quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O desafio da EMC para suprir infraestrutura de dados para RIO 2016

Foi divulgado hoje, dia 28 de agosto que a EMC será a empresa a fornecer os recursos de armazenamento e backup a serem usados na Olimpíada do Rio em 2016. Tão logo essa informação foi divulgada imediatamente passou pela minha cabeça a imensa complexidade dessa empreitada.

O primeiro grande fator de complexidade é o número de locais onde estruturas de dados serão necessárias. Serão 4 ou 5 locais distintos onde ocorrerão competições (são 43 campeonatos mundiais acontecendo em paralelo – cada modalidade olímpica). Mas além disso existem locais utilizados pela organização, vila olímpica (mais de 10500 atletas), locais de treinamento, centros administrativos, etc. No total serão 35 pontos na cidade nos quais disponibilidade das informações serão essenciais.




A EMC dispõe de soluções tecnológicas bem robustas e complexa que certamente são aderentes às necessidades. Nos sistemas de storage a funcionalidade de compressão e deduplicação garantem o mínimo uso de recursos. Por outro lado há recursos nativos de sincronização para efeito e backup e alta disponibilidade. Mas serão 35 lugares, um grande desafio!!

Estarão custodiados dados cruciais como os resultados das competições, fotos e vídeos dos eventos, informações dos atletas e de suas nações, registros das instalações, entre outros, serão armazenados e protegidos por meio das tecnologias EMC: Avamar, EMC VNX e RecoverPoint. O espaço poupado pelo uso das soluções EMC para armazenamento dos dados é o suficiente para dois milhões de fotografias adicionais, por exemplo. Para o evento, será destinado espaço de armazenamento para mais de 55 terabytes de dados, o equivalente a 720.000 fotos ou 4.000 minutos de filmagem.

As plataformas de armazenamento de dados da família EMC VNX, possuem forte integração com ambientes virtualizados e altíssima disponibilidade por meio de uma arquitetura redundante e sem ponto único de falha. Características como gerenciamento centralizado, facilidade de uso, baixo consumo energético e baixa dissipação de calor também foram avaliadas para o fornecimento da solução.  

Vejo também como crítica toda a infraestrutura de comunicação a ser usada pelos equipamentos da EMC. Há outros parceiros importantes da RIO 2016 que estão ali para compor a solução final. A CISCO será responsável por todo o projeto de rede (local e remota). A Embratel será a fornecedora dos links de comunicação entre todos os sites envolvidos, com redundância e total disponibilidade.

A tecnologia EMC RecoverPoint provê uma arquitetura inovadora que alia a replicação de longa distância à proteção contínua de dados. É baseada em dispositivos de propósito específico (appliances). A proteção contra falhas lógicas e a otimização da largura de banda na rede de replicação estão nativamente incorporadas à solução ofertada, minimizando os tempos de recuperação em caso de eventual ocorrência de falha física e/ou lógica nos ambientes implantados.


Nas palavras de Carlos Cunha, diretor presidente da EMC do Brasil:
Os Jogos Olímpicos no Brasil geram oportunidades essenciais para o desenvolvimento de muitas áreas, como o esporte, mas também na infraestrutura da cidade e fortemente em tecnologia. Estamos entusiasmados em fazer parte dessa grande oportunidade e poder deixar um legado de inovação e aperfeiçoamento dos Jogos Olímpicos junto com cada parceiro e o Rio 2016”.

Como profissional de TI eu consigo enxergar a dimensão do projeto e quão complexa e ambiciosa é esta iniciativa. Como certeza a própria EMC deve ter casos de uso de sucesso entre seus clientes que acumulam volumes de dados ainda maiores. Mas a beleza deste projeto aos meus olhos é a pluralidade de aspectos, correlacionamento entre diversos parceiros com componentes e  fornecedores distintos e fundamentada em avançados recursos de gerenciamento de dados e comunicações.  Seria o sonho de um profissional acompanhar a execução e resultados de um projeto desses!!!

Seagate anuncia o primeiro HDD de 8TB do mercado

O número impressiona por si. 8 TB é uma quantidade imensa de espaço para armazenar dados de todos os tipos: documentos, fotos, vídeos, apresentações, ilustrações, ... e mais um sem número de dados não estruturados que hoje em dia nos bombardeiam todos os meios digitais.

Neste momento esta capacidade imensa parece fazer mais sentido em ambientes empresariais. Mas vejo desdobramentos importantes. Nas empresas os já gigantes sistemas de storage, vão poder ampliar ainda mais, muito mais suas capacidades máximas potenciais de armazenamento. Nos pequenos escritórios e mesmo nas residências ainda mais dados podem caber em apenas uma unidade. Parece muito falar em 8 TB em casa? Fazendo uma revisão rápida somei em meu escritório de casa 9 TB em 4 sistema armazenamento (2 deles ainda com HDs espelhados). 


Eu seria um usuário deste tipo de solução, porém concentrar TODAS as soluções de armazenamento no meu escritório doméstico em uma só "cesta" (lembram-se do ditado que diz para não colocar todos os ovos em uma só cesta?) é arriscado e por isso eu seria potencial cliente de duas unidades destas, uma espelhando a outra. Mas no final com o grande benefício de consolidar tudo em um ponto só, um só local de consumo de energia...


E por fim penso que cada vez que a indústria eleva seu patamar de armazenamento máximo toda a cadeia acaba se reposicionando e os preços se ajustam para novos níveis para os produtos de menor capacidade. E o nível de densidade atingido no novo produto pode acabar fazendo simplificar a produção de HDs menores e outros formatos (2.5 polegadas - HD de notebooks). Em tempos de SSDs ganhando mercado, por suas óbvias virtudes, os HDs "tradicionais" de tecnologia magnética seguem firme e fortes, imbatíveis quando se fala em grandes capacidades para armazenamento puro e pesado.

Abaixo segue o release original enviado pela Seagate falando mais sobre este interessante lançãmento.

Flavio Xandó


Seagate anuncia o primeiro HDD de 8TB do mercado


Disco rígido de 8TB possui a maior capacidade, eficiência energética e o mais baixo TCO da indústria



A Seagate Technology iniciou a comercialização do primeiro HDD de 8TB de capacidade. O drive de 8TB é um passo importante no mercado de armazenamento permitindo que infraestruturas de dados passem a ter uma super capacidade, eficiência energética e o mais baixo custo proprietário (TCO) do mercado de conteúdo na nuvem, armazenamento de objeto e backup para recuperação de desastres.

"Como nosso mundo se torna mais móvel, o número de dispositivos que usamos para criar e consumir dados está impulsionando um crescimento explosivo de dados não estruturados. Isso pressiona o mercado de cloud a procurar maneiras inovadoras para construir capacidade de armazenamento com custo-benefício para data centers privados e também os baseados em nuvem ", disse Scott Horn, vice-presidente de marketing da Seagate. "A Seagate está pronta para enfrentar esse desafio oferecendo o primeiro HDD de 8TB do mundo, uma solução inovadora para atender o aumento da necessidade por potência que suporte a demanda por alta capacidade de armazenamento em um mundo repleto de criação digital, consumo e armazenamento de longo prazo".

O drive de 8TB oferece soluções de armazenamento em massa para conteúdo online proporcionando a mais alta capacidade para dados não estruturados, tudo isso em um HDD de tamanho padrão (8.9cm). A unidade oferece o máximo de densidade  para racks permitindo um uso melhor do espaço físico de um data center.

"O novo HDD de 8TB da Seagate fornece aos gerentes de TI uma nova opção para melhorar a densidade de armazenamento no centro de dados, ajudando-os a enfrentar economicamente uma das categorias de armazenamento de dados de maior e mais rápido crescimento dentro das empresas", disse John Rydning, vice-presidente de pesquisa da IDC para unidades de disco rígido.

A unidade de 8TB aumenta a capacidade do sistema usando menos componentes para o aumento da eficiência do sistema e de pessoal ao mesmo tempo que diminui os custos de energia. Com seu baixo consumo de energia, a unidade reduz os custos operacionais. O disco possui o melhor Watts/Gb para armazenamento de dados corporativos em massa.

Com confiabilidade de classe empresarial e suporte a altas cargas de trabalho, a unidade aceita multi-drive RV para um desempenho consistente em ambientes de altas cargas de trabalho. O primeiro HDD de 8TB também incorpora interface SATA 6Gb/s para uma rentável e fácil integração de sistema tanto em data centers públicos quanto em privados.

 



quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Vídeo Debate - Tecnologia e Fitness: Pulseira, Relógio Inteligente ou Smartphone?

Tive o prazer e a honra de participar de um vídeo debate sobre tecnologia em fitness com minha amiga jornalista Bia Kunze, conhecida por “Garota sem Fio” devido a sua expertise em assuntos de mobilidade. Fomos convidados pelo jornalista Guido Orlando Junior do site VIDA MODERNA que traz também canal do Youtube um vasto conjunto de vídeos sobre produtos, tecnologias, entrevistas, etc.



A partir do dia 29/08/2014 entrarei ao vivo às 09:30 no site VIDA MODERNA para falar de tecnologia automotiva. Até dois dias depois o programa estará disponível no site ou canal do Youtube.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

EMC Redefine Possible – parte 2 – VMAX3 - storage em imensas proporções

Na primeira parte deste artigo foi apresentada a soluçãoXtremIO, uma forma avançada de fazer toda a gestão dos dados apenas em dispositivos flash com recursos bastante aprimorados e sofisticados para este cenário. Nesta segunda parte vou apresentar alguns conceitos que capturaram muita minha atenção quando se fala em limites intensos de armazenamento. Falo do VMAX3.

É um sistema extremo que se propõe a consolidar toda a necessidade de armazenamento, não importando quão amplo ou complexa seja esta demanda. A EMC define que esta família de produtos não é apenas um sistema de “storage array” para as corporações, mas sim uma plataforma corporativa completa para serviços de dados. Mas o que significa isso?

Características principais

A escala de complexidade, não por ser algo difícil ou complicado, mas sim pelo imenso poder de processamento é um dos pontos chaves da solução VMAX3. São essencialmente 3 modelos: 100K, 200K e 400K. Eles diferem nas suas especificações iniciais e capacidade de dispositivos. Mais detalhes podem ser obtidos neste
documento técnico. Mas vale a pena destacar as características principais dos modelos.

  • Largura de banda de 350 GB/s, 700 GB/s e 1.400 GB/s
  • Processador Intel Xeon de 6, 8 ou 12 núcleos
  • Cache de memória de 2 TB, 8 TB ou 16 TB
  • Capacidade máxima de 496 TB, 2.048 TB ou 3970 TB (ou 3,97 PB)
  • Entre 787 K IOPS até 6.3 M IOPS
  • Número máximo de drives por gabinete: 1440, 2880 ou 5760
  • Em sua expansão máxima pode ter até 384 núcleos de processador

Segundo a EMC, comparado com um de seus mais próximos concorrentes, o VMAX3 tem 2 vezes mais drives, 3 vezes mais cores de processamento, 3 vezes mais densidade, 6 vezes mais flash e 8 vezes mais cache que o produto da HDS!! Ainda assim a EMC afirma que sua confiabilidade está entre 6x9s e 7x9s, ou seja, 99.99999% de disponibilidade. Sabem o que isso significa? Indisponibilidade entre 31 segundos a 3.1 segundos por ano!!! As manutenções, atualizações e ampliações são todas feitas com o sistema em operação sem prejuízo na operação do sistema.


figura 01 – A família VMAX3

Outro dado impressionante deste “gigante de consolidação” é a capacidade de receber inúmeras máquinas virtuais (VMs) ao mesmo tempo. São 5.000 no modelo 100K, 20.000 no modelo 200K e impressionantes 40.000 VMs no modelo 400K!!

Estes são apenas alguns números pinçados das características, mas que mostram como tudo no VMAX3 é grandioso. A figura acima também exibe dois pontos muito importantes que são os conceitos de DYNAMIC VIRTUAL MATRIX e o sistema operacional HYPERMAX, evoluções na arquitetura da solução visando alcançar mais do que apenas armazenar dados.

Dynamic Virtual Matrix

Supondo um sistema em sua configuração máxima, com 384 núcleos de processamento e muitos TBytes de memória, o que Dynamic Virtual Matrix faz é realocar dinamicamente processadores e memória para processos nos quais estes recursos de processamento sejam mais necessários em um específico momento no uso.

Existem muitas funções nativas do próprio storage como os processos de I/O, integridade de dados, QoS, aplicações OLTP, só para citar alguns. E a demanda por memória e processamento varia a cada segundo entre estas e várias funções. Se existe uma divisão estática entre as funções e recursos nunca haverá o melhor uso. Sendo possível alocar dinamicamente em função da requisição daquele instante, obtém-se o máximo resultado. Este é um recurso fundamental na arquitetura do VMAX3.

figura 02 –Dynamic Virtual Matrix – recursos alocados de forma fixa

 
figura 03 –Dynamic Virtual Matrix – recursos alocados de forma dinâmica


HYPERMAX

O HyperMax, sistema operacional que roda no VMAX3 não apenas se incumbe de gerenciar e processar todos os serviços de dados intrínsecos como compressão, deduplicação, encriptação, etc., mas também aplicações ligadas à infraestrutura como por exemplo replicação e backup, com dramáticas consequências de otimização e redução da infraestrutura propriamente dita.

Um bom exemplo, tradicionalmente em um Data Center existem os sistemas de armazenamento, os servidores de aplicação, os servidores de banco de dados, servidores de backup, etc. Backup é talvez a aplicação que mais demanda recurso de banda da rede e é “mal vista” pelos administradores de Data Center por isso. Com a inclusão deste tipo de serviço dentro do VMAX3 uma camada de servidores (de backup) é eliminada e muito maior eficiência vai existir no processo porque o VMAX3 vai se comunicar diretamente com o Data Domain (sistema de armazenamento para backup da EMC) usando uma tecnologia chamada PROTECTPOINT, sem precisar passar por servidores fora da
SAN (Storage Area Network) agilizando dramaticamente backups de sistemas de arquivos ou, por exemplo, bases de dados Oracle.

Mas outras aplicações como gateways de arquivos, gateway com nuvem, consoles de gerenciamento, ferramentas de ETL... são tipos possíveis para rodarem dentro do VMAX3 sob o HYPERMAX. Este nível de consolidação pode levar a grandes economias em TCO (até 50%), energia (até 60%), gerenciamento (até 50%), etc.

 
figura 04 –visão conceitual do HyperMax OS e aplicações


Administração do ciclo de vida das informações

Consolidação de storages é outro ponto importante. Uma implementação comum é a empresa ter diversos níveis ou camadas de storages inclusive separados em dispositivos diferentes. De uma maneira simples os dados eram manualmente distribuídos em storages mais nobres ou menos nobres em função de sua importância ou necessidade de acesso mais ou menos rápido.

A consolidação em larga escala só é possível por causa das capacidades incríveis que o VMAX3 permite atingir. Porém neste caso espaço não é tudo. Vale a pena discutir um recurso, que não é novidade, mas é de extrema importância. A EMC bem como outros fabricantes de storages criaram formas de gerenciar o ciclo de vida da informação em seus produtos. Um dado que é muito acessado pode ser automaticamente “promovido” para residir em uma parte “nobre” do storage, por exemplo nos SSD/flash. Na medida que o dado vai sendo pouco acessado ele vai sendo realocado em discos menos nobres, passando para SAS 15K, SATA 10K, SATA 7.2K e assim por diante. Isso por si só já é um serviço de imenso valor para as corporações. Mas resolve todos os problemas?


 
figura 05 –consolidando diversos storages em um sistema VMAX3


AGILE - administração inteligente de nível de serviço


Uma nova tecnologia da EMC denominada AGILE traz uma proposta realmente diferente para abordar este problema. Apenas se fixar na frequência de uso para alocar os dados em unidades mais nobres do sistema, ou mais rápidas, não atende a todas as necessidades. Algo que não é acessado todo dia pode precisar de um tempo muito pequeno para leitura ou vice versa.

Uma possível solução para isso é definir os tipos de aplicação, como por exemplo, “arquivos de usuários”, “desenvolvimento de aplicações”, “suporte à decisão”, “máquinas virtuais (VMs), “email”, “processamento transacional (ERPs)”... e para cada uma dessas categorias atribuir uma combinação ótima de tipos de drives. Algumas destas usando mais memória flash, outras discos de 7.2 K rpm, outras discos de 15 K rpm... De forma exclusiva ou combinada. Essa é uma boa solução, mas exige grande esforço de configuração para implementação e além disso ao longo do tempo fazer manutenções para reequilibrar as necessidades envolve grande esforço, remanejamento de locais de dados... É um real pesadelo para o administrador. Segundo a EMC essa abordagem é ainda imprecisa, envolve alguma adivinhação, “arte” e até o fator sorte para ter bom resultado. Inaceitável este grau de empirismo.

 
figura 06 –categorias de aplicação e diferentes tipos de drive utilizados

A nova abordagem trazida pela tecnologia AGILE é prover uma camada de abstração sobre toda esta complexidade. A ideia é tratar os requisitos dos dados como objetivos das aplicações. Cada aplicação tem um SL (nível de serviço) intrínseco. Políticas automáticas de uso garantem que sempre estarão sendo atendidas segundo aquele SL determinado.


 
figura 07 –níveis de serviço para cada tipo de aplicação

Cada aplicação tem associado um nível como bronze, prata, ouro, platina ou diamante. Cada um destes níveis tem características próprias de desempenho, latência, taxa de IO sustentada, etc. A tecnologia AGILE presente no VMAX3 é responsável por administrar nos bastidores os recursos, os tipos de drive, etc. É um conceito extremamente simples para o usuário, objetivo e mensurável. Mas é principalmente para o administrador um fator de imensa simplificação, uma vez que ele sabe, ou o usuário demanda o nível de desempenho e ele apenas determina o grupo de SL para a aplicação. Toda a “magia” ou “arte” é realizada nos bastidores de forma algorítmica e totalmente precisa.

Olhe novamente a figura 06 mostrada acima e em seguida a figura 08 abaixo. Neste caso os apropriados níveis de serviço foram convenientemente atribuídos para cada tipo de aplicação. Eu entendi que se há “sobra de recurso” as especificações de nível de serviço podem até ser suplantadas. E se ao longo do tempo as necessidades específicas das aplicações mudarem, basta ao administrador realocar seu nível de serviço apropriadamente, tantas vezes quantas forem necessárias, para cima ou para baixo. Mas com uma diferença, de uma forma extremamente mais simples. 
 
figura 08 –níveis de serviço para cada tipo de aplicação

A alocação da categoria de SL (nível de serviço) pode ser feita no momento do provisionamento da área do storage. Mas também, como já foi dito, ser alterada a qualquer momento para se adequar às novas necessidades. Após a escolha do SL é feita uma verificação no sistema para garantir se aquela aplicação vai mesmo ser capaz de obter aquele nível de serviço com aquele espaço alocado usando os recursos presentes naquele sistema de storage.

 
figura 09 – exemplo nível de serviço para aplicação de banco de dados SQL

 
figura 10 – nível de serviço pode ser atingido para esta aplicação SQL


Storage na nuvem pública

Por fim existe um conceito ousado que ainda permeia a solução VMAX3 da EMC. Há diferentes tecnologias de dispositivos de armazenamento sendo usadas como discos de 7.2K, 10 K, 15K e flash/SSD. E como foi visto também administrado de forma transparente por meio dos níveis de serviço.

A EMC recém adquiriu uma empresa chamada TWIN STRATA, especializada em gateway de nuvem que tem a tecnologia que permitirá que um sistema VMAX3 possa considerar um serviço de nuvem pública como, por exemplo, Google, Amazon S3, Microsoft Azure, VMware VCHS, AT&T, etc, como mais uma camada do sistema de storage.

 

figura 11 – A nuvem pública como mais uma camada de armazenamento do storage

Dessa forma os dados podem transitar conforme a necessidade entre a nuvem pública e o sistema de armazenamento local. Tudo isso seguindo as políticas definidas pelos administradores dos storages da empresa que definirão quais dados, de que tipo de qual aplicação poderão transitar pela nuvem como mais uma camada de armazenamento. Inclusive o SL (nível de serviço) discutido anteriormente pode ser fator de decisão se aqueles dados irão ou não para a nuvem. Esta integração ainda não foi feita com o sistema VMAX3 porque a aquisição da TWIN STRATA é bem recente, mas já se sabe o que está por vir com esta nova tecnologia. Penso que isso é bastante interessante uma vez que com a inclusão da nuvem a capacidade de armazenamento torna-se virtualmente infinita.


Conclusão

Isso encerra a jornada conceitual pelo VMAX3. A EMC tinha como objetivo prover uma solução de dispositivo híbrido (discos magnéticos, flash/SSD e nuvem com o TWIN STRATA), facilmente gerenciável, inovando conceitos com a abstração da configuração por meio dos níveis de serviço. Isso tudo em um dispositivo escalável em imensas proporções, com incrível poder de processamento e possibilidade e consolidação de storages. Ainda assim a partir de determinadas capacidades instaladas no VMAX3, obter custos de armazenamento na ordem de US$ 3/GB e US$ 1.85/IOPS (com 10% de SSD e 90% de HDs).

Tudo isso é um grande passo, um bom passo para administrar a overdose de dados, a explosão de dados a que todos, pessoas e principalmente as empresas estão submetidos. Cada vez maior, cada vez mais intenso este fenômeno e exatamente por isso que a EMC, bem como outras competentes empresas de soluções no setor de armazenamento tem sido tão agressivas no sentido de acelerar e sofisticar suas soluções. E com certeza o 
VMAX3 é um grande passo nessa direção!


 

figura 12 – resumo da solução e custo de armazenamento

domingo, 24 de agosto de 2014

Claudio Carsughi – Meus 50 anos de Brasil – resenha de livro

Biografias é um gênero de leitura que aprecio. Não é o que leio com mais frequência porque nem sempre há títulos realmente motivadores. Deixei escapar alguns que ainda lerei como, por exemplo, a biografia do Steve Jobs, a do Tom Jobim, a do Einstein... Mas existe uma que li há muito tempo que me tocou sobremaneira. Foi a história de vida do astrônomo (e astrólogo) alemão Johanes Kepler. Eu até escrevi um breve texto falando sobre este assunto chamando a atenção para a sofrida e incrivelmente rica vida intelectual deste gênio :  “Entre a desgraça e a genialidade”. Fica a dica.

Mas uma dica realmente quente é a última biografia que li “Claudio Carsughi – Meus 50 anos de Brasil”. Já foi lançado há algum tempo, mas só agora tive a oportunidade de lê-lo. O livro tem diversos aspectos que se não são únicos, nem sempre se encontram todos em um mesmo título. Foi escrito por sua filha, Claudia Carsughi que travou uma batalha épica para tornar este livro uma realidade. E pasmem, seu primeiro imenso obstáculo foi a forte relutância de seu pai, o próprio biografado. Não falarei mais porque esta é uma das boas passagens iniciais do livro!

 http://www.carsughi.com.br

A leitura é muito agradável e estimulante. Escrito na primeira pessoa, na voz do próprio Carsughi (falas, ideias e histórias capturadas por sua filha), traz passagens de sua vida no Brasil, mas começa desde sua infância em sua pequena cidade natal na Itália, o que motivou sua vinda para cá, porque permaneceu... As histórias não estão na ordem cronológica exata que permite ao leitor ir montando em sua imaginação o desenrolar de toda biografia.

Carsughi ainda hoje transita e transitou por todas as mídias sejam revistas, sites, rádio, TV... e também por diversas áreas como Futebol, indústria automobilística, automobilismo de competição e vários esportes. Muito jovem cobriu como jornalista a copa do mundo de 1950 no Brasil, bem como acompanha o campeonato de Fórmula 1 desde seu começo também em 1950. As histórias de muitas dessas coberturas são inacreditáveis, interessantíssimas e apresentadas paulatinamente capítulo a capítulo. Diversos outros profissionais que o acompanharam em todas estas jornadas são lembrados e são personagens destas ótimas passagens.

Não era objetivo da Claudia, mas ao compilar e apresentar a vida de seu pai, o leitor atento será capaz de depreender muito da história do rádio e da TV no Brasil. Morro de vontade de trazer alguma passagem do livro para esta resenha, mas não o farei para que o leitor não tenha diminuída a sua surpresa ao saborear este livro.

Em seu final diversos colegas de profissão e amigos fazem depoimentos sobre o Carsughi. Confesso que quando comecei a ler esta parte final imaginei que contivesse narrativas discorrendo sobre todas as virtudes do biografado e cada depoente acumulando elogios após elogio, aliás totalmente merecidos. Mas dentre os diversos depoimentos há casos, passagens, histórias inéditas à narrativa de sua filha e que são muito saborosas! É um ponto forte deste livro.

Também percebi após ter concluído a leitura algo interessante e divertido. Como cada capítulo encerra um caso diferente, uma passagem de sua vida, descobri que dá para fazer uma releitura “livre”. Como assim? Por várias vezes abri aleatoriamente o livro e reli aquela passagem e é muito agradável rever as histórias. Fica mais essa dica.

Ia quase me esquecendo. Há uma seção de fotos sensacional!! Representando diversas épocas, diversas situações, na Itália, no Brasil... Lindíssimas fotos!!

Se é que posso fazer uma crítica ao livro, senti falta de uma coisa. Na introdução sua filha conta a dificuldade que foi para fazer o livro, sua luta contra várias adversidades. Mas senti falta novamente de suas próprias palavras sobre o pai no final do livro fechando a sequência de depoimentos de colegas e amigos.

Conheço o profissional Carsughi desde minha iniciação em acompanhar as coberturas de Fórmula 1, pelo rádio (não havia transmissão pela TV) quando ele comentava na Jovem Pan aquele campeonato de 1972 vencido pelo Emerson Fittipaldi e narrado pelo ótimo e saudoso Barão, pai do Emerson. De lá para cá seja futebol, automobilismo ou outros esportes (por isso ele também foi conhecido como “O eclético" Claudio Carsughi), ouço amiúde aquela voz inconfundível, com sotaque peculiar que pronuncia um português perfeito (isso é contado e explicado no livro) os equilibrados e factuais comentários, opiniões e tanta informação. Tom mais fortemente emocional percebi, por exemplo, quando fala de uma de suas maiores paixões que é a Ferrari, desfrutada algumas vezes em sua vida profissional e pessoal. Ótima passagem do livro.

Para mim é um livro que após ser lido ainda permanece ao meu alcance para consulta eventual, ou melhor, desfrute ocasional. Posso fazer uma sugestão? Será que nova batalha épica pode ser travada para que uma continuação seja feita? Seja na forma de novo livro ou textos avulsos em seu site http://www.carsughi.com.br (local onde pode ser comprado diretamente o livro) ou em gostosas entrevistas ou podcasts? Será?

O biografado e a biógrafa, pai e filha

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

AOC lança linha de computadores Evo com sistema operacional Android

Tradicional fabricante de monitores, All-in-One e Tablets a AOC traz um dispositivo com conceito diferente. Trata-se de modelos All-in-One que rodam o sistema operacional Android. A novidade não apenas por isso uma vez que a HP tem produto com esta característica, embora situado em outra faixa de preço.

São produtos de entrada, com Android 4.1 (com possível futura atualização) com aplicativos padrão do Android, mais uma suíte de produtividade que lê e grava arquivos do Office. Destina-se a quem já é usuário do smartphone Android e que em casa quer desfrutar de uma experiência melhor, tela maior, etc. Usa o conceito de armazenamento de dados na nuvem, embora tenha 8 GB de memória interna e slot para aceitar até 32 GB de expansão.

Inovador é o conceito de ter entradas HDMI que lhe confere uma personalidade quase que bipolar, pois é ao mesmo tempo um "computador" e pode ser o monitor de um console de jogos ou a tela que exibe conteúdo da TV a cabo. Assim passa a ter múltiplas funções adaptando-se ao modelo de uso de uma criança ou jovem que pode ter apenas um dispositivo em seu quarto.

Há dois modelos, um de 19.5 polegadas (branco ou preto) e o de 21 polegadas (branco) que também tem tela touchscreen. O de 19.5 polegadas precisa de mouse e teclado (que opcionalmente pode ser sem fio).

Vejo grande valor para este produto para este público jovem que já nasceu sob a égide do Android como possível sistema operacional. Mas também tem uso corporativo para aplicações de negócios bem específicas, callcenter, quiosques, etc. Tem preço competitivo, a partir de R$ 899 (19.5 polegadas) e R$ 1199 (21 polegadas touchscreen). 

Importante destacar que a AOC não quis fazer um “tabletão”, tanto que não tem baterias. É para uso fixo na mesa de casa ou do trabalho. 

Segue abaixo o release do lançamento na íntegra.


Flavio Xandó


AOC lança linha de computadores Evo com sistema operacional Android
Os novos All in One contam com telas de 19,5 e 21,5 polegadas, processadores dual-core, microfone, alto-falantes e webcam integrados.

São Paulo, 20 de agosto de 2014 – A AOC, marca da TPV Technology Limited, maior fabricante de painéis LCD e LED para computadores, monitores e televisores do mundo, seguindo sua tradição de disponibilizar produtos de qualidade a preços acessíveis, acaba de trazer para o mercado nacional seu mais recente lançamento do portfólio de computadores All in One, o EVO para Android.


(clique para ampliar)

Desenvolvido sobre três pilares, funcionalidade, simplicidade e praticidade, os novos produtos aproveitam o que há de melhor na já consagrada linha EVO, como simples instalação, design moderno e fácil usabilidade, com o que a de melhor no universo Android, com destaque para a loja de aplicativos com mais de 800 mil títulos disponíveis, acesso simplificado a redes sociais, jogos e internet. “Nós identificamos as crianças e seus pais como públicos alvo, já que são pessoas que buscam diversão e informação numa tela grande, de qualidade, mas sem se preocupar com complexas configurações, ajustes e instalações. Isso, só o EVO para Android entrega”, explica o gerente de produto da AOC, Elcio Hardt. 

Outro benefício dos três computadores que compõe a nova linha EVO é justamente a popularidade do seu sistema operacional (Android 4.1), hoje presente em 95% dos tablets e 77% dos smartphones utilizados no do Brasil. “Se o seu celular e tablet são Android, por que o computador da sua casa não pode ser também?”, diz Hardt.


(clique para ampliar)


Os modelos apresentam visual moderno e acabamento nas cores preta e branca, base ajustável para melhor ângulo de visualização e furação no padrão VESA - para uso de suporte para fixação na parede -, garantindo versatilidade na hora de compor os ambientes. Para começar a utilizar os novos EVO para Android, basta ligá-los na tomada de energia, conectar teclado e mouse na entrada USB e eles já estão prontos para uso. Isso porque o produto conta com webcam, microfone e alto falantes integrados, e já vem pronto para acessar redes sem fio (Wi-Fi). Outro diferencial está no teclado que acompanha, já que  este é próprio para utilização no  sistema do Google e não adaptado do sistema Windows, o que poderia dificultar o uso por parte dos usuários. Buscando contemplar todas as formas de uso, os computadores EVO para Android já vem com aplicativos pré-instalados que permitem, por exemplo, a criação, edição e abertura de documentos de texto, planilhas e apresentações.

(clique para ampliar)


Por contar com entradas HDMI e VGA, os novos All in One AOC também podem ser usados para a conexão de fontes externas, como aparelhos de DVD / Blu Ray, consoles de videogame e  decodificadores de TV a cabo. Além dessas entradas, contam com portas USB 2.0, RJ45 (para internet cabeada) e leitor de cartões de memória.

A nova linha EVO para Android é composta pelos modelos de 19,5 polegadas nas cores branca (A2072PWH WW / R$ 899) e preta (A2072PWH BK / R$ 899), e 21,5 polegadas na cor branca (A2272PWHTN / R$ 1.199), sendo esse último com tela sensível ao toque.

                As novidades estarão disponíveis a partir de setembro nas Loias do Carrefour, Kalunga, AOC Loja (www.aocloja.com.br), americanas.com, Submarino e Shoptime.


Ficha técnica EVO para Android:


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Fones Sennheiser Momentum e CX 685 – ótimos para todas as ocasiões

Escrever sobre fones de ouvidos não é tarefa simples porque existe uma razoável porção de subjetividade neste tipo de avaliação. Mas por outro lado eu aceito este desafio uma vez que trago do meu passado uma bagagem no mínimo curiosa. Tive há muitos anos uma carreira de DJ e por isso, mas não apenas por isso, tenho um gosto musical bastante eclético e desenvolvi sensibilidade para apreciar diferentes tipos de som, desde as tradicionais caixas ou torres de som até os fones de ouvido. Ainda assim minha opinião é de um usuário final de fones de ouvido e não de um profissional da área. 

E fones sempre foram para mim algo muito sério. Sério a ponto de nas vezes que descobria um que me agradava bastante eu sempre comprava duas unidades e não apenas uma. Isso porque mais dia, menos dia, o fone pode ser perdido, danificado sem querer, etc. Cada louco com a sua mania! E seguindo o conselho dos audiófilos mais entendidos, “sempre comece seu investimento em sistema de som pelo fone e alto falantes”.

A Sennheiser, tradicional fabricante de fones me disponibilizou para testes dois modelos, dois tipos diferentes de fones. O MOMENTUM que é do tipo “on ear”, também conhecido informalmente pelo mercado com tipo “concha”, um fone que cobre as orelhas. Também o CX 685 Adidas SPORTS que é do tipo “in ear”, ou seja, aquele tipo de fone que é introduzido no canal auditivo e é indicado para práticas esportivas (mas não apenas). Vamos comentar sobre os dois.

Sennheiser CX 685 Adidas Sports

Este é um tipo de fone (“in-ear”) que se tornou bem popular há pouco mais de 10 anos. Tive contato com um desses por meio de um MP3 Player da Sandisk chamado SANSA cujo fone, um modelo licenciado da Creative me deixou completamente espantado pela incrível qualidade sonora. Desde então tenho procurado um fone desta categoria para ser o meu eleito e venho desde então alternado o uso entre o clássico e ótimo modelo da Creative e um da Philips que descobri acidentalmente tempos atrás.

Algumas pessoas podem pensar que a qualidade deste tipo de fone se dá pelo fato dele ocupar o canal auditivo, bem próximo do ouvido e isolando quase que totalmente os sons externos. Isso tudo é verdade. Mas existem fones “in-ear” que são péssimos, reforçando, muito péssimos! Estes fones que acompanham telefones celulares e os campeões da ineficiência, aqueles fones “in-ear” distribuídos nos aviões, são lamentáveis. Têm qualidade do som extremamente pobre e ineficientes em termos de volume. Os meus queridos fones “in-ear” quando usados em aviões costumo regular o volume entre os níveis 1 e 2 enquanto os fones dos aviões precisam ser usados entre os níveis 5 e 6.
Toda essa longa introdução me traz ao Sennheiser CX 685 Adidas Sports e precisava ser extenso exatamente para destacar as grandes diferenças, afinal ainda tem gente que pensa que fones são todos iguais. Pensam que mudam apenas cor e formato.


figura 01 – fone Sennheiser CX 685 Sports

Tenho dois grandes comentários sobre o 685. Logo se vê na foto acima que ele tem um “apoio auricular”, aquela haste superior preta que deveria ajudar a estabilizá-lo na orelha. Cumpre 100% o objetivo. Todos os outros fones deste tipo que tive no momento de minhas caminhadas ou corridas depois de algum tempo saiam do lugar. Isso é ruim porque a garantia da qualidade do som neste tipo de fone depende totalmente do correto posicionamento dentro do canal auditivo. Em todas minhas experiências com o CX 685 Sports em nenhum momento ele se deslocou, graças às citadas hastes que se encaixam nas dobras das orelhas. Não preciso mais correr tendo que ficar ajustando o fone a cada quilômetro!

Sobre a qualidade do som... Tive dois momentos, duas percepções. Inicialmente percebi o som intenso, grande clareza nos tons médios e agudos, mas senti falta de força nos sons graves. Claramente os tons mais médios e agudos eram limpos, cristalinos, muito puros, melhor que todos os outros fones “in-ear” que já testara. Mas os graves... Isso não estava certo, como um super fabricante de extrema tradição e competência teria negligenciado este aspecto em seu produto?

Achei a resposta. Todo o tempo o teste fora feito com o meu reprodutor de MP3, o Sansa Clip que é o que sempre uso nas corridas. Leve, pequeno, prático. Resolvi experimentar alterar a equalização do som para compensar os tons mais graves. Qual não foi minha imensa surpresa ao descobrir que no equalizador do Sansa as frequências graves estavam em seus níveis mais baixos!! Aí me lembrei. O tal fone “in-ear” da Philips, muito bom por sinal, que uso no dia a dia tem como característica o que eles chamam de “super bass”, ou seja, reforço dos graves. Mas percebo que é um reforço bastante exagerado, chego a dizer artificial. A ponto de no equalizador eu ter reduzido bastante os graves para que o som não ficasse abafado (neste meu fone).

Uma vez ajustada a equalização para níveis normais o CX 685 Sports mostrou toda sua incrível competência! Graves consistentes e som limpo, puro, agudo com personalidade e principalmente um grande equilíbrio.

Ao testar novamente o meu próprio fone vi o quanto forte e até exagerado é o reforço dos graves. Feitos os ajustes (como eu já tinha feito reduzindo os graves na equalização) ele ainda é uma boa opção, seguirá como meu companheiro de corridas após eu devolver os fones para a Sennheiser. Mas ficou claro para mim que fones com “reforço de graves” ou “reforço de agudos” são extremamente artificiais. Som bom é som puro, equilibrado e fiel. Se o usuário prefere mais o grave ou mais o agudo ele que faça isso em seu aparelho que reproduz suas músicas.

Ele vem acondicionado em uma bela caixa que dispõe de diferentes encaixes auriculares (em silicone) para melhor se adaptar às dimensões do canal auditivo de cada usuário. Também vem com uma bolsa para acondicioná-lo no dia a dia e um clipe para fixação do seu fio (se assim o usuário o desejar).


figura 02 – fone Sennheiser CX 685 Sports com seus acessórios


figura 03 – fone Sennheiser CX 685 Sports

 
Sennheiser MOMENTUM On-Ear

Eu não previa vida fácil para o MOMENTUM nesta minha avaliação. Há décadas, em minha fase de DJ eu tivera que fazer a escolha entre dois fones. Eram os maiorais em sua época. Não coincidentemente, porque desde esta época a marca já era conhecida e respeitada, o embate fora entre um modelo de Sennheiser (não sei precisar qual era) e o antológico fone KOSS Porta Pro. Desde esta época venho usando o KOSS Porta Pro como meu fone pessoal. Testei alguns no meio do caminho, mas nunca algum superara meu KOSS. E como disse, sempre tiver pares deste fone para sempre ter um pronto caso quebrasse ou perdesse o meu titular. Isso aconteceu duas vezes, um fio repuxado e a espuma que após anos acabou destruída me fez promover o reserva a titular e comprar novo reserva. Fone para mim é coisa séria.

 
figura 04 – fone Sennheiser MOMENTUM

O texto é sobre o MOMENTUM, mas o destaque para o KOSS é importante para que o leitor saiba a importância que tem para mim o meu fone, escolha pessoal de tantos anos. Aliás, o KOSS Porta Pro era extremamente fácil de ser visto por aí, pois em muitos shows os músicos o utilizavam (e ainda utilizam) como o fone usado no palco para ouvir o retorno. Aquele “azulzinho e prateado” era visão fácil em espetáculos.


figura 05 – fone Koss Porta Pro – o grande desafiado

Por tudo isso sabia que o embate entre ambos os fones seria complicado. E não tenho muito o que falar. O texto sobre o MOMENTUM será breve. É com surpresa, satisfação e admiração que declaro o MOMENTUM como “o fone”!! O até então campeão KOSS não foi capaz de sustentar seu posto frente ao MOMENTUM, um fone que se revelou para o meu gosto e minha surpresa realmente superior. Vou detalhar um pouco mais.

Verdade seja dita o MOMENTUM é do tipo real “on-ear”, ou seja, usa o formato de concha que abraça e cobre todo o ouvido. O KOSS é do tipo “contato”, não tem concha. Mas mesmo assim há anos venho preferindo o KOSS a outros fones que esporadicamente testei. E tem mais uma coisa. O KOSS Porta Pro é um projeto de mais de 30 anos e por melhor que seja, um dia seria superado. E quis o destino que a SENNHEISER me oferecesse a oportunidade de testar o MOMENTUM e faze-lo meu objeto de desejo e possível substituto do ótimo KOSS.
 
figura 06 – fone Sennheiser MOMENTUM
 
Mas porque o MOMENTUM é melhor?? Ele tem menor “ganho” em relação ao decano rival, ou seja, o nível de volume deve ser ajustado um pouco a mais para ter mesmo ao latular. iado da Creative M e faze-lo meu objeto de desejo e substituto do KOSS. perdesse o meu titular. iado da Creative a intensidade sonora. Mas não tão diferente como os fones “in-ear” que citei ao falar do CX 685. O que me conquistou no MOMENTUM foi o seu conforto, isolamento e equilíbrio nos sons.

A concha que recobre as orelhas é macia e muito confortável e ainda provê um ótimo isolamento dos sons externos, praticamente igual ao efeito dos fones “in-ear”. É bonito, elegante, feito em metal nobre (não sei se alumínio ou alguma outra liga) e tem acabamento em couro na parte superior e nas conchas auriculares (disso também decorre o conforto de que falei). Não recomendo ser usado para caminhadas ou corridas. É um fone para ficar em casa guardadinho em sua elegante bolsa que o acompanha e usado nos momentos de puro deleite musical.

 
figura 07 – fone Sennheiser MOMENTUM e suas diferentes cores

Mas não só com beleza e conforto se faz um bom fone. O KOSS é até bem espartano e era até então o meu eleito. O EQUILÍBRIO entre os timbres sonoros é destaque no MOMENTUM. Os graves são equivalentes aos do seu rival, embora mais nítidos. É nos agudos e médios, mais pronunciados e mais puros que percebi a diferença. A sensação de realismo é maior. E isso para todos os estilos de música que experimentei. E não são poucos.

Sou bastante eclético em termos de música. Passando por Bach, Rita Lee, Mozart, Pat Metheny, Deep Purple, Jean Pierre Rampal, Tom Jobim, Led Zepelin, Marisa Monte, Beatles, Elis Regina, Genesis, James Taylor, Oscar Peterson, Jair Rodrigues, Black Eyed Peas, Chico Buarque, Kiss, B52, Kid Abelha, Beethoven, Dire Straits, Almir Sater, Pink Floyd, Earl Klugh, Mamonas Assassinas, Nora Jones, Joss Stone, Vivaldi, Donna Summer, … Deu para ver que meu playlist é completamente “non sense”, quase insano de tão variado. Tenho medo se ser preso se um dia for pego na rua com playlist tão maluco como esse!! Mas o mais importante é que ouço as “músicas de minha vida” em ordem aleatória, todos estes estilos misturados e em todos eles o prazer de fazê-lo com o MOMENTUM foi especial.

Sei que há um quinhão de subjetividade na avaliação de um fone. Por isso repito a dica que me foi dada há tanto tempo. Comece a escolha do sistema de som pelas caixas de som e pelos fones, de longe os componentes mais importantes, pois por meio deles a magia da música vai impressionar seus ouvidos e suas emoções. Há ótimos concorrentes no mercado, outros fabricantes de grande renome e competência e até marcas muito badaladas. Mas pelo que pude constatar, nessa sua busca não pode faltar de forma alguma considerar estes modelos da Sennheiser.
 

figura07 – controles de mídia do fone Sennheiser MOMENTUM


O Momentum ainda dispõe de um interessante controle de volume e pause/play/avançar (que usei pouco). O preço sugerido para o Momentum é de R$ 999. Mas busca rápida em alguns sites achei ofertas do CX 685 Adidas Sports por volta de R$ 430 (www.submarino.com.br) e do Momentum por R$ 770 (www.kabum.com.br), preços para pagamento à vista. Imagino que valores em torno disso devem ser encontrados no mercado. Não são fones baratos. Há fones de R$ 35 por aí. Mas em nada se parecem com estes modelos testados. Verdade seja dita, qualidade tem preço. E se qualidade de som, pureza e fidelidade são atributos que fazem diferença para você, estes fones são fortes candidatos a te atender. Caso contrário, eu lamento, mas o fone que ganhou na sua última viagem de avião vai te satisfazer. Definitivamente não é o meu caso!!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

EMC Redefine Possible – parte 1- XtremIO - All Flash Array

A realidade podem ser dura, mas é incontestável. Nosso velho e bom mundo tem passado por transformações cada vez mais rápidas. O principal termômetro dessas mudanças é o volume de dados que cresce de forma hipergeométrica a ponto disse ter ganhado um nome apropriado e sugestivo que é o “Big Data”. Daqui a pouco precisará mudar para algo como “Huge Data” (big – grande, huge – imenso).
 

Para lidar com isso tudo, com as novas gerações de aplicações que precisam manipular e usufruir de toda essa montanha de informações, o investimento precisou crescer também de maneira sensível. Calcula-se que 58% do gasto com infraestrutura para suportar estas aplicações dizem respeito a funções como armazenamento, backup, replicação, gerenciamento, etc. O desafio atual é como superar este forte crescimento, mas sem comprometer sobremaneira o orçamento, sem que haja também explosão nos custos. Difícil! Mais dados, maior complexidade, mas sem perder o controle do nível de investimento. Parece difícil, um real desafio.


figura 01 – Tempos de Big Data

Visando lidar com todas estas situações a EMC realizou no mês de julho de 2014 um grande lançamento concentrado de produtos denominado “EMC Redefine Possible” trazendo novas versões e soluções com tecnologias sofisticadas no seu portfólio. Vou destacar as que mais capturaram minha atenção. Neste primeiro texto vou falar da tecnologia de storage desenvolvido 100% para utilização de memória flash no lugar dos tradicionais discos magnéticos, os chamados SSDs.

XtremIO – All Flash Array

Desde o surgimento dos dispositivos de armazenamento baseado em memória flash (os SSDs), os fabricantes de storages logo se movimentaram para prover este tipo de solução em seu portfólio. E o fizeram com sucesso, trazendo ganhos de desempenho muito expressivos que logo capturou a atenção das empresas para aplicações q ue têm grande demanda por velocidade de acesso. Porém os dispositivos de armazenamento existentes apenas receberam os novos SSDs sem grandes alterações em seus projetos.

A EMC percebeu que para extrair o máximo do potencial de seus storages usando memórias flash deveria repensar sua engenharia para atingir este objetivo. Seu grande avanço foi o novo software que gerencia o dispositivo denominado Xtrem IO que chega agora em sua versão 3.0. Trata-se inclusive de uma atualização gratuita para quem já tem o produto da EMC ou presente em dispositivos a serem adquiridos.

Uma pequena pincelada técnica - Arquitetura do Sistema

O XtremIO funciona como qualquer outro sistema de armazenamento baseado em blocos e se integra com existente SANs (stotage área network), seja com Fibre Channel de 8 Gbps ou Ethernet iSCSI de 10 Gbps (SFP +) para se conectar com os hosts (que consome as informações).
 
No entanto, ao contrário de outros sistemas o XtremIO é um sistema de armazenamento flash nativo que foi projetado para oferecer o máximo em desempenho, facilidade de uso e funcionalidades de gerenciamento. Cada controlador de armazenamento dentro da matriz XtremIO executa uma versão adaptada e leve de distribuição Linux especialmente concebida como a plataforma base.

O Sistema Operacional do XtremIO (XIOS), rodando sob este Linux lida com todas as atividades dentro de um controlador de armazenamento, como mostrado na figura abaixo. O XIOS é otimizado para lidar com altas taxas de I/O e gerencia os módulos funcionais do sistema, o RDMA sobre operações InfiniBand, monitoramento e memory pools. XIOS tem um algoritmo proprietário de manipulação e programação de processos que é projetado para atender às necessidades específicas da baixa latência, adaptação ao tipo de conteúdo (reconhecimento de conteúdo) e elevado desempenho do subsistema de armazenamento.


figura 02 – Arquitetura básica do XtremIO all flash

Quem quiser se aprofundar nas características e arquitetura e há um paper técnico muito interessante que pode ser obtido aqui.


Características principais e inovações

Trata-se de uma arquitetura sofisticada que em sua versão 3.0 trouxe melhorias em áreas já existentes, bem como inovações importantes. Deve ser ressaltado que as operações são realizadas em memória boa parte do tempo e não gravando e lendo os SSDs que traz grande agilidade na leitura, escrita e operações de compressão, encriptação, etc. Por fim o dado vai para o SSD de onde quando precisar ser recuperado será feito com grande agilidade.


figura 03 – XtremIO Storage Manager


O desafio proposto que foi alcançado com esta solução é ter de forma regular, consistente e totalmente previsível a menor latência possível. Esteja o storage cheio, vazio, com alta utilização ou sem acesso algum. Em suma, todas as condições. Isso é muito importante para usuários deste tipo de produto.

E vale destacar que a família XtreamIO teve um crescimento muito forte por conta de sua grande aceitação do mercado, pois foi ao encontro das necessidades latentes das aplicações famintas por grandes volumes de informação recuperadas muito rapidamente. Em apenas 6 meses este produto gerou receitas de US$ 100 milhões para a empresa! Segundo a EMC a maior taxa de crescimento da história nessa indústria de storages.

As principais caraterísticas e recursos que apoiam esta solução são brevemente descritas abaixo:

Deduplicação: reside em armazenar uma única vez um bloco de dados (qualquer tipo) que se repete com frequência traz imensos benefícios na economia de espaço. Um bom exemplo de cenário de ganho é em ambientes de desktops virtualizados (VDI) com taxas de 5:1 ou até 20:1. Ou seja, um aproveitamento muito maior do espaço físico existente no storage ainda maior nesta versão 3.0.

Compressão : em tempo real os dados são analisados e gravados usando bem menos espaço do que seria necessário. Usualmente em blocos que armazenam bancos de dados isso resulta em ganhos de 2 até 4 vezes. Compressão e Deduplicação funcionam em paralelo com benefícios somados (embora no cenário de bancos de dados a deduplicação não seja muito efetiva).


Figura 04 – taxas de compressão de até 4 vezes

Encriptação : usando técnica AES-256 os SSDs têm todas suas informações codificadas (com auxílio por hardware – bastante eficiente). Por isso se, por exemplo, um SSD for retirado do dispositivo ele não poderá ser lido de forma alguma e nenhuma informação será violada.

Writable Snapshots : existem diversas situações no uso do storage que exigem cópias de blocos de dados (e/ou metadados) sejam feitas, seja para propósito de backup, replicação, uso de dados para BI, dados para ambiente de desenvolvimento, etc. Isso não somente, por serem extensos, tendem a causar congestionamento e latência no uso durante estas operações, bem como alocam um grande espaço, habitualmente muitas vezes o espaço original ocupado. Com o novo XtremIO estas operações são feitas sem impacto no uso, no desempenho, na latência e no espaço extra utilizado.



Figura 05 – dezenas de VMs em operação pesadas ainda assim baixa latência


Escalabilidade : um sistema com apenas um “X-Brick” de 5 TB está disponível, que pode ser expandido até 10 TB. A solução de entrada de 5 TB é apropriada para que as empresas que ainda não usam esta tecnologia possam fazê-lo pela primeira vez, provar o conceito e expandir conforme a necessidade. Até 6 destes “Bricks” podem ser agregados, com até 12 controladoras ativas, espaço total de 120 TB, permitindo que haja mais 50% de capacidade e 50% no ganho em desempenho (IOPS – Input/Output Operations per Second) mantendo a latência em valores abaixo de 1 milissegundo.


figura 06 – Produto de entrada  de 5 TB all flash array

figura 07 – linha completa de 5 TB até 120 TB (físico)


Estas características todas permitem que operações de bancos de dados (OLTP) tenham ganhos de 50%, bem como clonagem de máquinas virtuais 100% mais rápidas (metade do tempo) e pela consolidação das tecnologias de deduplicação, compressão inline e writeable snapshots sistemas podem atingir até 2 Petabytes de espaço útil com 120 Terabytes de unidades físicas de SSDs.

Por conta desta conjunção de tecnologias chamada de XtremIO Data Services, decorre melhoria de desempenho uma vez que tudo é feito em memória. Há também aumento de resiliência (de 3 a 6 vezes), menos escrita é feita na memória flash (característica preciosa para economizar ciclos de escrita nos SSDs). A forma como o array foi desenhado existe o nível de proteção de RAID 6, com a performance de RAID 1 e capacidade de utilização de RAID 5 (cerca de 82%). Tudo de bom!!



figura 08 – resumo das melhorias do componente de software XtremIO 3.0

O compromisso da EMC extrapola as especificações e a própria garantia do produto. Como? Quem experimentar uma pane no sistema, em regime de utilização normal (dentro das especificações) pode se qualificar a receber a quantia de um milhão de dólares, fato esse que segundo a EMC jamais vai acontecer fruto da confiança na sua engenharia. Este “prêmio” já está em vigor há algum tempo sem que nenhuma requisição tenha sido feita.


figura 09 – US$ 1 M em caso de falhas

Em depoimento dado por Craig Englund, “Principal Architet” da Boston Scientific sobre a utilização do XtremIO all flash arry, foram citadas duas aplicações muito interessantes. O uso de VDI (Virtual Desktop Infraestructure – virtualização de estações de trabalho) em escala massiva de milhares de estações suportado por esta tecnologia. Como resultado obteve melhoria de desempenho e alto grau de economia de espaço físico por conta da deduplicação inline. Também relatou o caso da migração de servidores de banco de dados de um ambiente físico para ambiente virtualizado hospedado em storage baseado em flash. Segundo Craig havia grande ceticismo por parte dele nesta aplicação piloto. Mas após virtualizar o ambiente com menos processador e menos memória que a máquina física original, mesmo assim o novo cenário foi quase 3 vezes mais rápido. O que era piloto passou rapidamente para produção.


figura 10 – Depoimento do caso Boston Scientific


Considerações finais – opinião

Quando surgiram os primeiros SSDs no mercado eles eram caríssimos e sua aplicação extremamente especializada e direcionada. Com a diminuição do abismo que havia entre os preços dos HDs convencionais e SSDs estes começaram a ser usados em storages ainda assumindo a função de armazenamento “nobre”. Sistemas inteligentes que gerenciavam o ciclo de vida de informação eram capazes de mover automaticamente dados muito frequentemente acessados ou atualizados para a porção SSD dos storages. Isso por si só já foi um avanço incrível e trouxe muitos benefícios.

O tempo passou e os fabricantes de storages começaram a dispor de modelos contendo apenas SSDs que permitiu outro avanço imenso na confiabilidade, disponibilidade e principalmente no desempenho do acesso às informações. Neste momento a EMC realiza com a versão 3.0 de seu software de gerenciamento associado ao seu dispositivo mais um grande avanço. Projetado para aproveitar todo benefício potencial que o armazenamento em memória flash pode trazer, agregando diversos tecnologias apresentadas neste texto esta solução vem ao encontro do momento que vive a indústria.

Deduplicação, compressão, criptografia, inline data services, são termos herméticos para os usuários de negócios das empresas. Porém são as bases para que cada vez mais, mais informação possa ser acessada mais e mais rapidamente tentando de certa forma “driblar” a escalada do Big Data, principalmente permitindo que as aplicações evoluam a ponto de entregar todo seu potencial a despeito da dificuldade de processar toneladas de informações. Este é o real valor. Esta solução XtremIO definitivamente é um grande caminho para isso. Outros fabricantes de storage terão ou já têm soluções all flash array, mas no que concerne a usabilidade, desempenho e confiabilidade a lição de casa da EMC está mais do que bem feita.