quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

WD TV Live Plus, a solução simples e prática para seu Home Theater

Muitos anos atrás era o videocassete. Depois vieram o DVD, o Blu-ray e os filmes digitais. E para suportar esta nova era diversos produtos para gerenciar mídias digitais surgiram. Eu mesmo já testei diversos produtos assim. Mas esta última experiência foi de grande destaque. Adoro solução simples! E o WD TV Live Plus me cativou exatamente por isso. É fabricado pela empresa Western Digital, um tradicional fornecedor de soluções de armazenamento. 

A Western Digital dispõe de outros produtos para este segmento. Meu caro amigo e também colaborador do portal FORUMPCs, Wesley Moraes, escreveu um ótimo artigo sobre o WD TV live Hub. Trata-se do “mesmo produto” que eu testei, mas com recursos adicionais e com um disco rígido de 1 TB já incluído. Produto sensacional, texto muito bem escrito o qual recomendo a leitura. Porém o Wd TV Live Plus que eu testei me chamou a atenção exatamente por ser espartano e ter, no meu caso, tudo que eu precisava.


Características Gerais
WD TV Live Plus – visão frontal com USB lateral a mostra



WD TV Live Plus – visão traseira e lateral mostrando as duas USBs



WD TV Live Plus – visão do tamanho, na palma da mão

A forma de uso mais simples do WD TV Live Plus é: grave em um Pendrive USB o conteúdo que deseja visualizar na sua TV (LCD, Plasma, Led, etc.). Insira-o no conector do dispositivo e pronto. Ao ligar o aparelho um menu com opções de exibir fotos, filmes ou músicas aparece eassim são reproduzidos (ou tocadas no caso das músicas).

Caberia aqui uma explicação sobre os tipos de arquivos que são aceitos para reprodução. Digo caberia, pois é quase um preciosismo técnico, pois TUDO que tentei reproduzir deu certo. Dos populares MPEG2, MPEG4, WMV, AVI, H.264, AVCHD, até os menos comuns formatos VOB, MKV, M2TS, ISO, etc. Há ainda outros formatos suportados. Mas pela simplicidade deste aparelho, seu usuário não está tão preocupado com isso. O que importa é que todos os formatos populares são aceitos e é isso que interessa.

Eu falei em conectar um Pendrive USB, mas se o usuário quiser manter uma biblioteca de mídias e filmes mais extensa pode usar um HD externo (bem maior) conectado à USB do WD TV. Aliás, ele dispõe de 2 conectores USB diferentes para esta função, um na parte traseira e outro na lateral. Assim são duas origens de arquivos de mídia para serem reproduzidas. Na verdade existem mais alternativas de conexão do WD TV Live Plus, ilustradas na figura abaixo.


WD TV Live Plus – modelos de uso e conexões

Chama a atenção na figura acima INTERNET e NETWORK Computer. Como pode isso? Explicarei melhor ao apresentar em detalhes os conectores. Mas adianto que o WD TV tem uma interface de rede Ethernet. Poderia também ter rede WiFi, mas não tem. Pela rede Ethernet (cabeada) pode ser usado um aplicativo do YOUTUBE para visualização de vídeos online. Da mesma forma “Media Servers” podem ser acessados, como por exemplo, o Windows 7 Media Center e outros dispositivos de rede que compartilham vídeos (como alguns HDs de rede – NAS). Já são usos um pouco mais sofisticados. Do Pendrive USB até o uso de dispositivos de rede, tudo isso o diminuto WD TV faz.

Mas e como se conecta o WD TV Live Plus à TV? São três formas distintas, cada uma delas com suas características e qualidades.



  • Vídeo Composto: na figura abaixo no canto inferior direito, ao lado da interface de rede há o conector AV OUT. Usa-se um cabo que é igual aos dos antigos videocassetes, um conector vermelho (som), outro branco (som) e um amarelo (sinal de vídeo). Desta forma se obtém resolução 480p na TV, na prática é a resolução de DVD (720x480).
  • Vídeo Componente: na figura abaixo, ao lado do AV OUT há o conector Y PB PR, que usa também 3 cabos, um para cada componente de cor. Usa-se também o conector de AV, mas apenas para o som. Obtém-se até a resolução 1080i que é a usada em TV digital (1368x720) ou Full HD 1920x1080, mas “entrelaçado” (por isso o “i” de interlaced). Este “entrelaçado” é um tecnicismo não relevante para o usuário final. O importante é que se podem obter imagens em até 1920x1080 pixels.

  •  HDMI – é o tradicional e mais usado conector existente, presente em todas as TVs de alta definição. Pelo mesmo cabo trafegam som e vídeo em alta definição, ou seja, na resolução 1080p (1920x1080) em modo não entrelaçado (um pouco melhor que 1080i).

  • OPTICAL – é o conector para cabos de fibra ótica para enviar som no formato de alta qualidade e múltiplos canais como, por exemplo, o conhecido 5.1 para um aparelho que reproduza conteúdos com este tipo de som, como Home Theaters.


WD TV Live Plus – visão do painel de conexões


Na figura abaixo podem ser vistos todos os elementos do WD TV Live Plus, os cabos que o acompanha (vídeo composto e vídeo componente – não vem cabo HDMI), fonte de alimentação e controle remoto.


WD TV Live Plus – caixa e acessórios e cabos que o acompanha

Seu controle remoto é simples, como deve ser. Mas tem todas as funções necessárias. Um lembrete. É por ele que se usa o produto. Tudo é feito pelo diminuto controle. Basicamente ele tem as teclas de navegação (direita, esquerda, para cima e para baixo), a tecla de seleção (ENTER) e os comandos de avançar capítulos no vídeo ou avanço rápido (até 16x – poderia ser um pouco mais rápido). E a tecla OPTION que dá acesso à escolha de Áudio/Idioma e Legendas.



WD TV Live Plus – controle remoto

Em algumas poucas ocasiões é necessário efetuar digitações (Youtube, credenciais de acesso à rede, etc.) e isso é muito chato usando o controle remoto. É um “sobe-desce-OK” sem fim. Ainda mais porque o teclado virtual apresentado na tela é do tipo “abcdefghijklm...” e não o padrão que estamos habituados “qwerty”. É incrível, mas o teclado em ordem alfabética causa confusão para mim. Mas a Western Digital incluiu o suporte a teclado externo USB no dispositivo. Assim este problema é superado. Basta ter o WD TV conectado à Internet via cabo Ethernet e escolher a opção “Atualizar Dispositivo” que a versão mais recente do software é substituída no aparelho.

Na tela abaixo pode ser vista a operação de seleção de um filme. Enquanto não se pressiona a tecla OK uma “amostra” do filme é apresentada no quadro à direita da TV. Uma vez decidido qual filme se quer ver, clica-se no OK e a reprodução se inicia.

WD TV Live Plus em uso – escolha de filmes – veja no  canto o WD TV 

Usando o WD TV Live Plus de forma mais avançada

Eu tenho um hábito de muito tempo. Toda vez que compro um DVD eu faço uma imagem digital dele. Isso resulta em um arquivo ISO que pode ser gravado de volta em um DVD se necessário. É uma “neura” que tenho, mas que se revelou fantástica ao usar o WD TV. Acredite, ele também sabe ler um arquivo ISO como se estivesse lendo o próprio DVD!!

Se conseguisse conectá-lo na rede que tenho em minha casa seria capaz de encontrar as minhas pastas com meus filmes gravados. Mas na sala de minha casa não tenho ponto de rede. O que fazer??? Reconheço que eu “comi barriga” quando testei o WD LIVEWIRE, outro produto da Western Digital semanas atrás. Trata-se de um dispositivo que usa as tomadas de sua casa para levar o sinal de rede para qualquer lugar da casa. Também apresentei este produto em um vídeo no portal IT WEB. Tivesse eu ainda com o WD Livewire teria resolvido o problema da rede em minha casa. Mas já o tinha devolvido tive que dar outra solução. Inicialmente passei pelo chão da casa um cabo de 10 metros. Nada estético.

Na falta do WD Livewire, tive uma ideia! Já usara antes. Até escrevi um texto a respeito chamado “Levando sua rede sem fio para mais longe, fácil, fácil”. Resumidamente usando dois roteadores sem fio, que tenham função de repetição, um passa o sinal para o outro e por sua vez pluguei no WD TV Live Plus. SHOW!! Funcionou 100%. Inclusive com vídeo em alta definição, cujos arquivos têm vários Gigabytes e não poucas centenas de Megabytes. Estava montada a minha estação multimídia, conectada a todo o meu acervo de vídeos, DVDs comprado capturados, vídeos pessoais (produzidos por mim mesmo) e vídeos baixados da Internet. Tudo ao alcance de minha TV usando o singelo controle remoto do WD TV!!! Meu acervo de vídeos está dividido entre o meu computador pessoal (com Windows 7) e um NAS (dispositivo de armazenamento de rede) IOMEGA StorCenter ix2 (sobre o qual falarei em breve). E com esta solução tenho acesso a ambos os locais e a todos os vídeos.
Um último assunto a comentar é a capacidade de reprodução de LEGENDAS para os filmes. Habitualmente um filme pode ter legendas como arquivos à parte e há alguns formatos como SRT, ASS, SSA, SUB, SMI, etc. O WD TV Live Plus foi capaz de mostrar legendas em todos os filmes digitais que eu tenho, alguns inclusive que não foram reconhecidos pelo Play Station 3 da SONY (que também é um competente Media Player). Mas o WD TV não me deixou na mão em momento algum. Legendas presentes no arquivo digital ou à parte, todas foram apresentadas sem problemas!

Esta é para mim (para o meu particular caso) a “solução definitiva” para a minha sala. Prática, pequena, simples e também barata (pesquisei o preço na Internet e o achei sendo vendido por valores a partir de R$ 390). Suporta todos os formatos de arquivo que eu uso. Acessa minha rede. Tem interface bem construída e em português. O outro modelo testado pelo Wesley, o WD TV Live Hub é fantástico por ter o HD de 1 TB embutido. Mas o tamanho do WD TV Live Plus, simplicidade e eficácia me conquistaram. Como sugestão destaco apenas ele ter versão com rede WiFi (para não precisar de outra solução de rede como par de roteadores sem fio ou WD Livewire) e mais velocidade no avanço rápido dos filmes (16x é pouco quando se quer pular um trecho grande do filme).


WD TV Live Plus – dispositivo e controle remoto


Mais detalhes podem ser vistos na página oficial do produto no site do fabricante.

Levando sua rede sem fio para mais longe, fácil, fácil!

O texto abaixo foi publicado por mim na minha sessão de colunas do portal FORUMPCs há algum tempo. Explicava para as pessoas um pouco mais curiosas uma forma de usar roteadores com rede sem fio para estender o sinal de Internet e rede para outros pontos da casa. Trata-se de uma solução simples, baseada no uso de dois roteadores de baixo custo para tal função. Desde que exista a tal função repetidor, a marca e modelo não são tão importantes. Resolvi resgatar este texto para o meu blog porque recentemente precisei usar esta tecnologia para usar um dispositivo de vídeo na minha casa, o qual falarei dele também na sequência em texto próximo.

Flavio Xandó



Há várias semanas contei no FORUMPCs um caso escabroso sobre rede sem fio, um problemão que tive que resolver para uma empresa no texto Wi-Fi bichado, elevador no caminho e cabo trocado! mas só depois que eu percebi que deve ter muita gente com este tipo de necessidade em sua própria casa, ou mesmo em seu escritório e que não tem a menor obrigação de conhecer as minúcias mais técnicas para resolver esta situação. Este texto é para estas pessoas. Você que é um “craque”, entendido no assunto está mais que convidado a opinar e ajudar a esclarecer o tópico para quem está precisando.

Vou ser rápido e direto. Há duas formas de levar rede sem fio para locais mais distantes. Vamos assumir um cenário para melhor explicar. Já existe um roteador no local (casa ou escritório), este conectado a um modem de Internet (qualquer provedor). Este roteador com toda certeza deve ter 4 portas Ethernet e uma porta para o modem da Internet. Há também uma área da casa que não é bem servida pelo sinal de rádio Wi-Fi e neste local não se consegue usar a rede sem fio.

A forma mais indicada (pelo aspecto desempenho) é levar um cabo de rede unindo o roteador central ao roteador (access point) distante. Mas com alguns cuidados. Tem que haver condições técnicas de passar o cabo entre os dois pontos da casa ou escritório. Devem ser usadas as portas Ethernet dos roteadores para conectá-los. Uma bobagem que já vi muita gente fazer é ligar o cabo no roteador distante pela porta ADSL ou modem. O raciocínio é “como quero compartilhar a Internet tenho que ligar na porta da Internet do roteador”. Besteira. Este outro roteador distante opera como um cascateamento de switches, mas operando pelo canal sem fio. Nem uso mais o termo “Access Point” pois hoje em dia salvo para aplicações muito específicas o roteador Wi-Fi é mais indicado pelos recursos e preço.
Ao conectar os dois roteadores Wi-Fi, o segundo deve ser configurado da seguinte forma:

  • Mesmo SSID de rede (o nome da rede sem fio) usado no roteador principal
  • Usar canal de Wi-Fi distintos. Não use automático, especifique nos dois roteadores
  • Usar o mesmo sistema de criptografia e mesma senha em ambos
  • Desativar o DHCP (mecanismo que atribui endereços IP na rede)
  • O endereço IP deve ser obrigatoriamente diferente do IP do roteador principal
  • Conecte os roteadores pela porta LAN (não use a porta WAN)
     
Ao fazer isso se obtém um cenário muito interessante. É possível caminhar com um notebook pela casa sem que caia o sinal momento algum. Pois ao se aproximar de um local com o sinal Wi-Fi mais forte, por ser o mesmo nome de rede, ocorre naturalmente e de forma transparente a transição, desde que não haja uma região de “sombra total” entre as duas redes.

Desativar o DHCP do segundo roteador é extremamente importante, pois se isso não for feito, este pode fornecer um IP ao cliente Wi-Fi e nesta hora apontar para este segundo roteador que não tem conexão (direta) com Internet. Ao desativar o DHCP do segundo roteador quem vai atribuir o endereço é o primeiro roteador que permanece com esta função ativa. Afinal eles estão ligados exatamente por causa disso, para propagar DHCP, sinal de Internet, etc. pela rede.

Mas e se não for possível ligar os roteadores via cabo?


Eu tenho certeza de que esta pergunta surgiu na sua cabeça. Afinal são poucos os locais, principalmente em residências, que se consegue passar cabos com facilidade nos conduites lotados com cabos de telefone, fios de TV a cabo, etc. Na verdade este foi o meu motivador a escrever esta coluna. Descobri uma solução SUPER FÁCIL e SUPER BARATA para fazer isso e preciso compartilhar com vocês.

É curioso eu abordar este assunto justo agora porque estou testei um SUPER ROTEADOR da NETGEAR (WNDR3700 – o roteador de gente grande), mas o recurso que vou mostrar para vocês existe a partir do WGR614, um dos mais simples e mais baratos roteadores do mercado. O WGR614 é uma pequena joia pela simplicidade, alcance do rádio, facilidade de configuração e pelo preço baixo (entre R$ 100 e R$ 149 aproximadamente). Tenho usado bastante este roteador da NETGEAR para casos simples e a partir desta descoberta passou a ser o meu REPETIDOR PREFERIDO. Este modelo está sendo descontinuado, substituído por ouros mais modernos), mas a linha "de entrada" da Netgear também tem este recurso.

WGR614


Já usei diversas outras formas de fazer repetição sem fio, mas esta se destaca pela simplicidade e ótimo funcionamento. Entenda REPETIÇÃO SEM FIO como a seguinte situação. O roteador secundário fica a uma distância do roteador principal na qual ainda tenha ainda um sinal com 20% a 25% de qualidade. Neste local ele ainda se comunica bem com o principal e passa a repetir o sinal para uma região da casa ou escritório não atingida pelo roteador principal.

Assumo que entrar na tela de configuração dos roteadores seja tarefa conhecida. Usando browser acesse o IP do dispositivo. No caso dos aparelhos da NETGEAR o usuário padrão é admin e a senha password. Ao fazer isso se tem acesso a tela principal de configuração.


Deve ser escolhida a opção FUNÇÃO REPETIÇÃO SEM FIO (na parte inferior do menu). Depois disso temos acesso à tela específica para esta função, replicada abaixo.

Devemos clicar em HABILITAR FUNÇÃO DE REPETIÇÃO SEM FIO. Na sequência o roteador sendo definido como ESTAÇÃO BASE ou como REPETIÇÃO SEM FIO. O que é isso? A “estação base” é o roteador principal, aquele cujo sinal vai ser estendido para um local mais distante. O “repetição sem fio” é o roteador que vai receber o sinal do roteador principal e vai replicar este sinal para uma região mais distante. Este modelo permite que até 4 roteadores repetidores sejam associados ao principal que no ambiente doméstico ou de pequenos escritórios é mais que suficiente.

Existem algumas pequenas “manhas” aqui. O endereço MAC de cada roteador deve ser informado. Explicando melhor, o endereço MAC é um número ÚNICO que identifica qualquer dispositivo de rede. Assim a estação base conhece o “RG” dos seus repetidores e os repetidores conhecem o “RG” da estação base. O MAC deste roteador pode ser visto na tela de STATUS do dispositivo. A segunda “manha é que na configuração da rede sem fio o SSID da rede e o CANAL do rádio devem ser os mesmos (não pode ser usada a opção “automático”), explicitamente escolhidos, por exemplo, canal 6.

Por fim como o alcance vai ser ampliado é mais do que recomendável ativar a SEGURANÇA (criptografia) do sinal da rede. Afinal a chance de sócios das vizinhanças aumenta com um sistema de longo alcance como este. Aqui preciso comentar o único PORÉM desta solução. Somente pode ser usada a segurança WEP neste contexto, uma limitação de projeto provavelmente. Aqui peço ajuda ao craques do ForumPCs para nos ajudar a entender o porquê desta limitação. Sei que muitos vão falar “até o filho do meu vizinho de 10 anos de idade quebra a proteção WEP”. Tenho certeza de que WEP não é a melhor proteção, mas precisa mais que um pré-adolescente de 10 anos de idade para fazer isso.

Esta solução está longe de ser a única possível. Eu mesmo já implantei repetição entre Access Points DLINK, repetidores LINKSYS, roteadores com firmware DD-WRT, etc. Mas o grande mérito desta solução é seu preço muito baixo e sua simplicidade, indicada fortemente para ambientes residenciais ou pequenos escritórios.

Descobri que este recurso é comum à linha de roteadores da NETGEAR estando presente em todos da marca que já vi e testei. Ótimo. A repetição de sinal deve ser usada com um cuidado. Não deve ser uma forma de colocar mais e mais pessoas conectadas. Teoricamente uma estação base mais quatro repetidores poderia facilmente atender 15 ou 20 pessoas em cada roteador. Mas como o canal de acesso é único, uma conexão Ethernet 10/100 Mbps, está longe de ser uma boa ideia “pendurar” 80 pessoas no único roteador central, salvo o tráfego seja apenas de Internet. Mesmo assim dividir uma banda de acesso de 2 Mbps, por exemplo, por 80 pessoa também não é um bom cenário. Recomendo o uso desta tecnologia explicitamente para levar para um local longínquo o acesso que não se teria de outra forma.

PS: este texto teve uma continuação publicada em março de 2013 cujo título é "Levando a sua rede sem fio para mais longe ainda mais fácil!" no qual apresento outra solução bastante interessante como alternativa. Fica o convite para a leitura.


Outros textos de minha autoria sobre WiFi:
Enterasys viabiliza acesso WiFi para 68000 pessoas em estádio
Desembaraçando sua rede sem fio! Ufa!!
Levando sua rede sem fio para mais longe, fácil, fácil!
Levando a sua rede sem fio para mais longe ainda mais fácil!
WiFi 4.0 – quanta diferença!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Saiba mais!! Pense com um Hacker!! Uma reflexão muito útil!

Toda vez que me deparo com estes texto que abordam aspectos de segurança fico fascinado. São tantos aspectos, tantas facetas do assunto!! Recebi da WEBSENSE, conceituada empresa de segurança o texto abaixo que aborda o "pensamento hacker" e como conclusão quais as contra medidas de segurança a colocar em prática para se defender. Gostei muito da linguagem fácil, direta e da mensagem da Websense. Segue o texto abaixo.


Flavio Xandó









SAIBA MAIS! PENSE COMO UM HACKER
Carl Leonard, Gerente Sênior do Websense Security Labs


De briefings militares a vestiários de atletas, qualquer equipe usa a mesma estratégia: conheça seu inimigo. Preveja seus movimentos. Faça o que eles acham que você não fará. Diante do seu principal oponente – os hackers – os gerentes de TI devem adotar a mesma abordagem. Anos de experiência ensinaram generais e treinadores a enganar seus adversários, mas, em uma indústria relativamente nova, de que maneira um gerente de TI pode começar a compreender, prever e evitar os ataques de um hacker?

CONHEÇA O PROCESSO – COMO VOCÊ SE ATACARIA?

Uma pesquisa** recente revelou que 19% das empresas já foram vítimas de uma Ameaça Persistente Avançada, e 37% admitem que seus funcionários já perderam dados da empresa. Com números assim, é hora da verdade. Se você precisasse roubar seus próprios dados, o que você faria?

Primeiro, se coloque na posição de alvo. O que você tem que vale a pena ser roubado? Obviamente, um fabricante de equipamentos de defesa militar é um alvo muito mais desejado do que uma loja virtual de sapatos, mas nem tudo é dinheiro. Qualquer coisa que possa ser monetizada, de números de cartão de crédito até listas de clientes, é uma commodity de valor para um hacker.

A propriedade intelectual é outro grande alvo. Pense em suas metas de vendas ou nos planos de marketing para 2012 e em quanto a concorrência pagaria por esses documentos confidenciais. Dados de pesquisa? Ideias de desenvolvimento de produtos novos? Resultados financeiros? Aplicações para um patente? A lista é interminável e todos esses itens têm algum valor para alguém, em algum lugar.

O outro aspecto de “conhecer o processo” é conhecer o inimigo. Quais são suas preferências? Quais técnicas eles já usaram? Assim como o treinador de um time estuda as estratégias do adversário durante seus últimos jogos, um gerente de TI deve saber como os hackers se preparam, quais recursos têm ao seu dispor e, mais importante, as últimas tendências. Sabe-se que a “superfície de ataque” – a variedade de possíveis pontos de entrada em redes corporativas – cresceu bastante, e isso aumenta com a compra de cada smartphone, tablet e laptop. Além disso, em anos passados um malware sofisticado demorava anos antes de chegar ao mercado negro comum. Agora, é um processo de apenas algumas semanas. Por cerca de US$ 25, você pode comprar kits instantâneos e verificados para driblar as defesas tradicionais. É claro que as empresas precisam se armar com soluções de segurança de última geração para evitar que seus dados caiam nas mãos erradas.

CONHEÇA SEUS PONTOS FRACOS – TECNOLOGIA, PESSOAS E CULTURA

É uma tarefa fácil descobrir seus pontos fracos: eles sempre estão perto do Caminho da Menor Resistência, ou seja, a via de acesso escolhido pelo hacker é a de menor custo, menor risco, ou menor tempo.

Os sistemas atuais normalmente estão localizados em diversos locais e são acessados por milhares de pessoas através de uma variedade inacreditável de dispositivos. Segundo Dan Hubbard, diretor de tecnologia da Websense, qualquer coisa exposta à Internet é vulnerável,** “Uma coisa que sabemos pela explosão de brechas, pela expansão do malware avançado e pela propagação dos kits de exploração é que o fator comum é, muito simplesmente, a Internet. Com a adoção em grande escala de tecnologias móveis, sociais e de nuvem, a turma do mal vai agir rapidamente para aproveitar desse novo cenário”. Se a Internet é um ponto fraco, a próxima pergunta é qual o nível de integração dos seus sistemas? Uma vez ‘dentro’, uma pessoa pode passear livremente por seus bancos de dados, e você monitora, registra e verifica os dados manuseados?

A Wi-Fi pública deve ser considerada outro ponto fraco quando o funcionário usa seu tablet ou smartphone em uma cafeteria ou quarto de hotel. Em um ambiente relaxado, possivelmente fora do horário de expediente, será que as pessoas ainda se preocupam com a segurança? Será que os toques do teclado e as senhas podem ser interceptados ou, mais simples ainda, vistos da mesa ao lado?

Mesmo depois de muitos anos ensinando noções de informática aos funcionários e fornecedores, as pessoas sempre serão um elo fraco em qualquer sistema. Elas levam materiais para casa, esquecem pendrives no trem, deixam suas telas ativas para qualquer pessoa ver, conversam sobre assuntos confidenciais em redes sociais e são vulneráveis à coerção, ganância... e economizam com a verdade. Apenas um em cada cem funcionários admite** ter publicado informações confidenciais em uma rede social, mas 20% dos gerentes de TI dizem que isso já aconteceu em suas empresas. Um entre 50 funcionários revela que adicionou malware à rede – mas 35% dos gerentes de TI já viram isso acontecer.

A mudança da cultura social é uma fraqueza relativamente recente que merece a atenção do gerente de TI. Com o volume crescente de e-mails, redes sociais e dispositivos pessoais portáteis, o número de pessoas que comunicam, compartilham informações e organizam suas vidas disparou, e a divisa entre a vida pessoal e profissional é cada vez menos nítida. Outra previsão para 2012* diz que sua identidade em redes sociais pode ser mais valiosa para o hacker do que seus cartões de crédito. Qualquer rede social é baseada em confiança, e se alguém com más intenções rouba seu login, existe uma grande chance dele manipular seus amigos. O primeiro método de ataque combinado adotado na maioria dos ataques avançados será de tentar atingir o alvo através dos seus “amigos” em redes sociais, dispositivos móveis e da nuvem.

Em 2012, os Jogos Olímpicos de Londres e as eleições presidenciais nos Estados Unidos são eventos que os hackers devem usar para atacar usuários nos lugares onde se sentem mais a vontade, como sites criados para fingir de serviços de notícias, feeds do Twitter, posts do Facebook, atualizações do LinkedIn, comentários do YouTube e conversas em fóruns. “Durante o próximo ano, muitos dos ataques contra empresas e governos provavelmente não dependerão da complexidade do código”, diz Dan Hubbard, “mas da habilidade do hacker de convencer vítimas desatentas a clicar em seus links”.

SAIBA O QUE VOCÊ PRECISA FAZER – INVESTIR E TREINAR

A dificuldade de corrigir pontos fracos está no nome. Eles são pontos – não falhas básicas do projeto ou da operação. Mas, algumas das soluções mais eficientes são as mais óbvias e simples.
Senhas mais fortes ainda são uma solução muito fácil para fortalecer a segurança. Senhas mais robustas requerem praticamente nenhum investimento, mas você deve investir bastante em treinamento e educação para ajudar o departamento de TI a resolver os problemas que acompanham a adoção de senhas mais complexas e que são alterada com maior frequência, de uma estratégia para sair de todas as sessões com um único logout e até sistemas que exigem a autenticação dupla. Com isso a segurança será mais forte, mas você deve se preparar para lidar com usuários irritados e muitas chamadas ao helpdesk!

Em alguns casos esquecemos da necessidade de manter um sistema básico de segurança física para proteger os escritórios e data centers. Por exemplo, se um visitante pode acessar áreas de hotdesk onde existem conexões de rede abertas, essa pessoa consegue baixar dados para um pendrive rapidamente? Não é preciso hackear, fraudar ou ludibriar a segurança se os dados procurados podem ser facilmente roubados em um canto menos frequentado do escritório.

Uma rotina de implementar atualizações e patches deve ser uma peça chave de qualquer sistema de segurança. Esse processo pode ser classificado como manutenção, mas quando uma falha existe, ela é um ponto fraco pronto para ser explorado. E em casos de crise, a sua empresa mantém uma CERT (Equipe de Assistência Emergencial de TI) de prontidão ou você tem acesso à sua experiência?

As previsões da Websense para 2012* revelam que, antigamente, as defesas tradicionais se concentravam em manter o cybercrime e o malware longe da empresa, mas hoje, as empresas devem implementar sistemas para inspecionar dados saindo da rede e focar em adaptar suas tecnologias de prevenção para conter qualquer ataque, cortando as comunicações e mitigando a perda de dados após uma infecção inicial. De acordo com a pesquisa**, a maioria dos gerentes de TI já está implementando diversas mudanças: mais de 40% voltaram suas atenções para dentro da empresa para testar e avaliar as políticas existentes, implementar soluções novas e aplicar novas restrições aos usuários.

Afinal, vencer o hacker significa saber onde seus dados mais valiosos estão localizados, quando esses dados são manipulados e quem está os manipulando. A pesquisa revela a aceitação dessa abordagem, já que quase um quarto dos gerentes de TI começou ou agilizou um projeto completo de DLP. **

Lembre-se da terceira ponta da estratégia principal – “Faça o que eles acham que você não vai fazer?” Os hackers são acostumados a explorar as fraquezas e as inconsistências, ou seja, uma solução integrada de DLP pode ser exatamente o que eles menos esperam!


Sinopse: Uma pesquisa* recente revelou que 19% das empresas já foram vítimas de uma Ameaça Persistente Avançada, e 37% admitem que dados já foram perdidos por funcionários. As manchetes estão cheias de histórias sobre falhas de segurança. O que você pode fazer para evitar que a sua empresa faça parte dessa estatística? Nesse artigo, Carl Leonard, um dos maiores pesquisadores de segurança do ramo aponta os segredos para pensar como um hacker e proteger sua empresa. Ele aborda: a análise de como você se atacaria, identificação dos pontos fracos, e as coisas simples você pode fazer para gerenciar os riscos. Reconhecer as ameaças às quais você é suscetível é um passo para criar uma solução segura que atenda às suas necessidades. 

Dicas do Xandó : Playbook o Tablet verstátil e diferente

Convido os leitores a conhecer esta nova sessão do portal IT Web da IT Mídia, as DICAS DO XANDÓ. Neste espaço comento em VÍDEOS objetivamente os resultados de testes de produtos que já fiz. A mensagem é direta, aquilo que realmente importa para o consumidor ou usuário de produtos de tecnologia.

Nesta edição falo sobre Tablet PLAYBOOK da RIM, fabricante do smartphone Blackberry. Trata-se de um Tablet de 7 polegadas, ótimo tamanho, com ótima conexão WiFi e sem conexão 3G. Porém se conecta ao Blackberry e por este caminho compartilha as principais aplicações como e-mail, calendário, contatos e nesta situação a conexão 3G. E tem ótima qualidade de foto e vídeo.

Texto com mais detalhes sobre este produto foi publicado no meu blog pessoal 
FXREVIEW e no portal FORUMPCs.



Agora para assistir clique em "Dicas do Xandó: Playbook se fundamenta, basicamente, em comunicação via Wi-Fie você será levado ao IT Web na sessão Dicas do Xandó!!

Espero que goste. E já o convido para o próximo programa!! 

Dicas do Xandó: com WD Livewire, internet e rede são transmitidas por eletricidade

Convido os leitores a conhecer esta nova sessão do portal IT Web da IT Mídia, as DICAS DO XANDÓ. Neste espaço comento em VÍDEOS objetivamente os resultados de testes de produtos que já fiz. A mensagem é direta, aquilo que realmente importa para o consumidor ou usuário de produtos de tecnologia.

Nesta edição falo sobre o Western Digital Livewire da empresa Western Digital. Trata-se de um dispositivo que permite usar as tomadas de eletricidade de sua casa como meio para transmitir sinais de rede e Internet. É uma ótima solução para levar sinal de rede para ambientes da casa onde não há bom sinal de WiFi e com grande robustez e confiabilidade

Texto com mais detalhes sobre este produto foi publicado no meu blog pessoal 
FXREVIEW e no portal FORUMPCs.



Agora para assistir clique em :

"
Dicas do Xandó: com WD Livewire, internet e rede são transmitidas por eletricidade"


Você será levado ao IT Web na sessão Dicas do Xandó!!

Espero que goste. E já o convido para o próximo programa!! 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

FORD avança em seus projetos globais com novo simulador de realidade virtual

Não é de hoje que a informática invadiu a indústria automobilística. Um automóvel hoje em dia tem dezenas de sistema computadorizados. Adeus platinado, distribuidor, bem vindo injeção eletrônica, computador de bordo, freio anti travamento (ABS)... Só para citar alguns poucos.

Por outro lado o projeto dos carros também tem sido feito em CAD/CAM há muitos anos, que reduziu muito o tempo de efetivação de um novo automóvel ao mercado. Recebi da assessoria da FORD este texto, o qual resolvi compartilhar aqui no meu Blog, que conta um pouco um outro lado. Trata-se de um simulador que reflete o comportamento dinâmico, com visão 360 graus para avaliar o veículo, sua usabilidade, etc. Muito interessante.



Flavio Xandó




FORD AVANÇA EM SEUS PROJETOS GLOBAIS
COM NOVO SIMULADOR DE REALIDADE VIRTUAL

            A Ford está utilizando um novo simulador de realidade virtual para avançar na segurança de seus projetos globais como o Novo EcoSport, a Nova Ranger e o Novo Fusion. Conhecido como VIRTTEX (Virtual Test Track Experiment), esse equipamento de tecnologia de segurança utiliza imagem digital em alta resolução para testar e medir as reações do motorista sob diversas condições.

O VIRTTEX é composto de uma cúpula montada sobre um sistema de braços hidráulicos que simula os movimentos de um veículo. Dentro da cabine, projetores em 360 graus recriam o cenário externo, que é sincronizado com os comandos de aceleração, frenagem e direção. Dentre as soluções buscadas pelo simulador, estão novos sistemas de segurança ativa e de assistência aos motoristas, como alertas contra colisão, sonolência e outras situações perigosas ao volante.

Visão 360 graus
"O VIRTTEX é uma ferramenta muito importante que nos ajuda a desenvolver futuros equipamentos de segurança e assistência ao motorista. Por isso, é essencial mantê-lo atualizado com as últimas tecnologias", diz Mike Blommer, líder técnico do laboratório. "Os aprimoramentos feitos na resolução, brilho e recursos de imagem ampliam a nossa capacidade de estudo."

A visão de 360 graus ajuda os engenheiros a avaliar o desempenho do motorista sob todos os ângulos. O banco de imagens permite criar cenários realistas de várias situações de tráfego, incluindo pedestres e pontos de referência nas estradas.

Sistemas de alerta
Entre outros avanços, o VIRTTEX ajudou a desenvolver o sistema de alerta de mudança de faixa e colisão que será oferecido no novo Ford Fusion este ano. Projetado para evitar ou reduzir o efeito de colisões traseiras, ele opera com radar e se baseou nas respostas e tempo de reação dos motoristas obtidos com o simulador.

A Ford continua a pesquisar diversos tipos de alerta - incluindo avisos sonoros, visuais e táteis ou vibratórios - e também as situações em que eles são mais eficientes sozinhos ou combinados.

  Esse trabalho já ajudou a determinar a antecedência com que um alerta de colisão deve ser acionado e a sua intensidade. Os estudos mostram que os motoristas respondem mais rapidamente a alertas sonoros mais intensos, mas preferem sinais mais sutis, como uma vibração na direção, quando isso é possível.

Comandos de voz
As pesquisas feitas no VIRTTEX são de longo prazo, destaca Mike Blommer. O objetivo do laboratório é reunir dados quantitativos e objetivos para determinar os meios mais eficientes de manter o motorista alerta e seguro na direção, pesquisando como ele reage em diferentes cenários e como as tecnologias podem contribuir para evitar acidentes.

Em 2003, a Ford realizou um de seus primeiros estudos sobre distração ao volante no VIRTTEX, para medir a capacidade de reação do motorista enquanto executa tarefas visuais ou manuais, como falar ao celular. O estudo revelou que os níveis de distração são muito maiores nas operações manuais, do que quando se usam sistemas de comando por voz.

Visão externa do VIRTTEX

Novo Ford Eco Sport - um dos veículos simulados no VIRTTEX

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Playbook, o Tablet versátil e diferente

Tablets viraram sensação. E já faz algum tempo. São dispositivos com talentos únicos. Engana-se quem acha que Apple iPad foi o primeiro deste segmento. No final dos anos 90 Compaq já oferecia dispositivos assim, comandado por “canetas” sobre a tela. Mas não se pode negar que o paradigma de Tablet foi redefinido pelo iPad. E a RIM, fabricante do tradicional smartphone Blackberry não quis ficar de fora deste mercado. Há alguns meses foi lançado o Playbook no exterior e mais recentemente (final de outubro de 2011) em nosso país.

Estou desde o ano passado testando e usando quase que diariamente um Playbook. Isso me permitiu formar sólida opinião sobre o dispositivo. Afirmo tratar-se de um equipamento diferente. Tem tela de 7 polegadas. Se fosse menor sua tela não teria a legibilidade e o conforto que tem. Se fosse maior não caberia na palma da mão, atributo interessante. Além disso, tem apenas 10 milímetros de espessura e pesa 425 gramas! Com estas dimensões pode ser levado sem esforço algum dentro de uma bolsa feminina e até mesmo em alguns bolsos de calça masculina (usei algumas vezes desta forma).

Visão lateral do Playbook

O Playbook mereceu menção em texto recente publicado chamado “Smartphone? Tablet? Ultrabook?” no qual discuti as características e modelos de uso destes dispositivos. Vale a dica para a leitura.

Características principais

- Processador com velocidade de 1.0 Ghz.
- Sensor de movimentação em 6 eixos
- Tela tem resolução de 1024x600 (quase a resolução de um PC)
- Opções de armazenamento (Flash) de 16 GB, 32 GB e 64 GB
- Câmeras de 3 Mp (frontal) e 5 Mp (traseira) com capacidade de filmar 1080p (FullHD)
- Conectividade : WiFI (padrão N), porta Micro-USB, porta micro HDMI e bluetooth
- Geolocalização por GPS
- Navegação WEB, browser compatível com HTML 5 e FLASH 11.2
- Reprodução de vídeo H.264 e WMV
- Versão do sistema operacional 2.0 (atualizada durante o teste)

Comparando os tamanhos de Playbook, iPad e Galaxy


Playbook na palma da mão



Conectividade

Nesta versão testada não dispunha de local para chip 3G. Assim é essencialmente um Tablet que necessita de rede WiFi para se conectar ao mundo exterior. Aliás, usa rede padrão “N”, a mais moderna (maior velocidade e alcance – até 150 Mbps). Confesso que de início torci o nariz para esta característica. Porém a experiência de uso de Internet muito satisfatória. Pelo menos onde tinha acesso WiFi não senti falta de conexão 3G que segundo a RIM pode vir a ser oferecida no futuro.

Mas o mundo não é perfeito. Não há WiFi grátis por toda parte. Neste momento aparece sua  principal diferença que é sua simbiose com um smartphone Blackberry. Como ambos dispõem de conexão Bluetooth, usando o aplicativo (gratuito) BlackBerry BRIDGE o PLAYBOOK se torna uma extensão do smartphone. Desta forma a visão que se tem dos e-mails e arquivos do smartphone é incorporada ao Tablet. Além disso, a conectividade 3G do Blackberry é herdada pela prancheta digital. E o que é melhor, sem penalização de custo extra.

Explicando melhor. Para as operadoras de telefonia celular que revendem serviço Blackberry, o acesso à Internet é ilimitado, porém apenas do tráfego gerado pelo aparelho em si. Uso do smartphone como “modem” ligado ao computador é tarifado à parte (e não é barato). Minha opinião é que isso é questionável. Um usuário de smartphone pode em situações extraordinárias precisar emergencialmente conectar seu computador à Internet usando seu aparelho. Um executivo, perfil de quem usa um Blackberry, tem esta necessidade eventual e é legítima. As operadoras poderiam ao menos oferecer no plano uma franquia de acesso via PC. Considero mesquinharia esta postura das operadoras. Enfim... Opinião registrada.  Porém usando o aplicativo BLACKBERRY BRIDGE e a conexão estabelecida entre o Tablet e o smartphone via Bluetooth, o acesso feito pelo Playbook é considerado como do próprio telefone. Assim usar o 3G por este caminho não penaliza o usuário com custo extra. Mas exige que ele tenha um dispositivo Blackberry.

Playbook e Backberry conectados e sincronizados pelo aplicativo Bridge

Ainda sobre conectividade, caso o usuário disponha de outro smartphone, de outra marca, ele pode usar o recurso “Tethering” de seu telefone que disponibiliza WiFi para dispositivos próximos e ser tarifado, ou não, em função da política de cobrança da respectiva operadora (Vivo, Claro, Oi, Tim, etc.) por este uso extra. Uma versão do Playbook com 3G seria desejável, mas como demonstrado não é algo essencial, desde que o usuário tenha vasto acesso WiFi ou um Blackberry ou possa usar “Tethering”.

Aplicativos

Eu cometi um erro meses atrás. Quando ouvi falar do Playbook, pensei tratar-se de um “Blackberry grande”. Nada disso. A plataforma de hardware e, por conseguinte de software são completamente diferentes. Os aplicativos que rodam no Playbook são próprios. Assim o APP WORLD contém os aplicativos apenas de sua única e própria plataforma.

O modelo testado veio recheado de aplicativos. Isso faz toda a diferença. Um usuário iniciante, com menor fluência com o sistema pode não ter toda a desenvoltura para localizar e achar os aplicativos que lhe são interessantes. E usar um magnífico dispositivo como este apenas para acessar a Internet seria um desperdício!!

Alguns aplicativos presentes no Playbook

Aplicativos nativos da própria RIM : Mensagens (cliente de e-mail), Contatos, Calendário, Browser (Internet), App World (loja de aplicativos – pagos ou gratuitos), DocsToGo (acesso a arquivos do MS Office), Fotos, Vídeos,...

Aplicativos de terceiros : Youtube, Bing Mapas, Facebook, Twitter, Gmail, Hotmail, Aol Mail, Yahoo Mail, Bradesco (Internet Banking), Navita Translator, Estadão (leitura de jornais), Piano, Cinemark (programação de cinema), Época (leitura de revista), Exame (leitura de revista), Caras (leitura de revista), Sonora (loja de músicas), Placar UOL (informações esportivas), Scrapbook (montagem de painel de memórias),jogo Tetris, jogo Need for Speed, etc.

Alguns destes aplicativos são “apenas” visões aprimoradas de informações que se veria nos respectivos sites. Mas a usabilidade dos mesmos e a experiência de uso é muito mais refinada e agradável. Por outro lado  há aplicativos inovadores como o premiado Navita Translator que reúne diversos mecanismos de tradução. Há também os “leitores de conteúdo” (livros e revistas), que proporcionam ao usuário uma excelente alternativa de plataforma para consumir conteúdo. Afinal este é um dos maiores talentos dos Tablets. Ainda há avanços a alcançar na interface de uso, por exemplo, na leitura e manutenção da base de dados de jornais. Mas adorei a experiência de leitura no Playbook .

A RIM vem há tempos estimulando a comunidade de desenvolvedores a criar aplicativos ricos, que contemplem múltiplas funcionalidades e integração de recursos. Por exemplo, uso de geolocalização (usando o GPS), uso inteligente da interface “touch”, etc. Isso que vem cada vez mais ampliando a gama de utilização e usabilidade do Playbook.

Um exemplo de uso inteligente do dispositivo é o jogo NEED FOR SPEED no qual uma sucessão de corridas de carro vai acontecendo. Ganha-se dinheiro para comprar carros melhores, evoluir na carreira de piloto, etc. Mas a novidade é o uso dos sensores de movimento do Playbook como meio de pilotagem do carro. Virar, acelerar, brecar, acionar o “turbo”, tudo é feito com a movimentação intuitiva do dispositivo!!

Playbook com destaque para Twitter e leitura de jornal

Captura de Imagens e Vídeos

Surpresa!! Eu esperava um resultado competente do Playbook para lidar com fotos e vídeo. Mas o resultado foi além de minha expectativa!! Principalmente na qualidade dos vídeos!! Foi fornecido junto com o Tablet um cabo HDMI para conectá-lo a uma TV Full HD. Impressionante!! Não imaginava que pudesse obter de um dispositivo assim imagem tão detalhada e fluída! A única crítica que se pode fazer diz respeito ao uso de zoom digital durante as filmagens, pois se a aproximação for muito grande percebe-se perda de qualidade da imagem.

O Playbook tem duas câmeras. A principal, na sua parte externa, tem 5 MP de resolução e é usada para tirar as fotos e gravar os filmes. A segunda câmera fica na parte interna, acima de sua tela e serve para conversas online com vídeo, ou “vídeo-chat” (em Full HD) usando o aplicativo nativo do Playbook. Aliás, excelente na usabilidade, interface e qualidade de imagem. Fica a crítica ao fato de que até este momento não pude localizar SKYPE ou MSN Messenger para o Playbook. Porém existe um aplicativo chamado IMO Instant Messager que por usar Flash 10.3 (ou superior) permite acesso às contas de MSN e SKYPE, mimetizando em parte a funcionalidade destes. Funciona bem mesmo não sendo os aplicativos originais.

Playbook OS 2.0

No final do período de testes pude realizar a atualização do sistema operacional do Playbook para sua versão 2.0, disponibilizada dia 21/02/2012. Ainda bem, pois ainda houve tempo de destacar estas novidades, que não são poucas.

Uma das principais vantagens é agora a existência de um aplicativo nativo para e-mails (além dos aplicativos especializados do Gmail, Yahoo, etc.). Assim o usuário agora tem possibilidade de configurar e-mail de qualquer origem ou provedor, sem necessitar da integração com smartphone Blackberry. Era de fato uma limitação da versão anterior. Mas esta novidade não vem sozinha. Os aplicativos Calendário e Contatos também ganharam versões desvinculadas do Blackberry Bridge.

Playbook com seu irmão Blackberry conectados via Bridge

Outra novidade é a chegada de um grande conjunto de aplicativos vindos da plataforma Android, que ampliou bastante a gama de softwares disponíveis para o Playbook. No caso de conexão com o Blackberry, agora o teclado do smartphone pode ser usado para comandar o Playbook caso o usuário assim deseje.  Para os aficionados em redes sociais as caixas de mensagens e interações das redes como Twitter, Facebook e Linkedin podem ser unificadas. Assim apenas um ponto de interação pode ser utilizado.

Estamos ansiosos para ofertar cerca de 10 mil aplicativos especificamente para o PlayBook, incluindo Angry Birds, Cut the Rope, Citrix, Groupon, Thomson Reuters, Zinio e muito mais” afirmou Jamie Ernst, porta-voz da RIM, que não detalhou quantos aplicativos do Android foram disponibilizados para os usuários do OS 2.0. Isso porque estes aplicativos Android estão sendo submetidos e aprovados para uso no Playbook.

O aplicativo DocsToGo que acessa arquivos do MS Office também permite a edição dos mesmos. Traz uma nova versão do PrintToGO (para impressão de documentos). Além disso, se o dispositivo tem uso pessoal e profissional o Blackberry Balance separa os arquivos em dois ambientes distintos.

Conclusão

Eu nunca me considerei uma pessoa cujo perfil de uso de computação pessoal móvel pudesse ter grande vantagens no uso de um Tablet. Meus notebooks sempre foram robustos, rápidos e quando possível leves. Já dedilhei um iPad ou um Galaxy diversas vezes. Mas quis o destino que o Playbook me fosse oferecido para um teste mais longo. No início confesso que eu me obrigava a usá-lo. Dever do ofício, testar e emitir uma opinião. Mesmo na versão 1.0 do sistema operacional, já comecei a me interessar mais.

Um belo dia eu percebi que já o levava em minha mochila, junto com meu notebook e que várias vezes eu preferia usar o Playbook ao notebook. Claro que era para situações específicas. Tomar nota de algum detalhe em uma conversa, Twittar durante uma apresentação, checar as novidades do Facebook e mesmo leitura de sites que faço diariamente. Ainda não me habituei a ler o ESTADO DE SÃO PAULO no Playbook. Talvez seja questão de tempo.

Mas o que entendo a partir desta história é que se a experiência de uso do Playbook fosse ruim eu não teria migrado parte de meu uso de computação pessoal para este dispositivo. De fato eu fugiria dele e o evitaria. Penso que o tamanho “exato” (não é grande demais e tem uma ótima tela para leitura e uso de Internet) ajudou. Pelo menos para o meu padrão de uso. A integração com meu Blackberry foi um fator motivacional extra uma vez que posso usar o 3G do smartphone e sincronização de e-mails, calendário, etc. A usabilidade, a interface muito intuitiva, “touch” sensível e de ótima resposta são também destaque. Por fim a qualidade das câmeras de vídeo e foto, com imagens cristalinas, notadamente em locais com boa iluminação pois ao contrário do smartphone Blackberry o Playbook não tem flash interno, a conexão HDMI em resolução FullHD, conector USB (para carga da bateria e instalação de outros dispositivos) me satisfizeram.

Os aplicativos disponíveis eram suficientes para o meu tipo de uso do dispositivo. Com a chegada de um grande número de novos aplicativos, sejam nativos do Playbook ou oriundos do Android, vai aumentar ainda mais o leque de alternativas.

O modelo que eu testei é o que tem 16 GB de memória interna, que tem preço promocional de R$ 1299. Não é barato quando comparado, por exemplo, com um Netbook. Mas penso um Netbook nem faz tantas coisas a mais assim... Enfim, é um dispositivo pessoal, escolha pessoal. Eu gostei! Tornei-me um usuário de Tablet, algo que não me imaginava. Mérito do Playbook!!