sábado, 29 de janeiro de 2011

A maldita impressora NÃO FUNCIONA!!

Temos amigos de longa data, todos nós. E porque não ajuda-los quando eles precisam? Eu não me furto a auxiliá-los, e até aprendo muito nestas ocasiões. Mas por vezes coisas estranhas, quase bizarras acontecem e isso merece ser registrado e contado para os amigos e leitores que acompanham meu blog FXREVIEW. Também para que os leitores possam compartilhar histórias semelhantes. Mas vamos ao caso.

Este amigo me pediu uma indicação de impressora há quase um ano. Eu me lembro de ter passado duas ou três alternativas para ele. No final ele acabou comprando outra impressora, diferente das que eu tinha indicado. Ele comprou uma HP 6900, pequena, simples, rápida, uma boa impressora. Mas ele por algum motivo não consegui instalá-la. Estive em sua casa e acabei conseguindo fazer a pequena HP funcionar.

Mas dias depois a impressora parou... Falamos ao telefone, tentei ajudar, mas nada. Dei um pulinho lá e para minha surpresa, o cabo estava solto!! Problema trivial. Expliquei, mostrei, ficou tudo bem.

Mais alguns dias de novo me pediram ajuda, mesmo problema, a impressora sem funcionar. Perguntei se o cabo não tinha soltado. “Claro que não, não mexi no cabo”. Lá fui eu de novo ver o que tinha acontecido. Logo de cara vi que a impressora estava mais distante, em uma mesa ao lado. O cabo não estava solto, mas ligeiramente fora do encaixe na impressora, pois com a mudança de posição o cabo fora esticado e ficou com mal contato. Sugeri que fosse comprado um cabo mais longo para evitar que isso acontecesse de novo.

Mais um mistério resolvido, cabo novo comprado. Ele mesmo instalou o cabo e disse que tudo tinha ficado perfeito. UFA! Pensei comigo mesmo “agora não tem mais como ter surpresas”. Ledo engano. Não foi bem assim que aconteceu. Semana passada, após várias semanas sem “problemas com a impressora” ele me ligou novamente, vou replicar resumidamente o diálogo.

Aquela maldita impressora parou de novo!! Que bela porcaria esta impressora!!

Olha nas outras vezes o problema era o cabo. Será que não soltou de novo ou coisa parecida? Daria para você checar as conexões?

Já fiz isso mais de uma vez e te garanto que está tudo certo, super bem encaixado nas duas pontas, no PC e na impressora.

Só se houve algum problema com o driver da impressora. Vou me conectar remotamente para ver se descubro o que houve.

Eu tinha deixado instalado o software LogmeIn prevendo que poderia precisar algum dia. Fiz acesso remoto e achei algumas coisas estranhas, a impressora HP 6900 aparecia duas ou três vezes. Isso às vezes pode acontecer se o cabo USB for plugado em outro conector no PC e o Windows (no caso um XP SP3), acaba instalando outras cópias da impressora. Fiz uma “limpeza” nas impressoras, deixei apenas a original. Reinstalei o driver da HP e nada aconteceu, continuava sem funcionar. Continuava parecendo que o cabo estava solto. Mas como ele jurara que as conexões estavam perfeitas eu comecei a suspeitar que o cabo USB novo (aquele um pouco maior) tinha apresentado problema, mau contato, etc.

Eu vou de novo aí ver sua impressora e por via das dúvidas vou levar um cabo novo para fazer um teste.

Não sei se é isso não, essa impressora que você me falou para comprar é muito ruim, para de funcionar toda hora!

Nem quis polemizar, afinal ele comprou outra impressora, não a que eu tinha recomendado. Mas de toda forma não parecia ser a impressora. A HP comprada era bem legal. Já nem sabia mais. Levando um cabo USB nas mãos dirigi-me para lá para destrinchar o novo mistério.

Logo ao chegar olhei no PC, olhei na impressora e parecia tudo normal. Observando com mais atenção descobri o problema. Usando meu telefone celular tirei até foto da situação. As fotos abaixo foram incluídas em um e-mail que mandei para ele um pouco depois, com as devidas explicações nas próprias fotos. Vejam o que tinha acontecido.




Incrível, não é mesmo??!!! A impressora estava conectada COM PERFEIÇÃO!! Mas na interface de rede, no conector RJ45 e não no conector USB!!!

De quem é a culpa??? MINHA É CLARO!! Segundo meu amigo ele fez tudo exatamente como eu tinha explicado. Será que a HP tem culpa? Muito improvável! O conector de REDE é diferente e eles tiveram o cuidado de fazê-lo inclusive em outra cor (amarelo). Na verdade esta impressora é uma pequena jóia, legal mesmo. Pequena e dispõe de interface RJ45. Quem sabe se eu tivesse usado a configuração de rede (um pouquinho mais complicada) este episódio não aconteceria. Jamais um cabo RJ45 entraria em um conector USB (será??!).

A lição a ser aprendida é que se há alguma chance de algo dar errado, dará errado!! E todo amigo que pedir ajuda, pensarei mais vezes. Não chegou a acontecer problema entre nós, mas em alguns momentos os diálogos foram um pouco mais tensos.

Enfim... acho que tudo pode acontecer quando a relação PC, PERIFÉRICOS e USUÁRIOS existir !!! E você, o que achou da história? Tem algum caso (ou seria “causo”) semelhante para contar??


PS: este texto foi publicado originalmente no site FORUMPCs como uma das minhas colunas semanais.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Intel Core i7 Sandy Bridge pulverizando recordes

No começo deste mês a Intel lançou oficialmente sua nova geração de processadores, conhecida por seu codinome Sandy Bridge. Resumidamente trata-se da evolução da arquitetura que foi lançada um ano atrás. É o firme persistente fenômeno do “Tic-Toc, Tic-Toc,...” conduzido pela Intel. Um ano no processo produtivo (reduzindo o tamanho dos transistores) e no outro ano aperfeiçoando a arquitetura.




Muito já se falou tecnicamente desta nova geração de processadores. Por isso meu foco é mostrar para os leitores o ganho que se obteve naquilo que é mais importante para os consumidores, ou seja, ganho no desempenho. Em alguns caso comparo com um Core i7 de exatamente um ano atrás (geração anterior). A propósito era na ocasião o mais forte Core i7 da mesma forma que o atual Sandy Bridge Core i7 2600K (3.4 Ghz). Também fiz algumas comparações com o processador Core 2 Duo E8400 (3.0 Ghz). Pode parecer estranha a comparação, mas há dois motivos. Em primeiro lugar trata-se de um PC robusto e estável que esta disponível meu escritório (foi topo de linha do Core 2 Duo por um breve período antes de surgir o E8600 de 3.33 Ghz). Em segundo lugar eu considero importante ter a sensibilidade da evolução dos processadores neste intervalo de 3 anos pois muitas pessoas trocam seus PCs aproximadamente com esta periodicidade.


Até 8 tarefas em paralelo no Core i7 2600K


A máquina usada no teste

A Intel me emprestou uma máquina montada, uma belíssima configuração para que pudesse ter uma ótima experiência com o processador Sandy Brigde. Comecemos pelo processador então. O i7 2600k  de 3.4 Ghz é um processador de 4 núcleos e como tem o recurso Hyper Threading é consegue processar até 8 tarefas ao mesmo tempo. Tem cache de 8 Mbytes, processo produtivo de 32 nm e consumo máximo total (TDP) de 95 W. Nesta nova geração o recurso TURBO BOOST foi aprimorado. O clock nominal de 3.4 Ghz pode elevar-se até 3.8 Ghz, ou seja, cerca de 12% de overclock automático, simples, simples.





PC usado no teste

O HD desta máquina é um caso à parte. São dois SSDs de 80 Gb montados em RAID 1 (espelhamento). Assim a velocidade e leitura de dados é de 266 MB/s, fantástico , e tempo médio de acesso de 0.1 ms. E poderia ser melhor ainda se tivesse sido usado RAID 0 para associar os discos (disk stripe), assim a taxa de leitura poderia ser perto de 500 MB/s.



O sistema operacional utilizado foi o Windows 7 Ultimate de 64 bits. A máquina dispunha de 4 GB de memória e uma placa de vídeo que de certa forma destoava do conjunto, uma Nvidia GeForce 7900 GTX. Mas como o teste era de processador e não de placa de vídeo... Isso não importa.




Estressando o Core i7 2600K

Há diversas formas de medir quão forte ou rápida é uma máquina e seu processador. Costumo realizar inicialmente testes subjetivos que consistem em usar a máquina para tarefas prosaicas. Acesso à Internet, uso de aplicativos de textos, imagens, etc. Como não poderia deixar de ser este PC Intel Core i7 2600K aparentou “sobrar” muito nestas tarefas. Em seguida conferi o tempo de inicialização da mesma. Incrível!! Menos de 25 segundos!!! Claro que o disco com tecnlogia SSD teve grande mérito neste quisito.

Depois disso costumo submeter o processador ao meu próprio conjunto de testes. Alguns velhos conhecidos, outros nem tanto. Mas uso esta “cesta de testes” para aferir as diferenças entre os processadores. São dois grupos de testes da minha “cesta”. Em primeiro lugar os testes “contra o relógio”, nos quais os programas que são executados mais rapidamente indicam melhor desempenho. Segue abaixo o resumo destes testes e respectivos comentários sobre os testes.



SUPERPI

O velho e bom SUPERPI abre a lista. E nunca foi mais útil. O SUPERPI tinha tudo para ser um teste a ser aposentado entre os avaliadores de soluções. É um programa que calcula o número PI com até 32 milhões de casas decimais de precisão. Mas não usa mais que UM NÚCLEO do processador. Por um lado quase 70% mais rápido que o velho Core 2 Duo E8400 e quase 20% mais rápido que o Core i7 965 (de um ano atrás). Um processador ser 20% mais rápido que seu antecessor em determinada tarefa é algo notável!! Eu refuto ao evoluído TURBO BOOST parte deste ganho em relação ao Core i7 do ano passado. A diferença para o E8400 só não foi maior pelo fato de apenas um núcleo estar sendo testado.



WPRIME

O WPRIME por sua vez estressa a capacidade de processamento matemático, mas usa todos os núcleos do processador. Neste caso os 4 núcleos (8 com Hyper Threading). Assim agora ficou evidente a diferença entre o velho Core 2 Duo E8400 para os Core i7 965 e 2600K (cerca de 3.5 vezes mais rápido). Entre os Core i7 o Sandy Bridge (2600K) foi 11% mais veloz que seu irmão do ano passado.



DVD SHRINK

Este programa embora não seja um bechmark formal, é usado por mim por ser muito popular e codificar vídeo tarefa quase prosaica nos dias de hoje. Também não é programa que se aproveita de múltiplos núcleos. Assim de novo o TURBO BOOST mais evoluído se fez presente. O Sandy Bridge foi 60% mais rápido que o velho Core 2 Duo E8400 e 28% mais rápido que o Core i7 do ano passado!! Eu insisto em testar programas “mono core” porque infelizmente ainda há uma base imensa de programas assim sendo utilizados e um bom processador deve entregar benefícios destacados também para softwares com esta característica.



TURBO BOOST

Venho falando muito deste recurso, por isso acho importante rever o conceito. Este recurso permite acelerar alguns dos núcleos do processador de forma automática de acordo com regras pré definidas. Na primeira geração do NEHALEN, que introduziu este recurso, apenas UM núcleo era acelerado sob demanda. E isso já foi muito bom principalmente porque, como disse antes, ainda há muitos programas que só usam um núcleo. Mas o SANDY BRIDGE traz um TURBO BOOST aprimorado. Dependendo do grau de solicitação, temperatura de cada núcleo, eles podem ser acelerados (um ou mais) e isso implica em graus distintos de aumento de desempenho. Existe uma EXCELENTE ferramenta que permite monitorar o TURBO BOOST em ação, mostrando a cada momento a velocidade que o processador está trabalhando. Na figura abaixo há quatro situações. Desde a “padrão” (3.4 Ghz) até a máxima (3.8 Ghz) com alguns estágios intermediários. Por exemplo, tanto SUPERPI como DVDSHRINK trabalharam a 3.8 Ghz pois apena um núcleo foi demandado. No caso do WPRIME as vezes ele trabalhou a 3.5 Ghz e as vezes a 3.6 Ghz, mesmo usando os 4 núcleos. Esta variação se deve à monitoração do processador que eleva ou reduz a velocidade em função da temperatura e para manter a estabilidade. Isso é novidade, programa que usam vários núcleos são melhor assistidos com o TURBO BOOST no SANDY BRIDGE.




Agora vou mostrar outros tipos de testes. São os testes de “índices de desempenho”. Nestes quanto maior o número final, melhor se saiu o processador. Segue abaixo a tabela que resume os resultados destes testes e os respectivos comentários .



SISSANDRA ARTHMETIC

Também se trata de um teste que realiza complexas operações matemáticas, similares (e também mais complicadas) que operações existentes em uma planilha eletrônica. Eu realizei esta avaliação de duas formas distintas ( o programa tem esta opção). Usando todos os núcleos e apenas com um núcleo. O SANDY BRIDGE pulverizou mais um recorde, superando o valor de 100 GOPs (Giga Operations per Second), 100.4 para se preciso. Isso representa um ganho de 25% em relação ao Core i7 965 e cerca de 5 VEZES mais rápido que o Core 2 Duo E8400. Lembro que o E8400 tem dois núcleos enquanto o Core i7 2600K tem 4 núcleos. Esta diferença toda se deve a evolução de engenharia da Intel nestes 3 anos. Notável.



No teste com apenas UM núcleo o resultado obtido foi perto de 17 GOPS. E daí? Isso é de grande destaque para mim. Isto significa que em plena carga o Core i7 foi quase 6 vezes mais rápido que com apenas um núcleo. Como pode ser 6 vezes mais rápido se são 4 processadores?? Fácil de explicar, é o efeito do HYPER THREADING, ou seja, os 4 núcleos conseguem enfileirar até 8 canais de execução de instruções e nos ciclos vagos estas 8 filas são processadas. É como se o houvesse 8 “núcleos virtuais” em vez de “4 núcleos reais”. Mas de fato funciona e com incremente de desempenho perto de 50%, pelo menos no SISSANDRA ARITHMETIC.




PASSMARK PERFORMANCE TEST

Consiste de um MIX de operações e testes diversos e um índice final é composto. Enquanto o Core i7 965 foi mais de 100% mais rápido que o velho E8400. Por sua vez o SANDY BRIDGE foi 12% mais veloz que a geração anterior.




PCMARK VANTAGE

O PCMARK VANTAGE é um teste complexo, que mede diversos apectos do PC, de forma semelhante ao PASSMARK. Neste mix o Core i7 965 é 140% mais rápido que o E8400 enquanto o SANDY BRIDGE supera sua geração anterior em 38% que é um acréscimo notável de desempenho!!



IEW

O Índice de Experiência do Windows (ou IEW) embora considerado pobre e impreciso por muitas pessoas, ainda é usado como referência, principalmente porque é algo nativo no Windows e acessível para a grande maioria das pessoas. Lembro que este índice varia entre 1.0 até 7.9. O E8400 obtém (segundo o algoritmo de testes da Microsoft) a pontuação 6.5 (apenas para o quesito processador – o elemento sendo avaliado neste teste). O Core i7 965 obtém 7.5 e o SANDY BRIDGE 7.6. Evidencia melhoria, mas não no nível observado por mim no teste.




CONCLUSÃO

Há certo viés nestes testes a ser mostrado. O i7 965 testado ano atrás contava com uma placa de vídeo Radeon 5970 (dual GPU) , muito mais rápida que a Nvidia GeForce 7900 GTX usada pelo i7 2600K.  Isto levou o resultado do i7 965 para cima nos testes que envolviam placa de vídeo de alguma forma como PASSMARK e PCMARK VANTAGE. Por outro lado a freqüência do Core i7 965 é cerca de 6% menor que a frequência do Core i7 2600K Sandy Bridge (aspecto apontado pelo Abel nos comentários deste texto). Mas apesar disso tudo a conclusão não foi afetada.
 
O Core i7 Sandy Bridge é uma evolução destacada em relação à geração anterior, no caso comparado com o Core i7 965. Difícil precisar ou quantificar em que grau, pois os ganhos dependem do perfil de uso e da aplicação. Mas de forma subjetiva estimo que o ganho se situe entre 15% e 20% na média. Se isso parece pouco, pense como seria difícil uma empresa obter 20% de eficiência de um ano para o outro. É muita coisa!! É fato, o Sandy Bridge é uma evolução considerável e merece atenção, um feito notável de engenharia eletrônica.

Mas vou me permitir fugir um pouco de meu perfil habitual de análises. Eu mantenho um hábito de trocar meu PC desktop quando o ganho de desempenho supera 60%. Para mim este é um nível que é perceptível. Assim não preciso de um cronômetro na mão para sentir de forma indubitável o ganho de desempenho. Por isso inclusive que gosto de fazer presente nos testes vez por outra processadores mais antigos como desta vez o meu fiel Core 2 Duo E8400. Eu não tenho dúvidas de que quem tem um Core 2 Duo como o meu ou mesmo um processador na primeira geração do Nehalem terá grande benefício na troca em seu PC.

Mas a migração para a plataforma de mobilidade, que já era uma tendência observada no mundo todo já chegou há tempos no Brasil. Assim PCs desktop poderão acabar se tornando  dispositivos “de nicho”. Eu explico. Falo de usos específicos, que demandam um desempenho diferenciado e que jamais poderão abrir mão de um PC desktop poderoso. E nestes casos um processador como o Core i7 2600K 3.4 Ghz é (em janeiro de 2011) uma das mais rápidas alternativas (se não a mais rápida no momento).

Penso que a INTEL tem um “bom problema” nas mãos. A empresa atingiu um patamar de excelência, um nível de desenvolvimento, um grau de engenharia de grande destaque e prinipalmente um ritmo frenético de evolução (o tal TIC-TOC). Mas esta “onda” que desloca o consumo de massa para notebooks, netbooks e tablets faz diminuir um pouco a demanda e o interesse por PCs desktops, salvo os nichos que mencionei que jamais poderão abrir mão deste tipo de computador.

Mas a INTEL de forma muito inteligente consegue aproveitar toda a evoluçao de engenharia conquistada e de certa forma transferi-la para o ambiente de mobilidade. Assim eu penso que os segmentos de jogos, aplicações financeiras, edição de imagens e vídeos e mais alguns usuários mais exigentes terão grande uso para a geração SANDY BRIDGE e com benefícios realmente palpáveis. Mas a agilidade da Intel em utilizar seu grande conhecimento obtido no desenvolvimento desta ótima geração de processadores também para o ambiente de mobilidade será o ponto chave para seguir seu caminho de sucesso. E matéria prima para isso ela tem de sobra, a tal “ponte de silício” (ou sandy bridge – traduzindo de forma livre) está aí com toda sua qualidade e principalmente agilidade!!


OUTRAS IMAGENS









domingo, 23 de janeiro de 2011

O e-mail transformando as pessoas (para pior)

O e-mail revolucionou a comunicação entre as pessoas. Dá para contestar ou negar esta informação? Afinal ele é o sonho de quem como eu viveu em época na qual só havia cartas, correspondência tradicional como forma de comunicação. Eu me lembro, levava pelo menos dois dias para chegar uma carta na própria cidade, três ou quatro dias para chegar em algum lugar do Brasil e mais de uma semana, às vezes quase dez dias para uma correspondência chegar ao exterior. Assim quando se popularizou o e-mail, este chegou com o status de “carta instantânea”, uma verdadeira maravilha. É fato, um e-mail sem anexos pesados chega em segundos ao seu destino, não importa onde seja. Em tempos áureos também se usavam Fax (ainda usado mas em declínio) e o já extinto Telex – contei um caso bem curioso no FORUMCPS que cita o Telex na coluna Abuso as operadoras, afinal qual é o serviço? .

A adoção profissional do e-mail foi imediata. A agilidade que isso trouxe foi imensa!!! Familiares distantes também puderam matar suas saudades de uma forma muito melhor. Curiosamente fala-se que hoje em dia a “galera”, a “moçada”, os bem mais jovens, não gostam de e-mail. Preferem comunicação instantânea (como Messenger), SMS (mensagens de texto via celular) ou mesmo troca de recados por sites como Orkut, Facebook, etc. Mas de uma forma ou de outra também usam e-mails, mesmo que em menor freqüência.

Pode-se dizer que e-mails são trocados desde meados dos anos 90. Lembro-me ter conquistado meu primeiro endereço de e-mail em 1994/95 pelo sistema MANDIC. Nem havia Internet no Brasil, mas alguns sistemas de BBS já proviam e-mails para as pessoas que tivessem principalmente interlocutores no exterior. Depois desta fase aconteceu com o e-mail o mesmo que acontecera com o Fax. No começo dos anos 80 as pessoas costumavam perguntar “você tem fax?  Qual seu número?”. Passado algum tempo as pessoas perguntavam diretamente “qual seu número de fax?”. Após a chegada da Internet no Brasil na segunda metade dos anos 90 as pessoas perguntavam “você tem e-mail?”. Passado algum tempo a pergunta já era “qual o seu e-mail?”. Sem dúvida adoção em massa, bom para todos.

Mas nem tudo são flores, infelizmente. Posso destacar diversos problemas que começaram a acontecer em torno do uso dos e-mails no Brasil (e no mundo). Problemas sérios que a continuar desta forma irão minar cada vez mais esta maravilhosa forma de comunicação. Vou destacar cada um dos pontos que têm me incomodado.

Spam (obviamente) : já faz tempo que mais de 70% das mensagens dirigidas às pessoas são não solicitadas. São os famigerados SPAMs. Uma parte são propagandas inúteis e imbecis enquanto outra boa parte são tentativas de infiltrar algum vírus ou programa espião para nos roubar. Algumas pessoas reportam taxas de e-mails inúteis de até 80% ou mais, outros por usarem algum tipo de medida defensiva conseguem menor taxa de “lixo” em suas caixas postais. Mas além de ser chato por si os SPAMs geram outro efeito funesto. Eu, por exemplo, trabalho com “lista de confiança”. Só as pessoas que autorizo entregam uma mensagem da minha caixa de entrada. Isto me obriga olhar meu “lixo eletrônico” ou “quarentena” diariamente. E é MUITO COMUM eu deixar passar um ou outro e-mail “BOM” ao fazer esta tarefa (até apagando e-mails válidos). Nestas ocasiões devo ser taxado de “metido” por ignorar certos e-mails, mas não, teria sido pura distração. É um problemão. E as pessoas sabem que o e-mail chega “na hora” e por isso mesmo têm a expectativa de resposta também instantânea.

COM CÓPIA só quando interessa : algumas pessoas têm esta nefasta mania, usar mal o recurso COM CÓPIA. Parece que querem se defender ou mesmo usar como forma de ataque. Vou exemplificar. Às vezes recebo e-mails com alguma crítica em relação a um trabalho que executei em uma empresa. Nestas ocasiões copiam seu chefe, o gerente, o diretor, e também o dono da empresa. Eu cometo erros como todo mundo, mas 100% das vezes são críticas improcedentes fruto de incompreensão de algum ponto do trabalho. Atencioso que sou ligo (telefone) para a pessoa para dar a explicação necessária pedindo que me mande um e-mail confirmando que tudo dera certo. Sabem o que acontece? A pessoa manda um e-mail SÓ PARA MIM dizendo algo do tipo “tem razão, foi erro meu, faltou mesmo uma informação que não digitei”, ou seja, sou acusado de incompetência perante uma ampla platéia, mas a retratação é só para mim. Isso é da natureza humana. A pessoa SE DEFENDE, afinal seu trabalho pode estar atrasado por culpa de outrem. Mas não. Isso é incrivelmente freqüente para mim e para várias pessoas com que já conversei. “Metem o pau” em público, mas se retratam individualmente. O e-mail é um instrumento muito apropriado para este tipo de desvio de conduta.

Abusando do COM CÓPIA : outro vício muito desagradável é abusar da quantidade de pessoas copiadas, usado como instrumento de pressão. Exemplo, uma pessoa sabe que estarei na empresa na 6ª feira. Manda um e-mail na 4ª de noite exigindo a execução de uma atividade qualquer. Neste e-mail copia três ou quatro pessoas “de peso” da empresa. Costumo responder (obrigatoriamente) com cópia para todos citando que o assunto será visto em um ou dois dias. Algumas vezes a pessoa retruca com inconformismo e aproveita e copia o e-mail para mais outras três ou quatro (que geralmente nem sei quem são). Isso não tem fim. O “doido” (ou doida) claramente faz isso para “tirar o dele da reta” e dizer algo do tipo “olha eu não resolvo a situação por culpa dele”. Certa vez isso tomou tamanha proporção que o assunto já tinha quase 10 pessoas copiadas (das quais mais da metade eu não sabia quem eram). Sabem o que fiz, para ver se a pessoa se tocava? Respondi o e-mail, coloquei TODAS as pessoas no destinatário e no campo COM CÓPIA inseri : 
Lula@presidencia.gov.br; Obama@whitehouse.gov ; Papa@vaticano.org ; papainoel@natal.com e God@heaven.org. Curiosamente após este e-mail (que não foi respondido) a referida pessoa parou de enfileirar pessoas e mais pessoas nas mensagens que mandava para mim. Deplorável.

Gente que não lê os e-mails que responde: com alguma freqüência me deparo com esta situação. Mando um e-mail para alguém e este me responde com uma pergunta a qual fora explicitamente citada no meu texto. Isso acontece (pouco) também aqui no ForumPCs. O fulano publica um comentário criticando a falta de um dado e perguntando algo que está no texto. Voltando aos e-mails, pode ser que o GIGANTISMO, a imensa quantidade de e-mails na caixa de entrada das pessoas os obrigue a ler rapidamente ou apenas “correr os olhos”. Mas isso é no mínimo uma baita falta de respeito com quem se dedicou a elucidar, explicar uma situação e receber como retorno a pergunta que já foi respondida!!!

Ignorar solenemente : isso é o que mais me incomoda. Acompanhem a seguinte cena. Você pega o telefone, liga para alguém. A pessoa atende o telefone e você fala (exemplo) : “A situação é crítica. Preciso tomar a atitude blá, blá, blá. Mas você precisa dar a sua opinião e obter aprovação junto à diretoria da empresa. Isso só pode ser feito amanhã, fora deste prazo não terá mais utilidade. É crítico. Entendeu?” . Nesta hora a pessoa do outro lado da linha não fala nada e desliga o telefone!!!! Isso é admissível?? Pois é. Isso que acontece TODO DIA, TODA HORA com e-mails trocados pelas pessoas. Até acho que isso acontece como um subproduto da mania dos COM CÓPIA , pois as pessoas não acham que é com elas “alguém vai lidar com este problema, não precisa ser eu”. Só que isso também acontece com e-mails dirigidos a apenas uma pessoa. Eu canso de ver isso. Alguém pergunta algo. Eu me esmero em responder, explicando nos mínimos detalhes, até meio extenso demais, eu reconheço. Mas após isso a pessoa simplesmente IGNORA. CARAMBA em uma conversa a confirmação do entendimento é essencial!! Tá bom, alguém vai dizer que e-mail deve ser “telegráfico” e objetivo, mas ignorar seu interlocutor acontece TODO DIA, TODA HORA!!
   
Os “sem noção” e os folgados : De certa forma já falei disso em uma coluna chamada
Internet, a terra dos cara de pau!. Mas isso cresceu. É incrível a quantidade de e-mails que recebo do tipo : “tenho que fazer um trabalho sobre sistemas operacionais. Mande tudo sobre isso no máximo até amanhã”. Ou algo assim : “cara adorei o Windows 7, mas não sei onde achar. Você pode fazer uma cópia piratex e mandar para mim?”. Não dá para acreditar a FOLGA destes caras. E tem os sem noção, uma categoria correlata aos folgados, não tão maldosa, mas igualmente funesta. Tem testes de produtos feitos por mim, publicados na Internet há mais de 14 anos. Volta e meia aparece um e-mail assim : “Li seu texto sobre o Lotus Organizer 2.0, gostei muito. Quero uma proposta comercial urgente com as condições de venda.”. Ou algo assim : “Comprei a impressora XYZ há 3 anos porque li um artigo seu. Ela deu problema e vai sair muito caro para arrumar. A culpa é sua, você deveria me reembolsar!!”. Ou ainda : Preciso urgente os drivers do notebook XWY. O fabricante descontinuou o produto há 4 anos e você tem que conseguir os drivers para mim pois só comprei  por causa de um artigo seu que eu li.”. Pessoal isso é BIZARRO. Eu DUVIDO que quaisquer destas pessoas mantivessem o mesmo discurso se tivessem me ligado pelo telefone. A sensação de anonimato e distanciamento proporcionada pelo uso do e-mail deixa a pessoa à vontade para tais exemplos de grosseria, folga e falta de educação.


Tem mais, mas não vou me estender. O fato concreto é que o meio de comunicação e-mail está contaminado por vários comportamentos “viciados”, técnicos e psicológicos. Atrevo-me a dizer que este é um fenômeno sociológico que deveria ser interpretado e estudado por pessoas da área. Corrigir a situação não seria nada complicado desde que as pessoas tivessem um mínimo de bom senso e noções de educação no trato com pessoas. Mas a realidade é que ou nos acostumamos com estes “desvios” ou com o passar do tempo esta forma de comunicação se tornará tão impessoal, seca e até desprezível, que deixará de ser utilizada. Por conta disso tudo considero o e-mail um “mal necessário”. Eu tolero estas situações por pura necessidade. Mas será que isso vai mudar? Será que alguma nova forma de comunicação pode surgir que substitua o e-mail com a capacidade de superar estas dificuldades todas? Deixo a pergunta no ar e abro o debate...


PS : este texto foi originalmente publicado como uma de minhas colunas no site FORUMPCS

sábado, 15 de janeiro de 2011

AMD Radeon 6950 - destroçando o DIRT2


Há algumas semanas eu publiquei o teste da Radeon 6950, a segunda mais rápida da família 6000 da AMD. Por enquanto, pois estão no forno as versões bi processadas (com duas GPUs em cada placa). Estas irão pulverizar recordes e amansar os jogos mais exigentes. Mas enquanto estas placas novas não chegam eu tive um forte motivo para revisitar a fantástica 6950.

Os leitores gostaram do teste, mas fizeram duas sugestões interessantes para incrementar a análise. Comprei a idéia e vou realizar ambas. Testarei a 6950 em um PC bem mais forte, com AMD Phenon II X6 1100 e Core i7 Sandy Bridge, para avaliar o impacto do processador nos testes, principalmente nos jogos.


AMD Radeon 6950

Mas antes disso abracei a sugestão do leitor AndreTJ. Ele me pediu para testar o jogo DIRT2 com a 6950. Confesso que já tinha ouvido falar deste jogo, mas nunca o tinha jogado. Ouvira sobre a qualidade gráfica e visual muito sofisticado. Não sou “gamer”, jogo eventualmente. O próprio AndreTJ me ajudou muito. Passou para mim uma URL para obter a versão DEMO do jogo a qual já é mais que suficiente para realizar os testes (que pode ser obtida aqui).



Momento da largada - visão externa

O AndreTJ deve ter lido textos anteriores meus nos quais eu citei que gostava de jogos de corrida. Este é bem diferente dos jogos de F1 de que gosto, mas é sensacional!! Mesma na versão demo.

No teste da 6950, além dos benchmarks sintéticos “clássicos” eu testei alguns jogos. Dentre eles o CRYSIS, o qual eu explorei a fundo. Foram 48 testes nos quais obtive a taxa de quadros por segundo (ou frames por segundo – fps), ou seja, quantas vezes por segundo a tela é redesenhada. Quanto maior melhor (embora alguns digam que acima de 30 fps, outros acima de 60 fps, não faz diferença). Na verdade como os FPSs variam durante o jogo em função das cenas mais ou menos complexas, ter FPS bem alto é garantia de ótima “jogabilidade”. Além dos 48 testes em função de distintas resoluções e qualidade do Crysis eu repeti os testes com a minha velha e fiel 3850, mais 48 testes, 96 no total. E assim foi feito o teste.

Como me contaram que o DIRT2 era tão ou mais exigente em relação à placa de vídeo que o temido e famoso CRYSIS. Eu quis conferir. E como se sairia a 6950??



Logo após a largada

A resolução limite de meu monitor é 1680x1050. Assim testei o jogo em três resoluções distintas:

- 1024 x 768
- 1280 x 1050
- 1680 x 1050

Além disso o DIRT2 permite a escolha entre 5 níveis de qualidade visual:

- Ultra Low
- Low
- Medium
- High
- Ultra High

E finalmente há mais 4 opções para refinamento dos gráficos, o recurso ANTI ALIASING, que é responsável pelo “amaciamento” dos cantos e arestas, tornando-os mais realistas :

- AA desligado (sem Anti Aliasing)
- 2 x
- 4 x
- 8 x

A matemática é simples. São 3 resoluções vezes 5 níveis de qualidade vezes 4 opções de Anti Aliasing, resultando em 60 testes. E não poderia perder a oportunidade de submeter a velha e fiel 3850 ao mesmo ritual. Assim fiz. Realizei 120 testes visando descobrir como a 6950 e a velha 3850 se sairiam com o fantástico jogo DIRT2.

Eu sempre usei o aplicativo FRAPS para capturar a taxa de quadros por segundo (FPS) nos jogos. Mas o DIRT2 tem uma função muito útil. Na tela na qual se configuram as opções gráficas, tão logo seja feita a escolha o próprio DIRT2 mostra o FPS esperado. Veja na tela abaixo que  interessante (apontando 56 fps).


Tela de configuração gráfica do DIRT2

Neste caso, com máxima qualidade, 1680x1050, AA 8X o DIRT2 previu 56 fps. De fato este valor estava próximo ao real. Mas usando o FRAPS, na hora da largada, na qual vários carros se movimentam ao mesmo tempo, esta taxa cai para um valor menor.  Assim tive que “fazer o sacrifício” de jogar de verdade e obter pelo FRAPS os valores mais realistas. E foi assim que fiz para todos os casos. A tal tela do DIRT2 traz uma boa aproximação do FPS, mas preferi usar sempre o valor um pouco menor na tela de largada (mais pesada). Seguem abaixo os resultados obtidos.



Muito interessante! Sem Anti Aliasing e no nível ULTRA LOW as duas placas além de “sobrarem”, têm desempenhos semelhantes. Interpreto como se tivessem sido niveladas por baixo. E 92 fps (3850) ou 109 fps (6950) são taxas fantásticas para as duas placas. No outro extremo, no nível ULTRA HIGH e com AA 8x a 3850 caiu de joelhos, mesmo a 1024x768 e obteve apenas 9 pfs, que é “injogável” (se é que existe esta palavra). A 6950 segurou fortes 53 fps, poder de sobra para jogar com todo o conforto.

Mais um comentário relevante. A 6950 praticamente não sente o uso de Anti-Aliasing, seja sem AA, AA 2x, AA 4x ou AA 8x as diferenças em cada nível de qualidade visual são mínimas, muita vezes apenas 1 fps. Já a velha e fiel 3850 sente DEMAIS o uso de AA, principalmente 8x. Vejam que na qualidade ULTRA HIGH obteve 53 fps sem AA e caiu para 9 fps com AA 8x.



Em 1280x1050 vemos uma repetição das tendências descobertas em 1024x768. Grande sensibilidade ao AA por parte da 3850 e um desempenho sólido e constante da 6950. Incrível que ainda se manteve o mesmo nível 53 fps no nível ULTRA HIGH com AA 8x,igual ao fps da resolução menor.



Por fim em 1680x1050 a 3850 caiu de joelhos definitivamente. Suas taxas de quadros por segundo despencaram de vez, obtendo 4 fps, inaceitável para um jogador em ULTRA HIGH AA 8x. Já a valente e competente 6950 no pior caso manteve ótimos 46 fps na mesma situação, apenas 7 fps a menos que na resolução 1280x1050. Também se vê aqui a quase insensibilidade da 6950 ao uso ou não de Anti Aliasing e (quedas mínimas de fps) enquanto a 3850 é extremamente sensível ao uso de AA com fortes quedas de desempenho.


Conclusões

Não posso afirmar categoricamente que o DIRT2 é mais pesado do que o CRYSIS. Diria que tem complexidade gráfica semelhante, principalmente no extremo de maior qualidade e sofisticação visual. Mas posso definitivamente afirmar que a 6950 DESTROÇOU O DIRT2, no bom sentido, é claro. Até a resolução testada foi possível jogar com TODAS as opções de aprimoramento gráfico e com sobra. Não se pode dizer o mesmo da placa 3850 de 3 anos de idade.

Mas há uma sutil conclusão que pode ser depreendida nestes números todos. O PC usado para os testes era uma boa máquina, mas não uma excelente máquina. Usei um PC com processador Core 2 Duo E8400 (3.0 Ghz), 8 Gb RAM. Fiquei com a impressão de que se tivesse um processador melhor estas diferenças se acentuariam... Preciso testar isso. Foi também uma sugestão feita pelo leitor Cuba e que também será avaliada tão logo eu tenha em minhas mãos o Core i7 Sandy Bridge ou o AMD Phenon II X6 1100 que me serão mandados para testes.

A última conclusão será considerada uma provocação para os “gamers”, mas é minha opinião. A velhinha 3850, desde que usada com sofisticações gráficas mais modestas serve para jogar o DIRT2 muito bem!! Basta que olhem os números das tabelas acima. Mas uma coisa é fato, sei que os “hard gamers” têm a necessidade de máxima, qualidade em todos os aspectos e com FPSs mais elevados possíveis!! Assim para este tipo de uso, para este tipo de exigência, a 6950 realmente destroça o DIRT2.

Finalizando, abaixo seguem algumas imagens de tela do jogo, que como disse eu adorei. E quem diria, não quis mais usar versão DEMO. Eu comprei o jogo!!




Largada da corrida contra o relógio

Visão de dentro do carro

Vejam que SENSACIONAL a deformação do carro!!

Nem sempre eu me saia bem nas corridas


Tentando alcançar os rápidos adversários


terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Prisioneiros no exterior! Dá para acreditar ??


Resolvi contar de novo esta história porque é um fato que aconteceu há pouco mais de 5 anos e a mesma situação incrível continua a se repetir. Foi minha primeira colaboração para o site ForumPCS (o link para a matéria original se encontra aqui). Esta história está relacionada com Internet, ou melhor, a impossibilidade de uso desta no exterior, uma situação bizarra.




Era uma vez um notável profissional da mídia televisiva brasileira que costuma viajar amiúde para o exterior. Por ser uma pessoa muito conectada viaja sempre com seu notebook para poder se relacionar com seus amigos e parceiros. No início, anos atrás, usava como muitos viajantes o sistema iPASS para se conectar via modem/telefone com seu provedor. Para quem não conhece, o iPASS é um tipo de consórcio formado por diversos provedores (centenas ou mais) no mundo tudo, que permite a autenticação de login e uso local da Internet. Por exemplo, se eu viajo para Miami, eu escolho na lista de telefones do discador do iPASS um provedor, ligo, informo meus dados de login do meu provedor brasileiro (UOL por exemplo) e uso a internet discada (ou Wi-Fi) perfeitamente no exterior. Depois serei cobrado pelas horas avulsas do serviço utilizado. Não é exatamente barato, mas para pegar e mandar e-mails no exterior é muito mais prático que manter uma conta em provedor em diversos países (!!!).

Mas voltando à história (história com H não com E), esse ilustre personagem um belo dia percebeu que os hotéis já ofereciam serviço de internet banda larga nos seus quartos, um confortável cabo RJ-45 à disposição para ser plugado e obter navegação na Internet a velocidades siderais. Alguns hotéis podem chegar hoje em dia a 20 Mbps (em 2011 - em 2005 isso era cerca de 2 Mbps). Bye bye modem, nunca mais certo ?? Errado !!!

Após usar várias vezes com pleno sucesso o serviço de banda larga em sua plenitude nos hotéis no mundo, este personagem, e várias outras pessoas também começaram tempos atrás a experimentar uma situação curiosa. Cada usuário de notebook tem sua configuração certinha, testada e re-testada pelo uso constante no Brasil. Mas ao chegar ao exterior estas pessoas conseguiam via banda-larga de hotéis (ou Wi-Fi) navegarem na Internet, receber e-mails, mas NÃO CONSEGUIAM MANDAR E-MAILS!! 
Que coisa estranha pode estar pensando você. Ahhhhhh fácil. Tem que ativar a autenticação do servidor SMTP certo? Afinal os provedores exigem autenticação para usuários fora de sua própria rede física para evitar SPAM. NEGATIVO, sem sucesso!!!


Continuava recusando a autenticação. Um destes usuários havia se desfeito do iPASS pois não precisaria mais. DESESPERADO fez do quarto de seu hotel ligação INTERNACIONAL para o provedor no Brasil!! Você pode imaginar o quanto é “barato” ligar para o Brasil para pegar e-mails? Ainda mais em hotéis nos Estados Unidos! Uma ligação de 10 minutos pode custar US$ 50 ou mais!!!!!
Como tinha sido eu o infeliz que tinha feito uma última intervenção na configuração deste notebook para este personagem, a ira do inferno caiu sobre os meus ombros, sendo taxado de responsável pelo nefasto incidente.

Fui fundo no assunto, afinal não iria “pagar um pato” que não era meu! O provedor de acesso foi acionado, neste caso UOL, e como sempre fui atendido por aquelas pessoas robotizadas e pasteurizadas que existem em qualquer sistema de help-desk. Claro que ele seguindo um roteiro óbvio me mandou checar desde os servidores SMTP e POP, discutiu que senha devia estar digitada errada (mas a mensagens baixavam-que esperteza!). De repente parece que ele tinha achado o “ovo de Colombo” e mandou que fosse acionada a autenticação do SMTP. Já fiz isso retruquei, faça de novo você pode ter digitado algo errado. Incrível como somos taxados de ineptos por esse pessoal de suporte. Ele ainda sugeriu que o hotel devia ter um bloqueio para enviar e-mails, alguém já ouviu desculpa mais esdrúxula que essa?!! No final como nada mais dava certo ele sugeriu a panacéia universal, o famoso BOOT na máquina. Para não contrariá-lo fiz o que ele mandou, afinal…

Depois de duas sessões de suporte distintas que foram mais ou menos idênticas eu engrossei. Depois de muita pressão consegui falar com alguém cujo QI pelo menos já era na casa da dezena e não da unidade. PASMEM !!! Ele “entregou o ouro”, disse que por razões de SEGURANÇA, e para evitar SPAM o SMTP da UOL estava bloqueado para uso não autenticado fora de rede deles no Brasil (isso já era sabido). Usando por outro provedor no Brasil com autenticação de SMTP podia usar mas BLOQUEADO o uso do SMTP mesmo que autenticado para acessos oriundos de IPs fora do Brasil. Eu caí de costas com a descoberta. Por mais que eu argumentasse o garboso atendente disse ser uma norma da empresa e que nada poderia ser feito naquele momento.

Como eu ainda estava travestido de responsável pelo infortúnio causado para o personagem televisivo tive que montar uma solução emergencial de contingência. Tenho em meu escritório um Servidor Windows 2003, o qual pela razão de eu usar o Outlook do Office, frequentemente faço a sincronização do meu Outlook remotamente com o meuservidor via VPN (Virtual Private Network). 

VPN, explicando rapidamente, é uma “rede dentro da rede”. Estabelece-se uma conexão com um servidor VPN usando um recurso Dial-Up do Windows e se ganha um endereço IP de rede privada (192.168.xxx.yyy por exemplo) e este PC se comporta como se estivesse na rede local com todo o tráfego àquela rede passando pelo “túnel” da VPN. Uma das formas de ativar uma VPN é escolher o uso do Gateway remoto. Dessa forma TODO tráfego, seja ele da “rede local VPN” ou mesmo tráfego de navegação, browser, e-mail etc. viaja até o servidor VPN e “sai para o mundo” via este servidor. 
Dessa forma, depois de configurada essa engenhoca para o tal personagem (claro que pendurado muitos minutos em um telefonema internacional), todo o seu tráfego foi desviado para o meu servidor, o seu provedor passou a “achar” que ele estava se conectando a partir do IP de meu escritório, no Brasil. BINGO!! E-mails podiam ser enviados. Eu o orientei a usar a sua Internet do hotel normalmente, mas para enviar e-mails, só para enviar, ele deveria se conectar ao meu servidor para “enganar” o UOL fazendo-o o pensar estar no Brasil.

Essa epopéia durou vários dias. Deixei ser taxado de vilão severo e mesmo tendo resolvido o problema ficou aquela impressão de “você fez a bobagem ainda bem que pode consertar”. Vida dura essa de consultor…Mas depois, com o problema resolvido ainda pude usufruir da gratidão de meu ilustre amigo.

Eu ofereci esta história na ocasião para alguns veículos de imprensa que colaboro, mas eles foram relutantes. “Jamais a assessoria de imprensa do provedor vai admitir isso publicamente”, “precisa ter provas concretas”, “acredito nessa história, mas acho que é muito perigoso mexer com essa gente”…

Enfim, foi ótimo que ninguém deu atenção à minha história pos pude contá-la de uma forma muito mais completa, solta e divertida originalmente no site ForumPCs e agora em 2011 eu a resgato no meu blog pessoal.

Só para confirmar o já confirmado, isso vem acontecendo desde esta época (2004 aproximadamente) e não se limita a acesso a partir dos EUA para este provedor. Este ano a mesma pessoa e algumas outras tiveram o mesmo problema a partir da França, Bélgica, etc.


PS: adendo de 2011, o tal personagem já pode ser identificado. Ele não se importa que eu diga quem é. Estamos falando do Sr. José Eugênio Soares, também conhecido como JÔ SOARES.
 

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O dilema da Internet 3G, com qual fico??

Já faz pouco mais de um ano que contratei o serviço de Internet 3G para uso com meu notebook. Tenho banda larga em minha casa e escritório. Embora depois que li a ótima coluna do Laércio no ForumPCs falando de sua experiência com o serviço 35 Mbps da GVT fico com vergonha de chamar de link de 4 Mbps de banda larga.

Não julgava necessário ter um modem 3G até então. Além de tudo, o serviço era caro e com pouca penetração fora dos grandes centros. Mas a necessidade é tudo. E acabei contratando meio que por acaso. Precisei de um chip “voz” para colocar em um aparelho e na ocasião a operadora OI tinha uma promoção muito interessante. O plano 3G sairia de graça nos dois primeiros meses. Depois disso se aplicaria um desconto promocional por 10 meses e neste período eu pagaria apenas R$ 39,90. Findo o prazo promocional o custo seria o contratado de R$ 79,90 por mês, com velocidade de até 1 Mbps e franquia de transferência de 10 Gbytes. Eu nem precisaria disso tudo!! 10 Gbytes é virtualmente INFINITO para quem usa 3G.

O meu perfil de uso, imaginava eu, seria apenas usar Internet 3G quando não houvesse sinal Wi-Fi ou este fosse muito ruim ao me deslocar por aí com meu notebook. E de fato foi isso que aconteceu. Poucas vezes por mês eu usava o recurso. Mas usava. E quando usava era de fundamental importância. Comecei a percebe o valor de ser ter a sua própria Internet a disposição onde quer que fosse necessário. Não dá mais para abrir mão.

E o serviço da OI é ótimo!! Praticamente TODAS as vezes que precisei obtive conexão e a velocidade contratada (1 Mbps). Explicando melhor, obtinha consistentemente a velocidade contratada de 1 Mbps onde encontrava sinal 3G (maioria das vezes). Usei fora de São Paulo com sucesso: Campos do Jordão (3G), Ilhabela (3G), Ubatuba (2G – 300 kbps), Campinas (3G) e tentei usar uma vez na região rural de Avaré (interior de São Paulo) e não obtive sinal. Dentro da cidade de São Paulo sempre obtive sinal 3G nos locais que precisei. Ahhhh, uma vez usei em Aldeia da Serra. Lembram do texto Lenovo Thinkpad Edge Experience que contei sobre o lançamento de linha nova de notebooks e participei de uma corrida de kart?) Lá obtive sinal 2G (cerca de 300 Kbps). É fácil aferir estas velocidades. Eu utilizo o site de testes http://www.speedtest.net/.
Acesso 3G com o chip da OI

Vejam que a velocidade de download é praticamente 1 Mbps, um desvio mínimo, que considero desprezível. A velocidade de upload entre 200 Kbps e 300 Kbps não compromete e me atende.

E a experiência de uso é boa a ponto de eu em mais de uma ocasião ter usado um roteador Wi-Fi com entrada 3G e ter compartilhado a Internet com 5, 6 e até 8 pessoas sem problemas (para acessar sites e baixar e-mails – uso regular e típico).

Mas um belo dia tudo começou a mudar. Lá pelo sexto mês do contrato, após ter usado dois meses de graça (tempo de experimentação) a conta veio sem o desconto promocional, no valor “cheio” de R$ 79,90. Liguei para reclamar. Disseram que fora um engano, etc. etc. etc. e mandaram novo boleto. Tudo bem. Dois meses depois a mesma coisa. Liguei, reclamei e consegui novo boleto no valor de R$ 39,90. No mês que venceu a promoção (onze meses depois) recebi uma conta no valor de R$ 119,90!! Como podia?? Liguei e a resposta foi que vencera a minha promoção e o serviço teve um reajuste. DE CINQUENTA POR CENTO (de R$ 79,90 para R$ 119,90). Reclamei, estrebuchei, mas não adiantou. Disseram que o reajuste fora autorizado (por quem?? - não responderam). No final disseram que o valor REAL do serviço era R$ 119,90 desde o começo e que eu usufruía de DUAS PROMOÇÕES. Nunca ouvi falar disso. Sempre ouvi dizer que não pode haver promoções acumulativas!!

Como não consegui resolver esta escalada de preços (R$ 39,90, R$ 79,90 e R$ 119,90) decidi mudar de operadora, pois embora muito satisfeito tecnicamente com o serviço, não queria pagar tudo isso para uso eventual de Internet 3G. Caro demais para quem usa a cada 10 dias (as vezes mais, as vezes menos).

Como comprara o modem da marca HUAWEI (modelo 156C) desbloqueado (política da OI), pensei que bastaria adquirir um novo chip, trocá-lo no modem e usar a nova empresa.

Após muito pesquisar achei uma outra operadora que tinha um tipo de plano que servia como uma luva para mim!! A TIM tem agora alguns planos que não têm limitação de download nem de velocidade, porém vendem “pacote de horas”. São planos de 30, 60, 90 e 120 horas por mês. Para mim que uso muito eventualmente o plano de 30 horas serviria (R$ 32,90). Mas acabei adquirindo o plano de 60 horas (R$ 49,90) para ter cobertura em alguma necessidade especial. É muito improvável que eu use tudo isso, mas... E se usar a hora adicional custaria R$ 2,90 (para emergências).

Em seguida passei na loja da OI, mas não consegui cancelar o plano. A loja só VENDE, não cancela planos (sic). Só pelo telefone. Pensei melhor. Iria testar o serviço da TIM e se fosse realmente bom cancelaria o OI (Velox 3G).

Ao chegar em casa, QUE SUSTO!!!! O vendedor da TIM dissera que o 3G chegaria até 3.6 Mbps em alguns lugares da cidade. Não esperava por isso. Se obtivesse a velocidade de 1 Mbps que tinha antes já estaria satisfeito!! Mas não foi isso que aconteceu. Logo na primeira conexão senti-me usando Internet via linha discada. Mesmo sem medir velocidade era lento que doía!! Fui conferir no SPEEDTEST e minha impressão se confirmou nas primeiras medições obtive entre 30 Kbps e 70 Kbps!! UM ENGODO!! UM HORROR!! Que arapuca!!! Às vezes  melhorava um pouco e mesmo em 3G chegava a 150-180 Kbps de velocidade de download!! E o que me dizem da ALUCINANTE taxa de upload de 20 Kbps?!?!?!?!


Convém destacar que ambas as medições foram feitas em região de São Paulo com ampla cobertura de celular e 3G (Berrini) e usando o mesmo modem, com 20 minutos de intervalo, apenas trocado o chip. E como mostra a tela abaixo, conectado no padrão 3G e com nível máximo de sinal e qualidade.

Conexão 3G com nível máximo de sinal – e desempenho sofrível

Neste meio tempo fiz uma viagem de trabalho para Campo Grande, Mato Grosso do Sul e curioso que sou levei os dois chips. Fiquei mais confuso. No aeroporto de Congonhas conectei-me com o TIM e foi este mesmo LIXO. Após alguns minutos, de repente, as velocidades subiram para 1.8 Mbps (download) e 350 Kbps (upload). Ficou ótimo!! Ao chegar em Campo Grande com o chip da OI a conexão se estabelecia e caía de pois de 3 ou 4 minutos, nem dava para testá-la. Com o chip da TIM de novo me senti usando Internet linha discada (lentíssimo). Como escolher entre o RUIM e o PIOR???? Qual cancelar? E se neste dia tivesse só o chip da OI teria ficado na mão.

Depois de meia hora conectado com o chip da TIM, como que por encanto, a velocidade melhorou novamente e melhorou pra valer. Voltei a obter taxas de download de 1.2 Mbps. Em certo momento, uma única vez, obtive velocidade de 2.5 Mbps!!! Seria fantástico se fosse sempre assim!!!

O serviço da OI é tecnicamente ótimo, sempre entrega velocidades na ordem de 1.0 Mbps, mas atualmente é muito caro para mim (R$ 119,90), sem contar que me senti feito de palhaço com esta escalada de preços. O serviço da TIM tem um formato (cobrar por pacote de horas) e um preço (R$ 49,90 por 60 horas/mês) muito razoável, mas a qualidade do serviço EXTREMAMENTE INCONSTANTE E INSTÁVEL!! Será que é por causa de excesso de usuários?? Capacidade mal dimensionada?? Uma “trava” que só libera velocidade plena após certo número de minutos após a conexão?? Até isso estou considerando!!! Neste momento estou conectado há pouco mais de 20 minutos pela TIM e a velocidade melhorou um pouco, mas ainda está limitado nos ridículos 150-250 Kbps!!

A propósito do assunto “medir velocidade de Internet”, eu tive contato com outro site que não conhecia. É o www.testesuavelocidade.com.br . Este site tem uma política de cálculo um pouco diferente do www.speedtest.net , ele trabalha pela MÉDIA aferida naquele tempo e não o pelo pico. Veja o mesmo teste usando o chip TIM por este outro site. Igualmente sofrível!!! 144 Kbps download e 40 Kbps upload. Ridículo para quem venderam 3.6 Mbps, esperava 1 Mbps e recebe entre 70 Kbps e 250 Kbps.


Como e porque em raras ocasiões obtive 1.6 Mbps e até 2.5 Mbps, não faço a menor idéia!! O que escolher?? Como disse é a escolha entre o RUIM e o PIOR. Se a TIM tem preço justo, a velocidade é mais volúvel que um recém nascido enquanto a OI tem uma boa e constante velocidade, mas preço abusivo e a forma como me trataram - tentativas disfarçadas de aumentos ao longo da promoção e um reajuste fora de propósito no final.

O QUE FAZER!?!?!?!?!?!?!?!?!??!?!?!? QUAL MANTER?? QUAL CANCELAR? Outra alternativa??


PS : este texto foi originalmente publicado por mim no site ForumPCs 

sábado, 1 de janeiro de 2011

POSITIVO Mini Fit 800 – avaliação completa


Este documento complementa e fundamenta a avaliação já publicada do nettop POSITIVO Mini Fit 800. A avaliação segue uma metodologia desenvolvida especialmente para esta seqüência de análises. Foram feitos 21 testes que incluem benchmarks sintéticos (que medem apenas um aspecto do desempenho do equipamento) e testes compostos (que medem um grande conjunto de capacidades e recursos). Complementam os testes as experiências de uso efetivas em situação real de uso, com aplicativos do dia a dia, usam de Internet (sites, portais, redes sociais), uso de recursos multimídia (música, fotos, filmes), tarefas de manutenção regular do PC (antivírus, stand-by, hibernação). Os resultados aqui apresentados fundamentam as conclusões apresentadas na avaliação final do produto apresentada na versão reduzida da avaliação - que pode ser vista clicando aqui ou em http://www.fxreview.com.br. Recomendo a leitura da versão resumida antes de ler este texto.

Glossário.

Os testes foram feitos ao longo do mês de dezembro de 2010 procurando obter o máximo de informações sobre o equipamento. Cada uma das avaliações individuais será apresentada, detalhada e interpretada e o protocolo do teste explicado.




Um novo tipo de PC, o NETTOP

No começo de 2009 eu testei um PC conceito que me fora emprestado pela Nvidia. Publiquei um teste ele no FORUMPCs – “ION – A Nvidia está reinventando o PC?”. A Nvidia desenvolvera um modelo, um PC referência baseado em dois pilares : o processador ATOM (usado basicamente nos netbooks) e usando o seu próprio chipset. Havia críticas ao chipset Intel para o processador Atom pois além de ter um desempenho gráfico pífio, gastava muita energia. Com a intervenção da Nvidia surgiu um novo modelo, um novo tipo de PC, o NETTOP. Com um consumo de energia bem baixo,  um sistema gráfico capaz de reproduzir vídeos em alta definição (Full HD – 1920x1080) em um gabinete bem pequeno, nascia um forte candidato a PC para entretenimento doméstico.

Até então não testei nenhum NETTOP (fora o protótipo do ION). Quem olhou o artigo sobre o ION encontrou um PC bem espartano na aparência e competente nas funções de entretenimento. Já o POSITIVO MINI FIT é diferenciado na sua aparência. Sei que gosto é subjetivo, mas eu achei lindo!! E tem que ser pois se a idéia é colocar este PC na sala de estar de casa para exibir fotos, tocar músicas e reproduzir vídeos, o PC tem que ser esteticamente bem resolvido.

A opção pela interface de vídeo HDMI (somente esta) mostra bem onde deve ser conectado o diminuto PC. Usando apenas o cabo HDMI (fornecido com o produto) tanto vídeo como som são transmitidos para a TV (LCD ou LED). Pode ser ligado a monitores LCD de PCs pois também acompanha o produto um adaptador HDMI-DVI. Curiosamente este adaptador não se encaixou no conector HDMU do meu monitor, um SANSUMG de 22 polegadas. Acabei fazendo os testes em uma TV LCD LG de 42 polegadas que suporta resolução FullHD (1920x1080).

Os nettops são PC “fixos”, ou seja, não foram projetados para mobilidade como notebooks e netbooks. Mas são pequenos, para que possam ser “escondidos” na sala de estar ou encaixados na parte traseira da TV (veja a galeria de fotos no final deste texto). Mas para serem pequenos compartilham componentes exatamente com netbooks. Processador, placa mãe, disco rígido de 2.5 polegadas, memórias, etc.

Este diminuto tamanho gerou uma situação que de início me assustou. Devido ao exíguo espaço do gabinete do Mini Fit a refrigeração dos componentes é feita “no limite”. Em dado momento o software HDTUNE (usado no teste para medir o desempenho do disco) acusou alta temperara do disco. Foi apenas um susto. Consultei o site do fabricante do HD (Western Digital) e este modelo pode operar nesta temperatura de 55 C, embora já no quarto final do limite especificado. Apenas um susto, mas mereceu ser registrado.



Quero destacar a excelente porta eSATA que também é USB (combo). Este tipo de porta permite instalar o HD externo eSATA e realizar a alimentação de energia ao mesmo tempo. Em testes recentes com outros notebooks precisei usar um conector USB separado para energizar o HD eSATA. E o desempenho é fantástico, como se fosse um disco interno. Obtive taxas de transferência de 65 Mb/a até 80 Mb/s. Muito bom


Testes sintéticos – sistema de vídeo.
A capacidade da placa gráfica do PC, nettop ou notebook lhe confere maior ou menor agilidade para lidar com programa que demandem fortemente de recursos gráficos, como jogos e programas multimídia mais avançados. Algumas atividades do dia a dia também são aceleradas por bons sistemas gráficos uma vez que Windows Vista e Windows 7 conseguem usar estes recursos para incrementar seu desempenho. Diversos testes gráficos foram feitos para aferir estas capacidade do POSITIVO Mini Fit.



3DMARK03 – resolução 1024x768

É um benchmark popular principalmente capaz de avaliar a capacidade de bem desempenhar aplicativos que usam DirectX 8, padrão usado em jogos um pouco mais antigos. A resolução escolhida (1024 x 768) para compatibilizar com testes recentes de notebooks. Este número bem como de qualquer benchmark não tem significado algum quando analisado sozinho. Deve ser visto comparativamente. Nosso PC referência obteve neste mesmo teste 32850 3Dmarks  evidenciando que o POSITIVO Mini Fit tem cerca de 13% do desempenho neste ponto, evidenciando que jogos avançados é seu fraco.

Só muito recentemente que os netbooks ou notebooks com processadores Core i3 ou Core i5 com vídeo integrado ao processador atingiram níveis semelhantes aos da plataforma ION (usando pelo Mini Fit) e quando comparado com PCs da geração anterior houve um ganho de quase 100% no desempenho do sistema gráfico. O resultado é reprodução de vídeos HD muito bons, mas não ainda o suficiente para rodar jogos sofisticados.

3DMark 06 - resolução 1024x768

Este popular benchmark avalia a capacidade do sistema gráfico frente às exigências de aplicativos e jogos DirectX 9, usado em jogos um pouco mais atuais. O PC referência apresentou 12166 3DMarks, que também evidencia que o POSITIVO Mini Fit tem cerca de 12% do desempenho neste particular tópico sendo avaliado. Confirma a falta de talento para jogos deste equipamento.

Semelhante ao teste 3DMARK03, houve um ganho de 100% em relação à geração anterior de PCs, fato que não pode ser esquecido. Este ganho em relação aos notebooks e netbooks com processadores de 2009 se devem ao fato da placa gráfica ter sido integrada ao processador e não mais ao chipset.

3DMark Vantage – resolução 1024x768
Avalia o desempenho de aplicativos ou jogos que usem o DirectX 10,  presentes nos jogos mais modernos . Analogamente aos testes de vídeos anteriores, focados em desempenho em jogos, mesmo usando a plataforma ION, não obteve bons índices, tendo também obtido apenas entre 10% e 15% do desempenho de uma placa de vídeo discreta (“off-board”) do PC de referência.


Testes Compostos – benchmarks conjugados – várias funcionalidades. Procuram classificar um PC, nettop ou notebook frente a diversas solicitações como acesso a disco (seqüencial ou aleatório), sistema de vídeo, processamentos matemáticos diversos (compressão de dados, decodificação de vídeo, acesso à memória), etc. São muito úteis como forma de comparação rápida entre diferentes PCs.

IEW (índice de experiência do Windows)

É o mais simples do benchmarks compostos. Apura 5 aspectos do desempenho global do PC. Rodado no Windows Vista apresenta valor máximo de 5.9 para cada tópico e até 7.9 no Windows 7. São compatíveis entre si as pontuações do Vista e do Windows 7 apenas o valor pode ser maior no 7 por considerar hardwares mais sofisticados só disponíveis mais recentemente. Interpretando os resultados se vê que processador, memória e disco obtêm índices bem “evoluídos” (elevados) e o sistema gráfico que “freia” este PC.

Mesmo assim o índice obtido pelo Mini Fit para Elementos Gráficos (3.7) é entre 25% e 45% melhor que o índice obtido pela geração anterior de notebooks e netbooks. O IEW é sempre limitado pelo menor índice individual e por isto o Mini Fit ficou limitado a 3.7 enquanto nosso PC referência obteve IEW 5.9. Destaco os ótimos índices 5.2 para aplicativos 3D e 5.9 para o disco rígido.


Passmark Performance Test 7.0

Este benchmark composto avalia um conjunto maior de aspectos do PC inclusive diversos detalhes em cada um deles. Um índice final é obtido e pode ser usado para comparações. O POSITIVO Mini Fit obteve índice de 317 enquanto nosso PC referência (um robusto desktop) foi 253% mais rápido com índice de 1122.É um resultado compatível com o objetivo proposto para esta máquina, planejada para ser forte em aplicações específicas como exibição de vídeos com baixo consumo.

PCMARK Vantage Professional 1.01

Este benchmark também inclui diversos aspectos ao analisar o desempenho, mas tem apresenta maior concentração de avaliações em aspectos multimídia do PC. O POSITIVO Mini Fit obteve índice final de 1558 enquanto o PC referência obteve 4987.

O POSITIVO Mini Fit  obteve índice final de 1558 enquanto o PC referência obteve 4987, 220% mais rápido. Valem os mesmos comentários feitos sobre o teste anterior. Também convém realçar que o processador ATOM utilizado, focado em economia consome menos de 10% da energia de um processador comum de PC Desktop. Assim não há como serem igualmente rápidos, e sim eficientes no uso dos preciosos Watts.


Testes sintéticos – benchmarks específicos – teste de únicas funcionalidades. Procuram classificar um PC, nettop
 ou notebook frente a uma específica capacidade. A forma como os PCs, nettops e notebooks são construídos, seus componentes, disco, processador, memória podem favorecer determinados tipos de operações. Assim os testes sintéticos avaliam cada um destes sutis e diversos cenários onde o PC é bastante solicitado.

DVD Shrink 3.2 O DVD Shrink não é um programa de benchmark e sim um programa gratuito par realizar cópias de DVDs não protegidos contra cópias. Como muitos DVDs têm tamanho de 8.9 Gbytes o programa o comprime para caber em um DVD comum de 4.7 Gbytes. Isto demanda forte capacidade de processamento, decodificação e codificação de vídeo.

O POSITIVO Mini Fit efetuou a tarefa (em DVD padrão sempre usado neste teste) em 42 minutos e 53 segundos (2573 segundos) enquanto o PC referência fez a mesma tarefa em 21 minutos e 37 segundos (1297 segundos), cerca do dobro do tempo, um processamento pesado.

WPRIME 2.0
O WPRIME realiza um conjunto extenso de operações matemáticas em dois níveis de profundidade (32M e 1024M). Este benchmark se beneficia de múltiplos processadores caso o PC os tenha.

O POSITIVO  Mini Fit por usar o processador Atom 330 com dois núcleos permite que programas como este dobrem sua capacidade de lidar com estas complexas operações. Além disso, por causa da tecnologia HT (Hyper Threading) até 4 tarefas de cálculo podem ser executadas ao mesmo tempo. O PC referência realizou as operações em 807 segundos enquanto o Mini Fit levou 1938 segundos, um resultado compatível com a proposta do processador, pouco mais do dobro do tempo usado pelo PC Desktop de referência  !!

SisSoftware SANDRA – Processor Arithmetic

O SisSandra Arithmetic Test também estressa a capacidade de processamento numérico do PC obtendo os índices Dhrystone e Whetstone.

O POSITIVO Mini Fit obteve o índice combinado de 7,27 GOPS (giga operations per second). O PC referência obteve no mesmo teste 21.11 GOPS, assim o POSITIVO executou os mesmos cálculo  em tempo 190% maior, sempre lembrando que o PC referência é um robusto desktop.

Este tipo de cálculo, aritmética de ponto flutuante é um dos tipos de função que menos importa para netbooks e nettops por causa do perfil de uso de seus usuários. E há considerável perda de desempenho porque ao conceber o processador ATOM os circuitos dedicados a cálculos com ponto flutuante foram propositalmente bem diminuídos para conservar recursos.

Há duas telas capturadas. Em uma delas o resultado é 7,27 GOPS enquanto na outra o resultado é 2,37 GOPS. Na segunda eu forcei o programa a NÃO USAR múltiplas tarefas (vários processadores). Lembrando que o ATOM 330 tem dois núcleos o desempenho esperado seria de 4,74 GOPS (o dobro). O desempenho adicional de 2,53 GOPS (que interaria 7,27 GOPS) se deve ao recurso HYPER THREADING existente no processador que dobra o número de filas de execução do ATOM “simulando” 4 processadores. Excelente resultado pois apenas com um recurso avançado de software interno ao processador o desempenho aumentou mais de 50% em relação ao valor esperado para 2 núcleos..


SUPER PI MOD 1.5

O SUPERPI é um clássico entre os benchmarks sintéticos e usa apenas UM dos núcleos dos processadores. É importante este tipo de teste, pois a grande maioria dos programas ainda não se aproveita de múltiplos núcleos dos processadores atuais. O programa calcula o número irracional PI com diversas casas decimais de precisão. O foco do teste é o tempo necessário para calcular PI com 4 milhões de casas decimais.

O POSITIVO Mini Fit realizou esta tarefa em 16 minutos e 24 segundos (984 segundos), enquanto o PC referência realizou em 87 segundos. Ou seja 10 vezez mais lento!! Lembro que o programa SUPERPI é “monocore” (não se beneficia dos dois processadores nem do hyper threading) e por usar cálculos intensos em ponto flutuante, não se equipara aos processadores mais robustos. Resumindo, o MINI FIR não é a plataforma correta para este tipo de processamento essencialmente numérico..

HD TUNE 2.5

O HD Tune apura a velocidade o disco rígido, sua taxa de transferência de informações e seu tempo de acesso (quão rápido o disco se posiciona para ler uma informação). É considerada a taxa média de transferência uma vez que um disco rígido com tecnologia mecânica de pratos giratórios tem tempos distintos na borda do prato magnético e no interior. A agilidade do disco interfere diretamente na percepção de agilidade (ou não) quando se carregam os programas.

O disco do POSITIVO Mini Fit apresentou uma taxa de transferência média de 59,2 MB/s e tempo de acesso médio de 18,2 ms (milissegundos). O PC referência obteve 60.8 MB/s e 11.8 ms nos mesmos testes. O desempenho do disco deste nettop  é de bom nível refletindo em tempo de boot e carga de programas  suficientemente rápidos.

SisSoftware SANDRA – Physical Disks Test


O SisSoftware SANDRA também apura as informações de tempo de acesso e taxa de transferência de dados. Para rechecar os valores obtidos no HD TUNE as medidas são feitas também com este software que resultaram em 51,3 MB/s de taxa de transferência e 17,8 ms de tempo de acesso. As medidas são ligeiramente diferentes daquelas feita usando o HDTUNE, mas confirmam a mesma ordem de grandeza de valores e as características deste HD de 5400 rpm usando neste nettop.





ANTIVIRUS – Microsoft Security Essentials
PCs, nettops e notebooks podem vir com algum antivírus pré-instalado. Mas para equalizar o teste consideramos o uso de um mesmo software para medir e comparar diferentes equipamentos. O MS Security Essentials foi escolhido por ser acessível e gratuito para Windows XP, Vista e Windows 7. O teste consiste em vasculhar por vírus uma pasta de arquivos pré definida, com 7 Gbytes de tamanho contendo 45709 arquivos divididos em 1657 subpastas.

O POSITIVO Mini Fit levou 23 minutos e 37 segundos, 1417 segundos, enquanto o PC referência demorou  8 minutos e 41 segundos (521) segundos para a mesma tarefa, ou seja 170% mais lento. Isto se explica pelo HD ligeiramente mais lento (em relação ao PC referência) e aos complicados algoritmos de verificação de assinaturas do programa antivírus que são melhores processados em PCs desktop do que nettops.

Stress Multi Tarefa – Antivirus e Passmark Performance Test.
Todo PC atualmente executa diversas operações ao mesmo tempo, sejam programas do próprio usuário ou mesmo processos executados pelo próprio sistema operacional. Uma situação “forçada”, mas razoavelmente comum é o PC vasculhar por arquivos infectados por vírus enquanto outras operações são efetuadas ao mesmo tempo. Para sistematizar e tornar reprodutível (e comparável) esta situação misturamos três testes ao mesmo tempo, o do antivírus e Wprime com o Passmark Performance Test. É de se esperar alguma queda de desempenho no Benchmark pelo fato do antivírus e Wprime estarem rodando ao mesmo tempo.

 O POSITIVO Mini Fit obteve 183 pontos no Performance Test, 58% do índice original (perdeu 42%) enquanto o PC referência obteve 649 pontos no Perfomance Test, 58% do índice original (perdeu 42%), mesmo nível de perda de desempenho por causa do estresse. Suporta bem cargas pesadas simultâneas, até certo limite.

Consumo de Energia
Usando um medidor externo foram medidos os respectivos consumos de energia para a situação de repouso, ou seja, nottop ligado, tela ligada, mas nenhuma ação sendo realizada e o máximo consumo obtido em todos os testes realizados.

O POSITIVO Mini Fit teve mínimo consumo (com o leitor de Blu-Ray comectado) de 19 Watts e durante os testes de máxima exigência oscilou entre 29 Watts e 30 Watts. O máximo consumo foi obtido no programa WPRIME. É um nível EXCELENTE pois na sua função projetada principal que é exibir fotos e principalmente vídeos (e Blu-Ray) o consumo é realmente baixo.

Execução de Vídeos em Alta definição (FullHD 1920 x 1080)
O objetivo deste teste é identificar a capacidade do PC, nettop ou notebook na decodificação e execução deste tipo de conteúdo digital, bem como avaliar o grau de exigência e consumo de recursos nesta situação. Usando a TV LCD 42 polegadas ligada ao Mini Fit o teste foi feito na resolução FullHD.

Nestas duas situações o consumo de recursos (uso de CPU) oscilou entre 8% e 20% que é um nível sensacional. Quanto menos CPU é usada para processar vídeo mais sobra para o PC. PCs despreparados para manipular conteúdos FullHD podem consumir 100% de CPU com bom resultado ou mesmo apresentar o vídeo de maneira insatisfatória. O POSITIVO Mini Fit exibiu de forma correta e com mínimo uso de recursos.


É de grande destaque a presença de drive BLU-RAY neste nettop. Há até pouco tempo apenas equipamentos de elevada faixa de preço podiam contar com este recurso. Este diminuto nettop, o Mini Fit é muito enriquecido por contar com este avançado drive capaz de exibir conteúdo de alta definição.


Aplicativos do dia a dia, Office, Internet, etc.
Aferir a qualidade neste quesito é das coisas mais difíceis. Isso porque este teste tem forte componente subjetivo. O que ajuda é que na média a imensa maioria dos PCs hoje em dia tem capacidade de sobra para estes tipos de tarefa.

Faço da seguinte forma : utilizo por alguns dias seguidos todas as ferramentas que são de uso corriqueiro entre os usuários de PCs, nettops e notebooks. Os aplicativos Word 2010, Excel 2010, Power Point 2010 e Outlook 2010 foram usados de forma intensa e simultânea no POSITIVO Mini Fit. Frequentemente com vários documentos abertos, dois ou mais documentos de Word, três ou mais planilhas de Excel, tudo isso com uso do Outlook ao mesmo tempo. Também algumas janelas do Internet Explorer 8.0 estavam abertas durante o teste do “dia a dia”, que de fato era um uso normal do PC como se fora o meu PC principal. No uso de Internet foi feito uso de diversos sites entre eles portais de informações, Terra, Globo.com, UOL, ForumPCs, Facebook, Youtube, Twitter, Google, Google Docs, Orkut, Blogger, etc. A experiência de uso atendeu 100% às expectativas mesmo com diversas sessões (abas) do Internet Explorer abertas simultaneamente.

Somente em situações limite, com uma quantidade grande de janelas e programas abertos ao mesmo tempo em que começa haver algum “deslize”, lentidões na carga da janelas já abertas, denotando paginação de memória.  O Mini Fit atende bem às necessidades de quem no dia a dia faz uso deste conjunto de aplicativos.

Jogos casuais e sofisticados

Alguns equipamentos podem ser mais ou menos apropriados como plataformas para jogos. Os testes que foram submetidos avaliam o desempenho em jogos que exigem de fato do processador e também do sistema gráfico do PC, responsável pela sensação de “fluidez” e conforto no ato de jogar. Jogos como Paciência, Xadrez, Copas, Campo Minado e vários jogos online não exigem praticamente nada do sistema gráfico/processador e obviamente qualquer PC minimamente configurado roda com perfeição estes jogos mais simples. O que se pretende é avaliar o PC com um conjunto mínimo de programas que vão do mais simples e não tão moderno ao mais exigente e assim aferir se o equipamento pode ser considerado apropriado como plataforma para jogos mais elaborados.

O fator que determina a qualidade do jogo, a “jogabilidade” é o número de “quadros por segundo” (ou frame rate) que se obtém. É o número de vezes por segundo que a tela é redesenhada. Como referência o cinema trabalha com 24 quadros por segundo. Os jogadores freqüentes citam 30 quadros por segundo como o mínimo para ter boa qualidade. Alguns falam até em 60 quadros por segundo. Isso para quem joga muitas horas por dia. Um usuário menos assíduo vai se contentar com 20 quadros por segundo, sem problemas. Nos testes a seguir foi usado o programa FRAPS para capturar esta informação e avaliar a adequação dos jogos ao equipamento.

Flight Simulator X – 1024 x 768 Medium High


O Flight Simulator X é um jogo de 2006, mas que ainda tem milhões de fãs. É um jogo particularmente muito útil para testes uma vez que tem uma quantidade imensa de opções para sofisticar o nível de apresentação e visual e também muito “moldável” ao PC sendo usado.

Foi usada a resolução 1024x768 e nível de detalhes “Medium High” e “Ultra High”. No nível Medium High foram obtidas taxas que variavam entre 22 fps (frames por segundo) e 30 fps. No modo Ultra High as taxas variaram entre 13 fps e 19 fps.  O nível Medium High apresenta boa jogabilidade, mesmo para jogadores um pouco mais exigentes. É uma escolha pessoal. No nível Medium-High de detalhes o Flight Simulator X pode ser jogado muito bem no POSITIVO Mini Fit.

FIFA 2010 1024x768

FIFA 2010 é um jogo moderno, com visual rebuscado, mas sem exageros e de grande popularidade. Foi usado o nível de detalhes ALTO e resolução 1024x768. Nestas condições o número de quadros por segundo oscila entre 16 e 22 no momento do começo da partida. Parece bom, mas no transcorrer da partida, principalmente quando ocorre um gol, quando há diversas imagens, repetições, câmera lenta, etc. esta taxa cai para 14 a 16 fps.

FIFA 2010 é jogável no POSITIVO Mini Fit se usado na resolução 1024x768, mas com nível de detalhes médio ou baixo, ou resolução 800x600, situação na qual se obtém no início do jogo entre 26 e 35 fps.

CRYSIS – 1024x768




Crysis é o vilão extremo entre os jogos, pois tem um uso de recursos extremamente alto, tanto do processador como de placa gráfica. Não são muitos os PCs que permitem jogar Crysis com elevada qualidade. O protocolo deste teste define que deve ser avaliado o programa na resolução 1024x768 (baixa), mas em qualidade High (há também a qualidade Ultra High). Nesta situação obteve-se 4 quadros por segundo que é totalmente inaceitável para ser jogado. Fora do protocolo do teste reduzi a qualidade para a mais baixa possível (Low) e mantida a resolução (também baixa) de 1024x768 e desta forma obtive entre 13 e 18 quadros por segundo, um pouco melhor, mas ainda inadequado para uma mínima experiência de jogo com este programa. Definitivo, Crysis no POSITIVO Mini Fit é completamente inviável, mesmo na resolução mínima. Mas isso não é demérito, pois muitos PCs não têm também condições de uso deste programa bastante exigente.

Outras considerações e conclusão

Não são muitos os produtos disponíveis neste segmento, os nettops. Há muito mais netbooks e notebooks que nettops no mercado. Particularmente eu acredito muito neste segmento porque PCs com reduzido tamanho e mediana capacidade de processamento têm lugar garantido em milhares de escritórios como estações de uso de Internet, e-mail e acesso a alguns programas. Tudo é uma questão de preço.

O Mini Fit 800 visa o mercado doméstico para entretenimento. Da mesma forma poderia haver um modelo mais despojado, sem Blu-Ray por um preço bem atraente. A POSITIVO tem competência para criar produtos para diferentes mercados. O modelo 800 que foi testado tem muitas virtudes. Seu visual é cativante, diferenciado e realmente pequeno. O desempenho para a função proposta é totalmente compatível e adequado. Sua conexão HDMI, única forma para conectá-lo ao mundo externo manda bem o recado para o seu público alvo : “quero uma boa TV LCD/LED para fazer bem a minha função”.

Suas 4 portas USB livres (há mais duas – uma para o Blu-Ray e outra para o adaptador do teclado em fio) são suficientes e bem localizadas. Uma destas portas é “combo”  eSATA para conexão de HD externo em alta velocidade (inclusive com alimentação de energia do dispositivo externo). Sua rede Ethernet é 10/100/1000 Mbps e sua rede sem fio é padrão “G” (até 54 Mbps) .

Sequer pensem no Mini Fit para jogos senão haverá decepção.  Jogos casuais e simples ainda têm espaço, mas qualquer jogo mais sofisticado sofrerá pela falta de um processador mais robusto e pronto para “mastigar números” (operações em ponto flutuante) e sofrerão pela falta de uma sistema gráfico 3D ainda mais sofisticado. A solução ION adotada é MARAVILHOSA para exibição de vídeos ou reprodução de Blu-Ray (objeto principal do produto), mas não para jogos avançados.

Fico satisfeito de ver esta categoria de produto ganhando o mercado. Seja um nettop mais avançado como este, focado em entretenimento ou um mais simples (para escritórios). Esta solução tem uma boa carga de bom senso associada a ela. Talvez falte apenas que o mercado encontre seu ponto de equilíbrio, permitindo praticar preços um pouco mais em conta. Assim nettops “de raça” como este Mini Fit da Positivo tenham cada vez mais espaço entre os consumidores.

Preço obtido no mercado em Dezembro de 2010 : R$ 1.999,00. Revendo esta informação agora em janeiro de 2011 vi o Mini Fit a venda no Wall Marto por R$ 1698,00 ou 12 x R$ 141,50.


Classificação final e Desempenho

Índice geral de performance: 5104 nFXs (índice para notebooks/nettops)




Galeria de Imagens




Visão geral do POSITIVO Mini Fit

Visão geral do POSITIVO Mini Fit

Visão geral do POSITIVO Mini Fit adaptado ao monitor ou TV


Visão geral do POSITIVO Mini Fit visão lateral direita

Visão geral do POSITIVO Mini Fit visão lateral esquerda





Gerenciador de dispositivos


Detalhes do processador – programa CPUz