comunicação é proibida. Aliás, acho isso 100% certo uma vez que velejar é uma atividade milenar do ser humano e ainda precisa contar com grande sensibilidade do velejador. Mas mesmo assim todo o histórico de dados pode ser analisado posteriormente e achar as explicações para erros e acertos dos velejadores e assim mais uma oportunidade para aprimoramento.

Meu saudoso tio Bruder jamais poderia sequer imaginar em seu tempo que um mísero quinhão desta tecnologia pudesse ser possível. Será que aprovaria? Penso que ele que era um privilegiado, caçador dos ventos, tinha a sensibilidade extremamente apurada, poderia ser alçado a um nível ainda mais extraordinário de desempenho se auxiliado por todos estes recursos.

Confesso minha grande surpresa com tudo isso, vindo por meio da SAP, tradicional e exímia fornecedora de soluções empresariais, mas que mostra que seu conhecimento está a serviço também de outras áreas de conhecimento humano!! Sinceramente só espero que não nos leve a uma situação análoga ao nefasto 7x1 da copa do mundo dessa vez nas raias das regatas! Velejadores brasileiros, estejam preparados, a equipe alemã vem forte!!!




vídeo com explicação resumida do funcionamento do SAP Sailing Analytics na voz do próprio Marcus Baur




Marcus Baur

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Intel lança 6ª geração de processadores Core trazendo novos modelos de uso

Neste início de abril de 2016 a Intel anunciou a chegada da 6ª geração de processadores “Core” no Brasil. A cada ano o lançamento de nova família se torna cada vez mais desafiador. A “Lei de Moore” vem sendo rigorosamente cumprida e isso não é nada fácil nem barato.



Trata-se de uma linha completa que endereça todos os segmentos da computação e suas necessidades. Desde Tablets, Conversíveis, notebooks Ultraportáteis, estações de trabalho, sistemas de alta performance, jogos, etc.
 


Mas mesmo assim a Intel ainda compete ferozmente contra o seu mais forte concorrente. É extremamente difícil manter-se neste mercado cujo competidor mais próximo é incrivelmente aguerrido, competente e que conta com um portfólio de produtos tão forte.

Mas quem é este temível e valoroso concorrente?? A própria Intel!! A cada ano o fabricante se vê diante de um desafio hercúleo que é não apenas superar tecnicamente seus produtos da geração anterior (que sempre acontece graças ao cumprimento da Lei de Moore), mas também trazer inovações forte o bastante para que os consumidores de produtos de uma,  duas ou três gerações atrás e percebam real valor na mudança e se sintam estimulados a trocar seus dispositivos por novos contendo a geração mais atual da Intel.

Por isso mesmo que nos últimos anos a Intel não apenas cumpre o que ela mesma se determina (evolução técnica dos processadores), como também estimula muito o ecossistema para que novos modelos de uso, fatores de forma e novas aplicações sejam desenvolvidas.

Eu me lembro muito bem, vários anos atrás (entre 2008 e 2009) que a Intel desenvolveu o conceito de Mobile Internet Device (MID) que depois de algum tempo veio a se tornar o que hoje conhecemos como Tablets (como modelo de uso). Voltando um pouco no tempo, em 2003 criou a plataforma Centrino que trazia o WiFi para dentro do notebook (antes era necessário usar um adaptador USB para usar WiFi).

Este é o grande desafio da Intel e que ela tem perseguido ferozmente nos últimos anos. Trazer processadores melhores, mas também, e principalmente habilitar novos modelos de uso. Notem que recentemente a Intel foi a responsável pela chegada do WiDi (comunicação de dispositivos com TVs por meio de WiFi ), computadores desktop de tamanho diminuto, mini-PCs, All-in-One, Compute Stick, Conversíveis (notebook e tablet), etc. Há 5 anos os computadores desktop ocupavam um espaço de 50 litros. Ano após ano veio diminuindo, 8 litros, 1 litro e hoje em dia apenas 0.42 litro. São notáveis diferenças.
  

Vários modelos de uso propostos pela Intel (clique para ampliar)

Percebam que a cada ano os modelos de uso são aperfeiçoados ou novos são criados. Por exemplo, os Conversíveis que usam processadores da 6ª geração, conseguem ser ainda mais leves e com maior duração de bateria e ainda assim com melhor desempenho de vídeo e processamento.

À Intel não resta outra alternativa que não seja seguir nessa desenfreada perseguição tecnológica. Se assim não o fizer, seu mais próximo concorrente, os produtos de gerações anteriores próximas da própria Intel, permanecerão ainda por um tempo com os consumidores.

Sou eu mesmo testemunha deste tipo de cenário. Tenho um ótimo Ultrabook que já tem 3 anos. Ele me serve muito bem ainda hoje. Mas hoje em dia, tenho uma verdadeira fissura para possuir um Conversível!! Testei alguns recentemente como “HP Pavilion x360 – pequeno, notável, versátil” ou “Dell Inspiron 7348 – conversível de gente grande” e fiquei totalmente convencido de que este modelo de uso faz muito sentido para mim, tanto pela grande evolução na autonomia de bateria, bem como facilidade uso. Estes que testei eram ainda da 5ª geração, mas na 6ª são ainda melhores, ainda mais objetos do meu desejo! No lançamento da 6ª geração existem mais de 20 modelos de 14 fabricantes diferentes disponíveis em inúmeros canais!

 Enfim, graças ao dinamismo da Intel, suas fortes parcerias estabelecidas com o ecossistema de TI, inovadores e produtivos modelos de uso têm sido criados ano a ano, geração a geração porque apenas ser mais rápido não basta. Assim o esforço para a Intel superar a si mesmo é infindável!! Ainda bem!!!





Replico abaixo o texto divulgado pela própria Intel no qual são destacadas as novas experiências e inovações da 6ª geração de processadores Core!


 



Intel traz novas experiências com a 6ª geração de processadores Intel® Core™

·         Nova família de processadores está disponível para os mercados doméstico e corporativo, com mais de 20 modelos chegando ao país até o fim do primeiro semestre

·         6ª Geração traz duas vezes e meia mais desempenho, vida útil da bateria até três vezes maior e gráficos melhorados em até 30 vezes

São Paulo, 5 de abril de 2016 - A 6ª geração de processadores Intel® Core™ chega ao Brasil. A empresa, junto com 14 fabricantes que estão trazendo a nova tecnologia para o mercado local, apresenta as novidades da família, que equipa mais de 20 produtos que serão disponibilizados até o final do segundo trimestre. Mais rápidos e eficientes, estes processadores prometem marcar uma nova etapa na relação entre os usuários e seus dispositivos, permitindo experiências únicas ao dar novos sentidos e recursos de segurança, mais desempenho e o menor consumo de energia aos novos computadores,
  
Construídos sobre a microarquitetura codinome Skylake de 14nm, os processadores apresentam duas vezes e meia mais desempenho, uma vida útil da bateria até três vezes maior e gráficos melhorados em até 30 vezes para o uso de vídeos e jogos, comparando com computadores medianos com cinco anos de uso. E graças a esta nova arquitetura, eles permitem o desenvolvimento de dispositivos com a metade da espessura e do peso em relação aos equipamentos mais obsoletos e baterias que podem durar um dia inteiro.
 
Esta nova geração expande as fronteiras da tecnologia e traz ao mercado uma maior variedade de formatos – desde os pequenos Compute Sticks, NUCs e 2 em 1s, até grandes All in Ones de alta definição, máquinas gamers e workstations.
 
Com o rápido avanço da tecnologia e as novas funcionalidades que chegam aos equipamentos ano a ano, a nova geração de processadores permitirá uma experiência de uso completamente diferente, principalmente para aqueles que possuem um equipamento com mais de 5 anos de uso. Segundo dados da Intel, ao todo são mais de meio bilhão de computadores em uso que superam esta marca no mundo, sendo 31 milhões no Brasil. São computadores não apenas com hardware ultrapassado, mas que não acompanham mais o ritmo de inovações apresentadas ao consumidor, comprometendo a experiência de uso.
  
O avanço tecnológico representado pela 6ª geração vai além de simplesmente trazer mais velocidade para as tarefas cotidianas, mas abre as portas para que diversas inovações cheguem às mãos dos consumidores. Os novos processadores foram otimizados para entregar a melhor experiência possível para os usuários do Windows 10*, sendo ideais para a utilização de recursos como reconhecimento de voz e de imagens e recursos avançados de segurança.  



“A 6ª geração de processadores Intel Core é, com certeza, a melhor que já vimos. Eles são mais responsivos, eficientes, econômicos e rápidos. Estamos falando de uma evolução em todos os aspectos em relação às famílias anteriores”. Afirma David González, diretor geral da Intel no Brasil. “Podemos também dizer que a 6ª geração está preparada para responder à evolução na forma de uso dos computadores pela qual estamos passando agora. São processadores que se adaptam sem qualquer problema aos mais diversos formatos, tamanhos e formas de uso”, conclui.
  
A nova família de processadores também permitirá o uso da Intel® RealSense™ Technology.. Por meio dela o usuário terá novas possibilidades de interação com seus computadores, como, por exemplo, usar seu rosto para desbloquear o equipamento, adicionando mais uma camada de segurança, ou interagir com o computador usando gestos, da forma mais simples e intuitiva.
  
As novidades da 6ª geração são bastante atraentes para o público mais exigente de todos: os gamers. Patrocinadora do Intel Extreme Masters, mais longevo campeonato de eSports no mundo, a empresa vem investindo com solidez no setor. No Brasil, a Intel está acelerando o ecossistema de PCs para games no país. A 6ª geração de processadores Intel Core irá atender o desejo deste público por desempenho superior, gráficos de ponta e novas tecnologias de interação em dispositivos com os mais diversos formatos: nos desktops de altíssimo desempenho da X5 aos notebooks gamers das linhas Acer Predator, Dell Inspiron 15 7000 Gaming Edition e Lenovo Idapad Y700.

A nova geração para os negócios
  
A Intel também anunciou a chegada 6ª Geração dos processadores Intel Core vPro™, voltados para o uso corporativo. Com eles, a Intel pretende trazer toda a inovação desta geração, atendendo às mais exigentes demandas de um ambiente de trabalho moderno, onde se concentram grande parte dos computadores com mais de cinco anos de uso.
  
Assim como nos modelos voltados para o usuário doméstico, a nova geração vPro™ irá trazer uma economia no uso de energia que beneficiará diretamente as empresas, além de um maior tempo de vida das máquinas e uma melhora na performance semelhante à encontrada nas versões voltadas para o uso doméstico. Contudo, o principal foco da nova família vPro™ está nas melhorias em segurança.
   
Esta nova geração de processadores conta com a tecnologia
Intel® Authenticate, que busca aumentar ainda mais a segurança nos computadores corporativos. Preparado para lidar com um ambiente virtual em que hackers e outras ameaças virtuais são constantes, o Intel Authenticate opera como uma solução de autenticação multifator melhorada por hardware que fortalece a proteção da identidade no PC, tornando-o menos vulnerável a ataques visando credenciais de identidade e segurança.
  
Além disto, a Intel apresentou soluções que deixarão o dia-a-dia das empresas mais ágil e prático. Entre elas está a Intel® Unite™, que proporciona uma maneira mais inteligente e conectada para realizar reuniões usando videoconferência de maneira que conectores e cabos não sejam mais um empecilho, além de oferecer compatibilidade com monitores novos e antigos.
  
Outra novidade anunciada tem como foco as pequenas e médias empresas. Ciente dos desafios que organizações de menor porte enfrentam com relação à infraestrutura digital necessária, a Intel passa a oferecer a Intel® Small Business Advantage (Intel SBA). Ela fornece aos donos de pequenos negócios uma maneira fácil e centralizada para conectar e compartilhar informações com atualizações automáticas de segurança e manutenção. A Intel SBA inclui recursos de colaboração, como chat e compartilhamento de arquivos, juntamente com capacidades de segurança, como bloqueador USB, a fim de ajudar os proprietários de pequenas empresas a melhor controlarem seus dados.

Parceiros e canais
  
Dispositivos equipados com a 6ª geração de processadores Intel Core, para todos os modelos de uso e faixas de preço, já estão disponíveis no Brasil. Até o final do primeiro semestre de 2016, mais de 20 modelos estarão disponíveis por meio de fabricantes como Acer*, Aldo*, ASRock*, Asus*, Daten*, Dell*, Gigabyte*, HP*, Lenovo*, Logitech*, MSI*, Positivo*, Vaio* e X5*.
Os produtos podem ser encontrados nas principais redes varejistas do país e canais de distribuição.

Intel e o logo da Intel são maras registradas da Intel Corporation ou de suas subsidiárias nos Estados Unidos e em outros países.

* Outros nomes e marcas são propriedades de outros.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Derrubem a porta a machadadas! Primeiro caso de fraude digital no Brasil

Que eu me lembre, este caso foi o primeiro de fraude digital que teve repercussão na mídia, pelo menos em São Paulo. A história voltou na minha cabeça por um motivo muito interessante e engraçado. Outro dia eu estava em uma empresa, quando encontrei uma pessoa que lhes prestava serviço de suporte técnico. Eu estava ali por causa da implantação de um sistema e precisava dos seus serviços para auxiliar a configuração dos PCs para o referido sistema. Em um dado momento teve início o seguinte diálogo:

- Eu estou me lembrando de você, você não é o Xandó?
   

- Sim sou eu mesmo, também tenho uma vaga lembrança, mas não consigo me lembrar de onde.

- Eu jamais poderia me esquecer.

- Como assim??

Voltando o filme <<<<<<. Retornemos para ano de 1995. A Internet ainda não tinha decolado, muito menos nascido no Brasil. Pululavam os BBSs nessa época, sendo que em São Paulo o MANDIC BBS era o maior, mais organizado e mais profissional de todos. Eu era usuário desde o começo, em 1990, e como fora um dos primeiros usuários tinha uma grande proximidade com Aleksandar Mandic. Por conta disso eu era “organizador” da área de Windows do BBS, como ser fosse um “moderador” aqui do ForumPCs. Provocava debates, respondia perguntas, etc.
  

Nesta época o Mandic, visionário como sempre foi tinha implantado no BBS um sistema de 0800 que estimulava e permitia pessoas de outros estados acessarem o sistema (para não gastar muito dinheiro em interurbanos cobrando uma tarifa de telefonia mais baixa). Além disso, já aceitava cartões de crédito para pagar a assinatura. Foi o primeiro sistema on-line pago no Brasil. Até então os BBSs eram todos de hobistas, pessoas que faziam por diversão e por isso mesmo gratuitos.

Nessa época eu já começava a ouvir falar, como se fosse um boato que se propaga de boca em boca, de soslaio, que havia programas sendo pegos na internet para gerar números de cartão de crédito. PAUSA : explicação importante, como se acessava a internet se não havia internet no Brasil? No mundo já existia. No BBS tinha um recurso estranho e de difícil uso, que permitia fazer FTP não online. Uma mensagem era enviada para uma conta especial do BBS com os dados para o FTP, endereço, usuário, senha, nome da pasta, nome do arquivo e se TUDO estivesse certo, se o arquivo não fosse grande demais, no DIA SEGUINTE, com uma boa dose de sorte o arquivo requerido era enviado para a sua caixa de mensagens do BBS.

Os espertalhões de plantão já começavam a colocar as manguinhas de fora e se aventuravam nessa praia. Acho que era meio inconseqüente, meio na ingenuidade, mas não deixava de ser um crime o uso desses programas. O Mandic acumulava prejuízos por conta destes “espertos”. Eles faziam assinaturas no seu serviço usando estes cartões fraudulentos. Faziam todos os downloads que podiam.

Na época cada usuário só podia acessar 60 minutos. Com este expediente criminoso eles faziam várias assinaturas e usavam o dia inteiro, ocupando linhas de telefone (acesso via modem – claro!). No dia seguinte ao ser processado o cartão (não havia validação online nessa época) estes eram negados pela administradora e a assinatura cancelada, mas usuários legítimos ficavam sem conseguir usar o sistema que gerava muitas reclamações.

O Mandic já estava cansado destes espertalhões. Precisava arrumar um jeito de pegar um deles e fazer do caso um exemplo. Quem conhece o Mandic sabe de sua incrível tenacidade e persistência. Ele passava horas analisando os LOGs do sistema para descobrir alguma pista. Um belo dia ele achou um belo rastro e pegou o fio da meada, pelo menos de um dos meliantes.

Um dos fraudadores não só usava os cartões fajutos como não queria gastar nem os impulsos do telefone. Este em especial começou a acessar o sistema pelo número 0800. Este tipo de serviço apresenta uma conta detalhada, com todas as ligações, número que discou, dias, horários etc.

O Mandic conseguiu achar e cruzar alguns dados da conta telefônica com o LOG do BBS. Dizem que a mente criminosa tem um padrão definido. Isso de fato aconteceu. O bandidinho virtual fazia inscrições no BBS com nomes do tipo JOHN SMITH, senha BURRO, WILLIAM JONHSON, senha BABACA, PAUL BRIAN, senha ESTÚPIDO, e assim por diante. Eram nomes em inglês e as senhas era insultos de algum tipo, como se dirigidas ao próprio Mandic. Estas inscrições tinham seus cartões recusados e insistentemente outros usuários com nomes e senhas assim eram criados. Mas seu azar, seu erro, foi querer dar todos os golpes de uma só vez. Usar a linha 0800 deixou a chance de cruzar os dados do log e associar estes usuários falsos com um número de telefone (denunciado pela conta do 0800).


Pronto, já ele sabia atrás de quem ele deveria ir. O valor da fraude era baixo. Este fulano tinha feito 10 ou 15 inscrições, a valores como R$ 30 por mês (algo perto de R$ 300 a R$ 450). Mas não era só um, eram vários que faziam isso. O Mandic, queria pegar alguém e dar o exemplo, por isso não mediu esforços. Acionou seu advogado, que conseguiu mandado judicial para ir atrás dos dados do fulano. Descobriram, por este caminho, nome completo e endereço do indivíduo.

Os membros do ForumPCs que são advogados podem explicar melhor, mas pelo que entendi precisavam obter provas mais concretas contra o fraudador. Por causa disso o advogado conseguiu um mandado de busca e apreensão, na casa do camarada, para colher mais provas. As execuções destas diligências judiciais são feitas com o apoio da polícia. E precisam ter um “perito” para dar apoio técnico e obtenção de provas. Adivinhem quem foi o escolhido para ser o “perito” para investigar a casa e o computador do fraudador? EU!! Fiquei sem jeito e meio preocupado, jamais me imaginei fazendo este tipo de coisa. Mas o Mandic confiava em mim. Fui formalmente convocado por seu advogado e pelo delegado para esta missão.

No dia combinado apresentei-me na delegacia de do bairro de Pinheiros em São Paulo. O delegado, o advogado, três policiais, e acho que mais um agente do poder judiciário, mais eu mesmo, nos reunimos para obter as instruções. O delegado tomou a palavra:

- É uma operação de rotina. Os policiais acompanharão apenas para garantir que o mandado judicial será cumprido. Isso é muito comum. O perito vai nos acompanhar e ao obtermos acesso à residência do meliante, daremos cobertura para que você possa efetuar o seu trabalho de colher as provas necessárias. O investigado pode se recusar a colaborar. Às vezes nem nos deixam entrar.
 

Ai ouvi a “pérola”, que dá título a este texto:

- Se houver resistência, não há problema. Estamos acostumados, isso é muito normal. Os policiais levam consigo machados. Se não abrirem a porta por bem, derrubem a porta a machadadas e deixem o oficial de justiça e o perito fazerem seus trabalhos!!!
     

Pensei comigo, que encrenca que eu fui me meter!!! Mas vamos lá. Chegamos a um condomínio de prédios de bom nível, no bairro de Interlagos em São Paulo. É incrível como um mandado judicial é eficiente! Entramos no prédio sem que fosse necessário sequer interfonar para o apartamento do indivíduo. Será que eu impus tanto respeito?? Nada disso. Provavelmente a visão de três policiais armados, um dos quais com um machado na mão ajudou um bocado! Chegamos à porta do apartamento e tocamos a campainha. Não houve resposta. Tocamos de novo. Mais trinta segundos se passaram, sem resposta. Um dos policiais falou :

- Vamos arrombar!! Prepare o machado!!
     

Quando achei que ia assistir a esta cena bizarra, a porta foi aberta. Não foi necessário destruir nem derrubar a porta (para o alívio de uns e desapontamento de outros). O dono da casa, um rapaz de trinta e poucos anos não estava. Quem atendeu ao oficial de justiça foi sua esposa. Coitada de sua mulher. Deu pena ver sua expressão ao ver entrar em sua casa, um monte de pessoas, incluindo policiais armados e machado na mão. Conversando com ela, que estava “branca” como cera de tanto susto, descobrimos que o dono da casa tinha um serviço de assistência técnica de PCs.

Naquele instante eu não sabia exatamente o que fazer. Fui passo a passo imaginando como levantaria as provas necessárias. Localizei o PC, modem e linha telefônica. Tomei assento e comecei a fazer o meu trabalho. Identifiquei o software de comunicação (havia dois – o TELIX e o PROCOMM), havia números de telefone de acesso ao Mandic BBS cadastrados nos programas. Achei vários arquivos ZIP que pareciam ter sido pegos no BBS, numa pasta de downloads. Todos os arquivos do Mandic BBS tinham dentro do ZIP um TXT com o logotipo e propaganda do BBS. Localizar este TXT nos arquivos ZIP foi moleza. Era a prova final de que precisávamos. Tinha o PC, tinha o programa de comunicação, tinha o BBS registrado nos programas e havia arquivos comprovadamente baixados pelo sistema. Na época usuários visitantes do BBS podiam ter acesso sem pagar, mas não tinham direito a fazer nenhum download. Não tinha como negar. Isso comprovava tudo. O fulano estava encrencado!!

O PC foi desmontado e confiscado. Neste meio tempo chegou o dono da casa que tinha sido chamado por sua esposa. Ele manifestou grande surpresa. Informalmente inquirido negou tudo. Disse que nunca acessara o Mandic BBS como assinante. Não era isso que diziam as provas – conta de telefone 0800 e as evidências do PC do rapaz. O objetivo da “visita” era colher provas, mas o JOHN SMITH (vou chamá-lo assim a partir de agora – inspirado em seus nomes de inscrição fraudulentos) continuava a negar tudo. Ele se colocou a disposição de nos acompanhar a delegacia para prestar mais esclarecimentos. Ele teria que ir de toda forma! Por bem ou por mal, com machadada ou sem machadada!
   

Voltamos todos para a delegacia, com as provas e o próprio JOHN SMITH. Burocracias cumpridas, depoimentos tomados. Lá pelas tantas ficamos sentados, num tipo de sala de espera, EU e JONH SMITH, frente a frente. Travei um breve diálogo com ele:

- Olha eu não tenha nada pessoal contra você. Fui convocado para fazer um trabalho, a perícia de seu micro e tentei fazê-lo da melhor forma possível.

- Tudo bem. Entendo a sua posição. Eu só queria entender o que está acontecendo. Não faço a menor idéia do porquê disso tudo!
      

Nesta hora o próprio Mandic já estava na delegacia (ele não participara da operação de busca e apreensão). Não tinha mais motivo para eu estar ali. O Mandic me disse que seu advogado ia tentar trazer a imprensa à delegacia para que houvesse alguma cobertura sobre o assunto. Se tinha uma coisa que eu não queria era aparecer. Fui embora. Soube depois que a delegacia ficou como um formigueiro, lotado de pessoas da imprensa, jornais, rádio, etc. Não tenho certeza se foi o primeiro caso “policial” de fraude digital no Brasil ou em São Paulo. Se não foi a primeira foi uma das primeiras.

O Mandic obteve o resultado que queria. O ocorrido ganhou página inteira (capa!) no caderno de informática do jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, grande destaque em outros jornais da cidade, caso citado em vários noticiários e estações de rádio. Soube depois que o “perito” fora procurado para entrevistas. Ufa! Ainda bem que eu tinha caído fora. O Mandic e seu advogado respeitaram meu pedido, de não citar meu nome neste caso. Não queria meu nome envolvido com isso, nem precisava. Não era e nunca foi minha atividade profissional participar deste tipo de situação.

O Mandic gastou uma grana preta com o processo e advogado. Com certeza dezenas de vezes mais que os R$ 450 que ele tinha sido ludibriado pelo JOHN SMITH. Mas ele atingiu seu objetivo. Com todo este “barulho” e publicidade, caiu a ZERO o número de fraudes no Mandic BBS por vários meses. Depois de algum tempo as fraudes voltaram a acontecer, talvez pela habitual memória curta do brasileiro, ou pela mudança do perfil do larápio virtual. Já na fase da Internet, como todos sabem, fraudes de todos os tipos só aumentaram. SPAM, PHISHING, roubo de identidade, etc. Infelizmente foi a evolução natural deste tipo de atividade criminosa.


Avançando o filme >>>>>>. Estamos novamente no presente. Continuando o diálogo com a pessoa que disse que me conhecia, lá no comecinho deste texto.

- Você esteve na minha casa.
    

- Na sua casa?? Nossa! Desculpe-me. Não me lembro mesmo.

- Você esteve lá com a polícia, foi investigar o meu PC, lembrou?

- Nossa cara. Que situação!! Agora me lembrei de tudo. Olha eu nunca quis te prejudicar, só fiz o trabalho que fui convocado a realizar!  Mas depois o que aconteceu?? Não fiquei sabendo!!

- Tive que responder a um processo, contratar advogado. Foram meses de dor de cabeça, depoimentos, audiências, ameaça de prisão… Um imenso desgaste e sofrimento. Depois dessa canseira toda, o próprio Mandic não quis mais levar o assunto para frente e o processo foi retirado. Mas olha, foi um super desgaste!! Minha família ficou muito abalada. Graças a Deus isso está no passado, passou, acabou! Retomei a minha atividade profissional, que ficara prejudicada. Agora está tudo bem.

- Mas foi uma bobeira, se queimar por conta de uma dúzia de assinaturas do BBS!!?!?!

- Se eu te contar, você não vai acreditar! Eu fiquei totalmente atônito com o que aconteceu. Não sabia MESMO como aquilo tinha acontecido. Depois descobri tudo. Meu filho, na época com 12 anos tinha ouvido falar do BBS, que era legal que podia fazer download de programas... Mas como ele ia fazer a assinatura? Um amigo dele, um japonesinho, super esperto e inteligente, já era hacker desde essa idade. O japonesinho disse que sabia como usar cartão de credito sem pagar nada! Eles dois na maior inocência (mais inocente o meu filho que de fato não tinha essa maldade) usaram o tal programa para gerar números de cartão de crédito fraudulentos. Usavam o meu PC quando eu não estava em casa. Eu até já tinha acessado o Mandic BBS, mas como visitante, não tinha assinatura. Eles iam fazendo assinaturas. Quando eram cortados faziam outra assinatura e mais outra, e mais outra. QUE BOBAGEM!! Tive que chamar os pais do amigo e ter uma conversa com eles. Foi muito chato. Meu filho foi duramente repreendido. Ele tinha que perceber que aquilo que estavam fazendo não era correto. Ficou sem usar computador por muito tempo por conta disso, como um dos vários castigos que ele teve. Hoje ele é grande, faz faculdade. É um ótimo garoto, e tem um excelente caráter.

- Nossa que história! Eu jamais poderia imaginar que tinha sido isso que aconteceu! Que experiência hein!!??

Essa é a história. Eu e JOHN SMITH demos boas risadas lembrando-nos do que nos acontecera há mais de 10 anos. Foi muita coincidência termos nos encontrado neste dia e termos descoberto um cliente em comum. Ele no papel da empresa que presta assistência e suporte e eu implantando um sistema. Eventualmente ainda nos encontramos por lá. JOHN SMITH é um cara super sério, um excelente profissional, e sem querer e principalmente sem saber foi o pivô de um dos primeiros casos de fraude digital no Brasil!!

Ainda bem que não foram necessários os machados, não acham?

================================**FIM**================================
================================**FIM**================================


UM DOS COMENTÁRIOS DA COLUNA – lá no FORUMPCs

O REAL AUTOR DO DELITO APARECEU E CONTOU A HISTÓRIA!!

(respondeu em um dos comentários da coluna - era usuário do ForumPCs)

Olá a todos,

Primeiramente gostaria de me apresentar. Sou realmente o filho de JOHN SMITH, como foi chamado meu pai pelo Xandó nessa matéria.

Hoje tenho 27 anos, sou gerente de TI e gerente de exportação (áreas totalmente diversificadas) de uma indústria. Sou um apaixonado por tecnologia, porém computadores para mim atualmente, somente para uso profissional. Sou também, piloto privado de avião (minha maior paixão desde criança).

Bom, voltando ao assunto; Como o Xandó citou, meu pai não tinha conhecimento das coisas que eu aprontava em casa enquanto ele não estava. Antes de sair de casa, ele trancava o computador (Lembram daquela chave que você conseguia travar o funcionamento da CPU?) mas eu, sabia onde ficava a chave reserva...... destravava a máquina e passava horas usando. Umas duas horas antes dele chegar em casa, eu desligava o computador para dar tempo de esfriar o monitor, para não dar pistas de que usei a máquina.

Lembro-me direitinho, naquela época nosso computador era um 386 DX 40 com 8MB de RAM.... MS DOS 6.22 e Windows 3.11 para Workgroup (heheheheh faz tempo...), só para constar, era top de linha.

Meu amigo da escola, o tal japonês, tinha inclusive a própria BBS... tenho que reconhecer que o cara era bom mesmo. Um certo dia, ele chegou na escola com uma lista de números que eu não tinha ideia do que eram. Ele me explicou que eram números de cartões de crédito inativos, ou seja, nunca conseguiriam ser processados pela operadora pois nunca haviam sido confeccionados, dessa forma, não debitando na conta de ninguém o valor da assinatura.

No começo, ele ia lá em casa e acessávamos a Mandic para baixar programas para montarmos a tal BBS que ele já estava desenvolvendo... Eu queria muito naquela época aprender e colaborar nesse desenvolvimento.

Depois de um certo tempo, comecei a usar sozinho e baixava os programas, grava em disquetes (5 1/4 ou 3 1/2 .... heheheh) e passava para ele. E assim foi até o dia que tudo aconteceu.

Lembro-me como se fosse hoje quando o nosso advogado conseguiu com que eu fosse até a delegacia dar depoimento. Lembro-me de estar muito nervoso, pois fora a primeira vez que pisara em uma delegacia. Comecei a falar ... horários, usuários que eu cadastrava, arquivos que baixara, etc.

Depois disso, creio que o Mandic tenha retirado o processo.

Sinceramente, não tenho certeza se todo o alarde público foi para repreender os outros que faziam a mesma coisa que eu, ou foi simplesmente um ato publicitário, uma vez que exatamente uma semana antes do acontecido, a polícia americana havia prendido Kevin Mitnik (Primeiro Hacker descoberto nos USA), ou seja, se os americanos conseguiram, eu também consigo.

Bom, mas isso não vem ao caso. Reconheço desde aquela data que fiz besteira, me arrependo, e muito pelo que fiz pois além de ter prejudicado alguém, prejudiquei a minha própria família.

Mas sempre temos que ver o lado bom da história. Com esse fato duas coisas muito importantes aconteceram comigo para que eu me tornasse quem eu sou hoje.

Primeiramente aprendi a pensar duas vezes antes de fazer qualquer coisa, pois de bobeira você pode se prejudicar e a segunda coisa boa é que, passado todo o episódio meus mais me colocaram para trabalhar de verdade, e desde então não parei de trabalhar, aprender e crescer profissionalmente. Hoje tenho 13 anos de carteira de trabalho assinada, onde comecei como auxiliar de produção e hoje tenho um cargo de confiança da empresa (fato esse, muito dificil de se ver em pessoas da minha idade).

Para finalizar, gostaria de dizer que meus pais são pessoas muito honestas, corretas e boas ..... o grande vilão da história fui eu.

Xandó, parabéns pela matéria...... quando li, senti-me revivendo aqueles momentos de angústia, medo do que iria acontecer, etc.


Achei extremamente profissional a sua imparcialidade.

PS: Peço desculpas for esse texto enorme, mas podem ter certeza que encurtei o máximo que pude, pois isso é papo para horas e horas.